Poemas de Flor
A Bougainvillea Vermelha
Na cor do amor
A Bougainvillea afogueada
Floresce no mais esplendor
Lenhosa, lustrosa, encantada
Matizando o olhar, és primor
Maiúscula flor, com significado
Tão imponente
De semblante desenhado
Bougainvillea vermelha.... n’alma sente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 de julho, 2023 - Araguari, MG
Manter-se distante, neutro
não tem graça, não tem cor
Acolha bem a dor do outro,
como doa, como flor...
Esse jardim florido não se deve deixar secar;
Para manter-me em teu canteiro, é só regar;
Porque entre o "plantar e o colher", existe o "esperar";
Cultivar o amor como quem cultiva uma flor, é preciso atenção, paciência e ousadia.
Você é bela?!
-Pode ate ser!
E que seja assim tão belas as tuas atitudes.
Saiba que beleza sem virtude,
é como as pétalas das rosas murchas que com o tempo se esvaem....
Amor é antítese
Amo-te porque não sei bem porquê!
Talvez este não sei das quantas amor
Nos veja como quem não sei como vê
Em nós, um vaso a casar c’uma flor!
Amo-te sei lá de que maneira e como,
Se as noites em que te quero amante
São dias em que não sei se nos tomo
Por coisa sólida ou por alarmante!
Amo-te assim e não sei por que raio
Te quero desta invulgar maneira,
Em que não sei se do amor ensaio
O hastear d'alguma bandeira!
Amor é antítese. O amor é assim:
Ora diz que não! Ora diz que sim!
“Receitinha básica de como se fazer um castelo.
Podes tu morar na casa mais simples do mundo e torná-la em um lindo, perfumado e aconchegante .
ANOTA AÍ:
Tu vais precisar de:
1 uma garrafa de vidro descartada lavada e transparente.
Água.
Uma Flor do campo com a haste bem longa.
Agora é só colocar a água até a metade da garrafa e a seguir a florzinha do campo dentro dela
.
Leve a garrafa até a sua janela e PRONTO” heis o seu novo lar.
A luz caia com gentil paciência sobre pétalas de frágil perfeição
Cada veio delicado marcava afluentes de rica seiva em constante ação
O arroxeado das bordas clareava e escurecia lentamente compondo uma bela aquarela monocromática
Era única em seu mundo diminuto de sonoros encantos e sonhos repletos de estática
Sozinha, sob o pálido azul do céu era o paradoxo rebuscado do sopro primordial
Era o único, capcioso e mágico pico da expectativa, do desejo e do final
Ali repousava impávida e inalcançável, perdida em doce carmesim
No bojo arredondado de sua cálida ilusão, em um minúsculo jardim
Esperava a cada dia, de uma infindável sucessão, pelo olhar que lhe conferia, de ser, a razão
Suas cores que esbanjavam brilho, cada detalhe esvoaçando em diminuta sensação
Tudo era real apenas quando se encontrava sob aquele olhar
E longe era uma casca vazia, pedante em um esquecido altar
Se deixada, privada seria e no tempo murcharia e pereceria ainda longe da verdade
Mas quem sabe nos estertores crepitantes de sua existência a visse e viveria de sua claridade
Ante as mais sombrias tempestades ou sob o precioso sol de verão
Um bela flor será sempre uma bela flor, esteja sendo apreciada ou não
"Existes por si e apenas de si necessitas para brilhar
Seja una com sua efemeridade pois o tempo leviandade não há de perdoar
Vá se assim tiver, fique se for seu lugar
Mas seja total e completamente sua para além de qualquer olhar."
Me arrancou das raízes
pra brincar
com minhas pétalas
pensei que era cuidado,
achei que era amor.
precipitada até gritei
bem te quero!
mas o bem não me queria
bem me matou.
Mandaste corações em branco..
Disseste: Pinte a gosto..
"Daí " me lembrei da paz..
Que você me traz..
Resolvi deixar a cor,
Em fina flor.....
Mande outros..
Eu Pintarei '' Amor"
LUA DE MORANGO
Na pele, suave gadunho
Cinco de junho
Garatujo em rascunho
Emoção que testemunho
Hemisfério norte
Colheita de morango
Nasce adverso ao poente
Lua de morango
À espreita coruja
Em alerta que deseja
O reflexo do luar
Para encontrar seu par
Noite lunar silente
Olho além do portão
Nenhuma alma vivente
Neste âmbito de solidão
O mundo assola pandemia
Que afeta a economia
O povo se aflige e se angustia
Recebendo como legado a carestia
Dia do meio ambiente
Cinco de junho de dois mil e vinte
Sou partícipe de ativismo
Da vibe do dinamismo
Aprecio do morango, a flor branca
Em tempo de pandemia acalma o eu aflito
Que não tem medo da carranca
Porque amanhã será registro de manuscrito.
Minha reflexão é uma queixa, uma queixa a mim, por essa auto-estima, (ou pela falta dela). Por nunca ter realmente me amado, me visto, admirado.
Por acordar todos os dias sem enamorar-me de mim, sem esforçar-me por manter erguidos meus ombros ao andar.
Eu nunca me amei, por isso hoje entendo a minha surdez diante do meu coração que gritava, (e ainda grita).
Se olhe, se admire, cresça, evolua, se encante com o seu próprio sorriso, entenda mulher, você é bela, especial...
Gritos de um coração desesperado, tentando libertar-me de mim, dos meus traumas, da minha falta de amor próprio, de um eterno sabotar de minhas qualidades.
Hoje busco como um objetivo perceber-me flôr, em meio a um caos interior, enxergar-me bela, como uma constante batalha que preciso travar e sair plena dela, inteira, renovada e poderosa, para não mais queixar-me de mim. E sim, amar-me.
Já não sei se poeta sou
apenas em lirismo declamo
perco-me nos versos e caminhos
onde tropeço em incertezas
procurando a quem amo
Sem você na minha vida
Sou como um barquinho a deriva
Buscando um destino
Você, o amor da minha vida
Indo para lá e vindo pra cá
Na esperança de um dia te encontrar
Para poder dizer que te amo
E logo depois de te beijar
Eu queria saber ler...
As entrelinhas desse teu sorriso
Sei que esconde o que tem sentido
Dentro desse seu coração.
Eu queria ser o motivo...
Da alegria que te consome
Se alguém pergunta, Sou codinome
Denominado de beija-flor.
“Comparo a Vida a um botão de rosa, em que a raiz frágil;
Representa o nosso início de vida e o seu talo intercalado por espinhos,
a nossa evolução, que tempos depois ainda;
Podemos compartilhar com o próximo uma linda flor e Exalar
o perfume que encanta, se de a oportunidade de se evoluir”.
“Nunca será tarde para se fazer presente nossa evolução””
Canna Índica
[...]tal um flabelo
abanicando
imponente e belo
desabrochando
“canna índica”, facínio amarelo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 de janeiro de 2021
Dente de Leão
"Com os lábios lacrados, nariz em riste e cílios em convulsão estufou o peito e seguiu em frente de cabeça erguida, rasgando o vento. E como se não fizesse questão de coisa alguma, lambeu o sal da testa e sentiu a dor do medo tomar todo o seu corpo. Antes que pudesse se lamentar quedou de sua própria altura, quedou de sua bravura, não resistiu aos encantos do vento soprando suave e lento ao pé de seu ouvido".
A QUARESMEIRA
Pra Quaresmeira ser louvada, não basta
No cerrado, trovar os dotes do encanto
Tem de ter na poesia, o instinto tanto
Da magia e sensação que o belo arrasta
De um esplendor e uma tal delicadeza
Nesse sertão de diversidade tão vasta
Seu destaque de flor preciosa e casta
Do lilás dos cachos, adorno da natureza
Exaltação aos olhos, de florada ligeira
Chama da paixão, graça, poesia acesa
A essência sedutora da quaresmeira
Na admiração, um trescalar misto:
De funesto fase, reflexão e beleza
Em cortejo do martírio de Cristo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/08/2020, 09’43” – Triângulo Mineiro
Caminho das flores
Sua semente é a que
floreia o seu redor.
Alguns preferem regar
com lágrimas, outros com suor.
Desde que tenha amor.
A beleza define a primavera,
regada com o choro de Deus.
Podemos fazer da nossa
vida um belo jardim.
Desde que haja o cuidado e o manuseio
com lágrimas e suor do coração.
A se transformar num
jardim belo e florido.
No caminho vou, onde haja amor.
No caminho eu vou onde haja cor.
As flores do jardim estão
esparsas como estrelas.
Simulam o infinito e eu andando
aqui embaixo no caminho das flores.
As estrelas estão formando um imenso colar de pérolas suspenso.
Caminhando vagarosamente
aprendi a observar a beleza.
O dia é um clarão,
diante a imensa escuridão.
Mas as estrelas sempre
dançam no universo.
O planeta é um enorme
emaranhado de terra.
Mas as flores sempre
embelezam os jardins.
No caminho vou, onde haja amor.
No caminho eu vou onde haja cor.