Poemas de Filosofia
"Come Bosta!"
É uma expressão popular, onde faço referência a uma determinada pessoa que faz voluntariamente com seu corpo, mente e ou sua moral, coisas absurdas ou consideradas inadequadas, em prejuizo do seu bem estar físico, mental e ou moral, muitas das vezes irreversíveis.
Ex: Tatuar o corpo, se mutilar, submeter a escândalos, etc...
Racismo envolve todas as etnias,
mas os negros não admitem perder o posto,
levantam a bandeira da desigualdade
como sendo só eles, as únicas vítimas do racismo.
NÃO TENTES
Não tentes compreender o vazio de onde tudo emana, intua;
Não tentes compreender o vazio da escuridão, ilumine;
Não tentes compreender o mistério vida, viva;
Não tentes compreender o incompreensível, sinta;
Não tentes compreender o amor, ame;
O vazio, o mistério, o incompreensível e o amor não existem para serem compreendidos.
AS COISAS
No cotidiano da vida, quase todas as coisas são insignificantes. A maioria dos nossos pensamentos, boa parte das ações que fazemos, alguns sentimentos que experimentamos, quase todos os nossos movimentos não têm maiores significados, não possuem muito valor. Pertencem à parte superficial do nosso ser, vêm e vão como ondulações no mar, não deixando nenhum vestígio ou efeito nas profundezas do ser. Porém, em raros momentos, quando entramos em contato com a música de nossa alma, se algo da consciência profunda nos tocar ou se detiver de alguma maneira, essa fração de segundo é a única coisa significante que ocorre no meio de toda a inutilidade do cotidiano da vida. Este é o único ponto precioso, e o resto, um mundo de ilusões e disparates. Para tornarmos a vida significativa, para darmos o seu verdadeiro valor e sentido, nós devemos então nos afastar das trivialidades da superfície e procurar por alguma coisa mais profunda. Na verdade, devemos nos aprofundar muito se quisermos que as coisas deixem de ser insignificantes.
Por não saber esperar, muitos se perdem nos caminhos tortuosos e estressantes da vida.
As mais gratificantes conquistas da vida são as que se obtém com paciência e espera.
As grandes conquistas são para os que sabem esperar o merecimento dos seus esforços.
As grandes conquistas vêm sempre acompanhadas de serenidade, amor, felicidade e realização pessoal.
Quando imagino o mundo,
não penso em Deus.
Do meu imaginário profundo,
surgem os conceitos meus.
Divindade há em nós.
Viemos tão somente para a evolução.
E ao findar dessa busca atroz,
teremos a grande revelação,
que Deus, sou eu, você, somos nós !
Quem sou
Queres saber quem sou?
Então não olhe somente minha aparência.
Procure conhecer meus gostos,
os livros que li,
as músicas que escuto,
onde vou,
o que faço,
minhas manias,
minhas escolhas...
Queres saber quem sou?
Escute o que falo,
pergunte o que me agrada e o que eu detesto.
Aí vais ter uma ideia de quem sou.
Não queiras que eu mude meu jeito de ser.
Aceite-me como sou.
Por que se eu mudar qualquer coisa em mim,
para moldar-me aos teus desejos,
já não serei mais eu.
Serei a projeção de você em mim.
A porta
No vai e vem,
abre vai, fecha,
abre vem, fecha.
Abre vai e vem,
fica aberta.
Se fechada,
nada vai nem vem.
Quem se importa,
é só uma porta!
Ao ver o sol poente, veja-o com outros olhos.
Admire a beleza da cor alaranjada tocando o horizonte.
Sinta, o vento tocar em seu rosto como se fosse um até logo.
Saia da mesma posição, reinvente-se!
Trilhe novos caminhos de volta para casa.
Seja você a sua melhor companhia!
Deixe-se fluir!
A aranha e o dilema de existir;
dentro do seu quadrado o silogismo norteia sua vida.
Sua existência depende de outra existência;
a mosca é arrancada do seu descanso,
conectando-se, definitivamente, á engrenagem.
* O compasso
"Ao encarnarem, os Espíritos trazem consigo o que adquiriram em suas precedentes existências. Essa a razão pela qual os homens mostram instintivamente aptidões especiais, pendores bons ou maus, que neles parecem inatos.
Os maus pendores naturais são resquícios das imperfeições de que o Espírito ainda não se despojou; são também indícios das faltas que cometeu, o verdadeiro pecado original. Em cada existência, tem ele que se lavar de algumas impurezas."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Tendo a Terra chegado ao tempo marcado para que se torne morada de paz e felicidade, Deus não quer que os maus Espíritos encarnados continuem a causar-lhe perturbação, em prejuízo dos bons; é por isso que deverão desaparecer. Irão expiar o endurecimento de seus corações em mundos menos adiantados, onde trabalharão novamente pelo próprio aperfeiçoamento, numa série de existências ainda mais desgraçadas e mais penosas do que na Terra.
Formarão nesses mundos uma nova raça mais esclarecida e cuja tarefa será fazer que progridam os seres atrasados que os habitam, auxiliados pelos conhecimentos que já adquiriram. De lá só sairão para um mundo melhor quando o houverem merecido e assim por diante, até que tenham alcançado a completa purificação. Se a Terra, para eles, era um purgatório, esses mundos serão seus infernos, mas infernos donde a esperança jamais é banida."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
O maior erro da humanidade
foi a invenção da perfeição.
Uma meta impossível,
vizinha do egocentrismo
e da vaidade,
que mora na rua
do orgulho
e é inquilina
da imaginação.
"Quando a alma está unida ao corpo durante a vida, tem um envoltório duplo: um pesado, grosseiro e destrutível, que é o corpo físico; outro fluídico, leve e indestrutível, chamado perispírito. O perispírito é o laço que une a alma ao corpo; é por seu intermédio que a alma faz o corpo agir e percebe as sensações que este experimenta.
A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o 'homem'. A alma e o perispírito, separados do corpo, constituem o ser chamado 'Espírito'."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Uma idéia mais ou menos geral entre as pessoas que não conhecem o Espiritismo é crer que os Espíritos, apenas porque estão desprendidos da matéria, devem saber tudo e possuir a soberana sabedoria. Isto é um erro grave.
Não sendo os Espíritos mais que as almas dos homens, não adquiriram a perfeição ao deixarem o seu invólucro terrestre. O progresso do Espírito só se realiza com o tempo e não é senão aos poucos que ele se despoja de suas imperfeições e adquire os conhecimentos que lhe faltam. Seria igualmente ilógico admitir que o Espírito de um selvagem, ou de um criminoso, de repente se tornasse culto e virtuoso, como seria contrário à justiça de Deus imaginar que aquele permanecesse em perpétua inferioridade.
Assim como há homens de todos os graus de saber e de ignorância, de bondade e de malvadez, também os há entre os Espíritos. Existem os que são levianos e brincalhões; os que são mentirosos, velhacos, hipócritas, maus e vingativos; outros, ao contrário, possuem as mais sublimes virtudes e o saber em grau desconhecido na Terra. Essa diversidade na qualidade dos Espíritos é um dos pontos mais importantes a considerar, pois explica a natureza boa ou má das comunicações que se recebem. É sobretudo em distingui-los que nos devemos empenhar. (O Livro dos Espíritos, nº 100, "Escala Espírita". - O Livro dos Médiuns, capítulo XXIV.)"
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Embora invisível para nós em seu estado normal, o perispírito não deixa de ser matéria etérea. Em certos casos o Espírito pode fazê-lo sofrer uma espécie de modificação molecular, que o torna visível e mesmo tangível; é assim que se produzem as aparições. Esse fenômeno não é mais extraordinário que o do vapor, invisível quando muito rarefeito, e que se torna visível quando condensado.
Os Espíritos que se tornam visíveis apresentam-se quase sempre sob a aparência que tinham em vida, o que permite sejam reconhecidos."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"É com o auxílio de seu perispírito que o Espírito agia sobre o seu corpo vivo; e é ainda com esse mesmo fluido que ele se manifesta, agindo sobre a matéria inerte, produzindo ruídos, movimentos das mesas e de outros objetos, que levanta, derruba ou transporta. Esse fenômeno nada tem de surpreendente se considerarmos que, entre nós, os mais potentes motores se acham nos fluidos mais rarefeitos e, mesmo, imponderáveis, como o ar, o vapor e a eletricidade.
É igualmente com o auxílio de seu perispírito que o Espírito faz que os médiuns escrevam, falem ou desenhem. Não tendo corpo tangível para agir ostensivamente quando quer manifestar-se, serve-se do corpo do médium, de cujos órgãos se apodera, fazendo-os agir como se fosse seu próprio corpo, e isto pelo eflúvio fluídico, que sobre ele derrama."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Há pessoas que obtêm regularmente e, de certo modo, à vontade, a produção de alguns fenômenos. Contudo, é de notar-se que são efeitos puramente físicos, mais curiosos que instrutivos e que se produzem constantemente em condições análogas. As condições nas quais são obtidos são susceptíveis de inspirar dúvidas sobre a sua realidade, tanto mais legítimas quanto em geral são objeto de exploração, sendo difícil, muitas vezes, distinguir-se a mediunidade real da prestidigitação. Fenômenos de tal gênero podem, no entanto, resultar de uma mediunidade verdadeira, porque é possível que Espíritos de baixa categoria, que em vida fizeram disto uma profissão, se deleitem nesses tipos de exibições. Mas seria absurdo pensar que Espíritos de certa elevação se divertissem em ostentar-se.
Isto não infirma absolutamente o princípio de liberdade dos Espíritos. Os que assim vêm o 'fazem porque isto lhes agrada, e não porque sejam constrangidos'. Desde que a sua vinda não mais lhes convenha, nenhum efeito se produzirá, mesmo que o indivíduo seja verdadeiramente médium. Os mais poderosos médiuns de efeitos físicos passam por períodos de interrupção de sua faculdade, independentes de sua vontade. Isto jamais acontece com os charlatães.
Aliás, mesmo supondo reais, esses fenômenos não passam de uma aplicação 'muito parcial' da lei que rege as relações do mundo corporal com o mundo espiritual. Mas, em si mesmos, 'não constituem o Espiritismo', de sorte que a sua negação não invalidaria absolutamente os princípios gerais da Doutrina."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Certas manifestações espíritas se prestam mais facilmente a uma imitação mais ou menos grosseira. Mas, por terem sido exploradas, como tantos outros fenômenos, pela astúcia e pela prestidigitação, seria absurdo concluir que não existam. Para quem estudou e conhece as condições normais em que podem produzir-se, é fácil distinguir a imitação da realidade. Aliás, a imitação jamais seria completa e não pode iludir senão o ignorante, incapaz de perceber as nuanças características do fenômeno verdadeiro."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
(O espiritismo em sua expressão mais simples e outros opúsculos de Kardec / por Allan Kardec; [tradução de Evandro Noleto Bezerra]. - Brasília: FEB.)