Poemas de Janela
Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.
“… São 7 horas da manhã, vejo Cristo da janela, o sol já apagou sua luz e o povo lá embaixo espera, nas filas dos pontos de ônibus, procurando aonde ir… São todos seus cicerones, correm pra não desistir, dos seus salários de fome, é a esperança que eles tem, neste filme como extras, todos querem se dar bem… Num trem pras estrelas, depois dos navios negreiros, outras correntezas… Num trem pras estrelas, depois dos navios negreiros, outras correntezas… Estranho o teu Cristo, Rio, que olha tão longe, além, com os braços sempre abertos, mas sem proteger ninguém, eu vou forrar as paredes, do meu quarto de miséria, com manchetes de jornal, pra ver que não é nada sério, eu vou dar o meu desprezo, pra você que me ensinou, que a tristeza é uma maneira, da gente se salvar depois… Num trem pras estrelas, depois dos navios negreiros, outras correntezas… Num trem pras estrelas, depois dos navios negreiros, outras correntezas…”
Olhe pela janela, você verá como vai o mundo. Para onde correm as pessoas? Não diferençamos mais o encadeamento das coisas que lhes daria um sentido supra-pessoal. A despeito do rumor geral, cada um está mudo e isolado e isolado em si mesmo. O encaixe dos valores do mundo e dos valores do eu já não funcionam convenientemente. Não vivemos num mundo destruído, vivemos num mundo transtornado
A janela estava aberta e ela estava deitada na cama lendo um livro. Parou, olhou pro horizonte e pensou que nada, absolutamente nada, seria mais calmante que ler um livro ao som da chuva.
A nossa vida é como o mar. Às vezes, bravo. Às vezes calmaria.
Em qualquer circunstância em que se encontrar, jamais feche a janela, deixe sempre o Sol aquecer seu coração.
eu tenho um jeito só meu,de acreditar que apenas um tiquinho de sol que entra pela fresta da janela,
pode iluminar a sisudez nublada de alguns céus.
"Amanheceu, abri a janela e dei de cara com sol que me convidava a viver um dia de renascimento e esperança."
Gosto de agosto porque gosto
E quando gosto, gosto mesmo
Gosto de verdade
Gosto de você e gosto
do meu bom gosto
Se te agrada meu gosto
Gosto mais ainda
Gosto de agosto.
“Depois da chuva
Abrirei minha janela para a alegria
E por uns momentos
Esquecerei das dores do mundo...
Depois...
A vida continua...”
Desencontro
Era para você ter vindo
e não veio
Era para eu ter ido
e não fui...
E nesse desencontro
sem sentido
A vida debruçou-se na janela
e o sonho se perdeu nas alvoradas
O mundo pode te fechar todas as portas,
mas certamente Deus moverá céus e terras
e abrirá uma janela para luz entrar.
E você verá as coisas grandes que Ele tem
preparado para você...
Cofie e tenha fé, pois nós somos merecedores
das coisas boa de Deus...
"" Sentir o gosto da rima perfeita
E perder a eleita
Pra um pensamento efusivo
Que viajou demais...""
“” Que venham os novos dias
E suas novas cores
Que tragam também, novos amores.
Pois o que para, adoece
E se saudade é estrela
Luar é noite que acontece...””
Esperei tanto tempo ver você chegar
que mesmo cansada e quietinha,
vendo meu reflexo no vidro da janela,
Percebi o quanto sou importante para mim.
Abra a janela,
sinta o vento
viva o momento
liberta seu pensamento...
Deixa ir o passado,
afasta a cortina...
muda sua sina...
sobe a colina...
atravessa o vale,
chega até o mar...
Não olha pra trás...
busca ser feliz
pelo menos uma vez mais...
Felicidade é assim que se faz.
Que seu dia seja como aquela janela
que está virada pro jardim:
Feliz em presenciar mais
um milagre de Deus!
Joelma Siqueira
O SOL
Para que curvaste
no beiral da ventana
e pelo chão se arraste?
É por seres luz soberana
querendo luzir meu verso?
O meu poetar está sem gana
A alegria na alegria submerso
E estou quieto, de carraspana
Deixe-me a sós, no breu inconfesso
Fica-te por aí na ilusão mundana...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano