Poemas de Friedrich Nietzsche

Cerca de 740 poemas de Friedrich Nietzsche

Por amor, as mulheres se transformam naquilo que são na mente dos homens por quem são amadas.

Friedrich Nietzsche
100 aforismos sobre o amor e a morte. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

O que proporcionam os escabrosos caminhos que nos conduzem para trás? O essencial neles não é o retrocesso, mas o fato de que desejem caminhar sozinhos. Com pouco mais de vigor, coragem, sentido artístico, poderiam ir além, e não para trás.

"Qual é a tarefa de todo ensino mais elevado?" - Tornar o homem uma máquina. - "Qual o meio para tanto?" - Ele precisa aprender a entediar-se. - "Como se alcança um tal estágio?" – Através do conceito de dever.

Quando se vive só não se fala muito alto, não se escreve também muito alto: receia-se o eco, o vazio do eco, a crítica da ninfa Eco. A solidão modifica as vozes.

Que não se venha a cometer nenhuma covardia contra as próprias ações! Que não as abandonemos em seguida! O remorso é indecente.

Friedrich Nietzsche
Crepúsculo dos Ídolos (1889).

Todas as coisas que duram muito tempo de tal modo se impregnam aos poucos da razão que a origem que tiram da desrazão se torna inverossímil. A história exata de uma origem não é quase sempre sentida como paradoxal e sacrílega? O bom historiador não está, no fundo, incessantemente em contradição com o seu meio?

O que decorre disto? Que o melhor a fazer é colocar luvas quando se lê o Novo Testamento. A proximidade de tanta imundície quase nos obriga a tanto.

"É necessário dizer quem consideramos nossos adversários: os teólogos e tudo que tem sangue teológico correndo em suas veias — essa é toda a nossa filosofia... Enquanto o padre, esse negador, caluniador e envenenador da vida por profissão for aceito como uma variedade de homem superior, não poderá haver resposta à pergunta:
(O Anticristo)

Quando se despreza não se pode fazer a guerra; quando se comanda, quando se vê algo abaixo de si, não há que fazer a guerra.

As razões pelas quais se chamou este mundo de um mundo de aparências provam, pelo contrário, sua realidade. Uma outra realidade é absolutamente indemonstrável.

Para que haja arte, para que haja uma ação ou uma contemplação estética qualquer, uma condição fisiológica preliminar é indispensável: a embriaguez.

Em resumo, o homem se reflete nas coisas, tudo aquilo que espelha sua imagem lhe parece belo: o juízo "belo" é sua vaidade da espécie...

Quando o grande pensador despreza os homens, é a preguiça destes que ele despreza, pois é ela que dá a eles o comportamento indiferente das mercadorias fabricadas em série indignas de contato e ensino.

Existem, por certo, inúmeras verdades, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te do outro lado do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa, tu te hipotecarias e te perderias.

O Ocidente e o Oriente são linhas imaginárias que alguém traça com um giz diante dos nossos olhos, para enganar a nossa pusilanimidade.

O desespero é o preço pago pela auto-consciência. Olhe profundamente para dentro da vida e vai sempre encontrar o desespero".
(citação atribuída a Nietzsche por Irvin D. Yalom)

“... O valor que damos ao infortúnio é tão grande que, se dizemos a alguém “Como você é feliz!”, em geral somos contestados...!”

Se não existem fatos, mas interpretações dos fatos, o passado pode ser modificado na medida em que podemos mudar a representação dos fatos acontecidos

O intelecto das mulheres se manifesta como perfeito domínio, presença de espírito, aproveitamento de toda vantagem. Elas o transmitem aos filhos, como sua característica fundamental, e a isso o pai acrescenta o fundo mais obscuro da vontade. A influência dele determina, por assim dizer, o ritmo e a harmonia com que a nova vida deve ser tocada; mas a melodia vem da mulher.

Após uma desavença e disputa pessoal entre uma mulher e um homem, uma parte sofre mais com a ideia de ter magoado a outra; enquanto esta sofre mais com a ideia de não ter magoado o outro o bastante, e por isso se empenha depois, com lágrimas, soluços e caras feias, em lhe amargurar o coração.

Friedrich Nietzsche
100 aforismos sobre o amor e a morte. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.