Poemas de Filosofia
a felicidade é um esquecer-se,
um estreitar-se num segundo,
antes que passe.
o assédio sábio da lua
me investiga as emoções.
falta-me a exatidão de quando deixei de sorrir;
consigo supor
que o perdi na lentidão sucessiva dos dias e das noites.
também não atino quanto se passou de vida,
entre o sorriso perdido e a dor que aprendi a sorrir agora.
sou a liberdade que tem de si o gemido silente,
o gosto de cada passo no descompasso de tudo que vive.
de fato, sinto que existe
a nesga bailarina plena de vida
e, guardo-a num horto qual hóstia fosse
e, rezo-a, no sigilo da alma,
nos meus olhos de menina.
é tão indelével o que se tem da existência
que em tudo cabem inúmeros propósitos.
não fujo de falar comigo:
se é minha vontade entender-me, inicio por estudar-me.
Coisa boa na vida é poder participar da felicidade das pessoas,
Mas ainda é melhor poder ser útil no dia da dor e da tristeza.
Ref. Provérbios 17:17
Servir a Deus é servir ao próximo.
Renato Mendes Urso
Entre os vários estados da alma e do espírito flui a continuidade que somos nós, não adianta críticas destrutivas para não enaltecer ou motivar isso é descontinuando ou não vendo ordem, enfim não se pode dar pérolas a certas pessoas.
Aqui jaz percursos de vida, entre altos e baixos e a vida na sua complexidade é uma desordem a ser ordenada.
Saudações celestiais
NO PONTO MORTO DA VIDA.
A paisagem nunca muda e a foto vai se repetir continuamente.
Então redescubra-se, reinvente-se...engrene uma marcha.
Não desista de perseguir o que é bom para mundo.
Renato Mendes Urso
O inferno é um roteiro incontrolável
pelo autor.
O céu é o deslumbre do ontem para o fascínio
do amanhã.
A morte é apenas a ausência do pensar.
"Penso logo existo"
Seguir uma única linha de pensamentos não é pensar, é reproduzir. Vivemos em uma sociedade repleta de mortos em corpos vivos
Manifesto do Movimento Sociangustismo
Nós, os Sociangustistas, acreditamos na interseção entre arte, filosofia e vida cotidiana. Nosso movimento surge da necessidade de explorar e expressar as complexidades do convívio social, ansiedade, angústias e política de maneira autêntica e profunda.
- Convívio Social:
Reconhecemos que as relações humanas são intrincadas e muitas vezes desafiadoras. O Sociangustismo busca questionar as normas sociais, promovendo a empatia e a compreensão mútua.
Nossas obras de arte e reflexões filosóficas exploram a solidão, a conexão e a busca por significado nas interações humanas.
- Ansiedade e Angústias:
A ansiedade é uma constante em nossa sociedade moderna. No Sociangustismo, abraçamos a ansiedade como parte da experiência humana.
Nossas pinturas, poemas e esculturas capturam a tensão entre o desejo de segurança e a inevitabilidade do desconhecido.
- Política:
O Sociangustismo não é apolítico. Pelo contrário, a política é uma das nossas principais fontes de inspiração.
Nossas performances, debates e ensaios exploram questões políticas, desafiando o status quo e buscando alternativas mais justas e igualitárias.
- Autenticidade:
Somos contra a superficialidade e a conformidade. O Sociangustismo valoriza a autenticidade acima de tudo.
Nossos artistas e pensadores se esforçam para criar obras verdadeiras, que reflitam suas próprias experiências e visões de mundo.
Junte-se a nós no movimento Sociangustismo e vamos explorar juntos as profundezas da existência humana através da arte e da filosofia!
Além do filtro está a verdadeira face. Além da face está a verdadeira personalidade. Além da personalidade estão as instâncias intrapsíquicas.
O que se vê, não define "você". Viva o seu "self", viva o seu "eu verdadeiro".
Não existe ordem, civilidade onde reina o feio, o abjeto, o desprezível. Pessoas pobres de alma não acrescentam em nada ao mundo, não possuem transcendência, não possuem espírito. Estas simplesmente passam e não deixam nada.
Esses tipos de pessoas só existem onde há o caos. É uma via cíclica. Onde há desordem, o desumano, há o abjeto. Onde há o abjeto, o feio, há desordem, a maldade.
O raciocínio é fator decisivo para intercalar fatos e elaborar ideias. Porém é necessário uma construção intelectual prévia para que haja um vasto repertório capaz de dar ao raciocínio o material para o seu pleno funcionamento.
Baseie-se em fatos, não em narrativas ideológicas.
Raciocínio quando apurado se torna pensamento crítico.
Na jornada da alquimia, um caminho traçado,
O alquimista busca, com o coração iluminado.
Transmutar o chumbo em ouro, não só na matéria,
Mas na alma, na mente, na jornada inteira.
Prima Materia, o caos primordial,
Onde reside o potencial universal.
Do solo escuro da Nigredo, nasce a luz da Albedo,
A purificação que nos leva ao enredo.
Solve et Coagula, o mantra a guiar,
Desfazer para refazer, é o segredo a desvendar.
Em laboratório interno, o alquimista mergulha,
Explorando os recônditos da alma, onde a verdade fulgura.
Correspondências cósmicas, entre céu e terra,
Onde cada estrela, cada planta, cada pedra,
Ecoa a voz do universo, em harmonia eterna,
Uma dança de símbolos, uma sinfonia etérea.
Magnum Opus, o Grande Trabalho a realizar,
A jornada do alquimista, sem fim, sem parar.
Em busca da pedra filosofal, da verdade a encontrar,
Na alquimia da vida, a transformação a se revelar.
Com mercurius em mente, a mente a se elevar,
Na busca pelo conhecimento, pelo despertar.
E assim, na senda alquímica, seguimos adiante,
Em busca da luz, do ouro interior, do brilho radiante.
“Uma criança sonhou…
Que o seu sonho mudaria o impossível…
Quando se tornou mulher, descobriu que
sonhar nem sempre faz parte da vida.”
Reinvente-se, faça novas atividades, embarque em
situações que você nunca pensou que iria viver, sinta mais a
natureza perto do seu corpo, ame quem merece ser amado,
odeie com a mesma força com que mostra amor, mas não
guarde mágoa de ninguém. Caminhe para o mesmo lugar;
mas, todo dia, faça um caminho diferente. Sorria quando
alguém lhe tratar mal. Não trate mal àquele que não sorri.
Não conte apenas com a sorte. Trabalhe muito para que
a sorte seja mais propensa a aparecer. Trabalhe com o que
você ama fazer. Se nunca teve tempo, agora é hora de mudar.
Mantenha a mente constantemente ativa. Leia livros. Dê sua
opinião, mesmo que não seja solicitada. Não deixe ninguém
dizer o que você não pode fazer. Não deixa que ninguém
tome decisões por você. Chore, com todas as suas forças,
deixe rolar. Grite alto e em bom som. Faça exercícios físicos.
Ultrapasse os seus limites. Faça musculação. Tome um
banho frio depois dos exercícios. Aprenda outra língua. Seja
humilde e aceite ajuda. Tenha um animal de estimação. Pule
em uma cachoeira gelada. Vá à praia apenas para escutar o
simples e profundo som das ondas. Tenha um jardim. Faça
uma piada sempre que estiver em uma situação difícil. Pratique
tudo aquilo que achar prazeroso. Delicie-se com uma
bela refeição. Sinta os sabores lentamente. Não desanime
com os efeitos, mas na mesma medida colateral, busque rir
de si mesmo. Demonstre em todas as ocasiões o simples e
inquestionável poder do amor.
Lembre-se sempre de fazer alguma coisa para lembrar
ao seu corpo e à sua alma que você está vivo.
Viva.
Por mais que enfrentemos situações difíceis, viva.
Faça-se feliz.
"Procuramos a distração por querer, e vagueando pelo sol intenso e pleno percebemos que o dia também fenece com o entardecer, então procuramos distrair da distração como um dever"
ABSURDIDADE MOTIVACIONAL
Há pessoas que são dependentes de artefatos motivacionais. A diversificação é imensa: Livretos, mensagens diárias, composições audiovisuais, músicas, filmes... Esses artefatos não são negativos em sua essência, exceto quando se tornam ferramentas de estereotipação comportamental.
A cultura do comércio físico e digital mudou muito nos últimos anos. A ética Socrática, que argumenta que o homem não é mal, mas é ignorante, foi deixada de lado e cedeu seu lugar a sugestões de ideais laboriosamente inalcançáveis. Neste caso o homem passa então a aplicar intencionalmente a maldade interior em seu conteúdo.
Temos uma espécie de síndrome imitativa nas redes sociais. Pessoas ostentando padrões de vida incomuns e vistos apenas em telas de smartphones são os novos deuses da era moderna.
Temos o prazer de idealizar nossas vidas a partir de modelos prontos, modelos "perfeitos". O ser humano, como um ser social, afirmado por Platão, tem a necessidade de se desenvolver a partir de seu meio. Mas será que este mesmo ser social está atento aos devaneios vendidos pelos algozes?
O prazer pode apoiar-se sobre a ilusão, mas a felicidade repousa sobre a realidade - Já dizia Sébastien-Roch Chamfort. Do latim illudere, brincar, zombar de, a ilusão é um embuste que parece divertir-se com nossos sentidos, com nosso espírito. É exatamente o que acontece ao darmos a essas falsas motivações o papel condutor em nossas vidas.
Maquiar a vida com perfeição nunca foi um exemplo de influência positiva. A felicidade não faria sentido sem a tristeza, a bonança não faria sentido sem a tempestade, assim como a noite não faria sentido sem o dia. O homem, antes de tudo, é um animal inserido em uma dualidade antagônica ou um espectro de cores da mesma. Subsistamos no mundo real.
O QUE É A VIDA?
“O que é a vida?” - Era com essa pergunta que, o saudosíssimo apresentador de TV, ator e diretor de teatro, Antônio Abujamra, encurralava a grande maioria de seus entrevistados no programa Provocações.
Mas afinal, o que é a vida?
Os filósofos antigos tinham diferentes visões sobre a vida, dependendo da sua escola de pensamento e da época em que viveram. No entanto, todos eles tinham uma visão em comum sobre ela: a busca.
Sempre houve uma busca insaciável, seja pelo conhecimento, pelo entendimento, pela razão, pela motivação, ou até mesmo pelos prazeres. A vida, para o ser humano, sempre se resumiu a ser ou ter. Caberia aqui aquele velho ditado clichê: Uma vida sem propósito não vale a pena ser vivida - seja esse propósito nobre ou não.
No entanto, até onde o propósito é importante? Caberia ele em todas as facetas que tratam de definir o que é a vida? Muitos procuram o sentido da vida no objetivo final, outros defendem que o sentido da vida é percebido e vivido no processo, não no fim da linha dele. A vida, para estes últimos, é experienciação.
Uma ideia que parece ser comum é que a vida é um mistério fundamental, cuja essência escapa ao nosso entendimento e controle. Talvez a vida seja mais um dos mistérios incognoscíveis do universo e do cosmos, cabendo a nós apenas a incumbência de senti-la, e não de explicá-la.
A vida é um fenômeno complexo e multifacetado que envolve não apenas a existência biológica, mas também aspectos psicológicos, sociais, culturais e espirituais. Acredito que não exista um sentido de vida, mas vários deles, e cada um de nós está sujeito a viver e experienciar seu campo de existência nesses aspectos. De acordo com esse pensamento, chego à humilde conclusão de que a vida é viver.
"Arthur Schopenhauer, disse: 'Se a marca da primeira metade da vida é o anseio insatisfeito pela felicidade, o da segunda é o receio da desgraça, pois, a essa altura, reconhece-se mais ou menos nitidamente que toda felicidade é quimérica, enquanto o sofrimento, ao contrário, é real.'.
Toda realidade, ao ser sentida, já não é -para o homem, na relação com o homem- ela mesma, e sim, uma sensação, uma interpretação sensorial. O homem subjetiva a realidade, 'dosa', dá à ela, 'medidas de intensidade', de maneira que, Shophenhuer, não está plenamente com a razão. A vida é um 'caldeirão fervilhando, resultando em encantamentos, magias..., enquanto bruxas criam suas receitas'. Não se tem garantias sobre 'o que os elementos jogados no caldeirão irão resultar'; coisas boas e coisas ruins podem resultar. Na realidade, o que chamamos de 'coisas boas' e o que chamamos de 'coisas ruins' referem-se, simplesmente, à predominância, do bem ou do mal, pois não há separação, sendo, sempre, uma e mesma coisa, como 'extremidades alcançadas por um pêndulo movendo-se'. Não há como furtar-se a isto: a vida pode ser mais ou pode ser menos saborosa à medida em que, a pessoa, experimenta coisas amargas, e vice-versa.
O novo -independentemente de positivo ou negativo- só pode vir mediante o choque de realidades que, em alguma medida, sejam opostas."