Poemas de Janela
Por hábito,
não abri a janela para ver o dia,
já que havia visto anteriores.
Por hábito,
não acendi nenhuma luz,
já que continuavam mesmos os corredores.
Cerrei meus olhos e cego me tornei,
por habitualmente pensar
que as coisas todas,
permaneciam as mesmas.
A ALVORADA DO DIA
Vê-se no cerrado; e vê, pela janela
A beleza diversa na vida vespertina
Casto, nasce o sol. A noite termina
Outro raiar, luzidio, e a magia trela;
Outro espanto, no apreciar revela
Encanto feroz que a alma morfina
Presenteia-lhe o dia, prova Divina
Mais que seduçāo, ato de ser bela!
Fios dourados... Ouro... composto
Enche-a de luz, para despertá-la
No surgir que aí vem... Só dá gosto
A surpresa, na admiração enleada
Altiva, e a cintilar, no atônito rosto
Os primeiros raios da rútila alvorada...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Final outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Via detalhadamente as gotas de chuva caindo e entrando em contato com o vidro rígido da janela. O som continuava a se repetir, atingindo o telhado. De repente, de uma maneira peculiar, sentia as lágrimas de solidão descendo pelo meu rosto; como se tivesse feito túmulo das mesma dentro de mim há tempos. Ela veio como monstro repleto de cicatrizes, parecia que estava pedindo desculpas por escorrer como a a chuva daquele fim de tarde. Viver fora desse mundo parecia melhor escolha. Talvez fosse estupidez pensar daquela forma - dizia eu. No entanto, quando me perdia nos livros, lembrava-me que escrever sempre me esclareceu está completa;e é exatamente o que sinto quando faço o mesmo. Embora, para mim, não significava está salva ao escrever. Mas verdadeiramente me fazia me sentir inteira.
Escrever simplesmente me eterniza!
E isso que traz de volta o ar que mundo me roubou. Isso me torna cada vez mais clara naquilo que me deixa livre. Meu refúgio ou até mesmo um pedido de socorro.
Eu quando chego a janela
Me lembro sempre dela
Ah....aquele olhar
Aquele amor de primavera
Queria tanto estar com ela
Foi apenas uma quimera
Senti uma dor no peito
De um grande amor desfeito
Deu vontade de chorar
Um dia, talvez já refeito
Pensar em em te encontrar.
►Cicatrize
Estou acabado, olhando pela janela
Esperando quem nunca irá chegar
Esperando pela doce e fofa donzela
Não esperei que fôssemos ficar juntos
O destino lutou contra mim, por muito
O tempo me apunhalava a todo momento.
Eu juro que tentei ficar junto dela
Juro que fiz de tudo pela morena
Mas, ela mesmo não tinha esperança
Lutei, por meses a fio, sem conforto ou segurança
O adeus enfim se desprendeu de meus lábios
Choramos, nós dois, e continuo em lágrimas
É difícil, está sendo difícil suportar o passado
Pois, minhas dedicatórias para ela, estão nestas páginas
Meu amor por ela está em canções, seu cheiro ficou no meu quarto.
Queria dizer que a amo, que não irei desistir
Mas não sei se o meu coração irá resistir
Queria dizer que ficarei com ela
Mas não sei se consigo aguentar mais sequelas
As minhas cicatrizes ainda não fecharam
Sinto sua falta, sinto muito a sua falta
Talvez minha inspiração para escrever entre em férias
Sinto sua falta, sinto vontade de chorar
Apaguei nossas fotos, mas as letras e textos te tornarão eterna
Mas eu te amei de mais, com todas as minhas forças
E continuarei a sonhar, lembrar e chorar.
CONDENADO À MORTE SOCIALMENTE
Da minha janela...
De mãos atadas pelo sistema,
Espio os agentes, que em nome da ordem...
Aos cidadãos condenam a morte.
Esqueceram suas leis, das que legislaram,
Contradizem seus célebres artigos...
É inércia?
É crueldade?
Pondero com meus botões:
Que nome darei a tamanha maldade?
Sem emprego, dinheiro... desemprego
Sem água, morre-se de sede,
Sem energia, morre-se na escuridão,
Sem moradia, morre-se ao relento.
Sem oportunidade, sem argumentos,
Sem defesa... sem dinheiro!
Se é um condenado a morte!
Madrugada fria, lá fora a coruja pia, meu gato aqui dentro mia, no meu peito uma agonia
Pela janela vejo morcegos, nas redes vejo amores cegos, pela tela de meu celular
Pensei em te ligar, mas olhei pro relógio, muito tarde, melhor não incomodar
É, nossa ultima briga foi tensa, o encontro de um tornado com um vulcão, cara, pensa
Quando percebo já e de manhã, fiquei pensando nela, ouvindo blues e Djavan
Deito-me no colchão, celular modo avião, na minha mente só desilusão
Não faz sentido
olhar a janela
Esperar
Querer o sol
Beijar o mar
Só
Não faz sentido
Em outras ruas
Teus passos
Não faz sentido
Caminhos
Tortos
Lugar diferente
Olhar calado
Silêncio
Procurar não faz sentido
Sem respostas
Sem palavras
Eu só
Solidão
Portas fechadas
Sem rumo
Apostei alto
Jogo perdido
Mudando as cartas !
12/09/2019
A estrela na janela
Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unigênito. - João 3:16
Escritura de hoje : Efésios 2: 1-10
Durante a Segunda Guerra Mundial, era costume nos Estados Unidos que uma família que tivesse um filho servindo nas forças armadas colocasse uma estrela na janela da frente de sua casa. Mas uma estrela dourada indicava que o filho havia morrido em apoio à causa de seu país.
Anos atrás, Sir Harry Lauder contou uma história comovente sobre esse costume. Ele disse que uma noite um homem estava andando por uma rua da cidade de Nova York acompanhada por seu filho de 5 anos. O rapaz estava interessado nas janelas iluminadas das casas e queria saber por que algumas casas tinham uma estrela na janela. O pai explicou que aquelas famílias tinham um filho lutando na guerra. A criança batia palmas quando via outra estrela na janela e gritava: "Olha, papai, há outra família que deu um filho para seu país".
Por fim, chegaram a um terreno vazio e a uma pausa nas fileiras de casas. Através da brecha, uma estrela podia ser vista brilhando intensamente no céu. O garotinho prendeu a respiração: "Oh, papai", ele gritou: "Olhe para a estrela na janela do céu! Deus deve ter dado o Seu filho também. ”
Sim, de fato! Há uma estrela na janela de Deus. Você percebe o que Ele fez por você? Por causa do amor de Deus por nós, Ele deu Seu Filho (Ef. 2: 4). Você agradeceu a ele?
Refletir e orar
Muitos dão a vida por seu país, mas Jesus deu a vida pelo mundo. MR DeHaan
A VIDA PELAS JANELAS DA VIDA.
Da janela da vaidade eu vi a vida,
Disfarçada de verdade iludida.
Vi tudo que a vida dizia me dar.
Da janela da incoerência, eu vi a vida em decadência.
Vi quem tinha a vida em complacência, vendo a vida se acabar.
Da janela da serenidade eu vi a vida de verdade.
E... Vi que a vida é bem mais do que a vida tem para ofertar.
Da janela da vida eu vejo a vida,
Posso decidir em qual janela ficar.
Vaidade, incoerência ou serenidade, sabendo que um dia a vida vai me cobrar.
Autor: Cícero Marcos
Num quarto, as luzes apagadas, pela janela o brilho da lua ilumina seus traços e a dança começa.
Seu corpo aproxima mais do meu, seus lábios encontram os meus, calmamente e intensamente o ritmo muda.
Seus toques aumentam mais a satisfação e meu corpo se arqueou mostrando a sensação mútua de prazer e a dança continua.
alguém muito cheiroso
sentou aqui há pouco
no banco em que estou
vista pra janela
camarote de curioso-aprendiz
lugar de quem atira paixão
assobio de
bem-te-vis
Em Goiânia, da janela de um UBER:
Apesar deste sol,
a minh` alma “chove”.
Ao dobrar cada esquina,
vejo vultos… perfis...
( rostos desconhecidos)
No vácuo da história,
e no abismo do tempo,
perdi minha essência.
( eu sou um ser sem ser)
As lembranças antigas
e meus sonhos perdidos
dilaceram minh `alma.
Entre tantos ais ,
minha saudade encontrou o que quis.
Da janela percebo a vida...
Lírios coloridos, dançam nessa tarde de sol.
As rosas explodem na sua beleza.
Pétalas se espalham pelo jardim.
O verde contrastando com o colorido...
Tudo é energia...
Tudo vibra.
O ritmo é a batida do coração.
Ventos que batem nas pedras.
Ventos que uivam.
Ventos que choram.
É a magia da natureza.
Pássaros voam no céu azul.
Pássaros cantam nas árvores...
Canários amarelos cantam no jardim.
Abençoada natureza, que vibro;
olhando da janela.
Nilto Moura
Acordo tarde, esperando a ressaca do vinho barato, sem vontade de sair da cama. Abro a janela e vejo a cidade cinzenta, cheia de gente apressada e sem rumo.
Mas eu sou diferente, não quero seguir a multidão, prefiro me perder nas ruas sujas e escuras, nas várzeas, encontrando aqueles que a sociedade entende por páreas.
Eu não me importo com as convenções sociais, não me importo com o que os outros pensam de mim.
Entre os bares e becos, eu me encontro, com meus vícios, virtudes e defeitos. Eu confronto a vida e a morte, o amor e o desamor. Eu sou um sobrevivente, um lutador incansável. Eu sou o anti-herói dos desajustados, o rebelde sem causa. Somos todos experimentos, um dia tudo isso acabará, e eu partirei deste mundo sem arrependimentos.
Acordei meio-dia
Abri a janela
E voltei a deitar
Preciso despertar
Mas vontade não há
Mesmo que eu peça
Ela não me deixa
Que dor de cabeça
Se eu adormecer pra sempre
Tudo vai melhorar?
Abro a janela
E vejo um lindo pássaro a cantar
O lindo sol a brilhar
Tenho que te dizer
Que pra sempre
Vou te amar
*
"Meu pensamento impetuoso,
um viajante curioso,
no seu olhar abrangente,
na janela dos seus olhos, segue o seu coração, um amante de paisagens,
que entre nuvens
não perde nenhum cenário,
afinal o seu salário
vem em forma de reflexões e poesia..."
***