Poemas de Lembrança
A saudade com medo dela mesma criou a lembrança
Mal ela sabe que me castiga ainda mais
Agora sinto saudades de novas lembranças que você me traz
Isso é o Mundo Inteiro!
nessa lembrança meio dormente
onde deixei meu coração descansar
estranhamente firmou-se a paz
talvez seja algo que o vento trouxe
ou seu cheiro num sonho que não se desfaz
tudo vem tão rápido e tudo passa
simplesmente
suba em uma árvore e fume um paieiro
isso é o mundo inteiro
caminhamos por trilhas
andamos milhas
mas somos ilhas
não se distancie ao toque
peça, grite, soque
mas não se entoque
os maiores ausentes
estão sempre presentes
e compartilham com a gente
a poeira da serra pinta o céu
e o sol veste um vermelho véu
todo entardecer leva algo meu
em um horizonte que sempre foi seu
Saudade / Lembrança
O que eu amo, são as lembranças … não domino bem a saudade …
A saudade é FALTA, é fome que não se pode saciar, mão estendida que nada pode alcançar …é perda , nostalgia, angústia.
A lembrança PREENCHE, é a pacificação da alma, é olhar para trás e compreender o quanto foi bom tudo o que se viveu, ela existe acarinhada dentro de nós.
Se nada morreu, poderá até voltar a repetir-se… e tu, não me queres oferecer mais uma lembrança?
Quando!!!
Quando eu nao estiver mais aqui. Os meus manuscritos ,serao sempre a lembrança dos meus mais puros, e sinceros sentimentos.
simone vercosa
Quando menos espero
lá vem uma lembrança velhíssima!
Como se eu fosse ao "arquivo da memória"
e de lá trouxesse uma ficha gasta pelo tempo,
talvez importante apenas para mim.
Pessoas que nelas aparecem já não estão mais por aqui,
apenas nas histórias que delas escrevo na vã tentativa
de tê-las novamente ao meu lado, conforta-me, porém,
o fato de trazê-las aqui, bem guardadas na alma. Cika Parolin
A simples lembrança
de uma flor ofertada
explode num turbilhão de pensamentos!
O que foi, o que poderia ter sido...
O antes que não teve depois!
Cika Parolin
Infância:
Oh, doce infância!
Tempo que não volta nunca mais
São memórias de um passado
Lembranças de uma velha história
Que voam com o tempo.
Oh, doce infancia!
Que saudades eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância vivida
Eram tempos muito bons
Que não voltam nunca mais
Você é o segredo o qual escrevo
A lembrança que não esqueço
Mas que escrevo
Pelo fogo do desejo.
Você é o sentido que descrevo
Porque sou paixão
Paixão ardente nessa mão
Nessa mão que escrevo.
Vim de longe
Voei na mão do vento
Me tornei leve
Me esvaziei, porque foi preciso
Porque foi preciso te esquecer.
Amo o dia e à noite
Mas não posso amar os dois
Há de deixar o dia
E permanecer na noite
Ou há de deixar as sombras
E viver à luz do dia.
O dia é intocável
A noite a todos toca
Mais se vai como uma criança.
Tem noites que tem lua
E outras que não tem
Prefiro o dia
Porque sempre haverá um sol.
Nessa manhã, igual a tantas outras,
vieram-me à lembrança os nossos dias.
Não olhamos mais as mesmas paisagens,
nem nossos caminhos tornarão a se cruzar!
Estás em outra dimensão, porém existes dentro de mim,
mais vivo do que nunca, meu irmão,
nos laços perenes que nos unem.
Cika Parolin
Lembrança póstuma
Para não dizer que o mundo perdeu-se de seus amores
Para não desver as flores, ao longo do tempo, com opaco das cores.
Para não fazer-se carrasco, aos nobres olhos dos doutores
Para sempre levares como epifania, a parábola dos sofredores
Para assim, carregar na penumbra, a claridade dos autores
E enfim, fazer-se-a, a vontade dos seus senhores…
AO VOVÔ
Lembrança forte
Presente e pulsante
Cheiro sertanejo
Camisa de linho branco
Cor igual ao seu cabelo.
Sorriso guardado,
Olhos azuis, pensamento distante...
Sem mais, meu avô,
Chicó do Retiro
Deixou uma marca registrada
A identidade que carrego.
Ser forte, é ser nordestino.
Clécia Santos
O tempo que passa já passou
Os momentos que a vida eternizou
E fica na lembrança aquela criança
Tão cheia de esperança
Vidas passageiras e esquecidas
Na eternidade tempo e espaço
Mas vou lembrar daqueles
Que me fizeram rir e me levantaram
Eu, tu, nós todos somos nuvem passageira
Nessa linha temporal a vida é ligeira
Já somos frágeis e o tempo nos enfraquece
Mas mesmo assim sou feliz e lhe agradeço
Toda vida percorrida
A vida é bela e curta
Por isso decidi
Viver cada dia como se fosse o ultimo.
Sem sentimentos.
Fechei os olhos e a lembrança passou em minha memória,
Como um slide de fotos...
Revivi cada cena que se passava em minha memória.
Fiquei paralisada e de olhos fechados,
Senti as lágrimas escorrerem em meu rosto.
Senti meu coração pulsar, chorei ainda mais,
Soluçando sem parar, com uma dor forte em meu peito.
Veio em meu interior a vontade de correr
Para os seus braços e matar as saudades dos momentos.
Abri os olhos sem ter mais lágrimas para chorar,
Gritei seu nome, pensei e perguntei, falando alto para
ninguém...
Por onde andas, por onde está, o que está fazendo,
No que está pensando, com quem está,
Será que se lembra de mim,
Será que faço parte de suas lembranças?
Sem respostas, caiu a ficha,
Coloquei em minha mente,
Que o meu destino não é com ele e o dele eu não sei.
Só sei que fiquei perdida e sem direção.
Preferi seguir sem sentimentos para essa loucura.
E não buscar respostas, sentidos e nem mesmo solução.
Confissão...
Te quis tanto comigo
Te idealizei
Fazendo de ti o meu rei
Hoje só sua lembrança, eu sigo...
O que pude oferecer
Tristeza ao cuidar de você?
Sofremos, sofreu
Se foi... E nem pude dizer adeus...
Não o culpo por nada
Foi penosa a jornada
O que importa? lutamos, vencemos
Já sua vida, busca insaciada...
Perdoe se não consegui
Ser tua amiga, tua guia
Devolver-lhe a alegria
Mesmo não tendo sido assim...
Tuas penas carregaste
Impressas em tua face
Doeu em você, talvez mais em mim...
Que de onde estiveres,me ouça
Saiba, peço a Deus que te cuide
Descanse em paz,pai, em fim...
Mari Machado
E MINHA ALMA EXTRAVASA
(12.08.2018).
Quando uma luz se apaga,
Eu vivo tendo-te na lembrança,
Pois é na paz a me consumir
Que te entrego o coração.
E minha alma extravasa,
Encharcando-se da alegria,
Ao ouvir a perfeita cantiga,
Surgindo no teu silêncio.
Um ritual me trouxe a vida
entre os mortos caminhei
seu amor era única lembrança,
tudo era magico, agora é uma sombra
em agonia sem memorias...
apenas a chuva que cai no meu peito
um intenso vazio me desperta todos dias.
Amor...
É o erro que acertamos;
A acusação sem defesa;
A lembrança sem presença;
É completo mesmo sentindo falta;
É tudo o que temos, mesmo quando não temos nada.
A RUA
Não era itinerário nem outra nova direção
Suspiros! Calor no cerrado. Lembrança
Aqui havia uma rua, casa em demolição
O tempo era maior. A nostalgia uma lança
Tantos são os mortos na minha indagação
O tempo roendo a recordação, em dança!
E nas casas, impregnada de tenra poesia
A saudade, e não mais havia vizinhança
Tudo em ruína, mais nada dizia...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, dezembro
Cerrado mineiro
O passado não é uma simples lembrança do que já foi um dia, ele é como um ser que possui vida própria!
Já o presente, deve ser dado vida a ele.
Sem vida não tem presente.
Sem presente não há expectativas futuras.
E sem presente e futuro, apenas o velho passado continua existindo!