Poemas de Filosofia

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"Sendo admitidas a existência, a sobrevivência e a individualidade da alma, o Espiritismo reduz-se a uma só questão principal: 'Serão possíveis as comunicações entre as almas e os viventes?'

Essa possibilidade foi demonstrada pela experiência, e uma vez estabelecido o fato das relações entre os mundos visível e invisível, bem como conhecidos a natureza, o princípio e o modo dessas relações, abriu-se um novo campo à observação e encontrou-se a chave de grande número de problemas.

Fazendo cessar a dúvida sobre o futuro, o Espiritismo é um poderoso elemento de moralização."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)

(O que é o Espiritismo / por Allan Kardec. [tradução da Redação de Reformador em 1884] – 56. ed. 1. imp. – Brasília: FEB, 2013.)

Trabalhar
sem questionar
é doutrina
do capitalismo
Pseudo-felicidade
individual
Caos coletivo.
E...ísmo!

Inserida por joe_monteiro

Existimos para evoluirmos na essência,
com isso viverás !
Sem esse discernimento,
apenas existirás !

Inserida por SOPLARIS

Esvai-se o tempo paralelo aos precipícios
seus passos ressoam pelas paredes e correm para longe
ouve-se nada

De olhos escancarados e pernas bambas
cai
fita o esvoaçar das areias no céu crepusculoso
esfria

A noite vem chegando aos poucos
sua anunciação provoca espanto
medo

A possibilidade cada vez mais real daquela garganta vir a tornar-se
a sua tumba
seu eterno descanso
repouso
sem lamúria
de um cadáver que aos poucos derrete
calmamente
sendo apreciado com elegância pelos vermes
de outrora
e sempre

A noite
sem os ventos
traz o ensurdecedor silêncio
que até conforta
O céu
super estrelado
surge na fenda
que se estende por cima dos olhos

Como se estivesse frente a frente com um rasgo na imensidão única do espaço, numa brecha para as estrelas, distantes luzes a vagarem violentamente pelo negro esplendor entre as galáxias emaranhadas nas teias do cosmo. Leve, separa-o do chão flutuando hipnotizado pelo infinito espaço celeste conduzindo seu espírito elevado para além do cânion , para além do vale, percebe-se afastando de si seu mundo deixado para traz, pronto para abandoná-lo à própria condenação. Vai para o eterno abismo escuro onde o mundo ainda está a cair, cercado por distantes pontos de luz flutuando no vazio.
Torna-se ausência...
some
Enquanto seu corpo o perde de vista mergulhando entre os astros, deixa de sentir, morre o tato, olfato e paladar. Como uma pedra qualquer, ignora sua dureza e passa a afundar na areia levando consigo a insensibilidade fria para o passeio petrificado de quem nunca sai do lugar. A partir de agora é vaga lembrança de si, aos muitos esquecida e mil vezes fragmentada em poeira de olvidamento.

Inserida por crislambrecht

Filosofar...
argumentar,pensar, questionar
Enfim decidir,
avançar,
construir...

As vezes as perguntas são mais importantes que as respostas

Sophia está na beira da praia,
A praia quer enterrar Sophia.
Sophia só quer poder nadar,
Logo Sophia, que é expulsa do mar.
Mas Sophia é insistente e se atirou no oceano sem saber nadar.
Bela Sophia, insistiu tanto que pouco a pouco ganhou o mar.

Inserida por rodriguehz

Aos olhos e ouvidos, sementes.
À terra, o germinar.
E à flor, florescer.
Conexões invisíveis, mas essenciais,
movimentos ignorados, não visíveis,
mas vivos e presentes aos que sentem!

Inserida por katia_de_souza

Faça uma viagem, retorne ao começo onde tudo é, onde és só, sozinho mesmo, de malas vazias e nu ...

saiba-te, sinta-te, acolha-te ...

e agora, recomece com tudo aquilo que ali encontrou:
malas vazias, nu e você, tão somente, você.

E se os "por quês" e "não é assim" vos chegar, sinta: estes, estiveram lá com você? Se sim, não haverá perguntas. Se não, não há resposta. Sorria dos moldes, a nudez é para quem viaja por dentro e ver requer esse passaporte.
Permita-se!

Inserida por katia_de_souza

É uma interrogação perene
que me faz continuar,
passar como quem passa íngreme
rumo ao sótão desse chão
tão firme, calado, dissolvendo-se
a cada resposta encontrada

... tal é o tesouro que me afortuna!

Inserida por katia_de_souza

À ela
todas as cores

refratária,
é palco exuberante

da luz,
dispersa em manto!

Inserida por katia_de_souza

"Amor em ação"

Rosa em gestos
preenche o olhar
colore a alma,
adorna o sorriso

dos espinhos às pétalas,

tua natureza,
é em nós, violeta ...
... à transmutar!

Inserida por katia_de_souza

Adormece a noite ...
... em festa

no céu, bailam ...
... pequenos grãos-cometas

e naquele olhar...
... brilham estrelas!

Inserida por katia_de_souza

Tô esvaziando as malas
soprando sutilezas
colhendo brisas
soltando poemas
em letras aéreas

Inserida por katia_de_souza

sobre os cansaços
pousados entre as narinas
suspirei clareiras e vi
vestidas de cravos
as flores dos teus olhos
soprei levezas
acolhi em pétalas
meu campo conhecido
o teu jardim ...

Inserida por katia_de_souza

Oh! ouvido este que se amplia,
infinitos tons em ti acolhes,
quando a Vida em si permites ...
... ouves o Todo, sinfonia!

Inserida por katia_de_souza

E a luz se fez no coração dos homens
transbordando o que "é", calando os lábios,
sustentando os passos e orientando os gestos!

Inserida por katia_de_souza

Sou o que teu sopro traduz
no silêncio que me cobre
E na segurança do que só eu sei
em mim sou o inalcansável
aos teus dedos tão longe de ti!

Inserida por katia_de_souza

No crepúsculo de um sorriso
o brilho de um olhar se faz presente
quando presente está a segurança
confiança dos passos em Verdade
vestida além das letras
afinal, são estas apenas reflexos
das noites acolhidas pelas manhãs
orvalhadas sintetizam a fluidez
sentimentos que são poesias
contornadas pelas sombras de um poema!

Inserida por katia_de_souza

Em meio ao nada
do lado macio de quem olha
um sorriso entre lábios
confirma em confiança...
O que se sabe
a verdade se estabelece!

Inserida por katia_de_souza

Desequilíbrio

Tem dias que sou mais corpo,
tem dias que sou mais alma,
às vezes sou sufoco,
às vezes só calma.

Calma - diz o corpo.
Grita - diz a alma.

Num corpo quase morto,
morrendo por sufoco
prestes a gritar feito louco
o que a alma quer falar...

O grito é sempre contido por trás de um sorriso que a alma dá para disfarçar,
mas no corpo o olhar teima em mostrar esse sufoco, que anda escondido à beira do precipício tentando se equilibrar.

Inserida por tiagolupus