Poemas de Janela
”O amor ecoou em minha janela,
Pois prometi jamais amar novamente;…
Voltarei a amar, assim que o amor me devolva minha sanidade perdida”
Imagine que Fred olhe pela janela e diga: “O solo lá fora está úmido. Deve ter chovido.” Ele está dando um argumento. O que deveríamos pensar disso? Poderíamos dizer:
Oh, querido, como o pobre Fred é medíocre! Ele obviamente está afirmando o seguinte: se chove, o solo fica úmido; o solo está úmido, portanto choveu. Se ele alguma vez tivesse frequentado um curso de lógica e erística ele saberia que ele acabou de cometer a falácia da afirmação do consequente!
Sim, poderíamos dizer isso, mas (parafraseando Haldeman parafraseando Nixon) isso seria um erro. É simplesmente desarrazoado e, na verdade, injusto, acusar Fred de cometer uma falácia assim tão flagrante quando uma interpretação alternativa deste argumento está prontamente disponível. Pois, embora Fred pudesse estar raciocinando dedutivamente e cometendo a falácia em questão, o mais provável é que ele estivesse raciocinando indutivamente, mais ou menos da seguinte maneira:
Quando o solo descoberto fica úmido, a chuva é a causa usual, conquanto ocasionalmente existam outras razões, como uma inundação. O solo de meu quintal está úmido agora e não há razão para pensar que alguma destas outras causas possíveis estejam operando, e uma boa razão para pensar que elas não estão. De maneira que é bastante provável que tenha chovido.
Obviamente este é um exemplo perfeitamente respeitável de raciocínio probabilístico, e o que os logicistas chamam de “princípio da caridade” exige que presumamos que Fred tinha algo como isso em mente, em vez da interpretação alternativa falaciosa, a menos que estejamos de posse de fortes evidências em contrário. Se falhamos em proceder assim, somos culpados do tipo de irracionalidade de que estaríamos acusando Fred.
No meu cárcere, olho e vejo através da janela do meu inconsciente.
Estou muito tempo nesta prisão, e onde encontro-me, perco-me nas curvas da longa estrada.
Meus pés doem muito.
A coluna sente o peso da idade e, nem sempre, permite-me levantar do leito para espiar o que foi feito dos meus sonhos.
O Silêncio Música
Uma dor muda,
Num som sem volume,
O vazio estilhaçado no voo
À janela fechada.
Às vezes no silêncio da vida
Mora a nostalgia da alma.
Ficamos sem voz
Com o nó das palavras
Amarradas na garganta,
Numa estreita passagem de indignação.
E noutro dia,
O sol dá passagem
E, de tanta luz,
O Silêcio torna-se música.
(Suzete Brainer)
AVENTURA
Janela
aberta,
do
lado
de
dentro,
duas
meninas
querendo
pegar
carona
com
o
senhor
dos
ventos.
Há um amor da janela do lado de lá
Há um sorrisos para se encontrar
Há um oásis no meio deste deserto a observar
Há um tempo para agente se encontrar
Há momentos a se eternizar
Há você e eu e uma história a se completar
"Da minha janela eu vejo muitas coisas
mas não vejo o coração de ninguém.
Na face do outro vejo muitos sorrisos
mas não vejo coração de ninguém.
Ouço muitas palavras amigas
mas não ouço o coração de ninguém.
Recebo muitos abraços amigos
mas não conheço o coração de ninguém ".
Janela é uma pequena porta em pensamento,
Abrindo caminho a aventureiros sem destino.
Ver em uma singela janela um percurso,
Caminho incerto para quem o inicia,
Mas, à medida que se percorre, torna-se certo o que há de vir.
Sejam os verdes pastos ou os pedregulhos rochosos,
Cada ser e coisa, pela história construídos,
Mas por que construção? De quê?
Construção é história, é o sanar das dúvidas
Que trancam portas e janelas,
Necessitando, para abri-las, de uma chave
Ou do impulso que leva ao mundo além das janelas e portas.
Assim, ao falar de abertura, como outrora se dizia,
É o acordar de um sono infinito e perpétuo,
Que, imobilizados, não conseguimos agir,
Precisando, para acabar com isso, de um tapa ou um abraço.
É irônico, pois a vida é isso:
Vida é emoção, a unicidade que surge em nós
E a relação com o outro. Portanto,
Abertura é abrir os olhos limpos
Por aqueles que um dia estiveram em nosso lugar.
Ser janela é limpar e voar,
Como um passarinho que, mesmo tardiamente, tende a voar.
Ser janela é esperança,
Mesmo que ao fim não se aproveite.
Ser janela é provocar a construção de novas janelas,
Pois, como dito, janela é porta;
Porta também é janela. Assim,
O mundo de cada indivíduo se torna casa,
De onde podemos sair e entrar,
Pois, se a casa for prisão,
A vida deixará de lembrar de ser
E provocar novas janelas, ser livre e ser felicidade.
Estranho olhar pela janela hoje em dia...
Porque antes eu sabia que você abriria a porta e eu dava de cara com aquele teu sorriso escancarado e aquela jogada de cabelo marcada que só você tinha....
Hoje eu olho na janela, espero, aguardo e a porta não abre...
Mora eu e o silêncio ...eu e minha escada... Sem barulho das tuas pisadas... Sem teu cheiro, teu abraço, teu eu te amo ...
A Lua De Janela
Nesse pequeno quartinho
Tem uma janela
Vidraças quebradas
Deixo as cortinas fechadas ao disfarce
Uma luz transpassa o tecido embolorado
Eu abro minha cortina
Me senti envenenado, enfeitiçado
A Lua estava lá, linda
deslumbrante
Rápidas nuvens apagam seu brilho, que
Não por muito tempo
Voltando maravilhosamente aos céus a todo seu encanto
Hoje completa 3 meses que mudei para este quartinho, lembro-me que na primeira noite que dormi por aqui, ainda recebia suas cartas, descontraídas e contentes, me deixavam bobo a sós com os sutis raios dessa lua, que invadiam a mesma janela, atravessavam a mesma cortina, mas que agora vem ao brinde das noites mal dormidas a melancolia e a saudade. Oh querida, hoje a lua me trouxe você.
Aquelas gotas de chuva riscam o vidro da minha janela como lágrimas exteriorizadas das minhas dores humanas.
Cai miudinha de saudades daquela tarde chuvosa com lembranças vivas em minha memória.
Há...tudo ficou em câmera lenta e ao mesmo tempo, perturba, causando insônia com a distância entre meus sonhos e minha realidade.
Dúvidas possíveis e os delírios de saudades em cenas reais de lágrimas, risos e choros naturais.
Sem perceber, derramo uma lágrima de realidade e as palavras voam pela janela das coisas ditas e só me resta a poesia.
Poesia essa que vem
desdobrando-se como memórias da minha própria vida.
O QUE VEJO DA MINHA JANELA...
Vejo tanta vida lá fora
Não me canso de olhar nela
Vejo uma estrada longa
No final uma cancela.
Vejo minhas lembranças
Um pouco embaralhada
Na mistura dessa saudade
Que vem toda atrapalhada.
Uma hora é só de tristeza
Na outra esplode de alegria
Emoldurando meus sonhos
Numa festa de poesia.
Autoria Irá Rodrigues.
Seria ínfimo de que os olhos
São como a "janela" da alma
Nem todos conseguem perceber
É mais cabível se fosse a "porta"
Pois permite até encontrar
Além da alma
Um caminho libertário.
É só jogar uma pedrinha na minha janela
Se eu não tiver em casa
Eu 'tô tocando com a galera
'Cê sabe como entrar
A chave 'tá no mesmo lugar
Toma um banho
Me espera e é só...
PÓ DO TEMPO
Reabre-se a janela coberta pelo pó do Tempo, e no cenário do que um dia foi jardim, o mato alto e seco sufoca sementes. Estéreis árvores, mas ainda com a imponência da juventude, abrigam pequenos pássaros na quietude de uma tarde resgatada nos porões da infância. Visível é a saudade, diante da velha porta que convida ao pulo sobre os buracos do assoalho - feridas vivas que corroem a casa em ruínas - e as lembranças fazem-se bem-vindas. O vento acaricia o rosto e o corpo se deixa flutuar num balanço que ganha o céu. Sob sons distantes e silvos de cigarras, desfilam dias de alegria e inocência. Porém, voa o Tempo espalhando no concreto o sal dos dias. Mas também nos dizem do aceno dos amigos de jornada, os quais mantém vicejante a flor da amizade e só por isso já vale à pena seguir. Mais um olhar e se avistam frestas enormes na janela - o sol irradia esperança, essa passageira oculta na jornada da vida.
Sonho 1
Você me enoja
Vá embora
Saia da minha janela
Mulher cruela
Você cortou os pés de um inocente
Cortou os dedinhos que poderiam ser do meu filhinho
Aquele filho que nasceu prematuro
Com os cabelos tão lisos e escuros
Você estava lá quanto eu sangrava ao dar a luz
Mas eu tinha o mestre que me ajudou a levantar minha cruz
Seu nome é Jesus
Pare de fingir ser para conseguir o que quer
Pobre espírito manipulador é o que você é
Zombou quando te mandei ir embora
Mas eu te expulsei em nome daquele que
Aparece sem demora.
Azulada e trêmula foi como você ficou na hora
Espírito nojento
Saia da minha janela
Ou eu te mantenho calada
Amarrada em meio as chamas que queimam mais que as velas.
Olhava janela à fora sussurrante senhora a relembrar dos seus bons dias...
E alegremente a jovem sonhadora
dos dias que lhes sucederão.
Ambas na mesma direção!
A idosa saudosa, a jovem sonhadora.
Porém as duas com o mesmo destino.
Numa varanda flores simples na janela uma rosa amarela Esperando pelo sorriso dela
Cheio de enfeites de alegria
No pulsar da tua espera
Meu coração mal escondia
A vontade de dar um cheiro e um aperto arrochado na cintura dela
Numa varanda flores simples na janela e uma rosa amarela atocaiando o sorriso dela
Cheio de enfeites e alegria,
No pulsar daquela espera, meu coração mal escondia
A vontade de dar o amor
Que meu peito prendia