Poemas de Janela
Ninguém a Esperar
Ao avistar a janela entreaberta
Prontamente se pôs a cantar
Mas calou-se, o pobre poeta
Não havia ninguém a esperar
Fora as guerras com honra lutar
E por lado a morte passaste
Na esperança da volta encontrar
A amada que um dia deixaste
Mas não sabia, pobre poeta
Que no mundo que hoje se apressa
Ninguém mais pode esperar
E por isso seu canto ele cessa
E pra este momento só resta
A guerra voltar a lutar
Dia nublado
Acordo de manhã olho na janela, um frio inepto me toma por completo.
O céu esta cinza escura e sem vida, não sabe o porquê, mas isso me atrai e me satisfaz.
A dor e a tristeza são a minha alegria que me desatina
Queria que essas nuvens continuassem a escurecer
Para que o sol não mais clareasse o que quero esquecer
Perco-me nas nuvens negras da minha mente
Mergulhando e descendo semelhantemente
Saltando no abismo mais profundo
Meu destino é obscuro
As nuvens estão carregadas demais, até que chega uma hora que elas não agüentam mais e caem.
Caem em grandes quantidades como as minhas lágrimas, ardentes de mágoas.
Minha corrosão interior continua como essa nuvem de dor...
Nos caminhos da Ilha
Da janela vejo ruas sem nome
casas coloridas abrigadas em montanhas,
da janela sinto a brisa e cheiro dos eucaliptos,
o cheiro das ruas sem nome
onde vento balança verdes folhas
e nascem flores em pedras.
Estas ruas tem silêncios mágicos
como poemas ainda imaginados,
acabam no pé da montanha
mas seguem a caminho do mar...
Ruas de casas pequeninas e pequenos jardins.
Ruas sem nomes, sem números
que da janela vejo encantada
enquanto as flores crescem
agarradas às saliências das duras pedras.
O verão pinta o quadro
e eu aqui, vejo
pela janela emoldurado...
Da janela do presente
observa-se o presente
com os olhos do passado.
Da janela do presente
observa-sse o futuro
como extensão do passado.
Quando somos o presente,
não há futuro e passado,
porque só há o presente
observando o presente.
AMANHECER
Quando os primeiros raios de sol despojar em sua janela, pare e pense que esse dia te pertence...
E procure aproveitar do melhor modo possível, como se esse dia fosse o último dia de sua vida...
Olhe ao seu redor e procure fazer o melhor esteja ao seu alcance...
Não de o passo maior que sua perna, pois o futuro nos espera...
Seja solidário (a), humilde, não tape os ouvidos para os oprimidos...
Estenda suas mãos aos necessitados, pois a semente de seu passado será o fruto do seu futuro...
Não tenha espírito de grandeza, pois a sua realeza será desfocada por você se achar que é mais que os alheios...
Não pense que você é mais que alguém para que com isso você possa se dar bem!!!
Vi
I
Olhei pela janela
a finalmente eu vi
o capim minha alma e todos os tons
No sonho
no silencio
no não
que nunca me encontrem
que nunca me tirem
o meu carnaval
II
escuto silêncio
porta para o paraiso
música muito minha
som-pausa
silencio
somente
voz de dentro
Mas nada me acontece
disse o poeta
só poesia
Ana Deva Garjan
*Poéticas Deva's
A LUA E NOS
(Luiz Islo Nantes Teixeira)
A lua invadiu a minha janela
E pintou de prata a minha cama
E assim ela tao singela
Brilhou nos olhos de quem me ama
A lua invadiu toda poderosa
Mas em instante algum nos violou
E assim toda generosa
Testemunhou a forca de nosso amor
A lua nos beijou
E sorriu discrete
De nossa nudez
A lua brilhou
A cena completa
De nos tres
A lua amiga
Que nos abriga
No seu manto dourado
Com seus raios gentis
Reflete meu olhar feliz
No teu iluminado
A lua se despediu quieta e distante
E longe no ceu mansa desapareceu
Mas amanha voltara mais brilhante
Porque ela nunca nos esqueceu
© 2009 Islo Nantes Music
Globrazil@verizon.net or globrazil@hotmail.com
Você é meu delírio
Em noites claras
Da janela eu olho
O infinito tão largo
Queria ter o poder de...
Pedir clemência às estrelas
A benção da lua......
Que por um instante
O tempo volta-se
Aquela estrela brilhante
Lembra-se de mim?
Que meus momentos...
De angustia são efeitos
Do meu amor ausente
A minha vida embaça...
No momento que estive em seus braços
Abeira mar,meu deliro poderia ser real
Ó!!! Estrela .....
Quanto já te pedi
Testemunha você é
Que meu delírio, é meu amor....
As vezes da janela do meu quarto olho lá pra fora
E penso "Será que a vida vale a pena mesmo?"
E é quando eu lembro da serenidade dos teus olhos
E não preciso mais pensar...
Só me resta aquele leve e conformado sorriso no meu rosto a cada imagem sua que me passa pela cabeça...
Da janela vem um sopro morno
que muito bem pode ser choro
ou qualquer coisa que venha de dentro
como se no mundo vivesse fora...
da mesma janela aberta chega
uma luz de fim de tarde,
um ruído de crianças brincando,
um cheiro de café recém passado,
uma queixa sem convicção e
pássaros que voam nostálgicos...
Coração bate baixinho, quase nem se percebe,
Recordações se perdem em pensamentos,
Entra o vento pela janela aberta,
O espírito eleva-se ao inconsciente
Para que as almas possam se encontrar...
Apenas acordo e olho a janela.
No horizonte, o sorriso dela...
Isso se chama amor.
E não vivo sem ela
Creio no Teu sorriso,
janela aberta do Teu ser.
Creio em Teu olhar,
espelho da Tua honestidade.
Creio em Tuas lágrimas,
sinal de que partilhas alegrias e tristezas.
Creio em Tua mão,
sempre estendida para dar e receber.
Creio em Teu abraço,
acolhida sincera de Teu coração.
Creio em Tua palavra,
expressão daquilo que queres e esperas.
Creio em Ti amigo,
assim simplesmente, na eloquência do silêncio.
(A vida é assim mesmo siga a vida em paz e de um nova chance para a pessoa que vcoe ama pois toda segunda chance tem um novo passo!)
"Menina da Janela
A menina da janela
era tão próxima de mim,
mas eu era tão pequeno
que minha mão não
alcançava aquela janela.
E eu, de tanto tentar,
desisti, não sei se dela,
ou se de alcança-la
pela fresta da janela.
Hoje, a menina da janela
é a moça da sacada,
que está tão longe quanto
estão longe os meus sonhos,
e tão inalcansável
quanto eu sou para mim mesmo."
Não viverei momentos que não são meus olhando a vida por uma janela perdendo da minha vida;
Eu nunca esqueço das minhas lembranças que ainda não vivi, portanto sem me precipitar busco que a vida possa me levar;
Meus sentimentos estão trancados e presos de algo que nem sei o que é;
Passo a sentir cada dia diferente da banalidade que mesmo entre exagero não me faço sossegado, mas nunca deixando de amar;
Chega à noite, da janela do meu quarto eu vejo o céu, as estrelas, e não há como conter os pensamentos, a mente viaja, imagina histórias ou mesmo refaz as já vividas. Você percebe como as coisas mudam, e não a como não se questionar, “como um período de tempo tão pequeno gera mudanças tão grandes?”, por isso é necessário que cada atitude a ser tomada seja detalhadamente analisada, o que você faz hoje, gera consequências amanhã.
São nessas horas, que paramos pra imaginar, que bate uma saudade, e em um minuto temos o desejo tão grande de voltar no tempo, de reviver aqueles momentos com a família, com os amigos, o interessante é que quando vasculhamos na memória até os tombos levados quando brincávamos na nossa infância se tornam especiais. Nesse momento faço minhas as palavras de Bob Marley quando diz: “saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos”, e é no ápice desses pensamentos que as lágrimas rolam, não por tristeza, mas por satisfação, em saber que aquilo que foi vivido valeu, e vale apena ser lembrado. E no mesmo instante, como num piscar de olhos, o pensamento muda, e já não mais relembrando o passado, começamos a pensar então, o que será daqui pra frente, quantas pessoas ainda entrarão na sua vida, e quantas sairão, nessa hora é impossível limitar o pensar...
E assim vamos seguindo, com saudade das coisas boas já vividas e com expectativa naquelas que viveremos, é certo que esperamos que o futuro nos surpreenda, sendo melhor e cada vez mais alegre...
Tudo isso é o que se passa numa noite de pensamentos. Agora entendo René Descartes com seu dito: “ penso, logo existo!”.
Estátuas e cofres e paredes pintadas
Ninguém sabe o que aconteceu.
Ela se jogou da janela do quinto andar
Nada é fácil de entender.
Como é doce o canto dos pássaros
Que ecoam pela janela ao amanhecer
Acompanhado de leve brisa, maravilhosa,
E saber que haverá uma nova oportunidade
Mais um fôlego de vida, e a possibilidade de mais um dia,
Desprender dos medos e incertezas e,
Agarrar as possibilidades e oportunidades
Trazidas pela vida em sua sublime chegada.
Um seresteiro cantou
A sua canção mais bela
Debaixo duma janela
Bela donzela acordou
E um beijo ela lhe jogou
Com o seu canto encantada
Toda prosa e apaixonada
Viu seu novo amor surgindo
A lua dormiu sorrindo
Nos braços da madrugada.
PORTA FECHADA, JANELA ABERTA.
Tenho que me desfazer dessa minha mania de deixar a porta aberta, para entrar a saudade, sair a alegria e todo esse entra e sai de emoções e nostalgia. Não agüento mais esse meu jeito de ser durona e mole ao mesmo tempo, é que eu não consigo ser ruim na mesma proporção que eu falo, então, as pessoas entram de um jeito, saem de outro e ficam ilesas a todo mal que me fizeram. E me deixam aqui, machucada, sem cura, sem nada. Outras gostam tanto que permanecem intactas do começo ao fim, me curando com sorrisos, me esquentando com abraços e juntando todos os meus pedaços.
Descobri que deixar a porta fechada é melhor, quando algo quiser entrar, que bata, que insista, isso é prova que o que tem pelo lado de fora vale a pena. Vou fechar com cadeado, com sete chaves que é para ter certeza de que ninguém irá arrombar, derrubar, me roubar aquilo que eu mais prezo, o meu sentimento. Mas vou deixar a janela aberta, para que tudo continue claro e evidente na hora das minhas escolhas. Também preciso de ar, do vento, da brisa que entra pela janela e espanta todos os meus medos, levam todos os meus desassossegos e me deixa em paz com meus erros.
Eu vou continuar aqui, com os meus pensamentos gritando para que eu faça algo. Até que eu reaja na luta contra mim mesma, até que acabe essa guerra de sentimentos, de momentos que se foram e me encontrar em momentos que estão por vir. Continuarei sempre aqui, apesar dos apesares, na espera de algo que me faça acreditar que a sinceridade realmente exista. Continuarei a mesma, mesmo com a distância, mesmo mudando de rumo para chegar aonde eu definitivamente me encontre de verdade: dentro de mim.