Poemas de Homenagem
Uma creche em chamas, queimando gente inocente, crianças gritam em prantos, perigo de fogo ardente.
Uma mulher com um amor indescritível por seus alunos, a quem lecionava todos os dias, arriscou a própria vida, nossa guerreira e heroína.
Essa é minha homenagem, a ela que doou a vida, para sempre em nossos corações, professora Heley de Abreu Silva Batista.
MÃE É MÃE
Mãe é mãe. Sem discussão.
Amor igual onde terá?
Quem que pode tanto amar
Quanto ama seu coração?
Mãe é mãe. Não há razão
Para lhe questionar;
Pro seu gesto basta olhar,
pra tanta dedicação!
Pois igual a mãe não se ama,
Seu coração não se engana
E sempre cabe mais um!
Mãe é mãe. Ponto final.
Somente o Deus divinal
Tem mais amor, mais nenhum!
SER MÃE - DÁDIVA DE DEUS
No Salmo cento e vinte e sete escrito está
Que nossos filhos são heranças do Senhor,
U'a preciosa recompensa que ele dá
Pra cuidarmos aqui na terra com amor.
O privilégio de ser mãe, por seu favor,
É u’a graça imensurável, especial.
Gerar um filho no seu ventre, que esplendor!
É uma dádiva do Deus celestial!
Que presente maravilhoso, que bonança,
É ter um filho para amar, uma criança,
Com mui carinho, com ternura, com amor!...
Mas na terra há uma campanha contra a vida,
Defensora do tal aborto genocida,
Desafiando a humanidade e o Criador!
SER MÃE
*
Ser mãe é ser prudente,
Ser amiga, conselheira,
Se fazer sempre presente,
Firme, forte, verdadeira!
*
Ser mãe é um dom divino,
O mais verdadeiro amor,
É ganhar em seu destino
Uma herança do Senhor!
*
Ser mãe é sempre acolher,
É ter coração gigante,
Sempre pronta a receber
Os seus filhos, todo instante.
*
Ah, ser mamãe é ser carinho,
Ser afeto, ter cuidado;
É ser flor sem ter espinho
Num jardim tão perfumado!
*
Ser mãe é trazer no peito
Seu filho, com esperança;
É amá-lo do mesmo jeito,
Desde quando era criança!
*
Ser mamãe é ser mulher
Guerreira, perseverante;
Intercessora de fé
E conselheira constante.
*
É ser sempre motivante,
Otimista, esperançosa;
Pois ser mãe é ser constante,
Vigilante, cuidadosa!
*
Ser mamãe é ser valente,
Corajosa, destemida,
Defensora, combatente,
Pelos frutos de sua vida!
*
Ser mamãe é ter razão
De neste mundo existir,
Doar-se de coração,
Sem recuar, sem desistir!
*
Pois mãe é mãe toda hora,
Não tem férias no viver,
Age sempre, sem demora,
Pra seu filho socorrer!
*
O seu Dia é todo dia,
Todo minuto e segundo;
Doando-se co' alegria,...
Co’o melhor amor do mundo!
AMOR DE MÃE NÃO ENVELHECE
Amor de mãe el’ resiste ao tempo,
Não se desgasta, nunca envelhece,
A cada dia ele rejuvenesce,
Com mais profundeza em seu sentimento.
Amor de mãe ele é todo momento,
Pois de seu filho ela nunca se esquece,
Como o sol da manhã sempre aparece,
Aquecendo-nos de seu firmamento.
Amor de mãe tem um toque de Deus,
Seu amor é divino p’ra co’os os seus,
Jamais envelhece dentro do peito!...
Passam-se os anos, mudam-se as feições,
Porém nunca muda o seu coração,
Seu amor continua do mesmo jeito!
Catequista Bonsai
Há catequistas que são como grandes árvores, dotados de grande resistência; florescem e frutificam abundantemente. Há outros, porém que são limitados, presos a poucos recursos: não possuem dons artísticos, são desafinados ao cantar, rijos ao dançar, nem sequer tem o dom de oratória; alguns se lamentam com a precariedade da sala e com a agitação da turma, muitos reconhecendo sua pequenez, suas limitações, colocam sua confiança no Senhor, aproveitam os poucos recursos que possuem e conseguem florir e frutificar, embelezando seus ambientes, esses são como o bonsai. O bonsai por habitar em pequeno vaso, necessita de água e luz todos os dias, o catequista-bonsai, também precisa diariamente da luz de Cristo e da água que jorra de seu peito, através da comunidade; o bonsai precisa do adubo, regularmente; o catequista também precisa de formação constante. O bonsai precisa do jardineiro, o catequista precisa dos cuidados de Deus, ou seja, o catequista-bonsai é frágil, dependente, limitado, mas por ter sido chamado e por estar aos cuidados de Deus, consegue cumprir sua missão com carinho e amor.
Neste final de semana, em que comemoramos as vocações leigas e o dia dos catequistas: parabéns a você que é um catequista árvore, mas principalmente, parabéns a você, que como eu, é um catequista-bonsai.
(Nilson Catequista)
by edite lima , agosto/2017
Adeus Pantera Negra
Descansa agora em paz
Infelizmente não terei
Meu heroi forte e sagaz
Porém tenho a certeza
De que no céu tu lutarás
(Poesia dedicada ao ator Chadwick Boseman, o Pantera Negra dos cinemas, que morreu em 28 de agosto de 2020, aos 43 anos de idade, vítima de câncer).
DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
No esporte ele trabalha
E nos dá educação
Ensina alongamento
E também musculação
Nos ajuda na corrida
Traz qualidade de vida
Faz tudo de coração
Vandalismo derrubou
A estátua de Ariano.
Como pode existir
Um ato tão feio e insano?
Mas a obra é imortal,
Legado imaterial,
Desse ás paraibano.
Movimento armorial,
Auto da Compadecida,
Numerosas são as obras,
Nunca serão esquecidas.
Não se apaga a memória
De quem tem nome na história
E passou da morte à vida.
Foi-se embora o mestre Quino,
Cartunista sem igual.
Foi quem criou a Mafalda:
Garotinha genial,
Beatles, curtia escutar,
Tomar sopa? Nem pensar!
Discutia o social.
Alguns o chamam de mestre,
Outros o chamam doutor,
Crianças o chamam tio,
Uns chamam educador.
Tem função de lecionar,
O mesmo que ensinar,
Parabéns pro professor!
JÚLIA
É pessoa jovial,
também é fofa e macia,
jovem que emana alegria,
música de carnaval.
Moça de fé sem igual,
olhos são tão cintilantes,
brilham como diamantes.
Mulher, menina crescida,
sorriso de bem com a vida,
amorosa e confiante.
MARADONA
Nos gramados foi lendário
Ídolo do futebol.
Porém abusou do álcool
De drogas foi usuário.
No Boca, extraordinário!
Na Copa, os dribles seus
Entortavam europeus.
Hoje fecha-se a cortina
Ele deixa a Argentina
Pra jogar bola com Deus.
TIRADENTES
Ele era o Tiradentes,
lutou por independência,
liderou a Inconfidência,
juntou um monte de gente,
mas plano não foi pra frente.
Por colegas dedurado,
logo foi capturado,
e o Governo Geral,
do reino de Portugal,
o mandou ser enforcado.
PAULO GUSTAVO
Quando acaba o espetáculo,
e se fecham as cortinas,
teatro fica vazio,
tudo volta à rotina.
Mas toda plateia chora
quando a estrela vai embora
de uma forma repentina.
Campeão
Jamais, sim, jamais pensei na possibilidade de perder, pois sempre foi vitorioso, forte,mas aconteceu, sim . E hoje infelizmente, estou tendo que viver com sua ausência, aprendendo a ser feliz, mesmo com a saudade que me deixou, com a esperança de um dia, ser capaz de ter outro grande amor. Energia, sentimentos, que foram compartilhados, carinho, abraços. Perdi um amigo, um irmão, o afeto, a paciência, amizade, essência, a liberdade de te amar, o prazer de te escutar. Uma personalidade que cativa, que motiva, que fazia meus olhos brilhar. Alguém, que atravessava correntezas, que superava os obstáculos para me acompanhar. A reciprocidade, exalava no ar, com sua presença, transparência, que iluminava meu dia, até mesmo minha inteligência... Medo, confiança, proteção, coragem. E as vezes a gente corria de verdade, voava como pássaros,dançavamos. Conexão, sincronia, alguém que apesar dos seus defeitos foi perfeito, e uma das melhores companhias... Nossa, era tão bom te amar, bastante gostoso te amar, prazeroso, engraçado, diferente. Sim, éramos bem diferentes… Todavia vc morreu, morreu, morreu. E eu chorei muito, muito, muito, senti um aperto fora do normal. E nesse dia eu tive a certeza que o coração é um órgão surreal. Entretanto,no seguinte, acordei bem, em paz de ser capaz de amar alguém, mesmo não sendo do meu sangue. Virtudes capaz de escrever uma história, valores que marcou minha trajetória, meu consciente, minha memória, campeão, hoje eu vivo seu espírito de vitórias.
*Lv7*
Dois de novembro
No silêncio íntimo que invade o Dia de Finados, a saudade se debruça. Ela não tem pressa, é senhora do seu próprio compasso. É o dia em que a ausência brinca de ser presença, quando os que partiram voltam, não em carne, mas em sopro, como se sempre estivessem apenas a um afago de distância.
Os túmulos não mentem. São declarações sem palavras de que o que foi vivido realmente existiu, confessando com a solidez do mármore que a vida é frágil e que o tempo é um rascunho rabiscado à pressa. Cada nome entalhado ascende, não como uma mera inscrição, mas como um feitiço sussurrado entre as frestas do esquecimento.
Nem toda ausência é tratada pelo tempo. O tempo não se compromete com permanências. Passa por nós sem desculpas, sem aviso, sem oferecer alívio. Quando alguém que amamos morre, morre também uma versão nossa. Deixamos de existir daquele jeito. É como ter sua casa assaltada por uma ausência. Por isso, não se deve apressar a dor de ninguém. No luto, não se questiona o amor por quem partiu. No luto, deixamos de nos amar, e voltar ao amor próprio demora. Deixe a pessoa doer.
O luto não passa; somos nós que passamos por ele. É um caminho de fragilidades. Não há como sair de uma dor caminhando. Precisamos engatinhar até voltar a firmar os pés novamente. E demora até que essa dor vire saudade. Demora até que essa saudade vire gratidão. A dor é solitária, e você tem todo o direito ao seu luto, mesmo depois da licença do outro acabar. Cada um tem seu tempo de digestão.
No murmúrio de uma prece, na chama vacilante de uma vela, reside a certeza de que, do outro lado do mistério, alguém sorri — os eternos hóspedes da eternidade. Hoje, flores são depositadas por mãos trêmulas de emoção. Mas não é o frescor das pétalas que importa, e sim o gesto. É flor de ir embora. É uma homenagem ao laço que nem a morte é capaz de desfazer.
Cidade de Goyas (Goiás Velho)
Hoje, eu fui o menino de cabelos brancos,
que andou na ponte da menina feia (Aninha)
poetando suas lembranças em cânticos
do rio vermelho e das serras que recitam poesia em ladainha
E lá em sua janela a figura dela, Coralina, de versos românticos
tão meigo, tão terno, tão teu... que alegria
poder caminhar nos teus passos semânticos
das ruas indecisas, entrando e saindo em romaria
em trovas dos teus larguinhos e becos tristes
ouvindo os cochichos das casas encostadinhas
fui cada trepadeira sem classe, que vistes
cada morro enflorados, lascados, grotinhas
fui cada muro da ruinha pobre e suja, momentos tão teus...
Eu,
só quero te servir de versos, meus...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
A Cora Coralina (paráfrase)
Após minha primeira visita a sua cidade
09/06/2015, 19’13”
Cidade de Goyas
A primavera virá
Entre o rio e o mar,
Quero te encontrar.
Sob o teu olhar,
Olhos negros
Dominantes,
Par de maçãs
Brilhantes,
Doce por ansiar
Os teus beijos;
Assim desejo
Os alucinantes!
Ventos do deserto
Hão de me levar
Para bem perto.
A sedução fluirá
Além do tempo,
Ela florescerá.
Porque te amarei
Com as mãos,
Assim amarrarei
Com as pernas,
Para não haver
A tua escapatória.
Paixão que escraviza
Solta com o aroma,
Assim se cumpre
Na pele do amado,
Que se envereda,
Nos cabelos da amada;
Poema sobrenatural,
Feito de sonho,
Canção premonitória.
No coração da Terra,
A liberdade é solo,
No construir do poeta,
A Nação será de ouro,
No tecer do verso,
A letra que permanece,
No espargir do vento,
A esperança é turcomana,
O coração é puro,
A bênção veio da prece.
A bandeira é fortaleza,
A palavra é eterna,
Na mesa sempre farta,
A união sagra a beleza.
A filiação leonina,
O aconchego secreto,
Na poesia predita,
A Nação hoje brilha.
O encanto que nos acena,
No caminho do deserto,
O inimigo nunca terá sucesso.
O violão que nos encanta,
No universo e além dele,
Do orgulho que se sente
Morando no coração da gente.