Poemas de Gênios
Não há como separar a Mãe Natureza do Universo; menos ainda, tudo isso de Deus. Não fomos criados, somos apenas resultado dessa conjunção.
Nada como uns dias sozinho em meio à Natureza, para vermos o quanto ainda precisamos aprender para sobreviver.
A Morte é algo que não se deve temer, pois é a sequência natural da Vida. Agora, pensar em como vai ser, é outro papo...
Tudo o que existe, se transforma. A cada fase de sua existência, curta ou longa, há uma nova, diferente da anterior. Até mesmo a consciência.
Minhas madrugadas não tem mas aroma, cor. Não consigo ver estrelas, nem corpos celestes, muito menos galhos secos e folhas verdes. E aquele pé de café? O limoeiro então....Tudo isso é tão distante, são janelas coloridas. Na sua maioria de um amarelo doentio. De pessoas cansadas. Daqui mais um pouco, é o dia que começa e as luzes que se apagão. Eu estou aceso.
Alimente suas fantasias, essas podem estar com você em qualquer lugar. Descartando o papo cabeço. Quando você desperta pela manhã, ou qualquer hora do dia, à fantasia é o prazer de sonhar acordado, e ver um mundo só seu, sendo montado, quase que planejado pelas suas próprias "mãos", é um abraço cálido que não se pode receber. É manhã de chuva em dia de primavera.
Eu fui, e quis que tudo afundasse. Por hoje. Para que eu pudesse ficar sozinho nessa imensidão. Era sal, dor e cabelos. Um sentimento, um pensamento ecoava, passeava por todo o meu corpo. Gotejou suor de tanto frio. meus pés, bem, esses eu já não os sentia. Só o incomodo cansado, leve do lado direito do rosto, feito um tapa humilhante e gasto.
As vezes mesmo à essa hora, eu ponho junto ao meu ouvido o relógio em pulso. Só pra poder ouvir seu tictatear e ter a certeza que do meu lado existe, neste momento, mais alguma coisa viva.
Não me deslumbro com o susto do conhecimento adquirido no instante. Me acho ate ignorante por essa falta de sensibilidade, mas o que posso fazer, tenho o meus melindres, as minhas exigências, e preferencias. Não sou pura criação e não posso aceitar que, o jamais lido, estudado, escutado e/ou avaliado. Assim o seja em poucas linhas de um trançado poético com admiração exaltado. Levo tão a serio troço, que não acredito na relevância do valor teórico, muito menos do sentimental daquilo que é de praxe o cansaço da abstração por exaustão. A fundo.
As vezes a vida nos joga numa espécie de limbo. É como se estivéssemos entre o estar e o não estar. Uma verdadeira dimensão intermediária no viver. É estranho passar por essas fases na vida. E talvez você nunca passe por isso. Tento descrever da maneira mais nostálgica possível. Digo que é o espaço que divide às musicas no vinil. É o chiado constante da agulha, com o estourar de flocos de poeira em seu cristal. É o nada. É o espaço em branco, que você terá o trabalho de escrever.
Quando você escuta Sinatra quando está no banheiro. Sua vida estará num ponto extremo do limiar da sensibilidade. Ou muito feliz, ou em plena desgraça.
Eu procurei, mas sem sentido, achei, achei palavras, que com felicidade mesclas e da nomes aos teus... Verão pra ti é festa. Renegas o inverno. Então me deixas no inverno? Sou de bater na porta. Posta. Dedos. Tortos de frio e ferrugem. De tua campainha, sem tua companhia. Uma velha aldrava.
Parei de conversar comigo faz uns dias. Ando calado quando estou sozinho, não é por falta de solidão. Minha mente empurra umas idéias soltas, mas nada que seja plausível de uma boa discussão; eu e mim. Já fui mais de conversar com as paredes. Com o escuro quando estava frio, e de acompanhar as músicas quando as escutava. Será o começo de uma morte? Morrer em atividade é muito relativo, pode ser um descanso, ou uma eternidade.
O calça desbotadas apareceu... Tirou fora minha cabeça. Seu corpo exalava um doce amargo. Suor eu sei, mais uma vez, suor de um dia de trabalho laborioso para um jovem. Compondo com perfeição meu quadro de desejos, aguçando os sabores. Confesso, nunca havia sentido nada tão grandioso, nem nas mais tórridos paixões platônicas.
O transito da cidade congestionada, é como o sangue que corre em minhas veias, sou urbano. O sol sob o pixe mal posto e esburaco pela chuva de um clima tropical com cheiro ruim, é minha pele. Sou o supra sumo do consumo, do gasto desenfreado pelo desnecessário. O cheiro de notas novas que saem junto ao barulho metálico dos caixas eletrônicos por toda parte. Sou as seis da tarde acompanhada do cheiro de combustível, inflamando seus pulmões, sou urbano, e gosto disso, não nego.