Poemas de John Lennon
Eu acredito em tudo até que seja refutado. Eu acredito em fadas, em mitos, em dragões. Tudo isso existe, mesmo que só em nossas mentes. Quem poderia dizer que sonhos e pesadelos não são tão verdadeiros quanto a vida real?
O amor não tem fronteira
O ar não tem fronteira.
O rio não tem fronteira.
O mar não tem fronteira.
O cosmo não tem fronteira.
O sonho não tem fronteira.
De que valem estes marcos de pedra
Se muito além destas montanhas,
Do ritmo destas vagas,
Das copas desta selva,
Deste rio já correm estas águas?
E nele percorrem livres tantos peixes,
Tanta vida, tanta vida...
Que representam estes limites,
Se do ar que respiro,
Transforma-o em novo
A pródiga natureza;
E meu corpo alimenta sua vida,
E sem ele inevitável sucumbe,
E toda vida na terra expira,
E é o mesmo para todos?
Apenas é relevante ou existe,
O que já existia.
O que não foi imposto
Pela ganância ou pelo temor.
Por que para muitos é invisível,
Se alguns já vislumbraram?
“You may say,
I’m a dreamer,
But I’m not the only one”.*
A única fronteira é o limite
Entre a sanidade e a loucura;
Entre o milagre da vida
E o vazio da morte.
Esta angústia desfar-se-á em abraços,
Quando velas brancas, coloridas,
Sinceros sorrisos e esperança,
Dos lugares mais longínquos
Apontarem de todos os lados
Ao horizonte desta utopia perseguida:
O amor não tem fronteira!
Imagine que não há países
Não é difícil de fazer
Nada pelo qual matar ou morrer
E também nenhuma religião
Em uma entrevista para o Evening Standard, em 1966, John Lennon advertiu o jornalista Maureen Cleeve: "O cristianismo vai sumir. Vai desaparecer e encolher. Eu não sei o que vai primeiro, o rock n' roll ou o cristianismo... Os Beatles são mais populares que Jesus agora." Ninguém reparou nos comentários até que foram impressos na revista teen "Datebook". A reação teve proporções bíblicas. Álbuns dos Beatles foram queimados em público, rádios de circuitos cristãos baniram suas músicas e shows foram cancelados. No fim das contas, Lennon foi forçado a pedir desculpas em uma conferência para a imprensa.
Existem dois tipos básicos de forças motivadoras: o medo e o amor. Quando estamos com medo, nós puxamos a vida pra trás. Quando estamos apaixonados, nós nos abrimos para tudo o que a vida tem pra oferecer, com emoção, paixão e aceitação. Precisamos aprender a nos amar primeiro, em toda nossa glória e nossas imperfeições. Se não podemos amar a nós mesmos, não podemos nos abrir completamente à nossa capacidade de amar os outros ou ao nosso potencial para criar. A evolução e todas as esperanças para um mundo melhor descansam no destemor e na visão sincera de pessoas que abraçam a vida.