Poemas de Ilusão
IMMAGINAZIONE
Eu queria uma sumarenta poesia
Que as rimas dessem paladar e analogia
Aos aromas do fruto maduro do amor
Onde todos degustassem com prazer e sabor
O universo do vário gosto de cada verso
Do poema, carcomendo sentimento diverso
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2016
Cerrado goiano
Eu escolhi-me arriscar
num caminho de obscuridades
onde o céu sufocava-me, onde o brilho das estrelas eram falso.
Eu caí, machuquei-me, e machuquei.
Eu expus tudo que sentia por você.
A falta que me fazia como água no Sáara.
Dos desejos intensos, quentes que me consumia em silêncio entre dunas em noites gélidas.
Você mirava-me, mas não esboçava nenhuma reação.
Eu me vi tendo que competir com o desértico seco do seu ego.
Você apenas permaneceu aí, mirando-me enquanto eu me consumia.
Tive esperanças de que minhas miragens fossem reais.
Mas você permaneceu aí, estático.
Vendo-me consumir e desaparecer como poeira no deserto.
Falei a um amigo!
Somos iguais a roupa suja, chega ao fim do dia temos que tira-la pra ser lavada, porque se não começa a cheirar tão mal que precisa ser colocada em molho e muitas vezes higienizar, pra não restar nenhum vestígio do passado.
O mesmo ocorre com os seres humanos.
Se houve uma partida, que guardemos as delicias dos bons momentos.
Se houve uma doença, que a luta seja permanente, mas em um dado momento fazer um esforço e tentar entender o porquê do estado que se vive.
Se houve o pior, a morte; que nos apeguemos ao metafisico o ser superior, é de lá que viemos, é pra lá que retornaremos.
O fato é: viemos ao mundo experienciar a dor e o sofrer.
Porém só fixamos a alegria e esbornia.
Um grande engano.
Mas também viemos ao mundo pra entender que tudo isto é algo peculiar onde em um dado momento de inconsciência foi pedido ao criador como forma de entender o todo.
Entende?!
Viver é aprender...
Viver no passado não é uma utopia...
Viver no passado, é característica da humanidade, pois tudo que fazemos, e sempre o fazemos, cai em um nano segundo no passado.
Em que tempo você supõe que vive?
Eu lhe digo.
Cada gesto, cada atitude seja em palavras ou ações, fatidicamente executada já se foi em segundos transformado em passado.
Paradoxal ilusão de viver.
Bem vindo ao mundo das ilusões.
Senhoras e Senhores planeterra, aqui se satisfaz com as ademoestações...
Tentar sair do mental ilusório é pedir pra sofrer em dobro. No entanto beba das águas da abstração o nescessário pra sobreviver, uma vez que viver sem ilusão é morrer sem nascer.
Boa viagem planetária.
Travo comigo uma luta interiormente, me reafirmo dizendo para minhas emoções minha vida é Mara
é ...ilusão não te apegues Sr Eu de mim mesmo.
...e me vejo emocionalmente lutando diariamente pra vencer minhas imperfeições...
Viver é tão ilusório que ao experienciar o óbvio cremos que é mudança ou o novo
ou o despertar.
Porém vivenciamos sempre o mais do mesmo.
Acordar pra algo é ir rumo ao contrário da maioria!
Não existe alma!
Diz-se, por não enxeraga-la.
O corpo é só uma bateria recarregável.
A falta de energia e depressões são do ego que tudo quer, nada oferta.
Impõe-se em tudo, debilita e leva a falência o corpo.
Existiu um mestre budista que disse.
O pó e a poeira impregnam em coisas.
E, a alma, não é uma coisa. Imita um plasma tal qual o vento e tremulação de um dia de calor emitido no deserto. Ainda assemelha-se as miragens,.
Com isto certamente a alma, não gruda nada por não ter superfície... Ou existir.
Quão solúvel é mesmo isto o qual chamamos de TEMPO!
Um espaço utópico vivenciado apenas aos humanos.
Uma celebração de conflitos ensejos e anseios e realidades dissoluveis.
Mas, apenas comemorada por seres imaginariamente pensantes.
Viver!
Oque é, no tempo?
Você imagina que; só porque está adulto ou velho, não está infantilizado.
Crescemos, ouvindo contos, estorinhas, imersos em carência afetiva e acreditamos em tudo e em todos.
Voluntariamente, porque é doce a ilusão! Realidade, dependendo da estrutura de poucos, só é amenizada mediante algumas drogas.
Nem que seja as lícitas.
Aliás, oque é a vida? se não.
BREVE ...
Vós que leste, um dia, minha poesia
com que eu nutria a gamada emoção
vós que sentia nos versos a melodia
do meu coração: amor e sensação!
Se foi, fugaz, assim, tal uma ilusão
versos em pranto, e a sede fugidia
do encanto a uma triste desilusão
para o suportar da gorada fantasia
Assim, vejo bem, que paralelamente
na troça, falou-se e ria muita gente
quando só queria um olhar risonho
Rude paixão que eu senti sonhando
longamente, agora eu vou vexando
pois, o engano é um breve sonho! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15/04/2021, 13’30” – Araguari, MG
ANSIEDADE
Ando escuro, vago, sensação vazia
Mãos alquebradas de muito poetar
Atrás de uma poética que me sorria
E que em vão inspirei por alcançar...
Busquei por uma encantada alegria
Tive venturas, ilusões, e pude amar
Preso ao versejar puro que me guia
Cantei fascínio, tormentos, e o luar
Venho calado, exausto, sem alento
Porém, nem a tristura ou o lamento
Saem de minha poesia, macerada...
Assim, é o fado, dado, não me iludo:
Contudo, em querer tudo, eu saúdo
O certo amor, exige pouco ou nada!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 maio, 2021, 10'40" – Araguari, MG
Pt.saudações
Eu queria trovar, sem privações
Cantar o amor cheio de sensação
Não pastei sentido, nem emoção
Vivi na mesma, falto de ambições
E eu não fui um bardo do acaso
Se tive o choro, o riso e a paixão
Tive a afeição, uma outra razão
Problemas mais e mais descaso
E debaixo do medo me condeno
Da dor precária dum sofrimento
Sentimento presto e tão pequeno
Tentei ser romântico no plenário
Então, assim, em nada fui pleno
No romance, raso. Um solitário!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13’46”, 17/10/2021 – Araguari, MG
POR TANTO TEMPO (soneto)
Por tanto tempo, o sonho era infinito
Vivia aflito, desvairado no sentimento
Que inda hoje, ao olhar o meu escrito
As quimeras me vêm ao pensamento
Por tanto tempo, sozinho e restrito
Meu silêncio, era áspero e violento
Mas por dentro, queria ser erudito
Mas havia tristura e voz de lamento
E hoje vejo uma certeza na direção
Dito: - “a única coisa que não muda,
é que tudo muda”. Sábia conclusão!
Pois, nesta vida de Deus nos acuda
O encenar é com agridoce emoção!
A poesia segui... e a fantasia miúda.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/03/2020, 17’29” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A poesia são caminhos sem estradas
Não se sabe nunca onde vai dá
É um palco com palavras
Iluminado por luas e luar
São desejos não se sabe de quê
São vontades escancaradas
Nos versos que se compõe
São pensamentos soltos
Indomados,
A poesia são silêncios
Falados
Escritos
São sentimentos narrados
Decorados
A poesia são declarações
São entregas
De alguém para não se sabe quem
Ser poeta é está nas nuvens
Sentar no chão,
Viajar em oceanos
Em ruas de algodão
A poesia são pensamentos tortos soltos
São músicas e violão
Ser fosse eu,
Poeta
Te entregaria vinhos em flores
Te daria o sol, o ar
E por fim
Te daria prosas
Poesias,
Embrulhados em papel estrela
Com fitas rosas e amarelas
Te cantaria
E te daria o céu e o mar de ilusão.
Cair nos sonhos:
sonhei
brinquei nas águas,
fui no tempo.
Vi um homem
menino,
pedia doce,
mel.
Vi um garoto
vinha,
pedia colo, atenção.
Virei de lado
ouvi vozes
violão,
Fui nos versos
roubei poemas, canção...
escrevi poesias
nos braços da ilusão !
E ai, tudo que você quer e precisa é do olhar de quem se ama, da presença. Diz claramente, fala na lata: se entrega, se mostra, se desnuda.
Como resposta silêncio, ausência.
Bate o vazio: sensação de ter magoado, errado. Tentando consertar, erra mais uma vez. Rolam lágrimas...vontade de sumir, fugir, se esconder, jogar tudo para o alto, desejo de esmagar os sonhos, deletar lembranças, excluir memórias...cai a ficha: coração não se manda, não mente.
E tentando viver esse amor louco, doente...vou me magoando, me machucando, me humilhando. Nos meus devaneios, imagino que pensa em mim, lembra de mim... ilusão, doloroso engano !
"Eu nunca iludi homem nenhum!
Nunca deu tempo, eu me iludia primeiro."
☆Haredita Angel - 22.10.18-16.54
Tempo ao Tempo.
A realidade.
Tento manter a realidade à distância, mas de modo que possa vê-la. Quando ela se aproxima apresento-lhe a ilusão.