Poemas de Filosofia
A música é a arte mais complexa que existe, pode unir a paz e a guerra, o amor e o ódio, o diálogo e o silêncio, o gostoso de ouvir e o indesejável, a decepção e a esperança.
A maturidade me trouxe menos pressa, mais tolerância.
Me clareou olhares com menos ilusões, mais força perante as decepções, e principalmente a certeza de que, por mais pesada que seja uma situação, essa também passará!
Quando a gente se sente verdadeiramente idiota é que grandes mudanças ocorrem.
É preciso sentir a própria humilhação para que o orgulho bom seja o conselheiro.
Não são os anos que nos envelhecem. É essa nossa incapacidade de perceber o tempo. Devíamos aproveitar o dia como as crianças fazem, elas não perdem tempo sofrendo, elas ganham fôlego sorrindo. Estamos a cada dia mais chatos e adoecidos. Não de anos, mas de vazios tumultuados.
Não é que antigamente as coisas fossem mais fáceis, o fato é que o passado já foi superado, suportado e por essa razão temos essa ilusória sensação de que, "ah como era bom aquele tempo"
O passado não nos desafia mais, por isso nutrimos essa simpatia por ele. Já o presente dói agora, como ferida que de tão aberta parece que nunca vai sarar. Mas sara!
Somos capazes de perdoar e de compreender muitos defeitos do outro.
Exceto aqueles que também possuímos!
É preciso fazer planos e vislumbrar adiante, mas é imprescindível a consciência de que, o que temos é apenas o agora.
Muitos dos incômodos que enfrentamos não são superados, apenas nos acostumamos a viver com eles. Assim como um sapato apertado que, ora ou outra laceia, mas que deixa calos e cicatrizes irreparáveis.
Que a vida nos traga a coragem antes de qualquer outro dom ou predicado, pois até o amor covarde não passa de covardia, apenas.
Até os dons são fardos insustentáveis quando carregados de maneira errada.
Na maioria das vezes não é o peso das coisas que nos fere. Mas, nossa inércia em ajustar-nos ao novo modo de ser.
Conselhos, músicas e livros precisam da hora exata para receber, ouvir e ler.
Do contrário não passarão de suspiros inaudíveis e descartáveis.
Sempre há um silêncio no que o outro diz. Mas não compreendemos por achar que só em nós vivem segredos mudos.
Cada vazio é uma vida.
A morte não é uma necessidade do corpo que se deteriora, mas sim uma necessidade da alma que anseia por seu regresso de refazimento.
Não importa quantas línguas se domine, nem quantas graduações se possua. Tão pouco técnicas sofisticadas de, seja lá o que for, que haja sobre a terra...certas sensações nos reduzem a uma vulnerabilidade de meninos. Daqueles bem tolos e crus.
Talvez seja uma maneira sádica ou "divertida" da vida de nos dizer que nunca estaremos suficientemente prontos.
A cada um foi dado um deserto, sendo como única escolha, a travessia.
E também a todos foram dadas armaduras distintas. Talvez por isso nunca haverá total compreensão das dores, fraquezas, forças e razões alheias.
A superficialidade das relações que hoje nos permitimos viver é o fio condutor das profundas dores que, por fim, nos fará morrer.
O problema é que a vida não te espera ficar pronto, preparado, treinado...
Ela simplesmente solta os ventos em sua direção, e não importa qual a idade que te compete você nunca será grande o suficiente para certas ventanias.
Um brinde aos nossos sonhos. As nossas sandices que nos diferencia uns dos outros. As nossas crises existenciais e todo e qualquer brilho, raio de luz, foguete, energia, raio, choque, faísca que nos impulsiona a sermos LUZ!