Poemas de Janela
Não sei se com vocês
Mas comigo é assim...
Tem noites que passo em claro
Pensando...
Em tudo, em nada
Naquilo que poderia ter sido
No que não mais será
E também no que vai ser...
Dado momento
Exausta
Espio o tempo
E desisto...
Já é tarde demais
Até para dormir...
Então
Fecho o livro que não li
Dou boa noite a luz
Me debruço na janela
E retribuo o abraço do sol...
E como já regada de mim mesma
E agora aquecida
Aproveito e broto
Mais uma vez...
JANELA DO CORAÇÃO
Do meu coração eu abri a janela
Vi meu jardim florido
Vi que já era primavera
Tempo de florescer , tempo de renovar !
Fui como uma andorinha
Com as asas quebradas
Que insistente a voar ...
Vejo-me através da janela da vida
Cicatrizes e feridas
De um amor que se foi dizendo: não volto mais
Ficando em meu canto escondida
Curando das asas tais feridas
Curando sozinha meus ais ...
Não sou um papel, Pra minhas asas rabiscar,
Sou minhas próprias asas ;
Me preparo para voar ...
...e surfando entre as nuvens
No espaço a navegar,
Contemplando as estrelas,
O brilho do sol entre a luz do luar !
Vi através da janela de meu coração
Que embora na solidão vazio,
Tem espaço de sobra para amar !
Direitos Autorais Reservados Sob a Lei -9.610/98
SONETO Nº2 - ABRA TUA JANELA
abra tua janela
pro sol entrar
abra tua janela
pra vida morar
na tua sala de estar
em teu peito se abrigar
abra tua janela
pra namorar
abra tua janela
pra deixar-se encantar
desde os cantos das aves
aos cantos de teu lar
ajeita aquela
pra entrar um pouco de ar
e desemperre aquela outra
que é pra brisa tocar
nesse peito que deixou esfriar
no tempo que deixou passar
abra tua janela pro amor entrar
abra tua janela pra não sufocar
No século XIV, Leonardo da Vinci dizia:"o olho é a janela da alma".
No século XXI, com a COVID 19,o olho tem sido:
a janela da alma
a expressão do sorriso escondido pela máscara,da dor velada,do sim,
do não,do talvez e da esperança.
Abra!
Abra a mente, a porta e a janela
Abra um livro, um sorriso
Abra as pernas, uma garrafa de vinho
Abra um pote de nutella.
Só na abra sua alma pra pessoas cegas de sentimento!
Feche!
Feche sua mente pra influencias nefastas.
Feche a porta do seu quarto e a janela se achar melhor.
Feche o livro e até abandone a leitura se ele não te prender,
Feche esse sorriso de vez em quando, Frejat já dizia que rir de tudo é desespero.
Feche as pernas, principalmente se tiver de saia.
Feche a garrafa com aqueles dois dedinhos de vinho.
Feche o pote de nutella, guarde pra proxima TPM.
Só não feche sua alma para o amor.
Por (Ro Alves) Facebook
Abre a janela pro vento bater
O que for ruim deixa o vento levar
Enquanto eu tiver forças pra viver
Eu nunca vou deixar de sonhar
De ma fenêtre - Da minha janela
Da minha janela, eu via o ir e vir de pessoas sempre apressadas, como o Coelho Branco de Alice no País das Maravilhas. Dentro de seus carros, em suas motos, bicicletas ou mesmo com passos acelerados, suas expressões gritavam “Estou atrasada, estou atrasado! Olha a hora, olha a hora!”
Alguns dias eu observava atentamente e algumas coisas se destacavam. Como os carros, verde limão, amarelo e o rosa que passavam quase sempre no mesmo horário, também havia um simpático casal de ciclistas e um grupo de pessoas barulhentas que caminhavam em direção ao ponto de ônibus. Não conheço, nenhuma dessas pessoas, mas não as vejo mais, suas histórias e seus caminhos, mudaram.
Da minha janela, agora eu vejo a rua vazia, tranquila. E apesar de estar em uma região central de uma capital, é como se fosse um bairro de uma cidade pequena, onde crianças poderiam sem medo, estar correndo, rindo, se divertindo (como eu fazia na minha infância), mas não existem crianças na minha rua.
Da minha janela, alguns dias, eu posso aproveitar os tímidos raios solares, me fascino e tenho medo das tempestades e algumas vezes, vejo a Lua e as estrelas (pois aqui quase sempre o céu está nublado).
Da minha janela, as coisas que mais gosto de ver são aquelas que meus pensamentos trazem, enquanto tomo meu café, meu chimarrão ou minha taça de vinho (depende do momento), e olho para o céu, para as árvores ou para o nada, sem fixar o olhar
Da minha janela eu vejo o meu ontem e planejo o amanhã.
Eu gosto da minha janela!
Luana Kaminski
“Depois da chuva
Abrirei minha janela para a alegria
E por uns momentos
Esquecerei das dores do mundo...
Depois...
A vida continua...”
Deitado em minha cama, silêncio...
A chuva batendo na janela.
O verde das folhas num leve balançar.
Sol, dois milagres da vida em um frio e apático vidro.
Nostálgica tarde, envolvente.
Único, singular eu, raso, visível...
Cru, desnudo de pretensões.
Cascas caídas, como se as máscaras fossem guardadas.
Exposto, frágil, verdadeiro.
Em folhas e gotas, protegido.
Moldura, rara pintura.
Eu.
Gosto de agosto porque gosto
E quando gosto, gosto mesmo
Gosto de verdade
Gosto de você e gosto
do meu bom gosto
Se te agrada meu gosto
Gosto mais ainda
Gosto de agosto.
Minha janela
As vezes aberta
outras vezes fechada
busco dentro de mim
o brilho das estrelas
as vezes a escuridão
das trevas
todas as manhãs
os pássaros cantam
as flores exalam perfumes
o mar tranborda amor.
Faço minhas escolhas
vivencio experimentos
que refletem na minha janela
no meu olhar de mundo
lá fora
a beleza permanece
e a vida segue
uma janela
sempre aberta
@zeni.poeta
NUM DIA DE CHUVA
Céu cinza, telhados molhados
As gotas de chuva no vidro da minha janela
Escorrem feito lágrimas
Bate àquela saudade
Do abraço que não aperta mais
De quem só restou um retrato amarelecido
E a presença que insistiu em ficar dentro de mim
Dos olhos que não se cruzarão mais com os meus
De sentimentos fugidios que moram no ontem
Saudade daquilo que não tomou forma
As gotas de chuva choram na minha janela
Enquanto a saudade chove em meus olhos.
✨Ela
na janela
do dia a dia,
apreciando a paisagem
e seu pensamento absorto em alguém,
que fez do seu coração
um doce jardim de primavera...🌹
***
✨
"Na passagem
Do tempo
uma paisagem
descreve meus sOnHoS."
💖...*(FLS*)
E ela
APENAS olha a janela
do tempo e DIZ:
num tom
radiante e FELIZ,
mesmo que demore
estarei a espera de dias melhores 🌷
***
____Francisca Lucas___
🌷💖🌷
Quando me reconstruir
quero ter janelas enormes
Pra que nenhum canto em mim permaneça tanto tempo no escuro
Pra que algo consiga ser maior que minha solidão
Mas não cobrirei minhas rachaduras
Nem disfarçarei minhas angústias
Carrego comigo cada mulher que eu já fui nas minhas frestas
Usarei esses vazios como respiro e não como ruínas
A janela da paz
Olho da janela dos meus olhos fechados, vejo deslumbrantes paissagens, mas como?? Perguntam aqueles cegos de lembranças e de criatividade emocional, mas eu respondo, meu mundo, hoje, tem as paissagens que quero ver, os lugares por onde andei e por outros tantos que nunca passei, mas que com certeza estão lá a me esperar, mesmo que eu nunca, fisicamente, vá, mas posso vê-los, pela janela central do meu quarto de imaginar, lá, só entra o que permito, só quem permito, lá a paz é minha companhia constante, minha amante confidente, minha amiga sempre pronta a me consolar, lá sou rei, sem reinado, sou imperador sem império, sou eu, simplesmente eu.
Numa noite dessas, estava chovendo,
decidi ir até a janela para observar o céu e fiquei o observando por alguns instantes, então, você apareceu nos meus pensamentos, um devaneio da minha mente, estava linda, excitante, sorridente, estávamos exultantes
por estarmos juntos até que, repentinamente,
senti uma brisa suave tocar o meu rosto e os meus lábios
como se fossem os seus beijos enviados pelo meu audacioso desejo,
uma afronta à realidade.
Não queria despertar, entretanto,
fui contrariado quando uma densa neblina tomou conta,
ocultando assim a sua presença,
a chuva ficou mais forte,
logo, despertei e fechei a janela.
"" Sentir o gosto da rima perfeita
E perder a eleita
Pra um pensamento efusivo
Que viajou demais...""
“” Que venham os novos dias
E suas novas cores
Que tragam também, novos amores.
Pois o que para, adoece
E se saudade é estrela
Luar é noite que acontece...””
A JANELA E A LUA (soneto)
Já de ti - dizia a lua - me despeço
Pra janela, no cerrado com sorriso
Deixo-te com os sonhos. Preciso
ir... O sol já está no seu ingresso
No horizonte me embaço no paraíso
De tua fresta vê-me no meu avesso
Diz a lua no clarão no céu disperso
E eu, noturna, indecisa, me diviso
E, escancarada, alegre, a ti expresso
Até mais logo! Vá com lotado juízo
Diz a janela pra lua, breve regresso!
E está, que já dormia, de sobreaviso
Inteirou a janela deste seu recesso
Até a noite, quando volta no improviso
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano