Poemas de Janela
Rotina
Noite fria, janela aberta,
barulho dos ventos.
O silêncio se espalha,
se contorna entre os cantos do quarto.
O mundo todo parou,
como se realmente precisassem descansar,
as pessoas precisam do seu tempo.
Os objetos mais inválidos
tem seu tempo,
mostrando assim que
tudo foi criado com um objetivo,
mas durante a noite foram descansar.
Outro dia começa,
a noite se vai,
o sol toma conta do céu
com seus raios,
o barulho cobre o silêncio,
como se não houvesse como escapar.
A rotina,
o trânsito,
os desabafos,
os atrasos,
as desculpas,
os reencontros,
são poucos para um dia
para que ao anoitecer
tudo volta a ser como antes.
Noite fria, janela aberta,
barulho dos ventos,
O silêncio se espalha
(...)
Cai chuva abençoada
Estrala sua água na calçada
Espalha seus pingos na janela
Só não derruba a choupana dela
mel - ((*_*))
"Não se atreva a olhar pela janela
Querido, tudo está em chamas
A guerra do lado de fora da nossa porta continua devastando"
Es bela a arte, es bela a vida, es bela
Es bela os lençóis brancos na janela
Na arvore brotam as flores amarelas
Seu néctar sasseia o pequeno beija-flor
Pureza do ar que se foi, do que era
A garoa da madrugada se foi, não vem
A menina andando na rua, acabou, acabou!!!
A noiva já não vai na carruagem branca
Que veras tens as velas na mesa a dois
No jardim aceso está os três faróis
Vem o cantante violeiro com serenatas
O grilo faz barulhos com seu cri cri
Voa os vaga-lumes na madrugada
O vistoso homem, corteja a dama
Tempo que se acaba com o tempo,
Bonde de sonhos longe e encontros
O jeito do sujeito cortejador com flores
A voz que sussurra o nome de sua bela
Bela es sua ama, olhando na janela
Como é viver joia rara sem joia.
Quando você abre a janela de sua casa para o mundo, tem acesso a um panorama infinito, que abre sua imaginação.
Assim, você visualiza além do horizonte um mundo fantástico, que o convida a visitá-lo, assim como Alice visitou em sonhos o país das maravilhas.
Esperando.
Fico olhando da janela
Casais se beijando,sorrindo e abraçados
E eu te esperando
Esperando um beijo,um abraço apertado,seu sorriso uma carta
Porque não manda nada?
Mesmo assim fico te esperando
Pra te ver te ter Comigo.
Falando de amor
Hoje ao acordar logo cedinho, abri a janela e observei que tudo estava mais belo.
O céu era mais azul, o verde mais vibrante, a sinfonia dos pássaros era muito mais harmônica.
Num piscar de olho, materializei a imagem do homem pelo qual me encantei.
Minha boca foi até as orelhas,meu coração bateu descompassado, logo o imaginei.
Então, emiti ligações espirituais , senti emanar de meu ser uma força incontrolável.
De repente o telefone tocou,a minha felicidade se completou ao ouvir a sua linda voz sussurrando em meu ouvido.
Você é a minha alegria, ao teu lado me sinto feliz me sinto mulher.
Homem especial ,és a minha concreta fantasia , a cada instante lembro de teus beijos, de tuas mãos deslizando em meu corpo, dos nossos devaneios de prazer.
Posso afirmar , és a vida da minha vida, és o amor do meu amor , és amigo, és o meu amante.
Quero te confessar , em minhas preces rogava ao Senhor Deus, a benção de poder te reencontrar.
Sinto, entre nós há uma forte ligação espiritual,temos muitas coisas em comum .
Gostamos de músicas, da expressarmos através da comunicação verbal e de andar de bicicleta.
Abraçamos as causas sociais e temos Deus como nosso amigo e protetor.
Agradeço a sabedoria do tempo e ao céu por nos permitirem, vivenciar o amor.
Homem especial , me faz levitar, teus carinhos me surpreendem me encantam e me possuem.
Ao fazer amor contigo, sinto emanar de mim uma energia cósmica, que se espalha pelo ar.
Abençoado seja o nosso amor,que chegou sem avisar, veio cheio de essência para nos completar.
Me sinto uma mulher com alma de menina, que por isso estou a te amar.
Zélia Lima 21 de maio 2012
Segunda- feira
"Janela N.º 01"
Sou um pensador,
Busco a essência,
O amor, a alegria,...
Fico a olhar através da janela,
Amanhece o dia!
Há um movimento sincronizado,
Há poesia:
Os pardais pulam de galho-em-galho,
Agitam as folhas,
Que caem,...
Formando um tapete variegado,
Quanta alegria!
Eu cá em meu canto,
Penso no Maestro do Universo,
Empolgo-me com o encanto,
E rabisco esses versos.
Vejo pessoas felizes,
Que parecem até dançar.
É tudo que sempre quis,
Ver o mundo com esse olhar.
Mas perdoe-me, oh Senhor do Universo!
Pelos versos que virão.
Meus olhos vêem o reverso,
Tenho uma janela no porão!
(Donizete de Castilho, 22.12.2013)
Janela N.º 02
Hoje desci da cobertura,
Estou no porão.
Cá em baixo é escuridão,
A vida é dura!
O tapete de folhas da alameda,
Ainda está no chão!
As cores se foram,
Com o verão.
Faz muito frio aqui,
Meus pés estão no chão.
Os ratos roem as folhas,
São porcos, comem com as mãos!
Os pardais sujam suas cabeças,
Denunciando quem eles são.
E eu olho de minha janela,
De mãos atadas,
Sem ação!
A orquestra está desafinada,
Parece que o Maestro não está perto.
Como a bosta já não é nova,
Vou chamar o João Gilberto.
(Donizete de Castilho, 22.12.2013)
ATRAVÉS DA JANELA DO ÔNIBUS
(...)
As pessoas não nos ouvem porque estão em seu caminho andando rápidas demais, ou então caminhando como zumbis surdos-mudos. Quando sofremos, paramos diante do sofrimento, pois, enfim, algo de extremamente real está a nos deixar perplexos. O conforto da ilusão acaba, e a boa vida, simples, tranquila, é interrompida por algum fato traumático, insólito, estranho. Algo nos arranca da hipnose coletiva e nos põe sozinhos, não por estarmos sozinhos no mundo, mas por nos acharmos fora da catalepsia cotidiana de quem levanta da cama, toma café, põe o mesmo uniforme ou terno e vai para o mesmo trabalho quase que sem lembrar-se em que dia da semana está. Para uns, isso é a glória e o orgulho por se sentir um herói fora do gado humano. Para outros, experiências dolorosas ou alegres, desde que excedam o "script", são sintomas de que estão fora da realidade.
(...)
Naquela noite, não pude dizer nada à garota, pela distância em que me encontrava dela. Os policiais já tinham se encarregado de soccorê-la, além de, eventualmente, servirem de psicólogos de improviso. O gado do ônibus seguia para seu estábulo, bem disciplinado e anestesiado. A garota ficou lá, à mercê do princípio que diz que seres humanos não devem estar fora do convívio social. O ser humano é um animal domesticável, interdependente de seus pares. Nenhum de seus pares parecia lhe ouvir, as manadas humanas lhe passavam sem notá-la. O ritmo do mundo a atropelava e a redoma em torno de nossos ouvidos impedia que seu uivo ecoasse em nossas mentes. Apenas o vidro da janela do ônibus me permitiu ver a paisagem do medo e da perplexidade. A banalidade da Vida veloz e sem conteúdo impera sobre o sabor das lágrimas daquela garota.
("Através da janela do ônibus": http://wp.me/pwUpj-L6)
Abra a janela do seu coração e deixe sair tudo
que te faz mal!
Depois respire fundo e substitua por sonhos, esperança
e amor próprio!
Em seguida feche seus olhos, respire fundo e de um pequeno
passo para frente e verá que o mundo mudou!
Você é dono do seu destino e também poderá mudar o rumo de sua vida!
Vá a rua abrace o vento, se aqueça com o sol, converse com
os passarinhos e de as mãos a Deus e vá ser feliz!
Sergio Fornasari
Viva
Abri a janela em um dia de verão
Lembrei-me daquela velha paixão
È bom quando não esquecemos de amar
Só precisa de alguém para forma par
Mas não se desespere nem se iluda
È nesse mundo onde existe compaixão
Que pessoas trair,te deixar na mão
Mas vida só temos uma,então vamos viver
Aproveite e não ouça o que vão dizer
A vida aqui na Terra acaba rápido pra valer
e quando menos esperar,deste mundo vamos desaparecer
JANELA ACESA
A moça se inclina sobre o parapeito,
silêncio, flor branca guardada.
Perdida de mim, a moça ausente me olha.
É a minha alma que ela espreme entre os dedos ferozes.
A moça habita o azul,
entre nuvens, anjos e pássaros, seu rosto sem sol.
Suspensa nos olha, atrás da vidraça, seu nicho de santa,
sua vida que eu não conheço.
De longe eu a vejo, princesa do céu,
enquanto estou preso em mim.
ENCENAÇÃO
coloque um pedaço
de poesia na sua janela.
entregue-lhe a entreaberta rosa,
beije-a com imensa ternura.
com seu mais belo sorriso
acarinhe-a suavemente
deixando-a acreditar
que seu amor é somente dela.
Verluci Almeida
Derretendo Satélites
Desta janela encoberta de neblina, avisto seus brilhos solares atravessando a rua.
Escondendo-se das luzes ofuscantes, seus passos decididos partiam em rotas inexistentes. Por um
segundo, senti o bater ritmado do seu coração parar. Como se mundo parasse, se o ar faltasse.
Instantaneamente, o universo retrocedeu décadas de evolução. Depois, acelerou tão ferozmente que
estrelas colidiram. Escuridão silenciosa fez em seu breve penar.
Deste labirinto tortuoso a qual descrevo meus dias de exílio, observo, assustado, o correr
natural dos seus dias simples. Como a um terremoto, seus passos se chocam com astros distraídos,
destruindo o pouco de paz existente nos cosmos. Um grito: volte! Minha vida, então, brevemente
misturou-se com a sua. Meus tristes relatos observados com minhas vistas cansadas de esperar a paz
roubada, no instante que colidiu sua rota em meus dias cinzas: os Deuses festejaram a descoberta de
uma nova e brilhante constelação.
Neste quadro abstrato que minhas retinas incansavelmente entorpecem, procuro vestígios
palpáveis para reencontrar seus braços. Eu, vagando entre o real e o imaginário, suspiro a cada sonho.
Contrabandeando sorrisos puros a cristalizar nostalgicamente a vida.
Desta caverna escura a qual observo tudo contra a luz, vejo-te flutuar pelo salão principal,
deslumbrante e bela. Ignorando as luzes ofuscantes, vejo apenas seus olhos brilhando no escuro opaco.
Reluzente luas prateadas em noites de euforia.
Seu sorriso derretia satélites e corações gelados.
O POETA E A BORBOLETA
O poeta escreve com a janela aberta.
A borboleta entra pelas venezianas.
Quer observar de perto as filigranas,
Que ele esparrama na página deserta.
Lembranças... fantasias doidivanas,
Suaves e doces sonhos de criança!
Relembra a bela menina de trança,
Que coloria suas horas cotidianas.
Jogos de luz desenhados na folhagem,
Fazem-no esquecer o que ia escrever.
Imagens dela, uma deliciosa miragem!
Fecha os olhos! Sorri... fica sonhando!
O poeta e a borboleta! De enternecer,
É a cena para quem está observando.
Verluci Almeida
261010
PELA VIDRAÇA
Chove muito e as gotas d'água
deslizam suavemente pela vidraça.
Pela janela observo a mulher
que caminha lentamente pela rua deserta.
Para onde ela irá assim sem pressa?
Imersa em seus pensamentos
segue em frente e fico a imaginar
o que faz uma mulher caminhar
tão tranquilamente ignorando
a chuva forte que cai.
Seria o término de um romance,
de um belo caso de amor?
E indiferente aos pingos de chuva
que molham sua roupa, seu corpo,
segue levando consigo o seu segredo.
Verluci Almeida
250210
O VENTO
Havia sobre a cômoda, um espelho
à espera de um lindo rosto chegar!
Havia uma janela que dava para o
jardim onde as flores a encantavam!
Havia um relógio onde a vida ia em
alegre tic-tac ao encontro da morte.
Mas havia pássaros alegremente a
cantar entre as laranjeiras em flor.
- E o vento?
Ah! o vento brincava com seus longos
cabelos e com a cortina se enroscava
dançando ao som de uma suave canção
que vinha de longe, de lugares distantes!
E o vento sussurrava baixinho em seu
ouvido ternas e doces palavras de amor
que ele dizia e ela fechando os olhos
em seus lábios, os lábios dele sentia!
Verluci Almeida
200406