Poemas de Janela
JANELA JÁ NELE
Por onde eu te vejo
São olhos de desejos
Que no alto
dum terceiro andar
Paixão já é tanta
Que nem se sabe
pr'onde a vírgula
Foi
Par,ar
A janela do meu quarto, me traz a imagem do meu sonho
E porque não saio e realizo ?
Nossa...
Não consigo abrir as portas,
as portas são de coragem
Tenho as chaves,
Mais estão cobertas de medo.
Agora vivo na casa da solidão,
Espero por ti...
Porque não abres ?
Tu tens as chaves do amor !
Mais não vens
Logo moro,
Logo morro.
Infância
Foi mágica da infância, da janela do meu quarto
não sabia assim tão bem , como era do outro lado.
Debruçada na janela, sempre sonhava um bocado
mas não sabia de nada, da vida do outro lado.
Tudo parecia tranquilo,
naquele meu imaginar,
pessoas boas felizes,
sempre vivia a sonhar.
A vida era dosada, luxo nem podia pensar
vestidos de seda, mamãe não podia me dar.
Sabia que existia, no meu inocente sonhar
só não podia tocar, muito menos usar.
Mas a vida era feliz,
eu conseguia sonhar,
os beijinhos da mamãe,
tudo podia amenizar.
Nada lá me faltava, tinha onde brincar
rua branca e macia, com areia para pisar.
Campinho de futebol, em frente meu lar
um lugar interessante, pra poder brincar.
Era linda,
minha terra,
meu cantinho,
meu lugar.
Um rio maravilhoso, onde eu podia nadar
com árvores frondosas, uma beleza de lugar.
Com margens enfeitadas, o rio sorria pra mim
eu com os pés na chão, ficava mais um "poquim".
Mas um “poquim” mamãe!
Eu sempre falava assim,
e acabava mergulhando,
banhando mais um "poquim".
A noite era alegria, a vizinhança à conversar
a meninada reunida, pular, brincar, gritar!
De repente aquela música, era do cinema
indicava que era hora, do filme começar.
As horas iam passando,
o povo ali conversando,
a meninada brincando,
e minha vida mudando.
Era menina morena, com pés no chão eu corria
simples assim era feliz, desse jeito eu crescia.
Cabelos negros ao vento, minha infância vivia
crescendo ficando mocinha, eu nem percebia.
Da vida da janela
à rua que eu conhecia,
brincando e sonhando,
eu mudava como a lua.
Saudades da terrinha, onde pude sonhar
de pessoas amigas, com quem pude partilhar.
Dos amigos de infância, das pessoas do lugar
do cheiro de terra molhada, era marca do lugar.
Um passarinho na janela
Era uma manhã como tantas outras, quando minha atenção foi capturada por um pequeno pássaro que, com graça e leveza, pousou na janela de minha casa. O passarinho, em sua serena vivacidade, parecia trazer consigo um mundo de reflexões.
Suas asas delicadas tocavam o vidro com a leveza de quem afaga o próprio destino, e seus olhos, dois pontos brilhantes, refletiam a quietude de um espírito livre, como quem tem um céu inteiro dentro de si. A presença daquele pássaro revelou-se como um oráculo silencioso, sugerindo-me que a vida, em sua essência, é uma eterna contemplação do invisível.
Enquanto o passarinho perscrutava o horizonte, pensei nas vezes em que nós, humanos, presos em nossas angústias, deixamos de perceber as belezas simples que nos cercam. Ignorância é acharmos que pássaros, só porque têm asas, não caem ou que nunca descansam nos tapetes de Deus durante o seu percurso. Essa liberdade não tem nada a ver com invencibilidade.
O pássaro, em sua graciosa indiferença, ensinava-me a arte da quietude, a contemplação do instante presente, a sabedoria de viver sem pressa.
E assim, naquele encontro fortuito, compreendi que a janela não era apenas uma barreira física, mas uma metáfora da alma, uma passagem para a introspecção e para o entendimento do nosso lugar no mundo. O passarinho, ao pousar na janela, não apenas a tocava, mas convidava-me a abrir as portas do meu próprio coração para as sutilezas da vida.
Do trem abanei
pela janela
se fui visto eu nem sei
foi a despedida mais
rápida já vivida
O trem se foi.
Segui a vida.
"Sempre gostei de ver
as gotas caírem no vidro,
assistir a luz
mergulhando nelas.
Talvez em um dia de chuva,
daqueles em que eu
ficava grudado à janela,
você era uma delas".
' A JANELA DA VIDA '
Quem dera o vigor da juventude
Após viver meio século de vida
Com Sentimento de completude
Contra o tempo uma corrida
Ao Ver o arco íris no mundo
Ainda que por um momento
Sentir-me pleno por segundos
Sem saber nem no que penso
Ver a janela da vida aberta
Na grande força do amor
anseio Pelo céu voar liberta
Como águia alçar meu vôo
Como lodo na pedra germina
Na vida paz, no amor sossego
Lembrar do amor de menina
Nos seus braços o aconchego !
Direitos Autorais Reservados sob a Lei -9.610/98
Da janela da minha sala eu vejo...
Um montinho de nuvens passeando,
Bem devagar, quase parando.
Vejo a alegria dos passarinhos
Que ,de árvore em árvore, vão voando.
Pelas ruas vejo gente à beça,
Caminhando , cada um para o seu canto,
Sem ter lá muita pressa.
Da janela da minha sala eu vejo...
Gente de toda classe,
Vejo alunos e Professores,
Vejo operários e também doutores.
Vejo a Cidade quando adormece,
E vejo também quando ela amanhece.
Da janela da minha sala eu vejo...
Coisas que eu nem queria ver;
Uns perdendo a vida,
Outros sem ter o que comer.
Vejo tanta coisa errada,
Que até a Justiça parece estar calada.
Da janela da minha sala eu vejo...
Enfim, uma pontinha de esperança
Na mudança do velho, no sorriso da criança.
Vejo até a vida ser mais feliz,
Nas palavras daquele que sabe o que diz.
Do abraço amigo e apertado
De quem da vida é um eterno aprendiz.
Início de uma noite de verão; um tom de amarelo adentra pela janela.
A chuva cai leve, sem pressa e os pássaros estão felizes.
A sensação quente traz um certo conforto e o breve vento refrescante traz um alívio.
Algumas nuvens cinzas navegam o céu assim como navios navegam pelo mar.
Outra nuvem solitária no horizonte, iluminada pelo pôr do sol, se assemelha a uma explosão devoradora de vidas.
Os esboços das casas assumem um tom rosado e as árvores são apenas sombras.
A escuridão quase completa se instala, a luz do poste queimou.
Fim de um dia qualquer em Tamandaré.
A vista da janela
Nos meus pensamentos há uma janela
Dela vejo a minha vida
Meu presente
Meu futuro
Me vejo
Sentada na grama enquanto o sol queima minha pele,
Enquanto o vento me abraça
E os meus pés no chão sentindo cada grão de areia
Tomada pelos mil acordes que existem em meus dedos
Por todas as músicas que sei de cor
Tomada por todos os pensamentos que possuo.
Olhando da janela até parece uma mulher comum em um dia qualquer
Sem visão, pois ver vai além dos que os olhos captam
Essa mulher que vive o universo das entrelinhas,
Vive a folha rasgada e amassada
Que busca todos os sentidos
Todas as sinestesias
Todas as curas
Dos amores a fúria
Mais fortes das ternuras
Pois nela há tantas ranhuras
Que se pensares bem
A perspectiva da realidade às vezes é mera vaidade…
Inverno
Como é majestoso contemplar
Os horizontes nevados e alvos
Da janela me concentro na sua bruma
Enquanto meu corpo é aquecido
Pelo fogo intenso da lareira
Que flameja incessantemente.
O inverno chegou e as rosas feneceram
Tudo alvo ficou de repente
Agasalhamos nossos corpos e ficamos
À espera da primavera que logo chegará
Trazendo as rosas de volta
E nosso jardim dar vida novamente.
um corpo que cai
e me leva junto
e vida louca pra onde vai
quem dera esse homem fosse um vagabundo
podia estar deitado na praça ou na cama do mundo
mas estava pendurado numa corda
a vida é tão reta quanto torta
uma hora dessa não estava morta
foi uma noite difícil
lembro de acordar suada,
sei que isso não muda nada
mas me faz lembrar que a hora já estava marcada
em nada somos nada quando cai a vida
escorre das mãos sem exatidão
seria um menino inexperiente ou não
não era pra ser visto num caixão
uma manhã sem bom dia
coração na mão
antes do café eu já morria
da janela eu gritei nãoooooo
não deu tempo nem de rezar
já era certo o destino do Baltazar
nessa hora deve estar em frente o altar
não sei seu nome então assim vou chamar
acho que tem gente que tem sorte
outros de sobra o azar
quero pensar que sua morte
lhe deu asas aladas para voar
agora em seu plano nos observar
enquanto talvez em meu sonho te encontrar
nunca te vi mas vi sua vida passar
da minha janela pra Deus te abraçar
descansa rapaz que a morte nos faz
voltar ao nosso lugar de estar em nos fazer acreditar
que tudo que for nosso vai nos encontrar
seja na terra, no céu ou na água
a essência é luz energia e ar
JS
"Ah, se todos tivessem um lar,
um alguém para amar e
uma janela para o mar....
Viver seria mais razoável."
☆Haredita Angel
Para a grama verde lá fora
Virei cenário
Agora é ela que me observa
Presa aqui, na moldura da janela
Dó Ré Mi na janela
Sol, Lá na janela
Si fá-z presente
Veio Dó-Mi-nar
Ré-luzir
Iluminar
De Lá da janela.
#CANTEI #PARA #VOCÊ
Cantei uma serenata...
Debaixo da sua janela...
Me transformei em um vento...
Para roubar seu beijo...
Juntei no céu...
Todas as estrelas...
E nessa noite linda...
Enfeitei minha diva...
Dentro do seu olhar...
Eu pude me ver...
Já não mais estava sozinho...
Era amado por você...
Encontrei alegria...
Em seu sorriso apaixonado...
Me coração se fez em festa...
Por ter você ao meu lado...
Quisera eu ...
Já há muito ter percebido...
Que sem você....
Eu não existo...
Como é bom lhe amar...
Minha doce querida...
Agora eu já sei...
A razão de minha vida...
Possa Deus sempre permitir...
Todos os meus dias...
Lhe adorar...
Por toda a eternidade...
Quero contigo sempre estar....
A lua inveja sua beleza...
Quando o violão chora...
Cantando...
Lhe querendo...
Em toda hora...
Esse poeta...
Que faz juras de amor...
Oferta seu coração...
Minha linda flor...
Você é luz...
É raio de luar...
É magia...
É encanto...
Meu sonho...
Faz minha alma voar...
Então querida...
Linda mulher menina...
A você eu me entrego...
Por completo...
Sandro Paschoal Nogueira