Poemas de Filosofia
A dor é uma passagem desagradável por experiências que nem sempre são necessárias para o crescimento de um indivíduo.
As dores chegam inadvertidamente como uma paixão surpresa que logo se esvai na poeira do ostracismo ou, em outros casos, surgem sólidas como a dor de amar sem ser correspondido que se prolonga um pouco mais, porém se esgota como o vento frio que incomodou e passou.
As falhas nas relações não significam o fim delas, pois podem ser simplesmente resultados do método da tentativa e erro, cujo desejo não era de ferir nem de desrespeitar, era somente o veio falível do comportamento nas relações humanas.
São as formas humanas de sentir, que despertam nos amantes os sentimentos enamorados capazes de completá-los, de levá-los do solitário ao acompanhado e do solo ao mútuo.
A amizade precisa ser legitimada pelas demonstrações, sejam elas de perto ou de longe, sejam em palavras ou em atos, sejam pelo sorrir e pelo chorar juntos…
Os limites de nossa empatia precisam ser extrapolados suficientemente para despertar uma real consciência dos sentimentos dos outros.
Nosso corpo é apenas a frasco de nossa natureza interior, expressada pelos olhos e contidas ou demonstradas em nossos sorrisos.
O sorriso nem sempre é consciente, nem tampouco uma opção, é algumas vezes, o simples reflexo de nossos sentimentos demonstrados contra a nossa vontade.
O pressuposto natural que age como regra para duas pessoas serem amigas é o conhecimento mútuo que somente surge do convívio, que não precisa ser diário, todavia precisa ter substância e conteúdo.
A busca por fazer a vontade de Deus está no conhecimento que devemos possuir desse Deus, pois ninguém faz a vontade de outra pessoa sem conhecer o que essa pessoa gostaria que fizéssemos.
E na solidão seguimos incompletos, como um quebra-cabeças cuja última e derradeira peça, aquela que o tornará pleno, está faltando.
O carinho, o amor vivedor, a amizade, são evidências sensíveis e férteis daquilo que vem do interior dos corações e impregna as relações verdadeiras, numa afeição recíproca entre dois ou mais seres.
O que é realmente o Certo? Cada povo ou cultura defende o seu lado e afirma estar certo. O certo é incerto, meu amigo.
O que se tem visto é que arraigados às doutrinas e dogmas de uma determinada religião, as pessoas começam a devanear e confundir a imposição daquilo em que acreditam como forma de exercício de fé.
Eu vejo Voltaire como um grande fanfarrão satírico e adorável, mas apenas os amigos podem falar assim.
O filósofo reside em meio a uma ponte entre os loucos que pensam viver; e a realidade de sua libertação.
A loucura só é imposta aos pensadores por espíritos pobres e poucos racionais.
As pessoas trabalham para pagar as suas contas, e estudam para passar em provas, será isso um looping infinito da vida?
Muitos veem o filósofo como alguém especial, que não sofre dos males que o homem comum sofre. Mas, em verdade, não é nada disso, na realidade ele é Sêneca por fora e Sófocles por dentro