Poemas de Juventude Poetas Conhecidos
“O pássaro se torna, uma águia, quando sabe pousar.
Assim, é a primavera aliada à vida,
se tornando juventude,
sem dias e nem horas contadas.”
Lhe vejo cuidar do rosto
Penso; como vai a sua alma.
Se brilha; tudo é resto.
Inquieto o mar se acalma.
Seu rosto; botão, mocidade...
Encanta, atrai e seduz.
A alma é o raio de luz
Reflete o sol da verdade.
Abstrato.
Ele me foi alvissareiro e promissor.
Feliz e inocente.
Espichava as horas para não encolher meus sonhos,
e encolhia sonhos que eu queria eternizar.
Às vezes corria tanto que um dia, atônito,
Percebi que já não era infância.
Vieram então as aventuras e devaneios,
As conquistas e decepções,
Os amores e desilusões.
As poesias e canções.
E numa tarde assim bem derrepente,
Um vento outonal virou a pagina da juventude.
Toquei então com ele vida a fora
Travei batalhas insanas, acumulei vitórias
Mas, tive também que contabilizar derrotas.
Houve noites de aflição.
Mas, houve também dias de recompensa.
E em meios as alternâncias,
nem vi cruzar a grande porta da plenitude .
...E ai já não era mais novidade.
E ele mais uma vez veio brincar comigo.
Arou meu rosto, pôs vidro nos meus olhos,
peia nos meus pés e branco nos meus cabelos.
Me impôs limites e tive que aceita-los.
Me fez ver que os grandes projetos
e os sonhos mirabolantes
Teriam que ser substituídos por outros valores.
E ele me deu, então,
Discernimento e contemplação,
Paciência e aceitação,
Me fez ver através das mais simples coisas
a grandiosidade das mãos de Deus.
Me deu sabedoria para entender hoje,
que os grandes problemas de ontem,
são tolos e irrelevantes.
Diante do sorriso de uma criança.
Ah, abstrato implacável absurdo
tempo levou e me deu tudo.
Fio de cabelo branco
Uma noite dessas, já quase passando das tantas... e meio borracho, arranhei a garganta tentando pigarrear uma palavra qualquer. Num relance, enquanto olhava no espelho do banheiro, vi meu semblante roto refletido feito vidro partido, meio distorcido, talvez pelo sono que me acometia àquela hora.
E mesmo que tentasse fixar o olhar na imagem não via surpresas, só conseguia enxergar minha insuportável silhueta de sempre, igual a sempre.
Lá fora, um frio insuportável! Aqui dentro, um friozinho gostoso... Se esquivando pelas frestas da janela, tentando incomodar.
Ainda de front ao espelho vi meu rosto, meio choco, parecendo querer desandar. As muitas linhas emprestadas pelo tempo emolduravam-no, formando uma expressão esteticamente impressionante, quase arte. Se fosse uma vanguarda, seria Expressionista.
Aquelas formas singulares, aqueles traços ousados, aquele fio de cabelo branco... Aquele fio de cabelo, branco? Em minha opinião, quase uma instalação contemporânea, tamanho meu espanto. Era tudo que tinha de diferente na minha face naquele dia, naquela noite, há anos.
Já se passava em muito da meia noite quando me deitei. Ainda pensava naquele fio de cabelo branco que trazia na face, talvez um disfarce do tempo para encobrir os meus tantos lamentos durante toda a vida. Talvez uma lágrima solitária derramada e petrificada ali, no canto esquerdo do rosto transformada em monumento, um totem erguido à minha maturidade.
Talvez fosse isso mesmo, talvez não!
Nunca soube o porque daquele fio de cabelo branco. Nunca tive um ciso se quer, nunca me casei, nunca tive filhos, nunca plantei uma árvore, moro com a minha mãe até hoje, deixo a cama desarrumada pra hora de deitar e provoco o cachorro só pra ver ele se zangar. Sem falar que até ontem soltava pipa e papagaio na rua feito moleque, um crianção. E agora com esse fio de cabelo branco, muda tudo! Será o fim? Será que será bom ou será que será ruim?
Fico pensando
Nós crescemos começamos a ver a maldade da vida e das pessoas,
Ficamos desiludidos com a vida,
A maldade do duplo sentido aparece também,
E penso poxa
Não podemos falar nada que é mal interpretado.
E perdemos a nossa inocência
Não temos as vezes
domínio sobre nosso corpo
E pensamento.
E quando olhamos as crianças vemos a pureza,
A ingenuidade,
E é apenas isso que nós precisamos
A gente pensa
Em qualquer coisa e já vê maldade.
Não conseguimos nem controlar nossos "membros".
Perdemos a 'pureza'.
E a vida perde seu sabor de quando éramos crianças
onde tudo era um mar de sonhos e anseios simples e alheios.
Resumo Jovem
Somos tão jovens de mais porém insanos, construímos verdades quando nos sobram enganos, aos nossos 20 e poucos anos de planos e danos coisas que nós deixamos que não voltam jamais.
Nós somos jovens de mais pra fixar na TV, acender um barato e depois oquê ? se não me falha a memória eu esqueci o porquê, mas trago toda uma história contada para você
Não temos medo do escuro mas carregamos lanterna, não exigimos silêncio ao meio de uma baderna, nao dispensamos convites quando o assunto é taberna, entendiado ficamos dentro de nossa caverna.
Nós somos jovens assim auto-astral, virtual, cultural, musical somos loucos pra poucos que pensam que ser radical é fora do normal, pra nós ta legal.
Soslaio juvenil
Um olhar
Uma pena
Um punhado de terra
Um voo de balanço
Trançando as próprias pernas .
MAL TRAÇADAS LINHAS
Antes de existir,
Tanta tecnologia,
Era preciso possuir,
Papel, caneta e ousadia.
Geralmente assim,
começavam as modinhas,
E as cartas de amor,
Escrevo-te estas mal traçadas linhas,
Dizia o tal sonhador.
Enviava o envelope,
Por algum menino ou estafeta,
Mandava a galope,
Com rosas ou violetas.
A resposta da donzela,
Aguardava ansioso,
Observando a janela,
Sempre curioso.
Ah! Mas tinha um medo tremendo.
Do pai da jovem e saía correndo,
Pois o primeiro gritava,
Minha filha casará com um doutor,
E o último retrucava,
E serei eu, sim senhor.
Depois de muitas confusões,
Os apaixonados se casavam,
A custa de choro e safanões,
Ambos se amavam.
Então as crianças chegavam,
Os avós se rendiam,
Com alegria esperavam,
E sobre os netos amor derretiam.
E a vida então seguia,
Mas chegou um dia,
Que veio a tal tecnologia,
E uma estranha mania.
As conversas em rodas de amigos,
Hoje são por uma tal,
de rede social,
E aí mora o castigo,
A juventude pouco lê,
Mas tem opinião,
Mesmo que seja a da TV,
Para alguma ocasião.
Escrever até que escrevem,
Com figuras de linguagem,
Erros ortográficos e abreviações,
Claro que há exceções.
Ainda existem papel e caneta,
Mas isso quase não se usa mais,
Restou a ousadia com nova faceta,
Apenas para romances banais.
Hoje se escreve na rede social,
E perdoem-me se pareço banal,
Mas ainda usarei a expressão,
Escrevo-te estas mal traçadas linhas,
Para confessar minha paixão,
E sonhar que um dia serás minha.
Não apenas namorada,
Mas também esposa e amiga,
Amante amada,
Companheira querida.
Perdoe estas mal traçadas linhas.
Autor: Agnaldo Borges
03 e 04/10/2014 - 18:30 - 16:28
ESTAÇÕES DA VIDA
Ela era feliz com a vida que tinha quando ele cruzou seu caminho
naquela tarde encalorada da primavera da vida,
na juventude mal iniciada dos dois.
Sua felicidade aumentou de tamanho, mal cabia no peito.
De início se encontravam às escondidas,
faziam planos ousados,
casar, ter filhos, emprego estável, bens materiais.
o tempo passou...
o seu amor por ele solidificou
e numa tarde quente no final do verão da vida
ele a deixou...
mudou de casa,
juntou suas coisas,
a deixou desamparada.
Pobre menina
Ultimamente seu coração está apertado, dolorido, em frangalhos.
É que o amor bateu na porta, entrou em casa, trocou os móveis de lugar e foi embora.
Restaram a ausência, a carência, a saudade e a casa vazia de gente.
Restaram os móveis empoeirados na sala, encobertos com tecidos encardidos pelo tempo.
Um amigo lhe dissera que é assim mesmo, o amor às vezes nos prega peças, nos faz sofrer sem querer porque buscamos o melhor e ficamos na pior.
Vou trancar as portas do meu coração disse ela revoltada.
Desilusão dos sonhadores.
E ela ficava debruçada na janela daquela casa
olhando para o horizonte distante,
como quem procura respostas no lugar errado.
O tempo passou e numa manhã de frescor do outono da vida ele voltou, entrou pela porta do fundo e ela nem viu.
A porta estava trancada com correntes mas ele tinha a chave do cadeado.
E quando ela se deu conta os móveis já estavam arrumados,
a casa estava perfumada,
e lá estava ele sentado naquele sofá empoeirado a observá-la.
Ela olhou nos seus olhos e caiu em seus braços,
deitou-o em seu colo e pediu para que ele ficasse.
E sonhou...
E chorou...
E sorriu...
E ele fez promessas vãs.
E ingênua que ainda é.
tem a esperança de se casar no próximo inverno,
num asilo qualquer.
Aproveite a energia que você tem enquanto jovem.
Sabe aquele sentimento de que você pode mudar o mundo?
Realmente você pode.
Então vá em frente.
Não desperdice seu tempo envelhecendo.
Faça acontecer. Realize. Transforme.
Promova uma verdadeira revolução, todos os dias!
E, por favor, fique jovem para sempre!
e_Start (desvício)
Aí...depois de mais de três décadas olhando só para o chão
ele ergueu a cabeça e contemplou um mundo inteiro
bem na sua frente!
Ele não conseguia entender de onde havia surgido aquele mundo novo
e nem fez esforço para tal. Apenas calou-se.
E o que se sabe d'ele é que, depois daquele dia
nunca mais abaixou a cabeça! Nunca mais.
Ele até sabe que alguns o acharão arrogante, esnobe...etc.
Por estar sempre de cabeça erguida, de nariz em pé, em estado de contemplação...
Mas não se importa com isso!
De verdade, não se importa com isso.
Desde que possa continuar olhando para frente
desde que seu mundo seja sempre incrível como é agora
como fora, já na primeira vez que se mostrou a seus olhos
naquela tarde de domingo.
Se for assim, pra ele está tudo bem.
E se não for assim, não será de outro jeito, pelo menos para ele.
Amo-te ! Lisboa.
...das colinas de Lisboa
vejo a lua beijando o mar
O Tejo conta as lendas num silêncio
...um barco corre solto, a navegar
No cais um poeta, canta e chora um fado triste
com ciúmes da lua, se torna tão bravio o mar
... enquanto a brisa namora aquela princesa de rara beleza, no seu castelo de areia, a encantar...
Das colinas de Lisboa
Onde o sol se põe, me faz sonhar
uma gaivota paira num silêncio
num imenso firmamento a voar
Nos trilhos a vida passa sem sentir essa magia
enquanto toda uma cidade se prepara para sonhar...
ouvindo o sino das tuas rústicas catedrais
a entoar um canto, de amor e paz.
Amo-te! Lisboa.
Ai quem me dera, na primavera, poder te abraçar!
No Algarve dos sonhos, regar natureza
Nos campos do Alentejo, aventurar.
De aço, são meus amores
Açores, epopeias ! Vou contar para o mundo tua beleza
sem par.
Ao serrar das estrelas
a noite me trás os montes
no frio se aquece a Madeira, uma ilha no mar
Vejo alegre e cantante
O fadista de outrora, tão presente agora,
a te enamorar
Até o Porto eu navego
nas tuas caravelas, que fizeram a história
e novos mundos brotar
Tua juventude renasce, minha querida Lisboa
a cruzar novos mares, a novos rumos tomar
... sem caravelas ! pois hoje, já é nova era
e o futuro de espera numa nave estelar
E o meu coração, continua sendo um Tejo
a desaguar nas estrelas, por entre serras e montes
beijando os teus céus e o teu mar.
Amo-te ! Lisboa.
É preciso saber dialogar com seu momento pra não avançar no vazio...
enquanto jovem ter o suficiente equilíbrio do pensamento,
pois quando velho, ou o tempo é curto ou a paciência não existe mais.
Quando era jovem costumava pensar que as coisas eram como tinham de ser e sonhava em mudar o mundo.
Quando amadurecí costumava arrepender-me da minha juventude.
Agora que sou quem sou costumo vaguear sem destino. Sou uma simples chama numa vela pronta para se apagar e desaparecer no nada.
Já tive 17, 20 e 24
Com o tempo os números se embaralharam
Somaram-se e diminuíram-se muitas vezes, sei lá.....
Hoje, não lembro exatamente de quem eu era nos idos da minha juventude.
Somente tenho a sensação de que era feliz.
Ou será que, por não lembrar, a sensação também é falha?
Não importa...
Percebo que as lembranças do que fui me fazem bem-aventurada
E tem dias que acordo e sinto-me com 17,20 ou 24.
Encurva-se.
Olha o mundo através do espelho.
Conhece pessoas e sorri.
Reconhece amores e fecha os olhos.
Sonha. Viaja.
Desliga e a solidão consome.
Livros e pensamentos.
Ou muito menos que isso...
Juventude.
Ser Jovem é:
Seguir em frente e sonhar,
que, tudo pode melhorar.
Acreditar que um dia as coisas irão mudar.
Jamais aceitar o que lhe imposto é,
sem antes lutar.
Navegar, sem receios de afundar.
E se afundar? Sabemos nadar!
Marcharemos firmes na direção que o vento soprar,
Ventos, que, de tempos em tempos podem mudar,
Estamos atentos às mudanças,
E jamais perderemos a esperança.
De viver uma sociedade Livre, igualitária e Fraternal,
Dessa forma lhes desejamos um Feliz Natal,
E um ano novo sem igual
Saudade.
A língua portuguesa é tão rica e por esta mesma causa tornou-se muito invejada pelos inventores de palavras. Basta receber alguns comentários mais afoitos para sentirmos quão grande são as palavras criativas de resumos e invencionismos, nesta nossa tão querida e maltratada língua, por parte exclusiva das grandes "pérolas do Enem nacional". Isto faz-me recordar que somente nós, usuários deste vernáculo temos uma única palavra que exprime um grande e gostoso, ou não, por vezes triste sentimento, o qual chamamos de saudade.
É esta uma das palavras mais presentes nas poesias de amor da língua portuguesa. Pena que a educação em "lato sensu", presente verdadeiramente entre os anos de 1950 a 1970, quando as escolas profissionalizantes grátis, com o "curso científico", nos auros tempos do "tesouro da juventude", enciclopédia, até hoje insuperável em compêndios e conteúdo, presentes na maioria das bibliotecas escolares, eram ofertados a grande massa populacional, incluindo os menos abastados trabalhadores e aos seus filhos, por direito, quando tanto as prefeituras, estado e governo federal, comungavam de um ideal único, que era o desenvolvimento e a preservação da soberania nacional, resquícios das benesses implantadas pelo saudoso e insuperável presidente Getúlio Vargas, verdadeiro e único pai dos pobres.
Transformados que fomos em eternos órfãos, por mais que morramos nós e nossos sucessores filhos, nunca nos sentiremos novamente, um dia, adotados sequer, pois o egoísmo indecente daqueles herdeiros políticos que o sucederam, desde então, sequestrando nossa capital federal aqui do Rio (RJ), para escondê-la, a seu bel prazer e deleite, nos mais longínquos rincões do sertão brasileiro, sonegou-nos o simples direito adquirido de sermos, ao menos, felizes.
"HAVIA UMA PEDRA NO MEIO DO CAMINHO". MAS, E DEPOIS?
O homem focado, a pôs pro lado e continuou caminhando,
O realizador, a usou como base para um sonho,
O de espírito jovem, a chutou e se divertiu,
O cauteloso, a contornou,
O oportunista, fez sucesso com a situação,
O cheio de fé, a fez como "Pedra fundamental",
O visionário, a transformou em um produto e a vendeu,
O criativo, a escupiu,
O intelectual, a usou como poesia,
Enquanto todo o resto só soube reclamar.
O negativismo não nos leva a nada.
Saiba sempre extrair o melhor de tudo!
Percebemos o seu anseio por mudança, seu faro não se engana. Sabemos bem a falta que faz a esperança, mas o gritar, por si, não adianta.
É preciso arregaçar as mangas, exemplificar as ânsias, e falar com as mãos. Obrigar as vítimas de sua voz a pensarem duas vezes antes de lhe dizer não.
Os antigos jovens, que as caras pintaram, envelheceram. Sua geração, seus heróis e necessidades, há tempos morreram.
Só você se conhece e entende, somente a ti o antigo jovem se rende. Seus pulmões têm mais ar. O seu brado mais potência. Seus sonhos ainda não se encerram ao despertar, pois em ti não há sinal de desistência.
Então sonhe, mas o faça acordado. Não renegue o seu âmago indignado. Organize-se, não tema o novo processo. Entenda e aceite as bandeiras, evite o retrocesso.
As ruas, marchas e gritos são apenas metade do caminho. O seu fito precisa de direção e altruísmo, pois política é um lastro que não se constrói sozinho.
Aproveite enquanto o tempo lhe concede passagem, pois esta era és tu quem domina. Não deixe para o seus filhos o seu passado, sua dor, sua luta, sua sina.