Poemas de Ilusão
Acabou!
Acabou tudo. Tudo acabado!
Tempo de ilusão, ternura, ciúmes e paixão.
Pra que? Se tudo que eu sonhei, você estragou tudo, sem pensar como eu ia me sentir.
Não mais verei teu sorriso a minha espera.
Não mais sonharei com teus beijos e abraços.
Não mais olharei com aquele olhar de paixão e saudades.
Pra que? De que me leva isso?
De que me leva a infindáveis horas de espera, que para mim era a maior felicidade, porque pensei ser também correspondida.
Coisas maravilhosas que meus olhos prometeram em silêncio...
Pra que? Se tudo acabou.
PÃO DE ILUSÃO
"Dona Maria vai à mesma padaria há 43 anos e alguns dias. Essa data traz a agonia inventada pela espontaneidade da vetustez. Alguns móveis da padaria, ao longo da modernidade, foram trocados por mármore gelado e mogno lustroso. Os donos do estabelecimento ainda não foram trocados. O padeiro continua com um semblante frio - tanto quanto o mármore - e a balconista, com a sua pele lustrada pela temperatura dos pães, estende dedos grossos para devolver o troco. Em todos esses anos, os formais comprimentos nunca foram trocados por nenhuma amizade com túnica mais interna. Dona Maria é apenas mais uma velha assídua que sempre compra o mesmo bolo de trigo. Os que estão na padaria, também são apenas os mesmos, apenas são, sem muitas túnicas internas, são superficialmente apenas duas almas sem recheio que Dona Maria vê ao longo de seus 43 anos. Por casualidade, há muitos calendários, Dona Maria vê os mesmos rostos, os mesmos objetos, come as mesmas comidas, veste os mesmos vestidos que cheiram a naftalina. Diga-nos, Dona Maria, diga como era o sol naquela década. Diga-nos, diga com dignidade como as pessoas se trajavam, nos diga sobre os programas televisivos, diga-nos se os corpos eram em preto e branco, diga se havia medo de ter esperança. Conte-nos, conte sobre hoje, conte sobre excesso de cores. Conte-nos como contas as moedas do cofre que guardas em cima da geladeira, qual valor tem a mudança. Para Dona Maria, a dinâmica do tempo não lhe foi muito generosa. Dona Maria aguarda, no cume de sua demência, que nada possa mudar, pois envelhecer é um fenômeno agudo, que esculpe pés de galinha e rugas sem muita cortesia estética. E ela inventa todos os dias mais um dia de monotonia, para que não alcance o desespero de um dia ter de que se reinventar. Dona Maria sabe que a eternidade não se vende em nenhuma padaria, mas que a alegria da ilusão lhe traz a sensação de poder ter desenhar a vida que se quer levar."
UMA DOCE ILUSÃO
Foi lindo demais o amor da gente
não quero deixar pra trás o nosso amor permanente
foi namoro foi paixão
agente fez amor escondido
eu fui teu abrigo
passei ate perigo
eu sair com minha vida
mais meu coração estar destruído
te quero outra vez comigo.
Se for pra sofrer
tem que ser agora
não vou te esquecer
porque, meu coração te adora,
toda noite eu te chamo
porque eu te amo.
Poeta Antônio Luís
O ser humano que sofre vive sem ilusão, tornam-se diferentes por isso por que no lugar do dinheiro enxergam correntes, sentem o cheiro da falsidade, etc. Então sofrer mais por sofrer na vida é uma forma de enxergar!
Enxergo super-poderes no lugar de apenas sofrimento...
Quem quer ficar iludido que aprenda a não sofrer... Mas não reclamem de não mais sofrer, sentir, viver, amar, etc... Robôs não sofrem! Não esqueçam...
Moço acorda para a vida
e para de viver nessa ilusão,
como é que podes falar tanta merda
se nunca tiveste noção nem razão.
NO EMBALO DA ILUSAO
Silêncio total,
chega um misto de calor, prazer e sono…
Começo a dormir e
viajo dentro de mim mesma…
O que encontro?
Minha sombra vagando
pelos espaços vazios dos caminhos,
solidão e Nada mais.
além da pensamento e imaginação!
O devaneio adormece
em meus braços,
viajo nos sonhos
e encontro meu príncipe,
ele vem da floresta encantada,
cavalga em minha direção,
me joga meio sem jeito
no dorso do seu garanhão,
o galope é forte,
e, no embalo da ilusão,
adormeço, só,
completamente só!
Quando os raios de sol
entram e me aquecem pela manhã
a cada aurora, volto à rotina…
Ali adormeceu toda poesia
e, agora, acordou a realidade…
_________Norma Baker
ILUSÃO LEVE...
Hoje estou leve
Levinha
Levíssima!
Trago no corpo cheiros de lavanda
Nos cabelos flores de laranjeira
E na alma, doçuras de um sonho de amor...
Hoje quero a tua lembrança mais bonita
Quero a saudade terna, infinita
Sonhos que não quero esquecer
Fotografias na minha memória
de uma tarde de outono...
Teus braços na minha cintura
E teus lábios doces como o mel
a tocar meu céu...
Da boca.
Quero cantar, dançar,sorrir e florir!
Hoje, apenas hoje minha poesia é borboleta.
Pois estou leve
levíssima como a brisa.
Amanhã?
Amanhã ainda é sonho
Linha no tear...
Hoje não.
Hoje estou levinha, levinha...
''Até mesmo um cego pode ver, que a felicidade é apenas uma ilusão, para enganar uma tristeza que é a dona da mais pura realidade.''
in, ''Citações da minha alma''
HDM
Atrás da esquina da ilusão
Ficaram os frustrados sonhos
Os momentos enfadonhos
A lágrima de uma saudade
A mentira em forma de verdade
A flor oferecida com amor
Murcha e sem o devido valor
O olhar perdido na contramão
Os soluços da magoada emoção
A infidelidade do amigo
A dor de se ter partido
O amargor do coração ferido
O sangue da injuria pela alma escorrido
O perder-se entre a multidão
Os valores, dignidade, razão
O amor sem o perfume da paixão
Todos, atrás da esquina da ilusão..
Uma simples pintura
Na tela solidão
Em tempos de chuva,figura
Destilando ilusão!
Respingos de saudades
Que caem nos corações saudosos
Traduzindo nas cidades
O badalar dos trens vagarosos
Eternamente vagando perdido
Corretamente por ter amado
Tendo feito o supremo pedido
De não lembrar do passado
Que essa eterna tela
Chovendo no coração
Traga a ti o segredo daquela
Caserna da solidão!
O amor na sua incerteza
Tem que ter laço
No olhar abraço
Que some ilusão
Que some espaço
Que some paixão
Viver
A quem não tem olhos para ver
Inerte é a visão do seu destino
Na ilusão é que tem alegria de viver
Vivo quem arrisca ser peregrino
Só assim a vida vale a pena
Onde o mundo não é pequenino
E o amor o script de uma real cena
Ninguém nos ama
É tudo ilusão
Do nosso coração
A chama que não é de paixão
Vai no final nos transformar em pó
Quem só pensa e não diz nada
Esconde pra si
A tristeza amarga
Não se engane
Não chore por amores
Passageiros
Não se afogue com lembranças
Que não deram certo
Gurda pra ti só o que te faz bem
Porém
Não te assustes se eu disser
Que a vida é difícil
E que você corre o risco de morrer na solidão.
SERÁ QUE FOI ILUSÃO?
Entre todos os erros e acertos, eu escolhi continuar aqui.
Prometi não te abandonar, estar com você nos bons e nos maus momentos. Mesmo com as mentiras, eu fingi estar bem, só pra continuar com você... Fui liberal, e a única coisa que pedi em troca foi amor, você me deu, só que não foi só pra mim né?
Por que me deixou acreditar nisso? Por que não foi embora? Teria sido muito mais fácil sofrer por um abandono, do que por uma ilusão...
E a pior parte, é quando estou mal, faço de tudo pra melhorar mas não consigo, daí você me manda mensagem, e ao conversar com você logo me sinto melhor... Porém é uma sensação passageira, porque logo que acabamos de conversar a saudade volta e fico mal de novo...
Esse amor não cabe dentro de mim e você sabe disso como ninguém mais... Eu só queria que isso fosse um pesadelo, no qual eu acordaria nos seus braços e estaria tudo bem, porém nada é como queremos...
E com tanta dor por dizer isso... eu vou tentar melhorar, não vou correr atrás... e com todas essas coisas... EU...AINDA...TE AMO...
E assim a poesia é reticência...
Começo, recomeço, interrupção
De balanço na ilusão em reverência
Num recanto totalmente atemporal
Dum balé de palavras em penitência
De amor, alegria, lágrima, em arte final