Poemas de Lembrança
Agora é só mais uma lembrança, uma entre varias.
A luz que se acende, cobre o brilho das estralas, que costumam nos dar belos poemas .
E eu estou aqui em baixo, totalmente sem chão esperando você mudar de ideia e voltar!
As vezes insistimos numa nostálgica lembrança, nos cobramos, nos perguntamos...Como se seria" se..."?
Como eu estaria "se..."?
Quebramos cabeça com um passado que não nos leva pra frente, com coisas que não eram pra ser, passou...ficou.
Já não nos pertence, embassa o nosso sorriso, empaca nosso tempo.
Tente ser maior que isso, abra espaço para um novo sonho, respire novos ares.
É preciso...e você merece!
Ah merece sim...
Memória Sem fim
Uma bela paisagem, um doce reencontro,
Uma lembrança, a tua presença, muitos sentimentos,
O cheiro da chuva, uma recordação marcante,
O vento soprando, os coqueiros balançando, o dia nublado,
Uma memória vive em mim, um amor sem fim.
Indio/ escravo/ escravo e indio.
Nordestino (Nordeste de minha lembrança,)
Negro (Lembraça da escravidão.)
Nordestino (No aperreio do memorar a seca veio de morar, meus olhos vieram a alagar por Cariri e Aduke.)
Indio e Negro (Lembro e cuido da minha amada lembrança, bumba e seus barulhos a passar.)
Negro e Indio (A união do pensamento e do olhar.)
Nordestino ( Uma mistura que lambuza a pele.)
Indio ( Grito do meu povo refletido nos olhos de uma pálida pele portuguesa.)
Negro ( Xicotes e gemidos de minha mãe, na dança, no batuque, escuto a voz de Oxalá.)
Nordestino ( Passa boi, passa boi-bumba, dançam os chamados de mulambos, gritam os pardos em cima dos galhos.)
Negro e Índio (
Nordestino (Nordeste de minha lembrança,)
Negro (Lembraça da escravidão.)
Nordestino (No aperreio do memorar a seca veio de morar, meus olhos vieram a alagar por Cariri e Aduke.)
Índio
( Minhas flechas.) Negro (minhas correntes.)
Negro e Indio (Quebrando as cadeias do passado, trago a união do pensamento e do olhar.)
Nordestino ( Uma mistura que lambuza a pele. Lembro e cuido da minha amada lembrança, bumba e seus barulhos a passar.)
Indio ( Grito do meu povo refletido nos olhos de uma pálida pele portuguesa.)
Negro ( Xicotes e gemidos de minha mãe, na dança, no batuque, peço à paz pra meu pai Oxalá.)
Nordestino ( Passa boi, passa boi-bumba, dançam os chamados de mulambos, gritam do alto dos galhos os pardos armados)
Índio:-
Negro e Índio (
Mistura Versão 3 - Completa.
Nordestino
(Nordeste de minha lembrança, o tempo leva a chuva, a união sustenta o tempo com a mistura das peles.
Saboreio a eternidade cultural, prestígio a saudosa tribo!
União...união, lembranças da escravidão, índios e seus espelhos refletindo os medos.
No aperreio do memorar a seca veio de morar, meus olhos vieram a alagar por Kariris e irmão Aduke.
Lembro e cuido da minha amada lembrança, bumba e seus barulhos a passar.)
Negro e Índio
(A união do pensamento e do olhar, minha pele, meus cabelos, minha liberdade, nessa luta nos unimos, em cultura viramos mis-tu-ra! Brasileiros...Brasileiros em espirito... guerreiros que foram trazidos, exportados, destruídos!.)
Nordestino
( É, ainda posso ouvir-los minutos antes de se erguerem para entrar na história.)
Índio
( Grito do meu povo refletido nos olhos de uma pálida pele portuguesa.)
Negro
( Chicotes e gemidos de minha mãe! Na dança, no batuque, escuto a voz de meu pai
:- Resistance .
Oxalá traga à paz. )
Nordestino
( Passa boi, passa boi-bumba, enquanto dançam os chamados mulambos, gritam os pardos em cima dos galhos.)
Negro e Índio
( Cante em meu peito liberdade! Cante nos rios e nos mares! Cante em meu peito cultura, me sustento em teu seio enquanto prematuro!)
Nordestino
( Meus pés gritam para Deus, porque tirou de um filho seu a água que banha a vida? Minha luta, minha labuta, o pensamento embebeda, os olhos escorrem meus molhados pingos.)
Negro
( Mãe! Deixe passar o boi! Deixe o boi passar! Festeje essa dor, alegre-se pelo que a de mudar.)
Índio
( Anauê Arebo. Salve a cada dia. )
Negro
(Ṣaaju ki ọjọ to pa ọ. Antes que o dia te mate.)
Nordestino.
( Antes que o tempo lhe leve, sem te tornar PARTE.)
"Entre a saudade e a lembrança,eu prefiro a saudade... Sabe por quê? Porque a saudade,ela é um sentimento profundo,verdadeiro ela vem de dentro,ou seja, vem lá do fundo da nossa alma. Já a lembrança...essa é um sentimento bem passageiro. Porque, um dia você lembra e no outro não mais..."
---Olívia Profeta---
Às vezes é apenas um momento
uma doce lembrança que vem
e quebra o silêncio da noite.
Da janela entreaberta
um aroma de flor invade:
presságio de poesia
E aos poucos as palavras
se aproximam
se engatam
se unem
e um poema nasce:
a vida acontece.
Sobe
lá no alto
Da melhor lembrança
Que tiver da vida
Mira-te
No mais claro e cristalino espelho
Busca calmamente
E responde a justa verdade
Pra teu coração somente
Enquanto a verdade é ainda oculta
Busca
Como no acalmar da lua
Quando a lua
Encara o mar sereno
Com o seu mais puro e pleno olhar
Se acaso desencontrar
Sobe mais no alto ainda
Relembra como era linda
A esperança
De uma hora poder ir até lá
No alto da melhor lembrança
E encontrar somente
Espelhos claros
Pra teu coração poder se olhar
Num difícil e mero olhar sincero
As flores partem junto à primavera
Impossível é negar-te eternamente
Pois a vida não é como o mundo a vê
O mundo é como a vida o vê
E nenhum dos dois é dono da razão
Diferente é a busca
Então
Se em algum momento
Não consegues mais admirar-te
E se vir somente
Olhos vermelhos de um tristonho olhar
Desça
Retome o caminho
E o refaça
Enquanto existe em ti
Ainda um traço de esperança
De modo a não guardar apenas
A lembrança de jardins distantes
Pequenas flores que sequer colheste
Percebe agora que viveste
Porém
Sem a graça da vida
Constantemente oculta
Dentro de você
Que nenhum caminho te mostrou
Há uma semente seca e morta
Escondida no mirar
O olhar que teu olhar não olha
Uma flor que teu chover não molha
O nome dela é alegria
E que apesar de morta
Morre e morre novamente
Todo dia.
Edson Ricardo Paiva.
Se nossa lembrança às coisas de Deus sempre nos inspira com simplicidades e leveza da alma, porque queremos complicar tudo com inveja, luxo, ambições descabidas e poder?
Que necessidade é esta de querermos nos fazer de superiores diante de outros da mesma espécie?
Que diferença fará, se colocarmos lado a lado, no leito de morte, um multimilionário e um mendigo?
Quando a ignorância é mórbida, a alma é cega.
(Teorilang)
SONETO À ARAGUARI
Os pés da infância de te é distância
O olhar ainda em ti é de lembrança
Que veem e choram na sua fiança
Dentro do peito com significância
És cidade mãe, de minas a aliança
Em ti sou vinda, a mim és rutilância
De alusão, quimeras e substância
Desenhando e roteirizado herança
Vida que morre, é tal, a vida que vive
Caminhando comigo, assim, mantive
A minha história, que eu nunca perdi
Menor dos meus desejos, de te tive
Boas memórias, em ti sempre estive
És flor na lapela: altaneira Araguari!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2016
Cerrado goiano
128 anos de Araguari (MG)
Tua lembrança
Tua lembrança foi um sonho deletado
Um e.mail na lixeira do computador
São literárias de um ignoto passado
E apenas memórias de um antigo amor
Tua lembrança é gemidos e soluços
No meu poetar respingado de lágrimas
Já lavados dos meus vários embuços
E das liras de murmúrios e lastimas
Aqui do cerrado te digo que prossiga
Que mesmo sem o teu prazeroso olhar
Teu nome não mais escreve cantiga
Pois o meu verso árido pôs a ressecar
Aqui do cerrado te digo que esqueça
Não te soletro mais em noites de luar
Pois mesmo que meu pranto aconteça
No peito ficou só saudade de te amar
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
debilidade
inflexível é o tempo, dança
que passa, Maria fumaça
deixando na lembrança
marcando a carcaça...
- tudo fica mais frágil
o ágil perde a esperança
as engrenagens pagam pedágio
e o pouco no mínimo, danos
neste naufrágio, um só adágio:
capengamos! que siga os anos!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24/10/2019, quinta feira
Cerrado goiano
Achados na Lembrança...
Num relógio apressado, ponteiros sem freio
Dependurado por sobre o umbral de acesso
Onde vivente, me havia generoso exemplo
Inda infrene, desde tenra juventude o visitava
A puerícia se perdeu entre uma conversa e outra
E nesse mundo nosso, nele, descortinei um amigo
Um mestre que bem conheci... e me apaixonei
Vezes, envesso à sua visão de perdão e aceitação
Admirava-me com a facilidade e simplicidade
De traduzir-se em suas palavras que fluíam
Fáceis, viajantes, disparadas amenas
Com imenso poder de entrega e sabedorias
Aprendi que perdoar é mais que um verbo
Que o amor é mutável, mas jamais se finda
Que quem fere, é quem mais necessita de cura
Que bom sentimento é dádiva, eternamente pura
A Letargia percorre meu corpo,
a simples lembrança de ti, apatia, inercia,
me possui e cala minha alma.
Em vez de contar
O tempo que passa
Desmonto mentalmente
A uma lembrança
Dessas, que vem com o tempo
Nessa alma de criança
Conto as peças, cresce o faz de conta
Um brinquedo feliz, a vida
Ela é
Mas quebra fácil e dura pouco
Se despedaça e desmancha
e perde a graça e a magia
...se aprende a contar os dias
Procuro o que há de mais
e de menos humano em mim
Nada chego a concluir
Mas suponho
Que ambas sejam a mesma coisa
Enquanto a criança
Seriamente
Escuta histórias que lhe contam
Sobre outra criança
Que gostava de olhar o trem
Contar vagões
Pular
Ladrilhos de quintal
Nas horas comuns de uma vida
Sem nenhuma em especial
Essas, não houve
Teve a vida, como um todo
Contava gotas de chuva
Suspensas nalgum varal
Batendo umas nas outras
Igual se tivessem
Pressa e hora marcada
E não tinham nada além
Daquilo que tem quem sabe sonhar
Sem se perder no trajeto
Entre si mesmo e a vida
Essa, passa tão despercebida
Quanto uma linda tarde de infância
Em que a gente teve medo
De sair para brincar, porque chovia
Desde então, eu parei de contar
Só me lembro que choveu naquele dia.
Edson Ricardo Paiva.
#Defendo #o #que #sou...
E você?
Que fará com a lembrança...
De sonhos perdidos de criança?
Seu futuro será em preto e branco?
O tempo correrá noite e dia ?
Passará por madrugadas frias?
Seu choro será contido?
Amargamente escondido?
O sangue ficará frio ?
Terá um irônico sorriso?
Enfrentará com coragem o seu medo?
A pureza apagará...
E no fundo do olhar...
Algum brilho terá?
Se eu lhe digo essas coisas...
Embora me odeie...
Falo da ternura que você não sabe...
Custa encontrar o amor...
A você entrego esta mensagem...
Sandro Paschoal Nogueira
"Quando um poeta morre
Sua existência é recitada pela eternidade
E a lembrança repousa nas páginas."
Aquela lembrança
Retornou como um antigo erro aquela lembrança.
Corri pela areia da praia para esquecê-la.
Coloquei óculos escuros para não vê-la
Mergulhei no mar para afogá-la.
Redimensionei-me.
Fiz-me pequena...
Corpo decomposto...
Fiz tudo o que podia pra daquela lembrança não sentir mais o gosto.
Retornou... simplesmente retornou.
e fustigou-me.
[...] lá vem a lembrança
gerando cheiro de criança
saudade e nostalgia
evolando memória e poesia...
eterna dança...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano