Poemas de Ilusão
Rosa despedaçada
Uma rosa jogada no chão,
Dói muito no coração.
Despedaçada no silenciar do verão,
Chorando por quem nunca lhe deu a mão.
Com o Tempo, naturalmente os pensamentos surgem em palavras... Naturalmente e sem perceber, a outra pessoa, sem se dar conta de que está ao seu lado, mostra que de fato, nunca esteve de Fato com Você...
Não dê importância ao ocorrido; apenas Siga em Frente cuidando com Responsabilidade de Sua Vida! Você passou por lá como num estágio para Valorização Pessoal.
Foi Ótimo!!!
Com o tempo percebi,
Que não só a droga entorpece,
Não só a bebida embriaga,
A fumaça do cigarro,
Não é a única à intoxicar,
O THC não é o único à fazer viajar,
Sentimentos são assim,
Tanto quanto ilusão pra mim,
Balão de gás hélio,
Em seu mais alto vôo,
Estourou,
Tornando-se em partículas,
Sopradas pelo vento,
Parte à parte,
Entre aprendizados e tormentos,
Sigo adquirindo conhecimentos,
Inebriantes,
Escaldantes ou congelantes?
Que seja.
Tempo ao Tempo.
A realidade.
Tento manter a realidade à distância, mas de modo que possa vê-la. Quando ela se aproxima apresento-lhe a ilusão.
Entre idas e vindas
Perdi algumas vidas
Em vazios momentos
Fiquei entre tormentos
Tentando me salvar
Comecei a amar
Cada ser pensante
Sempre sem pensar
Agora em meio a seres pensantes
Noto que nem pensei antes
Perdido em meu próprio coração
Tento fugir dessa enorme ilusão.
Ah!.. se soubessem como é a dor de te amar,
Sem poder lhe dizer!
O que me mata não é a dúvida, mas deixar ir minha ilusão,
A indestrutível e perfeita paixão,
Em que me apoiei, e sonhei.
Um sonho lúcido em que talvez, sonharei em vão.
Retina Negra
Sou preta fujona
Recuso diariamente o espelho
Que tenta me massacrar por dentro
Que tenta me iludir com mentiras brancas
Que tenta me descolorir com os seus feixes de luz
Sou preta fujona
Preparada para enfrentar o sistema
Empino o black sem problema
Invado a cena
Sou preta fujona
Defendo um escurecimento necessário
Tiro qualquer racista do armário
Enfio o pé na porta e entro
FALSA FELICIDADE
Você jurou amor, me jurou fidelidade,
Fez-me acreditar numa falsa realidade.
Entreguei-me a você de olhos fechados,
Sem ao menos conhecer quem estava ao meu lado.
Fizemos tantos planos, de casar, ter filhos,
Fazermos de nossas vidas uma linda historia de amor,
Certo dia por uma briga tão boba que tivemos,
Você diz que o que sentia esfriou?
Dei tanto carinho, tanto amor e atenção,
Pra depois de todo esforço demonstrar sua ingratidão,
Ate hoje não intendo qual foi a sua intenção,
Perder tempo de sua vida pra machucar meu coração,
Posso ter milhões de defeitos, milhões de erros,
Mais não merecia uma traição.
Daí eu te pergunto, que droga é esse de sentimento?
Que ao invés de me trazer alegria,
Só me trouxe sofrimento.
Acostumado a um itinerário
acidentado e sem cor traçado
pela vida, leio e viajo por meio
de mãos alheias.
No limiar dos pensamentos que
voam raso, equilibro-me. Arranho
sonhos vivendo cochilos de eternidade.
Sonhar é reconhecer a
fronteira dos corpos.
Discernir este real abstrato
que na vida pede passagem.
Ao sonhar trapaceio a existência.
Já que viver é a real ilusão.
Mas os sonhos
não respeitam regras.
Os sonhos são
o que realmente são.
Nunca insista no impossível,
O impossível serve para te prender,
Te prender ao que é uma mera ilusão,
Ilusões são pétalas de sofrimento com gotas minúsculas de esperança"
Palavras me rodeiam,
sensações inexplicáveis batem em minha porta,
te coloco no papel,
eis o que me importa,
sem saber simplesmente para onde voar,
mas em uma direção sei que irão chegar.
Entre rabiscos e desconcertos,
sensações encabuladas,
palavras desnudadas,
respostas insolúveis me guiam sem direção.
Só quero a ti caminhar,
sobre uma simples ilusão.
Lamentável a ideia de que seja possível buscar a felicidade, eis que somente se pode buscar aquilo que se tem certeza existir.
Se certeza existisse, bastaria toma-la de pronto para si.
A verdade - jamais soberana, é claro - é que a felicidade está em cada passo da sua ilusória busca.
E salve Lord Byron
Até meu tormento se acabar
Vai reinar no olhar
Uma história de dor
Que não foi minha mãe quem escreveu
E um brilho abastado de negro
Que não foi meu pai que lapidou
Soando apenas como cores
Vertidas das escolhas que imaturamente fiz.
Precisamos aprender a conviver com incertezas
Contam que vida é uma forma de poesia
Dependendo do leitor, feliz ou triste?
Contam dos amores utópicos
Amores perfeitos entre seres imperfeitos?
Livros mostrando o caminho da felicidade
Entre possibilidades infinitas no caminho
Coisas felizes, tristes, indiferenças
Existe o jeito certo de ser feliz como alguns costumam dizer?
A moral que altera-se com o tempo, os costumes
O mundo o mesmo sempre, nada sendo o mesmo
Existe formas certas e erradas de viver?
Os teus sonhos de hoje, certamente, diferentes futuramente
Provavelmente substituições por conta de suas frustrações
O que sente agora, os sentimentos, o prazer, formas de satisfazer
Logo logo podem não significar nada para o seu ser
Quais certezas sobre a vida você consegue ter?
As coisas permanecem as mesmas, enxerga de outros jeitos
Certamente, nunca sabe o que é, as coisas são para nós
O que julgamos absolutas por nossa forma de ver
Se nada fosse o que espera ser que mudanças isso faria?
Sua vida é composta por falsos juízos, a forma que se leva a vida
Consiste em acreditar e criar ilusões, um sonho vivo
Esta preso em falsas concepções? a vida que vive, verdade ou ilusão?
Não existe fonte de luz capaz de acobertar a penumbra da distância.
Realidades imutáveis vinculam mais do que a ilusão da presença.
Indesejosa cadência de se querer.
E do resto do mundo eu não quis saber
Porque meu mundo era você
Eu te amei e te entreguei meu coração
Eu te dei minha vida, fiquei do seu lado
E caí no seu mundo de ilusão
Mas mesmo assim não deixei de ser o vilão
A Reação em cadeia.
E Para conhecer os homens, basta impor várias adversidades e obstáculos no seu caminho.
Basta fazer isso, e vê-los agir.
O AMOR DAS PALAVRAS
Eles eram iguais; ambos tinham três letras, uma única sílaba, também comunicavam e expressavam sentimentos, respondendo qualquer questionamento objetivo que fosse feito.
Eram tão parecidos! Tão iguais! E mesmo assim não podiam viver, o seu estrondoso amor.
Havia uma distância grotesca entre a semelhança que lhes perseguiam. Ainda que se encontrassem extremamente apaixonados, a sentença da vida fazia questão de separá-los toda vez.
Quando o "Sim" se declarava, o "Não" o rejeitava, e ao vê-lo fugir perdidamente — negado pelo seu grande amor — o "Não" se via assustado e apavorado; pedia, então, para que seu amado voltasse, e ele sempre dizia que "sim".
Acontecera tudo novamente. Outra vez se declarava e por enfim decepcionava, ao ouvir mais um "não" de quem tanto lhe amava. Não cabe aqui julgamento ao "Não"! Ele o amava tanto que lhe ofertava a única coisa que tinha na vida, o seu próprio "não".
Um dia, o "Não" entendeu que fazia mal ao "Sim", pois sabia que ele sempre aceitaria quando lhe pedisse para voltar, foi assim que fugiu descomungado! Por amor ao "Sim", negou o seu próprio amor.
LOCUÇÃO ADJETIVA
Desbocado que me encantei por ti enquanto cursava gramática. Fora um sujeito simples que se tornou composto, advérbios que pertenciam à extrema intensidade e adjetivos que somente serviam para te expressar qualidades.
Entrava e saia, quando certa vez restou-se apenas nós dois no eco daquela sala; mirei firme os teus olhos pretos — ou talvez a pupila que tanto havia delatado — e bastou-se apenas isso, para então dizer, "Eu te amo".
Acontece que os adjetivos são variáveis, e foi por esse motivo que nosso amor desandou. Havia variação de gênero, número de pessoas que contavam mais que dois, e até os graus; não existia mais lindíssimo, perfeitíssimo, generosíssimo e tantos outros superlativos! Agora brilhava em nós, a inferioridade e o complexo da comparação.
Foi no eco daquela sala, desolado sem a tua companhia, que percebi que ao te dizer "Eu te amo" o único pronome que determinou a ação de amar, havia sido "eu".
Atormentado perante tanto silêncio, gritei desesperado ao nada, "Eu te amo!". Por certo, você não estava lá, mas o eco tratou-me de retornar, "eu te amo, eu te amo, eu te amo".
Era jovem demais para entender que minha alma tentara explicar que o mais puro amor já havia me encontrado, seria aquele e somente aquele que minha mente dizia, quando ninguém podia escutar.