Poemas de Janela
Oh bela, como é formosa essa donzela
Desgraça a minha poder observar somente pela janela
Quando passa cheia de graça a desfilar
Até os pássaros interrompem seu cantar
Só de imaginar meu coração chega a parar
Seu cabelo brilhava mais do que o sol
E seus olhos iluminavam como um farol
Menina de beleza sem igual mundo afora
Sonho meu, minha mãe te chamar de nora
Caso impossível, meu coração chora
Se Deus me permitisse a felicidade
De Bela faria minha outra metade
Mas dela não recebo nem um olhar
Então na solidão sigo aqui a imaginar
Nos meus sonhos de ninar
Estou sozinho no meu quarto...
Janela fechada, porta trancada
E as únicas coisas que ligo lá fora são para a Lua e para ela.
"Man...
A gente abre a janela pro mundo. Dá-se liberdade pras pessoas, é uma aventura interessante.
Se o fulano(a) não souber usa, a gente tira.
Simples. Works."
positivismo
certo aluno
disse que só conseguia enxergar o mar
pela janela da sala de aula despida de grades.
“- como é bonito o mundo
quando se tem o olho nu!”
Salubre
Ajeite a casa, abra a janela e deixe o ar entrar,
jogue a bagunça porta a fora e bote a música para tocar.
Catarse
O coração é casa; se desfaça do que já não lhe serve mais, jogue a bagunça pela janela, faxine sala, quarto e cozinha e convide o Amor para entrar.
Desejos.
Aqui no meu silêncio....
Quieto em minha varanda...
Na janela...
Apenas uma grade de ferro que me faz prisioneiro...
E um portão com cadeados que me segura....
Na calada da tarde...
O Sol se faz presente...
Raios coloridos espalham ao além...
E eu....
Mesmo quieto...
Sinto o perfume doce no ar....
Embriagado....
Deito em minha Rede....
E sinto a paz exalar...
Algo muito doce me faz salivar....
Deitado em meu ninho...
E me ponho a chorar...
Calor aquecido do sol...
Mas nada adianta...
Se não tenho aquilo que sonho...
A Alma fica trêmula desejando um horizonte...
Desejo que invade meus instintos e me faz até adoecer...
Coração ferido...
Maltratado segue em seu pulsar...
O que me enlouquece eu não sei...
No balcão...
Ou no chão....
Cheio de erros e razões...
E assim sofro eu...
Querendo escrever...
A próxima inspiração...
Enlouquecido....
Com o coração na mão...
Fico ocioso...
Querendo terminar uma escrita...
Para começar outra de imediato...
E fico Jogado....
Como lixo no chão....
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Naquele dia, o aroma estava diferente dos demais.
O sol podia ser notado por detrás da janela,
os pássaros, o vento e tudo o que era captado pela visão não era mais visto, era apreciado!
Naquele dia as vozes eram claras e doces, a gravidade era nula e seus pés não tocavam o chão, estava elevada.
Naquele dia tudo era graça, manhã, tarde, noite... os momentos não mais passageiros, agora, imortais.
O bálsamo era pura resiliência e, antes de encontrar qualquer âmago... ela havia encontrado a sua essência, no lugar mais secreto do mundo, dentro de si.
INCONSTANTE
Dia nublado
É um dia inconstante
Para quem não decidiu
Abrir a janela
Para receber o sol da vida
Da janela
Meu mundo de sonhos
Em meu corpo
Dedos teus
Toca-me
E me faz mulher
Pura
Demônio !
29/11/2019
Abra a janela do coração.
Jogue fora a tristeza
Abate o semblante
E torna embaçada a sua visão.
Deixa Deus fazer tudo novo
É um novo dia
Experimente descortinar a alma
E entoar ao Senhor uma nova canção.
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
evangelista da silva
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Um garoto maltrapilho entregue a desordem
Adotado pelo narcotraficante de alhures...
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Bêbado, vomitando e cheio de crack, - alucinado
Entregue às mãos podres dos desgraçados.
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Acorrentado para nunca mais libertar-se dos algozes
Entrincheirados conduzem o nosso povo à desgraça.
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Estuprado e condenado à prostituição faminto e só.
E assim, conduzido à tortura, certamente, morrerá.
Da janela de onde moro eu vejo o Brazil
Desmaiado sugam-lhe o sangue e vida
Na estúpida violência de roubar a nossa beleza e viver!
Bahia, 13 de maio de 2019.
às 19h 30min.
Lembrança de Infância
evangelista da silva
Aqui do alto à janela vejo o Uni(verso)
Encoberto de nimbus sobre a minha cabeça
A desfazer-se em chuvas, e choros e gemidos.
Ainda ontem, e faz muito tempo...
Eu sentia este ventinho frio e a cara do tempo nublada,
Cheia de solidão. Mas eu, somente eu, era amado e...
Ao lado da minha avó sentia-me amparado
E forte, e consolado, e cheio de calor...
O amor tudo pode. Assim foi o meu tempo de menino.
Recordar é a maior das razões de viver...
Faz dezenas de anos que não revivo cena tão igual.
Estou no passado ao lado da minha avó esperando a hora de dormir...
Como hoje uma lâmpada acende, não é preciso apagar o candeeiro...
Já não tenho mais a coragem de encarar a luz,
Visto que a minha avó já não dorme ao meu lado.
Santo Antônio de Jesus, 03/12/2018.
Às 18h 12min
Eu e nós outros
evangelista da silva
Recolho-me!......
Da janela vejo o silêncio mórbido das ruas.
Encontro-me frente a frente à tv.
Observo o carnaval.
Um surto psicótico explode!...
E as almas decaídas aprisionam os possessos
Endiabrando os corpos em estereótipos catatônicos
Que são conduzidos aos infernos.
É carnaval!...
A maioria dos mortais se desequilibram
Enquanto atentos outros usurpam o transe infernal.
E tudo acontece nesse instante:
Cenas macabras desfilam em sangue e mortes... Dessa forma a infelicidade aumenta:
Torturas, toxicodependência, e melancolia.
É carnaval!...
Das prisões às avenidas
Favelas e nobres bairros...
É um urro agonizante de desrealizações.
E, nesta fúria satânica e neutralizante,
Onde tudo se confunde,
Vê-se alegorias, fantasias, arte, circo e palhaçadas!...
Religião, zoada e perturbação musical.
Sim, é carnaval!...
Nesses instantes esquizofrênicos
Ninguém para nada serve
A não ser para lambuzar-se em merda.
Vai-se indo mais um carnaval!...
E neste frenesi torporizado
Entre o real e o imaginário,
Os manipuladores da emoção
Deformam a realidade.
Vendem felicidade e beleza.
Pregam em tudo, pureza e simplicidade
Enquanto a turba agitada e enlouquecida
Agita-se em movimentos bruscos
Ouvindo um som que vem dos infernos
Criando a sinfonia perturbadora das notas musicais.
Santo Antônio de Jesus, 27 de fevereiro de 2017.
Às 16h 03min.
HOJE DA MINHA JANELA
Fui lá no meu passado
Vasculhei a minha memória
Vivi minha fase criança
Lembrei de uma história.
Ai vem aquela saudade
De voltar a ser criança
De correr livre nos campos
Ai que gostosa lembrança.
O mundo era verdadeiro
A turminha se juntava
Ali não tinha maldade
Ninguém nunca brigava.
Eram tantas brincadeiras
Hoje só a saudade
Era tão emocionante
Sem nenhuma vaidade.
Hoje criança não brinca
Vivem grudadas no celular
Isso não é ter infância
É crescer sem aproveitar.
Autoria- Irá Rodrigues
Acordei mais cedo e senti o vento mais frio
Olhei pela janela, as flores mesmo vivas estavam tristes
Não consegui mexer o corpo, hesitei em falar
Busquei apoio no outro corpo que me acompanhara
-Me surpreendi-
A ausência do outro me deixou mais tenso
Não havia sol, tudo era uma silêncio
Ainda enrolado aos panos que não tinham serventia
Sem que aquele outro corpo me aquecesse
Consegui me levantar, sentei à vista da janela
De longe avistei aquele corpo tímido
Com toda delicadeza a cada passo
Senti um alívio, como nunca havia sentindo
Mas percebi que minha calmaria depende do bem-estar de outro corpo
É... Então este é o crime do amor, não podemos resistir.
Um caso de amor!
É engraçado porquê eu quero te chamar.
Quero abrir a janela do bate-papo e falar
Mas,
faz tanto tempo que não trocamos palavras.
E eu simplesmente não sei qual é o jeito certo pra te mostrar
que eu continuo lembrando de você.
“Oi, boa noite” é muito seco.
Não combina comigo.
Não combina comigo falando com você,
afinal sempre tive mania de te dizer oi com sorriso no rosto.
Te chamando de “Minha Ditosa”.
Porquê esse é o apelido que eu te dei.
E é como eu te queria. Mas, faz tempo demais.
Te chamar de Minha seria muita intimidade,
soaria patético.
Como aqueles exs super egocêntricos que tentam me encontrar
na calada da noite com meus amigos.
Colocando intimidade onde não tem,
tentando ressuscitar sentimentos mortos.
Mas não fomos namorados.
Não por falta de vontade minha, claro.
Só não fomos.
No fim, acabamos por ser só um caso de amor não correspondido que não teve fim.
Ou melhor, o caso acabou.
Mas o amor, não.
Estou muito ocupado sendo seu para me apaixonar por alguém novo
Música: Semente do Amor (SGPG-2016)
Quando a roda da vida
abrir na Janela do tempo
mais uma chance de te ter
nunca mais vou te perder
Quando o sereno da noite
lavar seus pensamentos
e tocar seu inconsciente
Estarei presente
Beijarei sua boca e dormirei com você
Em múltiplas ocitocinas te derreter
Até que o sol surja novamente
Irradiando-a onírica mente
Nossa linda semente.