Poemas de Lágrimas
O amor que você deixa fluir
Limpa o seu coração
Porque quando as lágrimas brotam
Não é de tristeza
Mas de pura emoção
Que clareia nossa mente
Dilata nossas pupilas
Para sentir
O prazer real da vida
Que vale a pena ser feliz
Ao lado daqueles que amamos!!!...
Peregrino Corrêa
Um coração magoado chora em silêncio,
Coberto de lágrimas que caem ao vento.
No outono sombrio, as folhas se vão,
Levando consigo a última ilusão.
O frio se instala, endurece a paixão,
E o amor já não encontra mais chão.
As flores murcharam, o riso calou,
A primavera, quem sabe, nunca chegou.
Mas no ciclo da vida há sempre um renascer,
Mesmo no peito que teme sofrer.
Sob as cinzas do outono, a esperança refaz,
E um novo amor brota na estação da paz.
Cabeça Erguida
Um silêncio absoluto
Se fez em lágrimas
Lágrimas
Lágrimas
Uma raiz se soltou deixando um vazio
Numa ressonância
Profunda em minha alma.
Mãe, você se foi
O seu corpo,
A sua voz,
Mas não a sua essência,
A sua história,
A sua alma
Sempre presente;
Um gesto protetor a todos
Uma fonte de alimento
No acolher,
Sarar as feridas
Uma palavra
Um incentivo
Uma força imperativa
De empurrar para frente
"Cabeça erguida"
- Assim dizia a quem consolava...
Mesmo que o dia pareça sem sol com a sua ida,
Olharei o horizonte,
Sentirei a sua presença
O seu perfume
E escutarei o seu chamado:
"Cabeça erguida"...
(Suzete Brainer do livro: Trago folhas por dentro do silêncio que me acende)
lágrimas em ruínas
eu não choro
não permito
sei que meu mundo
se abriria, despencaria
apenas se me permitisse
eu não sofro
eu aguento
guardo tudo
no ínfimo da alma
fujo
me escondo
me isolo
me mantenho firme
me seguro
guardo tudo
não aceito
que nenhuma dor me atinja
sou forte
mesmo quando fraca
aguento tudo
até o dia
Que não aguentar nada.
Alma em chuva
A chuva cai numa constante
Assim como as minhas lágrimas insistentes
Meu peito espia uma vertente
De sentimento que arde como um raio
Que atinge o chão e ali se sente
O mais forte de todos, o abrasador.
Um rastro tênue, entre a dor e a paz,
Um eco distante, que a alma acalenta.
Vou juntando em silêncio os pedacinhos
Refazendo meus pensamentos
Com apenas um movimento
de falar tudo que sinto
Só assim serei eu mesma,
Sozinha com meus sentimentos.
Não é simples, é bem verdade
Falar de coisas inexplicáveis
Muitos sequer desconfiam
Do que realmente tenho vontade
Da vida, do tempo, da realidade,
Que eu fantasio a felicidade.
O tempo, implacável amigo,
Testemunha silencioso a minha vida,
Mas ele sabe que também não pode
Cobrir de estrelas o meu caminho
Indiferente aos meus clamores,
segue adiante, muito tranquilo.
Agora sopra um vento muito forte
Levando embora as amarguras
E de pronto vejo longe um raio
Daquele que antes me queimava
agora é luz no céu
que cai pra me acordar,
E assim como o tempo,
Poder enfim seguir adiante.
Sussurros do Abismo
Diante do reflexo sombrio de seu passado, debrulhada em sangue e lágrimas, a mente humana, desprovida de esperança, vagueia em um abismo de desespero. As culpas pesam como correntes invisíveis, arrastando a alma para um ciclo interminável de autocrítica e dor. As dívidas emocionais acumulam-se, transformando-se em fardos que esmagam o espírito, cada memória um lembrete cruel das promessas não cumpridas e dos sonhos desfeitos. A esperança, outrora um farol brilhante, agora esvai-se como fumaça ao vento, inalcançável e distante. Nesse vazio existencial, o ser se perde, apegando-se apenas ao eco de uma humanidade desvanecida, tentando encontrar algum sentido no caos interior.
With pain, Lunosat.
"Nosso beijo fervoroso e o corpo suado.
Nossas roupas espalhadas pela casa e suas lágrimas, se desfazendo, no chão daquele quarto.
Lágrimas de emoção, prazer, arrependimento? Não sei. O que sei? Sua indiferença, tem um gosto amargo.
Saudades, de lhe ter em meus braços.
Lembro-me, dos seus abraços.
Onde eu era Rei e escravo;
Pecador; perdoado;
Amante e odiado;
Deus e o próprio diabo;
Curador de lágrimas e motivo do pranto, derramado.
Levanto na madrugada, vislumbro o seu corpo nu e não entendo o motivo do chão encharcado.
Será o suor de nossos corpos? O prazer causado?
Ou as lágrimas, o seu pranto, derramado?"
não acordei legal
dia cinza, chuva
lágrimas no rosto
a existência
o sabor do vazio
sem direção ando sonolento
pelas ruas da cidade
não percebem minha angústia
finjo felicidade.
Quebrado em pedaços,
Questiono aos céus,
Ate quando será derramado,
Lagrimas em um escuro quarto,
Sem aguentar todo esse peso farto,
Enquanto esbaljamos um sorriso falso,
na esperança de um futuro raso
e torcemos para fazer parte de algo (maior)...
Eu sei que é de bater o queixo,
Mesmo lutando sem desleixo,
Em um mundo com tanto preconceito,
Enquanto busco dar apenas o meu melhor.
A chuva cai sem rumo, sem razão,
Como lágrimas que o vento leva ao chão.
Na alma, um vazio, um abismo profundo,
Onde as estrelas já não brilham no mundo.
O silêncio grita dentro de mim,
Tão alto, tão denso, parece sem fim.
Os dias passam lentos, sem cor,
Um eco distante do que já foi amor.
O coração bate, mas não sente mais,
Perdeu-se nas sombras de sonhos iguais.
E o tempo, implacável, segue sua trilha,
Levando embora a última fagulha.
Fico aqui, na escuridão,
Entre os cacos de uma ilusão.
Quem sabe um dia eu volte a sorrir,
Mas hoje, só resta o triste existir.
O REFUGIADO A NADO
.
.
O sal das lágrimas
misturava-se ao das águas:
só queria vida, só queria um chão.
.
Mas encontrou as armas, nas mãos de um guarda.
Encontrou o exército, de todos os países do mundo,
e a serviço de todas as burocracias do Universo.
.
Ele pedia um lugar, e implorava pão;
mas encontrou um muro,
para além dos muros
(não bastassem as águas
contra as quais nadava).
.
O Refugiado a Nado
construiu seu escafandro
com garrafas e boias de plástico.
Conseguiu quebrar a violência das ondas...
Mas não conseguiu derreter o coração das autoridades.
.
Duros, e como a um peixe, devolveram-no ao mar
– ao mar da morte, e da vida em morte –:
ao mar cinza dos apátridas
a quem não se quer.
.
Devolveram-no
– ao Refugiado a Nado –,
como se nunca o tivessem recebido.
Entregaram-no àquela vasta extensão de oceano
– desoladora, fria, e muito mais implacável –
para além do Mediterrâneo,
e de todos os mares:
para aquém da Terra.
.
Depois que ele se foi,
como se não tivesse chegado,
rasgaram sua presença como uma foto incômoda.
No fim, os noticiários o deglutiram ao avesso
como uma fome indigesta...
qual mera curiosidade
para sessão da tarde
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Crioula, nª31, 2023]
A tristeza me veste, um manto de cinza,
As lágrimas silenciosas, que ninguém jamais viu.
No fundo do meu ser, a chama da esperança,
Que se apaga aos poucos, sob o peso do meu sofrimento.
A solidão, um abismo negro e profundo,
Onde me afogo em lágrimas amargas,
Sem esperança de salvação, sem alívio para a dor.
A cada suspiro, um pedaço de mim se desfaz.
No peito apertado, a tristeza se aloja,
Uma sombra fria que o coração carrega.
Lágrimas silenciosas, a alma se afoga,
Um mar de melancolia que me entrega.
Nuvens cinzentas pairam no céu da vida,
Um vazio profundo, sem luz nem calor.
A tristeza sussurra, dor que não se esquiva,
Um lamento solitário, sem sabor.
Caminho pelos dias com passos pesados,
Um suspiro constante, um nó na garganta.
A tristeza me envolve, em seus braços sombrios,
Um fardo que carrego, uma dor que me encanta.
Mas mesmo na tristeza, uma chama persiste,
A esperança sussurra, um abraço de alento.
No sombrio inverno, o sol há de surgir,
E a tristeza se transformará em lamento.
Assim, ergo-me em meio à escuridão,
Construindo força na fragilidade.
A tristeza se desvanece, em cada canção,
E renasce a alegria, com serenidade.
Aquelas gotas de chuva riscam o vidro da minha janela como lágrimas exteriorizadas das minhas dores humanas.
Cai miudinha de saudades daquela tarde chuvosa com lembranças vivas em minha memória.
Há...tudo ficou em câmera lenta e ao mesmo tempo, perturba, causando insônia com a distância entre meus sonhos e minha realidade.
Dúvidas possíveis e os delírios de saudades em cenas reais de lágrimas, risos e choros naturais.
Sem perceber, derramo uma lágrima de realidade e as palavras voam pela janela das coisas ditas e só me resta a poesia.
Poesia essa que vem
desdobrando-se como memórias da minha própria vida.
perdida no espaço tempo
Meus olhos ardem enquanto durmo para fugir
As lágrimas invadem quando na verdade eu queria sorrir
Olho pela janela e não sei que dia é hoje, não sei que horas são.
O coração de uma mãe se despedaça, ao ver as lágrimas de seu filho rolar em sua face.
Ela tenta fazer de tudo e até o impossível, para ver o seu filho bem .
Essa dor que ela sente , nunca terminará, não existe idade que mude !