Poemas de Filosofia
Viver para agradar a todos...
É um acto irresponsável no palco da Vida.
Existe o risco sério de perder a sua essência humana.
Hoje me tranco aqui sentado, sozinho, pensando...
Hoje estão por aí fazendo, cometendo, ouvindo, sorrindo...
Estão por aí correndo, mordendo, mentindo, sofrendo...
Hoje está aí dirigindo, sentindo...
Quero sair pois aqui não me sinto bem
Vendo aí na rua gente feliz, amém
Mas vejo muita gente morrendo também
Vivo cercado do pavor e desespero total
O cara matou mais de 10 dizia o jornal
O dono do bar jogou água no bêbado, vi no local
Esse hoje dorme amargurado, triste, molhado
Ele acordou na madrugada, numa parada
Homens com facas, sorrindo e gritando faziam o mal
Olhou para cima e em um segundo tinha apagado
Onde está o sentido me diz afinal
Vivo cercado
Após a descoberta da pólvora, houve a extinção de uma "espécie rara" à face da Terra...
Deixou de existir "heróis",agora só na banda desenhada.
Até quando, meu Deus?
Até quando, meu Deus? E tenho feito esta pergunta, desde quando eu nasci.
Vejo a vida como se ela fosse um filme ou uma novela. Tudo parece ser muito repetitivo ou cansativo.
Vejo as pessoas como se fossem personagens, passando por inúmeras fases... Vivem os seus dramas e vinganças, suas paixões, alegrias e tristezas, constantes ou não... Amores, idas e vindas, glórias e derrotas, realizações e frustrações.
Tudo o que um ser humano vive na própria pele, enquanto está encarnado. Me canso, ao assistir o meu próprio filme, novela ou teatro... Assim como me canso... ao assistir o filme da vida alheia também.
Mas, na simplicidade da vida, eu sempre encontro uma certa beleza, um certo encantamento... e isso me transmite paz.
Se não é complicado, difícil, se flui apenas... é algo belo, transcendental!
A besta humana, quando não complica a vida... faz brilhar a sua essência divina, assim como o sol faz, todos os dias... ao nascer...
Nem tente, agora,
Conter minhas lágrimas:
Esse rio já fez transbordar o mar
De esperança e fé...
No amor de outra mulher.
Nem tente, agora,
Fazer o impossível:
O tempo já mudou a rota do meu coração
Rumo a uma nova paixão.
O OPOSTO DO AMOR
O oposto do amor
Não é a indiferença,
Nem tampouco o ódio,
Como muitos pensam ou dizem.
Mas o poder.
Quanto mais poder
Você quiser exercer
Sobre quem diz que ama,
Menos essa pessoa irá te amar:
1- Suportar-te não é amar-te;
2- Depender de ti não é amar-te;
3- Vender-se a ti não é amar-te;
4- Subordinar-se a ti não é amar-te;
5- Ter gratidão a ti não é amar-te...
O amor precisa de liberdade.
O amor só dura em liberdade.
O amor é e sempre será livre.
O amor é livraria.
O amor liberta e não aprisiona.
O amor emancipa.
Sem liberdade no amor,
Sem livrarias,
Os livros raros não podem ser lidos...
E muito menos compartilhados...
Não apeguem-se aos livros que,
Muitas vezes apenas pela metade
Vocês leem, e muitos menos ainda aqueles
Que vocês só escolhem pelas capas.
Doem-se. Doem-se como livros!
O amor é uma dádiva!!!
O amor precisa ser compartilhado.
Diz o amor:
Nem tente me prender...
Eu sou a inconstância do tempo...
Passo manhãs, tardes e noites...
Nas asas cosmopolitas do vento...
O amor, embora não saibam muitos,
É substantivo masculino, mas, na prática,
Tem alma e sapiência de mulher...
Porque “amar” é um verbo que só se conjuga
“Se” e “quando” ela quiser.
Primeiro dissimulam te odiar; depois te desprezam, falam mal... E até zombam de você – sem motivos, é claro!
Passado algum tempo, te observam, te comparam e, mesmo tentando não demonstrar, passam a te admirar, a quererem estar perto de você, a participarem do seu círculo de amizades, a se envolverem em sua vida, etc.
Você então permite, aceita, e até dá corda só para poder ver até aonde vai a contradição humana.
Esvai-se o tempo paralelo aos precipícios
seus passos ressoam pelas paredes e correm para longe
ouve-se nada
De olhos escancarados e pernas bambas
cai
fita o esvoaçar das areias no céu crepusculoso
esfria
A noite vem chegando aos poucos
sua anunciação provoca espanto
medo
A possibilidade cada vez mais real daquela garganta vir a tornar-se
a sua tumba
seu eterno descanso
repouso
sem lamúria
de um cadáver que aos poucos derrete
calmamente
sendo apreciado com elegância pelos vermes
de outrora
e sempre
A noite
sem os ventos
traz o ensurdecedor silêncio
que até conforta
O céu
super estrelado
surge na fenda
que se estende por cima dos olhos
Como se estivesse frente a frente com um rasgo na imensidão única do espaço, numa brecha para as estrelas, distantes luzes a vagarem violentamente pelo negro esplendor entre as galáxias emaranhadas nas teias do cosmo. Leve, separa-o do chão flutuando hipnotizado pelo infinito espaço celeste conduzindo seu espírito elevado para além do cânion , para além do vale, percebe-se afastando de si seu mundo deixado para traz, pronto para abandoná-lo à própria condenação. Vai para o eterno abismo escuro onde o mundo ainda está a cair, cercado por distantes pontos de luz flutuando no vazio.
Torna-se ausência...
some
Enquanto seu corpo o perde de vista mergulhando entre os astros, deixa de sentir, morre o tato, olfato e paladar. Como uma pedra qualquer, ignora sua dureza e passa a afundar na areia levando consigo a insensibilidade fria para o passeio petrificado de quem nunca sai do lugar. A partir de agora é vaga lembrança de si, aos muitos esquecida e mil vezes fragmentada em poeira de olvidamento.
Filosofar...
argumentar,pensar, questionar
Enfim decidir,
avançar,
construir...
As vezes as perguntas são mais importantes que as respostas
Sophia está na beira da praia,
A praia quer enterrar Sophia.
Sophia só quer poder nadar,
Logo Sophia, que é expulsa do mar.
Mas Sophia é insistente e se atirou no oceano sem saber nadar.
Bela Sophia, insistiu tanto que pouco a pouco ganhou o mar.
Falam que o inferno é o lugar mais feio, quente, insuportável, cheio de pessoas que foram pra la pois eram falsas, mentirosas, que se aproveitaram de outras para lucrar de bons homens e também usaram o nome de seu Deus para beneficio do seu bem estar e não amaram o seu irmão como a si mesmo e nem a si mesmo amaram...
O inferno é aqui...
A Questão
A arma que me deram mais poderosa, é nada menos, que o questionar.
Questionar desorienta, faz pensar.
Questionar mata arrogância, mata ideais, afugenta ignorantes.
Questionar te da destaque, desmente com classe.
Questionar machuca, porém é o melhor modo de crescimento.
Questionar faz com que seja mal visto.
Questionar é o puxão no fio que não pode arrebentar.
Questionar destrói o paraíso, e explode o inferno.
O mundo vai caindo,
Dá pra parar ou amenizar a queda
Porém todos têm olhos vendados,
e a questão é única que tira venda.