Poemas de Friedrich Nietzsche

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As grandes épocas de nossa vida são aquelas em que ganhamos a coragem de rebatizaro nosso mal como o nosso melhor.

Um pensador vê suas próprias ações como experiências e perguntas - como tentativas de descobrir alguma coisa. Sucesso e fracasso são para ele respostas, acima de tudo.

Devemos segurar firmemente nosso coração, por que se o soltarmos, lá se vai também nossa razão!

⁠Uma coisa é necessário ter: um espírito leve por natureza ou um espírito aliviado pela arte e pelo saber.

Friedrich Nietzsche
Humano, Demasiado Humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

A permissão para que todos aprendam a ler arruína, a longo prazo, não apenas a escrita, mas também o pensamento.

Além disso não podemos mais voltar ao antigo, já queimamos o barco; só nos resta ser corajosos, aconteça o que acontecer.

Qualquer espécie de antinatureza é vício. O tipo de homem mais vicioso é o padre: ele ensina a antinatureza. Contra o padre não há razões: há cadeia.

Eu encontrei em todas as coisas esta certeza feliz: elas preferem dançar sobre os pés do acaso.

A chama não é tão luminosa para si como para as outras que ela ilumina: da mesma forma o sábio.

Friedrich Nietzsche
Humano, Demasiado Humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

A música, em si, não é tão significativa para o nosso mundo interior, tão profundamente tocante, que possa valer como linguagem imediata do sentimento; mas sua ligação ancestral com a poesia pôs tanto simbolismo no movimento rítmico, na intensidade ou fraqueza do tom, que hoje imaginamos que ela fale diretamente ao nosso íntimo e que dele parta.

Friedrich Nietzsche
Humano, Demasiado Humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Esquecemos nossa culpa quando a confessamos a outro alguém; mas geralmente o outro não a esquece.

Friedrich Nietzsche
Humano, Demasiado Humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Quem não sabe guardar suas opiniões no gelo não deveria entrar em debates acalorados.

Friedrich Nietzsche
Humano, Demasiado Humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

⁠" As pessoas se irritam com aqueles que adotam padrões de vida muito individuais;elas se sentem humilhadas, reduzidas a seres ordinários, com o tratamento extraordinário que eles dispensam a si mesmos."

Essas dores podem ser bastante penosas: mas sem dores não é possível tornar-se guia e educador da humanidade; e coitado daquele que quisesse sê-lo e não tivesse essa pura consciência!

Friedrich Nietzsche
Humano, demasiado humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Éramos amigos e agora somos estranhos um ao outro. Mas não importa que assim o seja: não procuremos escondê-lo, como se isso nos envergonhasse. Somos como dois navios, cada um dos quais com seus próprios objetivos e rotas; talvez possamos cruzar-nos e celebrar uma festa como já o fizemos – e estes intrépidos barcos, debaixo do mesmo sol e no mesmo porto, teriam feito acreditar que alcançaram o mesmo objetivo e destino. Mas a onipotência de nossas tarefas separou-nos, empurrando-nos para outros mares, debaixo de outros sóis – e talvez nunca mais nos reconheçamos: mares diferentes e sóis diferentes nos mudaram!

Friedrich Nietzsche
A Gaia Ciência (1882).

Todo pensador profundo tem mais receio de ser compreendido que de ser mal compreendido.

Primeiro princípio: é preciso ter necessidade de ser forte, caso contrário, nunca se chega a sê-lo.

Ninguém é livre para se tornar cristão: não se é "convertido" ao cristianismo — é preciso ser doente o bastante para tanto...

O essencial, em toda invenção, é feito pelo acaso, mas a maioria dos homens não encontra esse acaso.

Que importa um pensador, se ocasionalmente não sabe escapar de suas próprias virtudes?