Poemas de Janela
Amei e não fui amada.
Mas o sol nasceu na minha janela,
e o mar é imenso
e as nuvens são ternas.
Não fui amada,
porque não deveria ser.
Porém, há muito amor além de mim,
além de ti,
um amor profundo nas coisas todas.
Não fui amada, mas sou amante
das coisas sublimes que atingem meus sentidos.
E a ti, que não pôde me amar,
sigo amando,
mas um amor agora mais contido,
de quem não espera senão um “bom dia”.
Bom dia para você também!
Aliás, fui amada,
mas não por ti, não naquele momento, não naquela maneira,
e há uma imensa beleza em não ser amada
como há uma beleza na dor e na tristeza
na ausência e na chuva
que são lacunas entre momentos alegres.
O que seria do som sem o silêncio?
E quem não me amou segue amando
outra, para ele mais bela, mais encantadora,
aquela que fez dele cativo,
e a outra fez dele um abrigo,
e eles um ninho de amor.
E eu a ave sem ninho,
voando entre uma árvore e outra.
Os solitários também lutam para viver,
também se agarram à existência,
e, embora ninguém testemunhe,
acumulam um sem número de experiências,
os solitários também vivem grandes emoções,
pena que ninguém reconheça!
As noites costumam ser enormes quando o sono não vem.
Costumo olhar o céu estrelado pela janela do quarto.
Tento decifrar o que as estrelas escrevem.
E mesmo sem entender, compreendo.
Também sou uma escritura que alguém tenta decifrar.
PROCURO O SOM DO VENTO
(10.10.2018).
Procuro o som do vento,
Que entra pela janela
Da minha alma, e
Faz os olhos se fecharem.
Olhos do Interior meu!
No qual vem se entregando,
Afrofundando nas palavras,
Trazidas pela andorinha.
Pela Janela
Já, há algum tempo, não olho pela Janela. Sim... Refiro-me á Janela da Alma, á Janela da Consciência e, principalmente, já que estamos encarnados, pela Janela da Vida. E, compartilho isso com vocês hoje por questão da experiência que há pouco vivi. “Ao olhar do meu apartamento, observei um homem encostado no poste. Óculos escuros, mochila nas costas, cabisbaixo e, observando os carros passarem. De vez enquanto... ele levantava seu braço direito como que; “buscasse um ombro qual pudesse apoiar para atravessar a rua”. Pronto, deduzi: Um Deficiente Visual em busca de ajuda para atravessar a rua. Então... desci correndo para tentar ser esse ombro. Eu que não tenho aguentado o peso das vicissitudes nos próprios ombros. Mas, mesmo assim fui lá. Quando cheguei até ele, interroguei: Precisa de ajuda? Para atravessar a rua? ... Então, ele me olha... com a voz embargada de quem sofre de dependência do álcool... e diz-me: NÃO. Mas... você precisa. Precisa parar de olhar pela Janela.
Deus tem uma forma diferente e curiosa de se comunicar. E... algumas vezes usa pessoas que a gente nem imagina. Basta... parar de olhar pela Janela.
Deus Abençoe o seu Dia!
Prof. Anderson Araújo
Por hábito,
não abri a janela para ver o dia,
já que havia visto anteriores.
Por hábito,
não acendi nenhuma luz,
já que continuavam mesmos os corredores.
Cerrei meus olhos e cego me tornei,
por habitualmente pensar
que as coisas todas,
permaneciam as mesmas.
Eu vi Deus voando
Quando um pássaro pousou na janela
Eu vi uma benção
Quando acordei hoje com o clarear do sol refletido na janela.
Eu vi um milagre
Em cada coração que tive a sorte de encontrar hoje
Eu vi a vida
Refletida nos olhos de muitos (...)
Quando tu abrir tua janela
Encontrarás ela, assim tão bela
Sejas bem vinda
Estação das flores e cores
Dona Primavera.
"O sorriso é a janela da vida"
Um sorriso quebra barreiras, gera gentilezas, conquista o universo e desarma cara feia.
#Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados 23/09/2018 às 19:30
Quando o sol se descortina....
É de manhã. O sol se descortina abrindo a janela do tempo. Seus raios luminosos e aquecidos, vem nos brindar o sustento da vida. O entardecer se aproxima e ele se prepara para o descanso merecido. É chegada a hora de enamorar sua dama-donzela LUA. Ela, por sua vez, com a ajuda de seu amado, também nos brindará com as belezas do luar. Assim se completa o milagre da vida. É a obra divina nos presenteando o espetáculo da criação.
Élcio José Martins
No fundo ele é o mesmo menino que fugiu pela janela, que deixou marca de queimado no chão do quarto e que fingia ir dormir quando a vó mandava, mas continuava acordado.
É o mesmo menino que correu riscos por um amigo, que fez guerra de lama e que mesmo gostando da casa da vó, sentiu falta de casa.
É o menino que queria não magoar ninguém nem ser magoado, que se convenceu que todos irão machuca-lo e tenta estar preparado.
É o menino que se culpa por coisas que não estavam em suas mãos e sofre calado por isso.
É o menino que quer muito alguém que fique, quer alguém que o veja e não que só enxergue as mascaras que ele usa para falar com a maioria.
No fundo ele é o mesmo menino de antes e espero que ele saiba que isso faz dele um homem e tanto.
Nove da manhã, os raios do sol entram pela janela e iluminam os pequeninos olhos claros com raios dourados. Elas os herdara dele, assim como os cabelos cor de mel, da mãe herdara os cachos e as bochechas saltadas.
Onze da manhã e ela corre, ao menos tenta, mas curtas pernas ainda cambaleiam levando-a em direção ao pai e arrancando risadas da mãe.
Duas da tarde e a tolha está esticada sobre o gramado, deitados sobre ela, ambos brincam com a pequena. Sorrisos, risos e olhares repletos de felicidade. E há quem diga que o paraíso não é aqui.
É fim de tarde e a maçaneta da porta de entrada gira, a casa vazia encontra-se na penumbra e ela entra sozinha.
Já é noite, a escuridão tomou conta e as luzes não foram acesas, não há risos nem conversas intermináveis, nem beijos e abraços. Tudo ficou em um futuro que não virá e ela está sozinha e ficará assim.
Temporal...
Noite escura e vazia, chovia lá fora...
O vento batia forte na minha janela, e eu cá dentro pensando em ti...
Por onde anda meu amor, nesta noite escura e vazia?Com essa tormenta lá fora... Meu coração bate forte neste peito... Vem pra perto de eu nos meus braços acolhedor e calorosos ...
Não deixe a tempestade de molhar, não permite se resfriar ... Vem pra perto de eu aquecer com este calor... Vida cuido de ti, vem pra perto de eu...
Morro lentamente
Todos os dias
Enquanto olho pela janela
E espero você chegar.
Morro lentamente
Todas as noites
Quando entro no nosso quarto
E não vejo você lá.
A chuva
Pela janela vejo a chuva caindo,
Limpando o chão e molhando a terra.
Vejo as flores tomando água,
Enquanto eu ainda sinto sede.
Essa chuva que cai lá fora,
Cai também aqui, no lado de dentro.
Pelos meus olhos as lágrimas escorrem,
Perdem-se pelo caminho tentando limpar o que está imundo.
A dor, hoje, dilacera meu peito,
Talvez não haja mais limpeza para mim.
Continuarei assim, ao longo dos dias, imunda,
Pois nem a mais longa das chuvas poderá me limpar.
Meus olhos estão vermelhos, sinal clássico do choro,
As lágrimas ainda rolam soltas e se perdem no caminho.
A tristeza aos poucos está me inundando,
Assim como a melancolia de viver.
Outro dia, a caminho do nada
Cara amarrada, coração fechado
de repente olhei pela janela
Não estava longe e nem perto
Estava exatamente onde tinha que estar
Um lindo Campo de Flores Amarelas
Até hoje eu me pergunto
Que flores seriam aquelas
Sem perceber, quando dei por mim
de repente eu já sorria
Uma simples paisagem
Alguma coisa muda na gente
E acaba por mudar tudo no dia
Eu não criei, nem ao menos tentei
mas tento não perder
Essa mania que há em mim
de enxergar a beleza
Que existe nas menores coisas
Isso sempre me causa
Uma sensação muito boa
A vida sempre se encarrega
de fazer algo que dói
Mas, por mais que a vida doa
Eu creio que não seja esta
A intenção ou finalidade
Mas, sim, aprender a enxergar
Sempre beleza e qualidade
A vida existe pra que a gente
Saiba sempre abrir o coração
e se deixar invadir pela alegria
E levar sempre pra casa
Um pouco dela
Ao final de cada dia.
Quando Deus fechar uma janela, que de dá acesso a algo que você quer , não reclame!
Os planos dele são bem maiores que os seus,
Ele abrirá uma porta para que você possa caminhar até este algo sem precisar pular obstáculos .
Quando ele afastar alguém da sua vida, não tenha medo, pois ele com certeza te trará alguém muito melhor que te fará bem mais feliz.
HIBERNEI
Já deve ser meio dia
Levantei
Abri a janela pra ver o sol
Lembrei
Ele diminuiu seu expediente
Xinguei
Tolice minha brigar com Rá
Aceitei
O frio do inverno chegou.
Sai para o trabalho
Avistei
Manequins vestindo casacos
Pensei
Vou comprar um
Duvidei
Talvez ela não volte pra devolver o meu.
No hemisfério sul não se costuma ter lareira
Analisei
Você estava ao meu lado, nunca precisei
Lamentei
Em frente a uma padaria olhando a cafeteira
Pensei
E agora, o que vai me aquecer?
Perguntaram se eu queria café
Paralisei
Perguntaram se eu queria chá
Gritei
Quero uma tigela de sopa
Equivoquei
Mandaram eu voltar depois das 18
Troquei
Me dê um chocolate quente pra viagem.
No caminho tinha uma arvore sem folhas
Desviei
Meu relógio quebrado, tenho que saber as horas
Perguntei
Já é tarde estou muito atrasada
Retornei.
A janela ainda estava aberta
Fechei
O chocolate ainda estava quente
Esfriei
Ouvi um barulho vindo da cozinha
Assustei
Era ela preparando uma sopa
Chorei
Resolvi abrir meus olhos
Arrisquei
Tirando o inverno, nada foi verdade
Sonhei!
BELA JANELA
Tantas janelas! Belas...
N'elas, um sonhos uma lagrima,
um mundo... Em cada uma d'elas,
um olhar p'ra fora, no qual, ao mesmo tempo...
Sentimentos no interior,
caminham pelo alento e desalento.
Tantas janelas...
Um sol em cada uma d'elas! Lá fora...
Buzinas, latas, barulhos ensurdecedor,
lá dentro... Sentimentos de: simples...
Especialista, juiz, pastor, padre e doutor,
Lá fora terror, lá dentro, dor...
Lagrimas e sonhos que afagam
e uma formação de duvidas sob amor.
Tantas janelas, n'elas, traidores...
de tempo
de sonhos frios e quentes
de esperanças e de gente inocentes.
Tantas janelas fortes...
Em suporte de barro, concreto
de: Lata, madeira, lona, esteira
Tantas janelas...
Janelas que nunca rascunhou
um ponto no horizonte
mas que todas elas projetam...
Três ponto e também virgula
projeta a próxima linha d'essa
riqueza, que vaga pela linha
d'essa vida que se chama vida.
Antonio Montes