Poemas de Janela
Ontem,
Fui a janela olhei
e lá fora eu vi
minha própria Solidão,
Perdi quem amava,
e joguei fora parte
de meu coração
Que insônia! O sino da igreja já badala
O galo da vizinha o canto já embala
E o sol pela janela a noite ameaça!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Desde pequena eu olhava na janela,
encantada com quem passava,
com seus risos e olhares.
Ficava a sonhar cá comigo,
Dando mais uma espiadela.
Mal o parapeito eu alcançava
para avistar os pares,
Pensava, um dia eu consigo
andar como essa gente.
Foi então que de repente,
eu me senti adolescente!
(Mel 14/02/2011)
Estou olhando pela janela,
Que vejo além dela?
De pronto, um pé de primavera,
Prestes a florir
E sua cor eclodir.
Em seguida, um pé de tamarindo,
Cujos frutos já estão caindo.
Um resedá gigante de folhas espatuladas,
Quando florido, muito me agrada.
A sete copas já envelhecida,
Mas ainda empedernida.
A palmeira imperial,
Não é a única do quintal.
Posso enxergar mais além,
Até onde meus olhos se detém.
Mas quase tudo já foi mostrado,
Do meu cantinho encantado!
(Mel 1°/02/2011)
Melania Ludwig
30 de janeiro de 2011 ·
E se eu disser que, se você escancarar a janela mais próxima, colocar seu rosto ao ar e inspirar bem profundamente se sentirá bem melhor, você vai acreditar?
Então experimente!!!
Melania Ludwig
20 de dezembro de 2010 ·
M
Bem aqui na minha janela,
Aparece um passarinho.
Não sei se é colibri ou beija-flor,
Tão rápido ele vem e vai.
Devo estar atrapalhando...
Seu ninho, deve estar preparando.
Pensei, quase falando baixinho:
Por que será que nós humanos
Assustamos até os pobrezinhos?
Melania Ludwig
20 de dezembro de 2010 ·
Bom dia!
Abro minha janela,
Vejo o sol acanhado.
Talvez está pensando nela,
Que à noite estava tão bela,
Por ela foi enfeitiçado!
A VIDA QUE SEGUE
Quando eu vi você partir, e a porta se fechar diante de mim
Pela janela eu fiquei te olhando, te observando
E teimei por não entender
Procurei justificativas que te levaram a ir embora
Mas nessa hora, eu não encontrei
E silencioso, respeitei sua decisão
Mas meu coração pedia pra você ficar
Vi sua imagem desaparecer bem longe
Chamei seu nome, gritei, mas já não podias me ouvir
Uma dor forte se apoderou de mim, me dominou
E foi assim que você se foi, e nunca mais voltou
Decidi seguir em frente, remontar os meus pedaços,
Reagir, ocupar os espaços que você deixou
Virar a página, pois a vida continua
É só observar a aparente solidão da lua
Cercada de estrelas, se faz bela na noite escura
A vida é assim, precisamos aceitar
Ninguém é dono de ninguém, somos livres como as andorinhas no espaço a voar
Não adianta se vestir de luto, fazer da vida lamentação
Para tudo tem sua hora e momento,
Encontre em Deus acalento, nada de prostração,
Um tempo de alegrias chegará de novo,
Em vez de choro, cante uma canção.
Assim segui meus dias novamente
Com o coração repleto de novas esperanças e alegrias pela frente
Decidi me amar, pensar mais em mim, me cuidar
Crescer, reciclar, aventuras evitar,
Uma vez se pode errar, duas vezes é tolice com certeza
Deletei o que não me fazia bem, nada de melancolia ou tristeza
Decidi me amar, comigo mesmo me encontrar,
Olhar o mundo com beleza,
Pois a felicidade não está lá fora
Está dentro de nossa alma e coração,
Não precisa ninguém se esforçar pra ver,
Se preocupe não,
Está estampado neste sorriso que a vida decidiu nos presentear
A vida muitas voltas dar,
O importante é nunca desistir, acreditar,
Que o amor existe, e ainda pode acontecer,
Qualquer dia, qualquer hora,
Pra mim e pra você.
E viva a vida!
Aniversário
Hoje cedo ao me despertar,
Senti no coração a felicidade,
Ao abrir a janela podendo contemplar,
A beleza da minha idade.
Mais de meio século de vida,
Sempre cultivando um grande valor,
Sem deixar passar despercebida,
A maravilhosa colheita do amor.
Por Deus sempre muito abençoado,
Sendo grato ao Senhor por tudo que me faz,
Por ser um homem amado e respeitado,
Hoje desfrutando momentos de paz.
Percebo o tempo passar com sabedoria,
Imprimindo uma imensa velocidade,
Sempre lutando em busca de melhoria
Na esperança de prolongar a idade.
Ao ultrapassar a faixa dos cinquenta,
Alguns ficam muito tristes, e preocupado,
Espero em Deus atingir cento e oitenta,
Com grandes amigos ao meu lado.
Apesar das luzes existentes no cabelo,
De nada na vida posso reclamar,
Ainda tomando um uísque com gelo,
E um coração cheio de amor pra dar.
Du’Art 20/ 04/ 2015
O tempo...
O tempo, não me esperou
e a saudade, parece abrir
um espaço permanente na janela
acostumada a sentir comigo,
uma estranha sensação
que me condiciona,
mas me cobra atitudes firmes
enquanto viajo sem direção
nessa velocidade impulsiva
nas curvas da imaginação,
sempre sem limites.
by/erotildes vittoria
Como é bom
Como é bom, no frio da madrugada
Abrir a janela, colocar a cabeça para fora
E tragar o vento
Como é bom, olhar a lua e sentir-se
Como se estivesse olhando-a pela primeira vez
Como é bom, sair com os amigos
Fumar até se matar
Encher a cara até vomitar
Como é bom, deixar a vida nos levar
Como a leve onda do mar
Que passa docemente pelo nosso olhar
Como é bom, ser o que se é
Sem querer ser outro alguém
Ou ser um Zé Mané
Como é bom, ser forte
E a cada dia estar de pé
Lambuzando-se com a vida
Do jeito que a gente quiser
Da janela o sol nascendo, todas as cores do azul,
Aquele cheiro do novo,
A esperança de um novo dia chegou,
Mais um ano com meu Senhor,
Isso é tudo que eu preciso,
Isso é tudo que eu quero,
O resto é o por vir,
O resto vem como se o natural fosse vir,
Tudo coopera para mim,
Tudo coopera ao que crê,
O sol bate na janela,
Todas as cores do amanhecer.
MOLDURA DA SAUDADE
Madrugada fria e ela lê uma saudade batendo
intensa pela fresta da janela .
Não há como fugir !
Os olhos não se fecham...
Inertes conversam com o que ficou
Percorrem a lugares de imenso vazio
O coração dispara frio
num descompasso de ausências
do que desbotou.
O aperto explode no peito
As notas das lembranças dançam
por entre espinhos .
Nos lábios um gosto amargo
daquele amor
Chorou
E ela permanece assim
Naquele canto
sozinha
contando estórias de faz de conta
em prosa e verso para ninguém
ouvir
A moldura daquele sorriso lindo
ainda passeia com devoção
em sua insônia
Os cheiros ,os enfins ,os trejeitos ,os resquicios dele
gritam em seu peito feito
zum zum zum de tamborim.
E um samba de saudade cria asas e
explode caos em seus silêncios
Numa nostalgia cinza e dolorida
que parece não ter fim.
Você que decide se seus dias serão coloridos ou cinzentos...
Eu decidi abrir a janela e colorir minha vida.
Dias cinzas não me cabem mais.
Aquela tarde de frio tão insistente
Como uma onda no mar que sufoca a gente.
Olho pela janela e vejo a chuva cair
Me lembro do dia em que eu te vi partir.
Ah solidão,que ecoa silêncio no meu coração.
Como eu queria você aqui.
Aquele chocolate quente
seu olhar penetrante
e seu sorriso envolvente.
E naquela tarde de frio
Só resta o vazio...
De memórias sem fim.
Noite fria
Abro a janela para o vazio .
Saudade pode entrar !
Meus silêncios gritam
Querem naqueles
trejeitos navegar
Deixo estar !
Não há como fugir
Desde que ele se foi
Minhas insônias fazem preces
naquele altar .
Acordo e tomo um café para despertar,
abro a janela da alma e mando a tristeza embora...
faço um acordo comigo...
hoje...
deixarei somente a leveza entrar!
ENQUANTO
Enquanto as folhas arderem
Enquanto espero o teu carinho
Enquanto espero a janela para te ver
Enquanto espero na ânsia de te ter
Enquanto sonho em estar contigo
Enquanto o pesadelo virar sonho
Enquanto me perco escrevo
Enquanto escrever seja como droga
Enquanto o vício não me detenha
Enquanto o calar seja um muda palavra
Enquanto o veneno seja necessário
Enquanto os fragmentos se juntem
Enquanto os recantos de ti sejam colhidos
Enquanto as margens do rio virem silencio
Enquanto o encantamento esteja na alma
Enquanto o meu coração jamais se cale
Enquanto sejam as tuas palavras como rio
Em nenhum momento eu me senti vazia, sozinha.
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BEIJO
Atrai-me o sol da manhã
Quando entra pela janela
Inundando o nosso quarto
De tantos prismas coloridos
Nos ecos de todas as cores
Pintadas a mão numa aquarela
Tela onde pinto que amo-te
Nos versos que eu já fiz
Para ti de várias cores
Por não suportar ver-te infeliz
E num beijo que arrepia
Que deixas no meu pescoço
Percorre sutilmente a espinha
Sem pressa todo o meu corpo
Arremesso em desejo no meu ser
Beijo dado tatuado no meu corpo
Do teu amor que me ofereces
Atrai-me os raios de sol que entram
Pelas frescas da janela do nosso quarto.
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No sereno da madrugada,
a solidão entrou pela
janela do meu quarto,
e senti uma saudade
imensa do seu cheiro.
E a minha alma
intensificou mais os meus
pensamentos em você.