Poemas de Janela
Outono na janela
Não é qualquer tarde de outono
Café na varanda e o sol raiando
É o caminho da primavera
Folhas enfileiradas no quintal dançando
O som me aqueceu dizendo:
Deixe ir é outono só importa a raíz
No inverno se esconda
Que a primavera passa na ponta do seu nariz
Faça de cada inverno
A oportunidade de ser cobertor
Faça de cada outono
A oportunidade de ser flor
Porque a estação muda
E muda quieta floresce
É de costa para escuridão e
de frente para luz
Que o girassol cresce
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 26/04/2022 às 14:30 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Ei moça
Você pode fechar a janela;
a porta, o portão...
Só não fecha o coração
Você pode se esconder no quarto;
no pensamento, no sorriso
Só não pode no olhar
Você pode inventar caminho;
sonho, solução
Só não pode desculpas
Você pode apagar a luz;
a escrita, o olhar
Só não pode a memória
Autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 08/06/2022 às 18:45 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Soneto: Sonho
O vento sorrateiro na janela
Sem paciência grita
Escuta o eco do medo
A vida desafiando os espinhos
O tempo passa ligeiro
A voz é engolida a seco
A coragem salta do peito
O sol floriu um sorriso
Os sonhos fazem o caminho
A esperança faz a rega
A paciência faz o ninho
É assim quando continua de pé
Nada acontece sem luta
Nada acontece sem fé
Autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 26/07/2022 às 08:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Na madrugada, o vento suave balançava lentamente a cortina da janela do meu quarto, deixando antever e perceber o orvalho que se derramava lânguidamente sobre o meu diário. Borrando justamente uma página muito especial dele, na qual eu escrevia um dos meus devaneios.
Eu sonhava acordada, mas o mar revolto não se detinha pela minha imperícia de ainda não saber mergulhar sabiamente na sua profundeza... Desvendando os seus corais luminosos que brilhavam lá no fundo, apenas aguardando minha presença para tocá-los, e serem afagados...
JANELA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Se me dou aos teus olhos deste jeito;
se meus olhos te caçam, como vês,
não é caso de ausência do respeito
nem de ser dominado pela tez...
Tenho plena ciência dessas leis
que me vetam de todo e qualquer pleito,
conto sempre até quatro, cinco, seis,
depois levo meu sonho para o leito...
Eu te quero faz tempo; desde o dia
em que vi teu olhar que só me via
como alguém que pros olhos pouco importa...
Sei do quanto é só minha esta novela,
como sei te querer pela janela;
nunca hei de forçar a tua porta...
BLOQUEIO NO FACE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Resolvi não te achar ao abrir as janelas
da janela pro mundo e pros teus desempenhos,
teus engenhos e gritos de guerra constante
contra tudo que possa existir a favor...
Minha paz de quem sou não combina com isso,
porque meu compromisso é de passos pra frente,
meu olhar sobre o mundo é de alguma esperança
e me cansa esse pé que não sai do passado...
Deletei o teu ódio de risos e flores,
tua mágoa de amores e tudo que brilha
e teu vício de sombras; de ranger de dentes...
Decidi que não vivo pra morrer de medo
de mostrar este medo que tenho do escuro;
quero ter um futuro sem sangue nos olhos...
JANELA DE AMOR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Somos mais do que flanco entre nossas vontades;
do que margens opostas nos dizem que somos;
temos nossas verdades atadas por sonhos
ou de sonhos tecemos a ponte pra nós...
O amor que sentimos tem asas potentes;
é a mágica, o truque, o encanto exercido;
nossos dentes nos pescam no rio do tempo
que deságua nas ondas do nosso querer...
Eu te caço e me caças com fogo nos olhos,
com a pele grudada na grelha do instinto,
vinho tinto na carne tremendo entre a mão...
Entre vozes uivantes nos temos em nós;
nossa foz vai ao chão, engravida o vazio
e acende o pavio para novo incêndio...
Pássaro na Janela
E o tempo cuida, o tempo domina e mantém, você rega e o tempo passa, ela toma sol e não toma tempo,o tempo a seca em meio à seca, mas, o tempo toma o tempo que ela não és minha.
O Banco e a Janela
A fragmentação e a efemeridade
Sonho como um espaço de descanso
Atônito diante dos caminhos
Inaptidão para a vida
Quando quis tirar a máscara e respirar um suspiro
Estava pegada e pregada à cara
Quando a tirei e me vi ao espelho
No âmbito de meu lar
Já tinha envelhecido.
Metamorfismo de Impacto
Janela do meu quarto, quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é e,se soubessem quem é, o que saberiam?
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, para uma rua inacessível a todos os pensamentos.
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, com o destino a conduzir a carroça de tudo, pela estrada de nada.
Passa-se um asteroide, fico pensando: brilhante e cria vida, mas muda a rota e me acerta pelo menos uma vez na vida.
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama, mas acordamos e ele é opaco, levantamo-nos e ele é alheio,saímos de casa e ele é a terra inteira,mais o sistema solar, Via Láctea e o Indefinido.
Quartzo, martelo e Janela
Uma contradição
Metade verdade
Metade ficção
Dias passando
Com sua
Regularidade
Monótona
E só
Esperando
Quando muito
O Sol
Brilhar
MAIS UM DIA
Com às bençãos de Deus
Olhar o Sol nascendo
Através da minha janela
Verdade o dia amanhecendo.
O canto da seriema
Despertando a natureza
Flores desabrochando
Com sua rara beleza.
Mais um dia com esse cenário
A folia dos passarinhos
Na beirada dos ninhos.
Assim é o despertar na roça
Bordando de paz e harmonia
Simbolizando a poesia.
Irá Rodrigues.
Pela janela do quarto
Ouço o som do canto dos pássaros;
Faz lembrar da doce liberdade;
Sentir as vibrações e a compor recordações;
A vida por mais que desperte feridas;
Vejo-me encontrando cura a cada nova inspiração.
Da janela eu a espero
É noite! Eu nem tenho sono
De manhã! sinto abandono
Meus olhos não os vêem,
Minha rua! Está sem graça.
Que rua encanta? Que perfume passa?
Os cabelos! Que vento esvoaça?
Que o vento te de asas pra voar e
Traga o encanto ainda mais linda pra me encantar.
Tem algo a fazer para o bem?
Faça imediatamente, pois a janela de oportunidades pode se fechar a qualquer momento.
Que insônia! O sino da igreja já badala
O galo da vizinha o canto já embala
E o sol pela janela a noite ameaça!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
PARALELA (soneto)
Deixe o sorriso adentrar a janela
Do viver, traga luz na escuridão
Aprecie a rosa desde ser botão
Designe a vida a ser leve e bela
Tenha no rosto só boa expressão
Sofrer em vão põe dor na cancela
Da felicidade, então permita a ela
Inundar-ti por todo o seu coração
Transborde de harmonia, seja dela
A lamúria destila toda boa emoção
Nesta reta com amor trace paralela
Estar vivo é um motivo de gratidão
Pense positivo, e dele tenha tutela
Ser feliz traz sonhos, é pura razão!
Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano
AMANHECER
Abra a janela dos teus olhos,
preze a maravilha
do amanhecer.
É a vida renascendo, cantante,
bela,
No seu fugaz instante.
É preciso ir além, da cancela...
Acreditar,
tudo é constante,
quando existe o admirar...
Da dor faça um mirante
pra ver a alegria
contemplar.
Sorria! É mais um dia...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
CANTO (soneto)
Na janela pro cerrado, solitário
O apressurado vento na fresta
Amigo de exílio, o meu cenário
Sibila, e teu sibilo me molesta
E, lá no ipê, alto, canta o canário
Ouvindo o canto de sua seresta
A saudade crê, no extraordinário
A alegria, no som, a alma atesta
Mas, poucos ouvem o meu dia
Calado e frio, numa poesia fria
Ajuntando o meu aflitivo pranto
E neste choro, um choro estridente
Que me faz chorar tão incontinente
Muitos pensaram que é meu canto
Luciano Spagnol
2016, novembro
Cerrado goiano