Poemas de Lágrimas
Cada um com seu jeito de colher as lágrimas
Não muito poucos martirizam-se
Não muitos se desviam
Eu escrevo.
Escrevo
Não para esquecer
Mas para que haja registro.
Escrevo
Não para amenizá-las
Tampouco para intensificá-las
Mas para que tornem-se minhas professoras.
São muitas as vezes que esqueci como sorrir
Não vou negar o quão é difícil sentir
Me lembro somente de sussurros, suspiros
De lágrimas, apertos e certos arrepios
Eu quero amar! Ou melhor, sentir...
Acontece que, por muitos anos estão sendo bloqueado tantos sentimentos aqui dentro. Eu não sei como descrever essas repressão de sentimentos que tanto quer sair, mas não me sinto vivo, não me sinto humano. Me sinto um robô sem sentimentos, sentimentos reais... Assim, é como se tudo que se passa aqui dentro tivesse sido objetivado, ou seja, é como se eles fossem abstratos, não consigo gerir o que gostaria de sentir, transformo os mesmos em objetos inexploráveis.
Com toda essa falta de conhecimento dos próprios sentimentos, acabei construindo obstáculos emocionais, tenho medo de amar, chorar e sentir.
Contudo, hoje tive uma gota de “vida”.
O filme: - “Um limite entre nós” despertou algo que estava aparentemente morto. Uma pequena explosão surgiu, não sabia o que era até começar a tomar conta do meu peito, tentei eliminá-la como de costume, por medo de sentir dor. Mas sem sucesso, foi então que essa explosão foi ganhando tamanho, explorando todo o meu corpo até eu me dar conta de que estava sentindo, sentindo dor e felicidade, as lágrimas desceram e eu não me contive, apreciei cada segundo de lágrimas e emoção que, por muitos anos estavam submersas em uma pessoa frustada emocionalmente.
Ela já perdeu muita coisa
nessa vida...
Chorou, ficou no chão.
Mas as lágrimas dela
regaram a sua Fé
e ela Floresceu
ainda mais bonita
Ninguém para essa menina.
talvez a pessoa certa já esteve, está ou vai aperece em sua vida....
A única forma de descobrir é dando uma chance a todas possibilidades.
E correr o risco de quebrar a cara outra vez.
Vazio
A boca cala,
Os olhos se fecham...
As Lágrimas escorrem.
O silêncio grita...
O corpo arde...
O coração aperta.
Na pele...
Suor, arrepio...
Frio.
Aqui dentro...
Vazio.
[Acróstico]
Longe dos meus olhos
Amor, cadê você?
Grito seu nome em vão.
Rendo-me à solidão.
Imaginação foi o que restou.
Mágoas, tristeza, sofrimento...
Amanhã outro dia chega e
Só continuo minha procura...
Lágrimas de norte a sul
Sim, isso mesmo, onde há coração, há lágrimas, meu pensamento visita o oriente e ocidente, de norte a sul, vejo a diferença, indiferença, intransigência, poder e pouca consciência, um povo que sente, cheia de emoção, trafegando o coração e mente, a dor, a condição, o diferente é o eu de cada um, que por sinal somos subordinados a viabilizar um conjunto, até a maneira globalizada se interfere, cultura se difere, mas os costumes, a natureza vil, febril, fere, um orgulho desgastante, as fraquezas operante, a fome, a tribulação matrimonial, a família desorganizada, o governo, essa parte canalha, que propaga e ata a desordem geral, ou não, seria meu pensar engano, o povo, a identidade cultural não é um ser profano, mas, contudo, enfim, dor sem fim, no que é destruído, ignorando as esferas celestiais, os canais espirituais, a grandeza sobre a terra, a condição, a contradição, a lição, ingratidão, tanto trigo falta pão, e o consolo é o colo da cruz, mas o homem sentimental, esse é a lágrima que o seduz.
Giovane Silva Santos
Sou poetisa em negação
Não mostro meus poemas
Eles sou eu,
Derramada em tela
Descuidadamente
Como aquarela,
só que em lágrimas
Como tinta olhos
Seria mais que pornografia
Pois com grafia
Poesia
Não se detenha se as lágrimas rolarem
E as batidas do seu coração acelerarem
É Ele mexendo no secreto da gente
O lugar que ninguém conhece
Mas Ele viu e sabe curar
Ele viu e sabe o remédio pra curar toda ferida
LÁGRIMAS!
Com as lágrimas da fonte de tuas faces regarei o amor que flui na sensível beleza da tua alma.
Não permita que as lágrimas sejam mais intensas do que teu sorriso, pois elas
poderão cegar até sua compreensão.
(Teorilang)
Há sorrisos que escondem lágrimas,
Como há lágrimas que escondem sorrisos...
Tão íntimo que só o coração sabe.
É como se fosse um grito que você quer muito que alguém ouça, mas você nao consegue nem mesmo fazer com que alguém te escute.
Como gritar quando você não consegue nem mesmo se entender?
Um aperto no peito, calafrios no corpo inteiro, um peso nas costas, os olhos se enchem de lágrimas, mas não tem um motivo.
Você apenas estava vivendo sua vida normalmente e ainda assim, aquela onda te acertou e não conseguiu nem mesmo ver a sombra dela.
Não fale, a primeira palavra fará as lágrimas caírem, não se deite, elas ainda irão cair, não feche os olhos, pode ser que elas ainda irão cair, não durma, talvez você não queira mais existir.
A dor de amor
Pobre coração alvorecido
O teu sono é vinilo
E o teu despertar ominoso,
Choro, choro, de dor autousa
Lágrimas,
Que descem neste meu rosto greda,
Choro! Choro!
Pobre alma perdida
Na conjuntura do vazio escuro
Deste meu corpo morto por te herdado,
Hoo! Que Sentimento nociceptivo tu és amor.
O que era quente,
Se tornou frio.
O que fazia sorrir,
Hoje faz chorar.
O que fazia bem,
traz dor.
O que era amor
Se transformou.
Isso basta!
A chuva bate nas janelas, chamando pra ver o dia que se faz lá fora;
As nuvens embaçam as montanhas, ainda cobertas pela neve;
O cheiro do livro liberta a mente cansada, e tuas palavras clamam pela mudança;
O piano invade a alma, cheia de cicatrizes, e faz transbordar lágrimas de solidão;
Acorda menina, escuta a chuva, olha para as montanhas, sinta o cheiro do livro novo, deixe a melodia te levar pra longe desse vazio que não existe.
Deixe-se sentir
Deixe-se perder na sua imensidão
Deixe-se invadir
Deixe-se então transbordar
E enfim, deixe-se encontrar
Sinta quem você é
Tenha orgulho de você
Sua alma é boa
Seu coração é grande
Acorda menina, tente enxergar o caminho lindo que você percorreu até aqui. Tente enxergar todas as batalhas que você venceu. Sua vida é linda e você está rodeada de pessoas que te amam. E isso basta!
Prece de um dia quase igual a todos
Deus dos delicados, não me abandone nessa guerra insana. Minha máquina de ser beira a pane enquanto o veludo da voz de Billie lambe as paredes do lusco-fusco. Abençoe, senhor, tudo que dói em nós, indispensável. As tardes despenteadas em Grumari, as lágrimas do homem que me amou e nunca disse, o negro agonizante sob o sol narcísico de Ipanema, as crianças que tão cedo me deixaram farta de lágrimas e leite, o eco esquivo de Frederico, sinais de musgo. Abençoe as escarpas da minha vida enquanto desenterro estas palavras – o carmim destas palavras – com as lascas afiadas da dor. Sonho piscinas, atraída pelas labaredas. Preciso dormir bem dentro das suas asas enormes, pai.
Converse com as pessoas como se fosse perdê-las amanhã
Ninguém, ao menos que diante de um diagnóstico fatal, está preparado para perder quem ama.
SABEMOS QUE O RELÓGIO DA VIDA NÃO PÁRA E QUE UMA HORA SERÁ A NOSSA HORA, CONSEQUENTEMENTE TAMBÉM DE QUEM AMAMOS.
Transferimos a responsabilidade de muitas faltas para a tal “correria do dia a dia”, realmente o tempo voa, chegamos na sexta-feira e exclamamos: — Nossa, sexta de novo! Parece que foi ontem! Contudo, é uma falácia a dita “falta de tempo”, sabemos que, na verdade, este é igual para todos, o que existe são questões de prioridades.
É bem fácil notar que as nossas relações estão cada vez mais carentes de afeto, pois do pouco tempo de que dispomos com os nossos familiares, estamos com os celulares na mão, interagindo com o mundo, à exceção de quem está ao nosso lado.
Muito ouvimos de que a vida é curta, já o escritor Francês Jules Renard acredita que ela não é comprida nem curta e sim, ela tem uma duração própria. Se for parar para pensar, creio que sua reflexão seja a mais adequada, todos nós conhecemos histórias de pessoas que perderam filhos ainda na infância, e já outros que tiveram avós que viveram mais de cem anos.
TODOS TEMOS A CONSCIÊNCIA DE QUE UM DIA SERÁ O DO “ADEUS”, OUVIMOS DESDE PEQUENOS QUE A ÚNICA COISA CERTA NA VIDA, É O FIM DELA.
Mas sinceramente, não nos preparamos para o fim da nossa e, menos ainda, de pessoas queridas.
Se tivermos o cuidado de conversar e dar aquele abraço bem apertado sempre que vemos quem amamos, talvez as lágrimas frente a uma lápide, sejam apenas de saudade, mas nunca de remorso.
Um olhar ao fundo,
profundo,
interior.
Constar o amor e o temor.
Amor pela vida, temor pela dor.
Desvencilhar-se do que fere,
sugar o que carece.
Lágrimas se vão e faz sorrir o coração.