Poemas de Janela
Folhas dançando em um sol de primavera
Apesar dessa visão escura e imunda em minha janela
Consigo ver a beleza através desses muros frios.
Minha alma entorpecida,visão física desnorteante
Entretanto,uma melodia doce ecoa em meus ouvidos
Uma visão tão linda,será isso o paraíso?
Doce melodia,visão do paraíso
O que é isso?
Nunca senti tal coisa
Adeus problemas
A vida finalmente parece ter sentido
Contemplação estonteante
Leve me pra longe
Como uma folha ao vento..
Depressão primaveril inexplicavelmente se vai
Como uma folha ao vento
Como uma folha ao sol...
Caído,minha linda visão se vai
Minha linda visão do paraíso.
Não sei,não entendo...
Meus ouvidos doem
Um baque de realidade
Porque se foi?
De volta aos velhos e frios muros..
Inexplicavelmente,tudo se vai
Pessoas são passageiras
Há que realmente estou aqui?
Existe um porque?
Amanha nem ou você caminharemos
Como um raio da manha
Tudo volta,tudo é cíclico
Eternamente preso nessa samsahara
Uma roda da vida,
Bailando ao vento.
A melodia toca em meus ouvidos novamente
Ah visão do paraíso!
Finalmente retornastes?
Sinto em minha alma
Delicadamente tomada pelos raios da alvorada.
Como uma folha ao vento,banhado pelo sol.
Isso pode ser o paraíso...
Alegria brasileira
Hoje, logo pela manhã
Vi a alegria brasileira
Em cada janela, dependurada
Estava uma linda bandeira
Bandeira verde e amarela
Branca e também azul
Que faz feliz esse povo
Tanto no Norte como no Sul
É copa, minha gente
O sangue fica quente
E o coração vai a mil
Ele fica acelerado
Bate forte e descompassado
Dessa vez é no Brasil!
A moça da janela
A moça na janela
De longe observa
Sente saudades
Revê em pensamentos
A sua gente distante
Seu tempo de menina
Vestindo suas bonecas
Infernizando a tia
E se sentindo princesa
Da avó embevecida
A moça na janela
Sorri pra não chorar
Toda vez que ver no mar
A distância que a mantém
Dos entes do outro lado
A menina do Brasil
Daqui um dia partiu
E agora olha pela janela
Da sua própria alma
Seu corpo de mulher
Lá longe ela espera
A hora do reencontro
E deixa escapar uma lágrima
Por quem não vai rever
Mas por certo há de sentir
É o preço a pagar
A moça na janela
Que em outro lugar foi morar
Mas deixou aqui ficar
A menina do Brasil
(Nane-13/11/2014)
Cada pingo na janela
Traduz no eco a voz bela
Do vento a tocar a flor
Cada gota feito lágrima
Cada gesto cada amor
Amanhece e já é dia
De sonhar em euforia
Toda sorte que chegar
Serenatas rotineiras
De pardais nas cantoneiras
Nos levantam trabalhar.
E assim se faz a vida
Como ondas a rondar
Nesse breve calafrio
Ou no lume versejar
Cada curva traz montanha
Onde a alma livre assanha
Querendo encontrar
Um azul que já nem sei
Quem é o céu ou é o mar.
Hoje olho pela mesma janela que ontem, mas o vidro se quebrou, não mais distorce o que há lá fora...
Meus olhos observam perplexos a realidade, um certo desânimo me invade...
Tudo mudou... O aconchego que havia aqui dentro já não há, o ambiente está escuro e frio, um imenso vazio...
Lá fora há sol e vida, mas onde está a menina atrevida?
Um dia olhei através da janela do meu quarto e fiquei estática! O brilho intenso, a densidade, o poder, o luar...
Não sei quanto tempo fiquei ali, parada, encarando aquele espetáculo no céu. Gosto de olhar as estrelas, mas naquele dia, a lua me capturou.
Sentei na cama e vi o vazio a minha volta. Por que? Não sei dizer. O que sei é que olhando aquela lua eu pensei em você.
Você que me deixou, você que nem notou a minha existência, você que nunca me perdoou por só te querer por perto, você que me amou como nunca ninguém; você que me quis e eu não pude ser o seu alguém, você que me perdeu e eu me dei a você...
São tantos vocês, mas não que seja várias pessoas. Você também é quem não conheci e já consigo pensar se a vida vai ser cruel assim de novo.
Então veio a nuvem e escondeu minha inspiração, meu pensamento, a minha lua, e me pergunto: Onde está você agora?
ALÉM DA JANELA
Eu...
Continuo olhando pela janela
Vejo alem das persianas
Outras janelas
Elas não são parecidas com a minha janela...
As vezes eu as acho tristes
As pessoas que estão nelas não tem a mesma visão
que eu tenho
Olhando da minha janela
o mundo é mais colorido...abaixo da minha janela
existe um jardim de poemas
Prontos para serem colhidos.
o mundo mostra,
talvez não seja tarde para ler
quando abro a janela,quimera;
nadam nas profundezas,
criaturas hibridas,bipolarizadas.
De fato inebriadas,alienadas como mostra a ficção,
Se decifrar é uma tarefa fácil só os leitores saberão.
SUBLIME AMOR
Abro o olhar, tal qual a janela da aurora
E deito em insanos sonhos sob teu céu
Todos os sentidos, versos envoltos em véus
Que descortinam os segredos de outrora
D'um amor, que não traz a medida da razão
Apenas almas entregues e incandescentes
N'uma história de desejos plenos, e não somente
Pois que do encontro, a magia se fez perfeição
Entre toques e sussurros n'um mágico momento
Que sinto da vida a força, de um coração sedento
Findando pois em ti minha busca, meu paradeiro
Epicentro de emoção, em verdade e por inteiro
Deixando na pele bem mais que o perfume, a flor!
Marcas cravadas pela eternidade, sublime amor!
Olho pela janela tudo cinza
O sol não veio
Intimidou-se ao ver nuvens carregadas de escuridão.
Abriu mão de sua imponência, majestade, altivez
Busquei-o para aquecer meu rosto
Colorir meu coração com as cores de Luz
Busca em vão
Hoje o grande astro quer quietude.
Não desisti de me encher com alegria.
O dia nublo sugere solidão.
Mas não posso, hoje tenho pressa.
Lembrei!
Guardei um tesouro em meu coração.
Mais belo que a luz do Sol.
Que nenhuma escuridão pode ofuscar a beleza.
Te busquei para colorir meu dia.
Que coisa linda, já sabia.
Com você sempre sou primavera.
Tenho paz e alegria.
Quando olho pela minha janela em linha reta, vejo apenas um monte de coisas corriqueiras e sem emoção; casas, telhados, carros e pessoas passando.
Mas quando eu levanto a minha cabeça enxergo muito mais, um céu maravilhoso, o sol que brilha e me diz "bom dia".
Assim é a vida. Basta que possamos levantar um pouco mais a nossa cabeça para enxergarmos coisas melhores.
"PROCURO-TE"
Procuro-te e busco-te
Nas fragas do caminho
Pelos vidros da janela
Em cada nascer do sol
E não consigo encontrar-te.
Procuro-te e busco-te
Nos seixos da rua
Nas brechas da porta
Nos grãos de areia.
E não consigo encontrar-te.
Procuro-te e busco-te
No brilho das folhas à chuva
No nevoeiro estampado na serra
Nos espelhos do orvalho
E não consigo encontrar-te.
Procuro-te e busco-te
Na tempestade dos ventos
Nas nuvens altas e azuis
No escuro da noite.
E não te encontro, mas tu revelas-te!
Força de nós dois
Da janela da tua alma encontrei a porta do meu porto seguro
Das tuas palavras, reencontrei a força
Da tua força, recuperei a garra
Da nossa garra, encontramos nós mesmos
E nos reencontramos, nos revemos, revertemos
E vemos a frente o que não existia atrás
Atrás dos sonhos, tão perseguidos
Munidos da força e da fé da cada um
Um pelo outro, outro mundo, nova vida
Vida que se renova, vida a toda prova
Prova de que há de se provar o amor
Uma vez, ao menos, na vida.
( Renata Lessa)
SOU TÃO FRÁGIL SEM ELA...
Já se fazia manhã!... Da janela do meu quarto vislumbrei um céu tão bonito e tão azul!...
Logo pensei em nós.
No horizonte além, me pus a ver traços da sua imagem levitando em meus pensamentos absortos.
Parecia que ouvia seus dizeres amorizados, em trechos de sua fala, revelando-me seu amor incondicional.
Desenhos memoráveis, em aquarelas, reportaram - me, ao cenário de glória que vivíamos.
Tais sentimentos afetivos de um homem a uma mulher, ainda ardiam latentes, naquele instante, em m'alma ofegante.
Voltei à cozinha e degustei um cafezinho que acabara de fazer.Saindo um vaporzinho da xícara.
Depois, retirei um livro da estante e me pus a folheá-lo, quando me deparei com um poema meu;
“Se dependesse de mim”. Exatamente isso viera à minha mente, momentos antes: se dependesse de mim retornaria aos braços da paz que havia ido...
Enxurradas de boas lembranças; aflorando a todo instante, sufocavam qualquer tentativa em concentrar-me em outra atividade.
Saí da leitura sem perceber, quando me vi num olhar vagante, num ponto fixo na parede da sala. Voltei-me ao relógio e as horas pareciam não passar.
Naquele instante me sentia tão ‘apequenado’!...
e, fragilizado, sem ela por perto!...
(08.03.18)
Demora
O coração bate meia-noite
O vento abre a janela das horas
E por enquanto o relógio ainda chora
Lá fora, a Lua a pino brilha linda
Demora
O destino não concretizou-se ainda
O rumo da vida é ser feita de horas
Perfeitamente lentas
Aumentando o fluxo
do vento pela janela
Momento a momento
Cada vez mais lentamente
Se a noite quis ser imperfeita
O fez com tanta perfeição
Que até agora eu aqui
No colo da rede
Sinto sede de sonhos
É tanto Céu
É tanta noite
É tanto solo
É tanto nada
Alta madrugada
Alvorada
Dia claro
Noite escura
Aquilo que se espera
Sem saber bem ao certo
Se vem ou não vem
Demora
O coração marca as horas
Enquanto o relógio
chora.
Edson Ricardo Paiva
Hipótese Suposição
Não existe conhecimento
Da janela para dentro
Não há vivência, em teorias
No conforto do sofá,
A frente da televisão
Sem sair para a rua batalhar
Viver é estar de cara com a situação
É sentir na pele o sol e correr da chuva
Acordar de madrugada, sair pela rua
Terminando de comer um pão
É chegar cansada,
Começar uma nova jornada
Com um sorriso nos lábios
Afinal o dia não terminou, não
Fora disso e de outras experiencias
É pura demagogia
Sem existir a prática
Teoria, não é vida não!
Só mais um Estilo...
Para quem passa por ela (a vida)
Só dando opiniões pela janela,
Sem ao menos se colocar na situação.
"A sua fragilidade é por manter a janela da vida fechada.
Quebre as barreiras transparentes, que te impossibilita de receber a brisa do horizonte , e siga adiante mesmo com todos os estilhaços, mas siga LIVRE "
Robson Gomes
Pela janela do quarto,
Sossego intacto do gato
Me rouba a cena e os fatos
Que no desassossego inventado,
Não há de ser encontrado
A essência inata dos atos.
PERSONIFICAÇÃO DO AMOR
O amor passou por mim
Beijou me a boca
Abriu a janela
Passou pela porta
Deixou-a aberta
Até agora
Aguardo seu regresso.