Poemas de Flor
Flores.
Ela está descalça em seu jardim cheio de rosas vermelhas. É a sua flor preferida.
Pode ouvir os zumbidos das abelhas que ali moram. O cheiro é maravilhoso.
Um sorriso se encontra em seu rosto.
As horas passam e ela se vê deitada em seu sofá velho, logo percebe que estava olhando seu álbum de fotos antigo e e relembrando de quando era uma jovem sonhadora, que sempre quis voar e regar suas rosas. Vermelhas.
Beija-flor quer beijar as flores, as mais intocáveis de todas. Brilham num jardim suspenso, deslumbram à luz do luar.
O céu é um jardim, a lua, o sol e as estrelas são flores, rosas de diversas essencias que o arco-íris rega da imensidão do horizonte.
Para fugir da concorrência que a natureza lhe propôs, o Beija-flor bate asas a procura de refúgio, um lar que seja tão doce quanto o néctar das flores. Mas quando dá por si, paira num deserto de espinhos.
Como uma flor que desabrocha aos raios de sol tocar
Renasce o amor no coração daqueles que sabem amar
E quão maravilhoso é esse novo caminhar
Contrariando todo o mal que teima em reinar
Porque odiar se eu posso amar?
Guardar rancor não vai adiantar
Prefiro simplificar
Deixar o amor em meu coração transbordar
E que ao transbordar outras pessoas ele possa impactar
Ensinar o amor através do amar
Uma corrente do bem vamos traçar
Fazer nossa parte pro mundo mudar.
Sou livre...
Livre para beijar a flor
vou sem medo de voar sem rumo
e onde quer que eu esteja,
nada me fará infeliz.
Sou daqui, dali, de lá,
sou de qualquer lugar,
sou minha vontade
e sou meu guia,
sou,
o que há dentro de mim,
apenas felicidade.
Não sou sempre flor...
Muitas vezes,
sou a flor
e em outras,
nem o perfume delas,
apenas folhas secas pelo chão.
Não me queira sempre igual,
sou diferente todos os dias
e nem sempre,
tenho um sorriso.
Sou mesclada de todas as cores,
um rio que corre sempre
e mais adiante,
atravessa os campos,
montanhas
e volta para a planície.
Leva contigo meu riso,
junta teus sonhos aos meus
busca mais um pouco de mim,
eu levo comigo teu abraço
e juntos,
um pouquinho de cada um,
vamos seguindo assim..
Flor vai nascer, folha vai voar, no entardecer, vento vai soprar .
E no amanhecer saracura canta, e na sua canoa o
caiçara vai pescar .
Sol vai nascer, vamos se alegrar . Celebrar a vida, vamos todos trabalhar .
Cuidado com o verde, cuidado com o mar para renascer
é preciso navegar .
Ela vai na contra mão…
Restava agora a Maria que de flor nada tinha acordando de moletom e uma calcinha bem sexy para quem dormiu desacompanhada, Maria que não era rosa e de flor nada tinha vai até a cozinha e olha no relógio, como sempre um dos dois estava errado. Maria e o relógio em quase nada concordavam, hora ele estava muito atrasado ou hora muito adiantado e meu Deus como Maria odiava esse ritual humano de cronometra a existência. Hoje o relógio estava adiantado o que significava que Maria estava atrasada, mas com o mesmo ar indiferente que seu gato faz pela luz que agora entra pela janela do quarto, Maria tomava o seu café e acendia seu cigarro.
O café termina primeiro e Maria com mais indiferença ainda se arrumava em frente ao espelho que havia se quebrado ao meio de um dos surtos que Maria que de flor nada tinha, tinha direto, surtava e alguma coisa se quebrava. Maria está insuportavelmente linda, cabelos no ombro, uma combinação de rock com bossa nova.
Pode até olhar aquela Maria que de rosa e flor nada tinha e ainda assim desmoronava o mundo inteiro quando passava.
Maria entra no carro, gira a chave e liga o motor, sai de ré e resolve ser diferente, Maria que de flor e rosa nada tinha, agora ia pela contra mão, é xingada, buzinas rompem seus ouvidos mas, Maria que de certa nada tinha exceto o fato rotineiro de andar na contra mão, tinha mais do que se supõe de Maria nada tinha, era só rosa e flor.
Copo- de- leite, linda flor
Como pode ser venenosa sendo tão majestosa,
Simboliza a paz e a inocência,
Muita incoerência!
Há também humanos...
Lindos, gentis e simpáticos,
Mas são venenosos e matam
Dois corpos opostos
Ocupando o mesmo espaço
Infeliz de quem cai em suas armadilhas
Serão amaldiçoados com muita dor;
Infeliz de quem se encanta com linda flor
Veneno, não amor....
Viviane Ulbricht
Não posso te dar um chocolate ou uma flor
Mas posso te dar meu amor
Espero que lhe tenha algum valor
Entregar-lhe minha dor
Lança da morte, punhal ferido...
De espinhos numa flor, sem medo,
Sem temor, amor que abraça-me...
Que foge comigo, devassa-me os sentidos
Entranha-se na pele, como um grito colorido,
Voz rouca de um eco que acompanha-me
Esquizofrênicos sentidos de lembranças
Feitos de vozes, gritos, gemidos, suspiros
Que iluminam de esperança as lágrimas caídas,
De uma quimera fora do tempo esquecido,
Vivido de dor, fogo interno neste inverno antigo..!!!
murchou-se a flor, acabou sua fragrância
dela só sobraram os espinhos, que feriram minha esperança
quantos poemas inspirados...em seu perfume, sua beleza...
agora a inspiração é de saudades e tristeza
o espetáculo do por do sol na barra...
...são só lembranças que minha memória hoje narra
os beijos...as carícias...ficaram apenas nas fotografias
declarações de amor e planos, que não passaram de utopias
eu sabia que o fim chegaria, mas não estava preparado
estou pronto para amar, mas...
...nem todo ser humano está pronto pra ser amado
vou erguer minha cabeça e seguir com meu dilema
a vida não acabou...mas perdi minha pequena.
Como um simples beija-flor.
Eu tenho que viver (bis)
A vida que eu tenho
A vida que me segui
Passeio de bicicleta
Não sei ao certo nem o caminho
Mas sei que tenho que ir
Tenho que parti
E a viagem
Conhecer novos olhares
Diferentes forma de viver
Diferente formas de ver a vida
Novas forma de ler o mundo
Com uma simplicidade
Que me reluz
Que me faz me rever
Me auto analisar
Eu tenho que viver (bis)
a vida que que eu tenho
a vida que me segui
A vida que ganhei
Seja seu autor
Como o seu próprio amor
O seu amor próprio
Eu tenho que viver a vida
Como um simples beija-flor
Que leva vida em flor em flor.
Essência de Amor, de Flor!
Ando,caminho como andarilha,deixo por onde eu passar,cruzar,aparecer,simplesmente viver, minhas sementes para serem regadas
Para que, em cada passo seu,sintas germinar em seu,em outros corações, um jarndim,colorindo uma história,uma vida,fluindo essência de amor.
__Eliani Borges.
“ A vida entristece para se regenerar
O aprendizado cessa e o ignorante morre
Como uma flor sem água e sem ilumina/sol Para se respirar,
É que o “ignorio” transbordou-se
É que da vivencia sutil se fez a morar
Seus olhos simples, simplesmente olhou
E a vida escorreu pelas mãos
E a única essência que conheceu sem conhecer
Foi das valas profundas
A morte de velas acesas
Que ao se apagar ex querido foi.”
AO MURCHAR A FLOR
Esplêndida mocidade! Fluxo de sonhos, emoções,
estampa-se no fulgor da vida à emérita conquista,
na essência da pétala aromada, seu ardor otimista
arroja-se ao lesto tempo sobre a corola das paixões.
Extática juventude! Cálice fecundo de aspirações,
cultiva-se no vigor da seiva a sua ousada jornada,
cresce e caminha à deriva nos alfobres da estrada,
lança-se ao mundo no eflúvio, êxtase das estações.
Virtuosa maturidade! Flor de aromas e gradações,
viça-se na força e coragem à grandiosa primavera,
adorna jardins na paisagem delirante da atmosfera,
enfeita-se com arranjos surreais e vis imaginações.
Frenética sazonação! Estame robusto de ambições,
ampara-se enlaçado à corola para florir no vergel,
alcança notoriedade no auge do viço, faz seu papel,
medra-se, mas experimenta forte rajada de ilusões.
Inopinada velhice! Sépala fanada de frustrações,
resta-se de ti, somente uma estampa desfigurada,
sem a magicatura ampla, és crassa e já enrugada,
brota-se, então, a nova florada dentro dos jarrões.
Infausta senilidade! Flor estiolada de recordações,
murcha-se sob a intempérie dos anos; desfolhada,
fenece para ser uma congérie do nada; substituída,
torna-se saudade no canteiro dos nossos corações.
Do seu livro: "Poemética Ambulante" - 2013
Diferença...
Uma flor
que se curva
em um mundo
de indignação
indiferente, alheio,
mas ela também,
indiferente,
não se deixa triste
e tampouco,
impotente.
Vai produzindo
e continua ofertando
a flor, o fruto, o perfume
e faz a grande diferença.
ARREDIO
Sou beija-flor a suplicar lhe o néctar
Sou sol ameno a acariciar lhes as pétalas
Sou poesia escrita em tabuletas sem valor
Sou vaso de barro vazio e as vezes arredio
Mas sempre aberto e pronto
A se encher e transbordar de AMOR.
Quem uma rosa oferece
Ou uma flor especial
Para quem realmente merece
Tudo de bom menos o essencial
O essencial todo mundo dá
Preciso é criar algo diferente
Dentro do meu coração desejar
A linda amizade envolvente
Envolvendo a concentração
O pensamento você sente
A palavra que vem do coração
Não sai da minha mente
Não sai da minha mente
Ela continua a vibrar
Um desejo consciente
De um dia vos encontrar
Queria ser.
Eu queria ser uma borboleta
E enfrentar os ventos sul e norte
Pousar numa flor de cor violeta
E beijar margaridas se tiver sorte.
Eu queria ser um gigante azul
E ter um brilho quente de acessório
De noite desfilar o cruzeiro-do-sul
E ver o rosto límpido ilusório.
Eu queria ser um peixe boi
E nadar nos mares gélidos do ártico
Pensar que o que passa já foi
E sorrir para quem parecer apático.