Poemas de Janela
Quartzo, martelo e Janela
Uma contradição
Metade verdade
Metade ficção
Dias passando
Com sua
Regularidade
Monótona
E só
Esperando
Quando muito
O Sol
Brilhar
O meu Pico do Montanhão
com os seus escudos cristalinos
podem ser vistos
da minha janela poética
enfeitada por esta sublime
visão que sempre
inspira aqui em Rodeio
com o quê há de mais perfeito.
Da janela do tempo
vejo vultos
dançando o Alujá,
O coração e o pensamento
dançam juntos,
Porque há muitos
capítulos a relembrar.
A janela e a tramela
Milhares de pessoas pelas janelas
Vão espiando a vida
Repetidas vezes
A mesma paisagem repetida
É sempre a mesma janela
Que no tempo corre
E sendo igual é diferente
Porque o que muda nela
É a sua própria tramela
Janelas se abrem e fecham todos os dias
No raiar do dia e no cair da noite
Azul, outras cores ou escarlate
Lá às vezes, o cão late
Às vezes, passa o homem
Vendendo melancia e chocolate
Dia a dia é a mesma janela
Já passaram anos
E até gerações
Mas o que muda nela
É a sua própria tramela
Maria Lu T. S. Nishimura
Me desfaço para encontrar me
Procuro uma saída
Portas que se abram
Encontro uma janela ali outra aqui
Vou seguindo meu caminho em busca de algo
Que muitas das vezes nem eu mesma seu dizer o quê
Apenas procuro...
Procuro...procuro ...
Me desfaço
Encontro laços
Encontro sorrisos
Encontro amor
Encontro o carinho
A vida sorri pra mim
E eu me entrego
Entrego-me
A essa luz
Que em meio a escuridão
Trouxe paz ao meu coração
E nela me fortaleço
Obedeço!
Obedeço meu desejo
Obedeço meu coração
Obedeço meu querer
Obedeço meu pensar
E sou eu outra vez a decidir
Coloco um sorriso no rosto
Tiro a mascara
E me atrevo
Atrevo-me a ser quem sou
Me desfaço do que me faz mal
De tudo o que tenta me impedir
De viver a vida que escolhi
Deixo o amor vir
Dele sou fã
A ele me apego
A ele me entrego
E com ele sou feliz!
Poetisa
IsleneSouzaLeite
Da minha janela eu fiquei
Em busca daquelas histórias
Que só eu sei contar,
Fui em busca do luar...
Eu fiquei assim a te esperar,
De olho na janela para te ver,
Do jeitinho que irás pousar;
No soneto madrigal irei festejar
De bruços irei escrever:
Para o poeta se deleitar.
No céu flutuando eu subi
Em busca da luz da lua
Que provoca o delirar,
Fui em busca de você,
Eu estou a premeditar,
De olho na tua despreocupação,
Do teu trigueiro versejar,
No meu abraço a te abraçar,
De boa e sensual coreografia
Estou aqui para te provocar...
Do céu avistado o luar
Em busca do teu beijo,
Que chegou para excitar,
Fui em busca do segredo,
Do teu lindo versejar
Que bem parece (rede)
De pescador lançada no mar;
Aqui estou subindo pelas paredes,
Pronta para a gente namorar.
Ontem a noite estava fria,
A Lua pousou sobre a janela,
Senti a carícia plena...,
- a mais bela
Ela fez mais rosa a rosa cor-de-rosa,
A roseira estremeceu inteira...
Eis aqui um coração de pomba,
E você com esse teu charme
Que amacia, toma-me por tua conta!
Transformou-me a comportada menina
Em mulher faceira que só pensa
Em poesia - e na entrega perfeita.
Quem te tem no coração,
Não é mais sozinha,
Você esquenta e faz amorosa
A mais baixa temperatura,
Estou à espera de teus beijos,
E por eles escrevendo versos de ternura.
No itinerário a ser percorrido,
Há desejos a serem encaixados,
Dois corpos para serem acariciados,
Duas volúpias para não serem contidas,
E beijos para não serem findados,
As nossas mãos se farão incontidas.
Estou sentindo o amor primeiro chegar,
Chegou o tempo das nossas possibilidades,
É tempo particular das ternuras aconchegadas,
Saberemos o quê fazer,
E como fazer com as nossas docilidades
Vamos mais do que nos apaixonar:
- Nós vamos é nos (entregar)!
Olhando para o relógio,
para a minha janela
e para o calendário
em busca de um sentido
para viver eu fiz
uma viagem no tempo,
onde as sementes
das árvores de 1971
foram espalhadas,
e eu que sempre cantava
"Imagine" para você,...
Sem querer me peguei
dançando com os olhos
fechados pela sala,
como se estivéssemos
naquela festa colados
ignorando o mundo
vivendo o nosso
particular espetáculo;
Nesta noite profunda
de luar prateado,
remexendo a memória
do passado do país
onde nós dois éramos
os únicos habitantes,
e nunca imaginávamos
que nos tornaríamos
dois despojados errantes,...
Por você ainda sobrevivo,
danço e canto por mais
que esta noite profunda
tente o meu sorriso
apagar e a minha fé
na vida comprometer,
você pode vir a não
ficar comigo como
de fato aqui não está,
sei que este poema
ninguém há de apagar.
A janela do quarto
com ares de poesia
e arte do espaço:
noite de Superlua
nublada, hipertensa
gelada e impulsiva,
Diz muito mais
do que infinitas
páginas de jornais.
É a tal insônia que
surgiu para pensar
no curso da vida,
E escrever com
o orvalho da manhã
um poema que fale
como oceanografia
e não falhe contra
a desgraça que por
anomia foi espargida.
O amparo poético de
não parar de acreditar
que no final da história
tudo haverá de voltar
ao seu devido lugar
tem sido como uma ilha,
Onde nós dois somos
os ilustres refugiados
deste humano barco
que pelos poderosos
foi naufragado de propósito.
Olhei pela janela
em busca da Lua
no meio da noite fria
e submersa no pó
da minha insônia,
Anseio poderoso
de estar ao teu lado,
Desfrutando juntos
do jogo elegante
e mais alucinante
das nossas vidas;
Como as nossas
tropas que unidas
nas fronteiras
longe dos ódios
e das diferenças
se libertaram
do passado imposto:
Creio como nunca
que podemos
quebrar ciclos,
reunir nossos mundos
e nos presentear
este saboroso gosto.
Desejo amoroso
de viver ao teu lado,
Descobrindo juntos
o tempo desconhecido
e mais esperado
capítulo da história.
Te levo em silêncio
como a mais alta
honra no peito,
minha divina glória
e meu amor perfeito.
Outro final de tarde,
o baile da fumaça
da chaminé através
da janela quadrada
e o receio de não
lidar com os meus
próprios fantasmas,...
Onde o mundo todo
corre sem parar
para tentar salvar
vidas por minuto onde
a cena marcha incerta,
O talvez o êxito de
pôr o pé e a cabeça
nos lugares certos
e na nossa História,
que antes corriam
por pressa e glória:
Para quem sabe
talvez possam se salvar:
obedientes repousam
e nos prados imaginários
todos os dias galopam,...
E assim por cada canto
tendo que desafiar
o meu próprio tumulto,
buscando as trevas
da noite interior
dissipar com a luz do luar.
Para jamais desistir
de esperar
até passar tempestade,
e o sol da liberdade
em berço esplêndido raiar.
Na noite abissal,
eis-me a insônia
de mãos dadas
com a Superlua
na janela lateral,
e na mente habita
uma cena épica;
No estado grão
e mestre de plena
indignação total,
franca e continental
não está permitindo
piscar os olhos,...
Por todos os lados
há milhões de sonhos
proscrastinados
e outros destruídos,
O brio doce, inquieto,
ardente e de metal,
com os vitais signos
das derradeiras
Superluas do ano,
nunca irá calar
diante do banquete
de supérfluos egos
e indevidos ecos,...
Por todos os cantos
há vidas quebradas
enfraquecidas
e pessoas destrutivas,
Por esta noite fria,
longa, altaneira,
pelas estrelas,
e pura inconformidade:
Não é corrente fácil,
é a criança que
teve os brinquedos
pela vida quebrados
e o sorriso furtado,
mas que olhando para
o profundo do céu
para treinar a intimidade
com a escuridão
não irá se entregar,
porque jamais se
lançará na obscuridade.
Os acordes da noite
pela janela entraram
e as estrelas vestiram
o veludo azul profundo
de total amabilidade,
Para aconchegar
o meu sonho de ser
amada de verdade
no descanso noturno,
O plenilúnio gentil
entre as nuvens que
em coreografia sutil
em mãos entregaram
a inspiração divina,
Para que prossiga
e faça valer a pena
cada impressão
de poetisa digital,
No campo terrenal,
há tanta gente ainda
que não encontrou
um sentido para a vida;
E eu por aqui em busca
de um amor para
a além da eternidade,
Ando escrevendo
poemas como
um artista que
pinta lindas paisagens,
Mesmo neste mundo
em esvaziamento
de grã afetividade,
E se tens de fato
um coração repleto
de amorosidade,
irá entender esta inquietação
de quem te aguarda
no meio desta tempestade.
Na minha janela
Órion se aproxima,
e a ânsia da espera
de mim se avizinha;
Há algo de Leyla
em mim e há algo
de Mecnun em você,
Só sei que desde
o primeiro momento
que te vi a minh'alma
cantou, voltei a sorrir
e cresceu o desejo
de muitas noites
com o meu beijo
de te pôr para dormir.
Os ventos do dia
seguinte que
estão a refrescar,
Não chegam
até o General
porque janela
na cela não há.
Em relação
a justiça não
é diferente:
Ele se encontra
há mais de um
ano e meio
sem audiência
preliminar,
Tendo sido preso
no meio de uma
reunião pacífica.
Repito para que
ninguém mais
venha outra
história inventar,
Ou da imagem
dele se aproveitar
como um famoso
laureado ainda
insiste um falso
positivo plantar.
O General é inocente,
e não adianta
a cantilena
contra ele insistir
em espalhar,
A cada sílaba maldita,
surgirá um
novo poema
para o mal atrapalhar.
A cela do General
que está preso
injustamente
não tem janela,
não deixam
entrar ventilador
e lá está
quente como
a Amazônia
ardente pelo
fogo destruidor;
é um claro sinal
de que se estende
o quê é um horror,
e ele segue sem
acesso ao devido
processo legal.
Estranhos
estes tempos
modernos
estranhos,...
Abrem
e fecham
as asas
do condor.
Ah, Colômbia!
Não preciso nem
entrar em detalhes,
A tua política
perdeu o andor
desde o dia
que iniciou
a fazer
a Pátria Grande
conflitante.
Posso até vir
perdoar as
heranças dos
maus hábitos
oligarcas,
porque perdoar
é cristão,
mas o tempo
e a história
são diferentes:
ele(s) não.
Rodeio na Janela
Rodeio na janela
da minha casa
concede a beleza
que poucos
podem ter na vida:
as flores do tempo
mudam de cor
e o verde com todo
o seu esplendor
os meus olhos brinda.
Rodeio na janela
flórea cidade
do Médio Vale do Itajaí,
tenho muito
para agradecer a ti.
Rodeio na janela
escreve a minha
poesia dos dias,
e traz toda a poesia
da Santa e Bela Catarina.
Ainda que distante Órion
apareceu na janela,
Não esqueci do que é bom
para manter a nossa
chama do amor acesa,
Embriagante aroma
de narciso quero me perder;
E hei de encontrar contigo
de tal maneira que eu
esqueça o meu próprio nome
e não recorde a rota
de regresso por onde vim,
Desde o primeiro dia que te vi
além da poesia o escolhi para mim.
Com você enlaçado
na minha cintura,
Muitas Azulzinhas
na jardineira da janela,
As estrelas e a Lua
em serenata romântica
celebrando o amor,
É algo que venho
querendo, escrevendo
É prevendo o teu desejo,
é o famoso eu quero,
e sei que você por
mim continua querendo.
A Araruva diante da vista
que vejo da minha janela
me traz alegria e poesia,
Agora só me falta mesmo
é a sua doce companhia.