Poemas de Flor
"Amei aquele que um dia me fez flor...
Amo este que me faz a primavera de todos os seus setembros..."
Haredita Angel
19.08.23
Teu coração de flor,
Se fez petrificar.
Para fugir as ilusões,
Que lhe sentia talhar.
Tinha a ressaca de amor,
Como de álcool ingerido.
Foi fundo em gente rasa,
Rasgando de inocência.
Jogou-se frente a dispersão,
Mostrou a transparência.
Afoita ao correr risco,
E testar limitação.
Da vista de um precipício,
Toda liberdade é sensação.
Sou flor que desbota,
até reflorescer bicolor.
Um caos que me fomenta
e ressignifica meu teor.
Cada partícula de mim,
salta à excrescência.
Uma infinda renascença.
Se cortada tendo a renovar,
retorno em releitura.
Gosto do que é infinito
e do que externa essência.
Quem desafia minha inteligência,
costuma me prender no radar.
Quando eu digo....
Já viu beija-flor abandonar o ofício?
E as flores seguem a estapear-se...
O que será que se passa na mente do beija-flor?
O que deseja? Onde se esconde? O que faz?
Às vezes penso que o vejo, que o escuto...
Mas logo penso que nada vi ou ouvi.
Às vezes penso que o que penso não passa de pensamento.
Sina de flor...
(Fabi Braga, 28 abr 2011)
Todo esse tempo dediquei meu coração a ti, querido beija-flor.
Mas os ecos de minhas palavras já não te alcançam...
Se porventura chegares até aqui, que saibas o que de fato se passou dentro desta flor.
Segue teu vôo feliz! És beija-flor e essa é a vida que tens.
Que em momento algum te esquives do fato de que, com substância dediquei meu amor a ti, exclusivamente.
Não que outros pássaros não tivessem tentado acordos com esta flor...mas é a ti, beija-flor, que ela se dedicou.
Uma vez falaste em desapego...a flor nunca aceitou de verdade essa alternativa.
Mas eis que o tempo assim como tu, segue voando, voando...então vejo que essa é a hora de deixa-te guardado, querido beija-flor, nas mais doces lembranças...deixando-te enfim livre para seguir teu trajeto.
Da flor que sempre te amou.
(Fabi Braga, 09 Nov 2011. Editado.)
A tal flor existe
Entreguei o que pude,
Fiz o que senti.
Abri a porta pra espontaneidade,
E ela, me deu um sorriso.
Não tem porque mais se esconder.
Não dá mais pra fugir de si.
Você é essa e só aceite.
Essa flor desabrochou.
Eu vou pela estrada velha
Antiga estrada da alegria
Nela morava meu amor
Eu criança e ela flor... Liko Lisboa
Água Preta Menina Flôr
Liko Lisboa
Esse ano eu vou
Pra água preta menina Flôr
Rever os amigos e andar
Pelas ruas de nossa cidade
Lembrar da infância e do tempo
Bom da nossa juventude
Jogos de queimada na rua
Futebol e bola de gude
Dos encontros festivos na praça da liberdade
Do labamba e Zé Astória
Lembranças e boas histórias
No líder bar tocava música bacana
Bola Branca e Danúbio azul
Barbudo e os carnavais
Tempo bom que não volta mais
No líder bar tocava música bacana
Bola Branca e Danúbio azul
Saudade dos amigos
Itanhém eu te amo demais
Refrão.
Esse ano eu vou
Pra água preta menina Flôr
Rever os amigos e andar
Pelas ruas de nossa cidade...
Bonita flor dos cantadores
Pra longe foi
Deixando seus amores
A esperar no porto
A vinda dos mercadores...
Trecho de Embarcação Pirata.
Liko Lisboa.
Eu vou pela estrada velha
Antiga estrada da alegria
Nela morava o meu amor
Eu criança e ela flor...
Trecho da letra - Estrada da alegria
Liko Lisboa.
Em um belo sábado, meu pai me enviou uma imagem,
Ao abrir, uma flor radiante, a gerbera, em sua linguagem.
Perguntei-me qual seria o significado desse presente,
E mergulhei na busca por sua conexão envolvente.
Descobri que a gerbera é símbolo de alegria e vitalidade,
Um lembrete da beleza efêmera, da vida em sua plenitude.
Assim, entendi que essa flor era um convite à vivacidade,
Ao colorir meus dias com o brilho da felicidade.
Cada pétala, um lembrete do poder de renovação,
Uma inspiração para abraçar cada momento com paixão.
Desde então, a gerbera se tornou mais do que uma flor,
É um lembrete constante de viver intensamente, com amor.
Nasceu entre espinhos, sem direito a flor,
A infância marcada por sombras de dor.
Silêncios forçados, medo sem cor,
Crescia calada, sem mostrar o clamor.
O mundo era duro, as feridas sem fim,
Mas ela aprendeu a lutar por si.
Nos olhos, guardava o que não pôde dizer,
E na alma, um desejo imenso de viver.
Passou por abismos, cruzou vendavais,
Superou o peso de antigos ais.
Transformou o escuro em lição, não em cruz,
Fez da dor cicatriz, não um cárcere sem luz.
Hoje caminha de cabeça erguida,
Com passos de força, é dona da vida.
A vitória é dela, a honra também,
Sem buscar lamentos, sem olhar além.
Não há mais correntes, não há mais prisão,
Ela escreve sua história com o próprio coração.
E em cada vitória, um sorriso a brilhar,
Uma mulher que soube, enfim, se libertar.
Democracia ferida
Democracia é flor que desabrocha,
no campo onde todos têm voz e vez.
É o sonho de muitos que ergue e abraça,
um canto de paz, liberdade e altivez.
É voto que ecoa, escolha que é justa,
é a mão de quem serve e ouve o clamor,
de um povo que luta, de um povo que busca
um mundo mais pleno, repleto de amor.
Mas então vem a sombra, sutil e voraz,
corrompendo o que é puro com ganância feroz.
A corrupção se infiltra, espalha-se, trai,
e aos poucos, desonra o que a justiça faz.
O poder que era leve, que era para o povo,
vira jogo sombrio, um lucro só seu.
E o sonho se quebra, o campo é tomado,
e a flor da verdade, esmagada, morreu.
Mas mesmo ferida, a flor ainda insiste;
renasce na luta, ressurge na fé.
Pois a beleza da democracia é eterna,
enquanto houver quem por ela se ergue de pé.
Um beija-flor no meu jardim
Todos os dias, de manhã cedo,
um beija-flor chega a sorrir,
voa em direção à minha alma,
e beija as flores a reluzir.
Minhas flores, pequenas e amarelas,
como estrelas que o sol despertou,
e o beija-flor, com graça, cintila,
num abraço que a vida ofertou.
O voo é leve, quase um suspiro,
um beijo que não se vê, mas se sente inteiro,
e em cada flor, um toque que embalsama,
um gesto de amor no mais puro segredo.
Ele vai e vem, sem jamais pedir,
sua presença é como a aurora, deixa o jardim a sorrir,
e eu o vejo, mas não posso tocar, apenas,
guardo nos olhos o beijo que o beija-flor deixa a pairar.
Banho de luz
Nas águas que correm sou busca,
Sou verdes matas que a flor ofusca,
Sou silêncio, sou brisa, sou vento,
Sou um mistério em pensamento!
Sou em mim meu eterno encontro,
Vibro nas coisas suaves do sopro!
No simples manifesto desta vida
Sou vernissagem de cor resumida!
De certo que tudo ainda palpita
Quão forte feito o meu coração
Ou leve sopro que o sonar apita!
Assim, ainda desperta- me o sol
Banhada de luz sou feita oração
Debruçada no leito feito lençol!
Bendita Flor-de-Algodão
desabrochando na Bahia,
Apreciar me faz escrever
os meus Versos Intimistas
para quem sabe conquistar
o caminho da poesia
que me faça te encontrar.
Flor de Pau-d'arco-amarelo
no chão desta Bahia
abençoada e majestosa,
Singeleza poética
que traz inspiração hemisférica
para entregar Versos Intimistas
ainda melhores para alegrar
os corações desta linda terra
e quem sabe receber a dádiva
para fazer sempre um novo poeta.