Poemas de Fantasia
A vizinha...
Descendo a escada, olhar fixo em nada físico, mutável... E... uma visão de um futuro sem limites e intransponível e imutável...
Tão frágil... Mas,... Tão segura de si e do porvir.
Vejo! Me vês! Ou talvez não em partes...
Não estas ali por completa.
Sabes e tens plena certeza que é só uma fase.
Agora já nem olhas para aquilo que tão útil, se faz inútil...
Outro mundo; outras pessoas; novos sonhos... E... Novos amores!
Mas...
Ainda tem algo que nunca morrerá!
Está aí... e vejo.
Vejo você... antes e depois.
Apenas ser.
E... Todo possível.
A Esperança Jamais Abandona...
E se de repente a gente olhasse
Pela janela, à espera, à espreita
De ver chegar, suave e precipitado
O homem que o amor expressa?
Um cavaleiro, príncipe guerreiro
Culto, astuto, com ares de herói
Vestindo armadura e grande elmo
Cessando-me o sonho que mais me dói?
E se de repente, a esperança
Se tornasse quase palpável
Vista e ouvida, sem enganos
Naquela vinda, fim do aguardo cruel?
E se de repente a gente visse
Bem ao longe, a silhueta do esperado
Decorada, perenemente sonhada
A cavalgar, garbosamente compassado?
E no encontro chegado
Quais palavras seriam ditas?
Ou quiçá, silente e necessárias
Sobrestadas na pressa das carícias
Dói, viver a vida sem ter ao lado
Um companheiro, confidente
Um amigo leal, sorridente
Que torne nossa alma mais quente
Amor proibido.
Dia todo, todo dia , estar contigo traz o sentido de grande alegria.
um esforço danado para desviar o olhar, espantar o pensar na possibilidade de te amar .
Desejo estar ao teu lado , contemplar em seu rosto estampado a figura da sua doce ternura.
Um abraço seu é um anseio meu , dentro do peito o freio rompeu , na mente o amor ja nasceu e pela via da fantasía , o amor proibido é o prazer mais intenso vivido.
O peito parece que vai explodir pela vontade de seu corpo sentir,
Meu desejo me trai
A força se esvai, pela luta de amar de forna oculta , Vc mulher asbsoluta.
Buscar viver a realidade é querer viver aprisionado na dor.
Vive-se algemado com o sofrimento.
Um pouco de fantasia faz bem.
Buscar a liberdade depois da experiência de se viver na realidade, é se sentenciar a uma penitência.
Canção / Samba
Samba de Um Amor com Triste Fim
Se meu pranto não cessar, até que o dia amanheça
Eu vou te procurar, me dê um remédio que me adormeça
Meu coração já não sabe o que faz, com tanto sentir
Passo a noite acordada, sonhando...
Me sentindo culpada por não dormir
Na sua mesa eu vou chorar
Pois o devaneio se instalou em mim
Me seduzi pela beleza
De um amor com triste fim
A manhã já passou
Mas o meu pranto não quer cessar
Se seca ele; chora o meu coração
Em segredo a fantasiar...
Se meu sono não voltar
Até que eu enlouqueça
Eu vou te procurar
Me dê um remédio que me entorpeça
Para você vou implorar, na sua mesa....
Não deixe que eu me perca
Ter razão para amar dói na alma e na cabeça.
Escrito
Queria ter escrito
O verso perfeito
Em métrica e rima
Mas, o pensamento
Foi desfeito.
Queria muito ter falado
O que sentia
Por que e para quem meu coração batia
Mas, o pensamento
Me esvazia.
Queria, enfim, ter feito alegorias
Viagens, aventuras, romances e romarias
Uma taça de vinho e desmandos
Mas, o pensamento
Acabou com a fantasia
Queria, mas só queria...
E, acabei na madrugada, triste
Com a alma frustrada e vazia.
►Caro Sabiá
Sabiá, meu caro amigo viajante
Avisei a João que estou a caminho
Diga-o o quanto estou em romance
Peça-o para que me receba com carinho
Sabiá, sabes bem a quem fui a confessar lá nos mangues
Andorinha vizinha, Sabiá, que criaturinha linda em sorriso
Logo que a vi, piei, rebolei-me todo em sedução cativante
Atrapalhei-me, Sabiá, deixando-me levar pelo calor sem juízo
Voou tão distante a criaturinha, caro amigo, tão distante
Piei em dor ao luar, pensando se voltaria a cantar em delírio
Chorei, Sabiá, sem saudades de um amor correspondido para sarar.
-
Passei desta fase vergonhosa, Sabiá, pela dor sem motivo
Saí pelos céus a fora, até que ficassem alaranjados, em busca de um lugar melhor
Machuquei-me em encontro de alguns galhos em frente ao destino
Sabiá, busquei ela, admito, Andorinha que sempre sorria ao redor
Penso somente em suas plumas a voar no horizonte, como se não fossem voltaria
Nunca mais as vi, Sabiá, que saudade de quem não me conhecia, que dó
Sabiá, amigo, tudo o que desejo é que eu volte a vê-la, só um pouquinho
Então voarei a seu encontro, Andorinha linda, que desconhece meu amar.
Lembra que houve um tempo
em que era tudo imaginação?
E agora é real.
Imagine.
Quantas coisas lindas
começamos a tornar reais
no momento em que as ousamos
imaginar.
Repentina paixão
Alguns olhares trocados em campo aberto e arborizado,
Pouca conversa, beijos calientes, coração palpitando forte, sorrisos em alta,
Um último abraço apertado com sabor de “não me larga”!
Então, de uma doce fantasia, de um momento impulsivo, deixa de ser uma o começo de uma bela história para se transformar no escoamento suave de uma memória.
O PEQUENO POLEGAR
Havia um par de botas
Mas não um par comum
Serviam pra toda a gente
Cabiam em qualquer um
Não eram botas surradas
Nem tampouco elegantes
Enfeitiçadas pelas fadas
Guardadas pelos gigantes
Basta saber aonde ir
Essas botas não dão trégua
Botas rápidas feito o vento
As botas de sete léguas
Um grande bruxo as possuía
Até alguém dele roubar
O mais jovem de sete irmãos
O pequeno polegar
Abandonados pelos pais
Pois não tinham o que comer
Na floresta foram largados
Tinham mais chances de viver
Com as botas de sete léguas
Já não havia choro
Enganaram o velho bruxo
Levaram todo o seu ouro
Mas o bruxo era malvado
Se isso serve de consolo
Acharam o caminho de casa
Dividiram o seu tesouro
E não há quem não conheça
Aqui ou em qualquer lugar
Terror dos bruxos e dos gigantes
O pequeno polegar!
Quero apenas poder Brincar
Despertar a imaginação de forma fantasiosa, pular, correr, saltar, brincar com ingenuidade e sentir a leveza da inocência.
Sobre ser criança
O limite se define conforme a brincadeira, não sei se pega-pega ou esconde-esconde, só sei que nada surpreende se virar pique-bandeira.
Estátuaaaa...
Agora vamos para a dança da cadeira?
Que graça teria sem lamber o danoninho, derrubar pipoca, tirar o tomate do sanduíche, rir com água na boca...
A ansiedade é inimiga da perfeição, e quem quer ser perfeito?
Quero apenas o direito de brincar de qualquer jeito...
E se existe regras eu respeito, mas ninguém vai mudar o meu jeito...
Jeito moleque, jeito menina, jeito malandro, jeito sacana, jeito que ninguém acalma...
Kkkk
Nem me importo, quero ser feliz de corpo e alma.
Por falar em corpo!!!
Roxo, ralado, esfolado, inchado, torcido, quebrado e ainda dizem que sou mimado.
Apenas não apaguem a luz da cabaninha de lençol, tenho medo do escuro, mas quando recebo visita, ai ai...
Borbulho de encanto e me sinto seguro...
Obrigado por permitir ser criança, minha imaginação esteve em tantos lugares, acredita que corri mais do que os peixes dos 7 mares?
Peter disse que eu pareço a Sininho, acreditei, pois até entrei na história da Chapeuzinho, ajudei o Lenhador com aquele lobo malvado...
Que irado, tinha que ver aquele peludo do mal, fugiu na moral...
Nem a Branca de Neve acreditou, pois quando a Bruxa pulou, ela nem ligou.
No mundo de encanto e fantasia, me deixe sempre viajar no trem da alegria...
Apenas me dê a certeza de ter para sempre a tua companhia...
Fantasias de crianças !?
Crianças de antigamente,
Sem pesadelos,
Machucavam os tornozelos e seguiam em frente.
Mundo festeiro!
Pipas voando pelo céu,
Desbicando rumo abaixo na intenção de fazer belas acrobacias no ar e fazendo sorrir o luar.
Antes eram obras de gravetos de bambus recheados de papeis ou jornais.
Na rabiola,
Sacolas fatiadas com tesouras perigosas.
Depois de um bom tempo ,
Lascas de madeiras degradadas sem a força da luz.
Com um pedacinho de pau,
O pneu velho rolava e não sabia onde ia parar.
Mundinho bom!
Cruel é o horizonte que nos espera.
Vasto é ele e nossas escolhas também.
O que podemos esperar do ilusório futuro?
Fantasiar ?
Eu posso dizer...
Fantasiei um mundo inocente.
Tripliquei meus sonhos porque eu era carente.
Tive um pequeno rasgo na face em outrora,
Nem cito porque ja eliminei de minha memória.
Deixei de sonhar,
Viver o hoje é meu dever,
Se o ontem me tirou as alegorias coloridas que eu desejei.
Vivo o presente nu e cru,
Pois de fantasias,
O mundo ja está cheio....
Autor : Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Para uma vida feliz
O segredo para uma vida feliz
é essencialmente simples:
consiste em compreender o fato
de que as tartarugas nascem
e caminham para o mar.
“Ah, mas eu sou pássaro e quero voar!”
Há muitas metáforas para a vida,
veste a tua fantasia e voa, ela é real;
veste a tua fantasia e voa, ela cheira a cetim
e brilha como estrelas;
veste a tua fantasia e voa,
como só tu podes voar.
Mas quando vier a noite
e ela trouxer a tempestade,
não bate as asas,
lembra-te: os teus pés estão na areia
e tu caminhas para o mar.
Existe uma diferença entre acreditar no impossível e acreditar em si mesmo.
Existe uma diferença entre ser ingênuo e ser sensato.
Existe uma diferença entre alimentar utopias e alimentar sonhos.
Existe uma diferença entre fantasia e realidade
Quando a gente delimita muito bem essas diferenças, fica fácil nos permitir. Nada nos impede de fantasiar, isso é até saudável, mas saber que nem tudo que se fantasia pode ser transformado em realidade é fundamental para a nossa saúde mental e felicidade.
Então, permita-se! Se existe 1% de possibilidade vai lá e coloca 99% de trabalho e faz acontecer, caso contrário não perca tempo, o seu bem mais precioso tentando transformar pedra em flor.
CAMARIM
E quando o palhaço entrava
No centro do picadeiro
A plateia delirava...
Todo o público aplaudia,
A criançada gritava,
Era muita euforia!
Ele era, afinal,
Um artista fenomenal
Ninguém mais e ninguém menos
Que o Palhaço Alegria,
Com todo o seu talento,
Com toda a sua magia.
Ao ver tamanha energia
Que do circo emergia
O Palhaço Alegria
Alegre também se via.
A tristeza em seu peito,
Esta era apenas sua,
Guardava-a muito bem,
Não contava pra ninguém.
E após aplausos sem fim
Lá atrás, no camarim,
O palhaço meditava:
“Sei que a arte imita a vida...
Mas que bom também seria,
No tocante à minha parte,
Se ao menos algum dia
A vida imitasse a arte”.
entrei naquela caixinha azul e lembrei dos homens barrigudos que se juntavam pra ir atrás de bandidos no cinema Orion, das fadas cheias de pirilampos ao redor, das atrizes com seus olhos felinos, das formigas vermelhas que no microscópio pareciam tão fortes, da queijadinha antes do almoço e das cobras verdes inofensivas...
depois parei em frente aqueles mendigos desnorteados e fiquei sem saber o que dizer, sai da caixinha, peguei um taxi vermelho e pedi para o motorista-camundongo me levar até Juquitiba, ele me levou pra Júpiter
@machado_ac
O meu lado louco esbofeteia minha sanidade.
Onde sou são e não devo nada a ninguém?
Onde não sou eu, e minhas origens me calam?
Onde a loucura se apossa da totalidade
e lido com ela como se fosse a fantasia?
Existe a realidade?
Alegria de criança
Olha aquelas crianças,
que alegria!
Muitas peraltices
todos os dias!
Elas só querem brincar
e esquecer
da vida difícil
e da violência desmedida!
Vão, meninos...
esqueçam da vida adulta
e continuem no mundo
da fantasia!
Vivam o agora
e deixem o resto para outrora!
Opostos complementares feitos dos mesmos elementos
A besta, o animal, o solo, o social
Guerreiros sem armamentos
Estruturas sem fundamentos
Você me toca mas não te sinto
Eu sou encanto, mas não feitiço
Te pinto numa tela tentando te entender
Talvez as misturas de cores da tua pele me revelem a composição do teu ser
Como Dorian Gray, aprisionado num retrato
Rara beleza espontânea
Te faço em realismo e ainda sai abstrato
As cores ficam opacas a cada renascimento
Inalcançável beleza estática
Nem meu marta Kolinsky traduz seu movimento
Inesgotável fonte de arte e poesia
Não capturo sua alma
Não alcanço tuas cores
Só te pinto em fantasia.
Sonho de Calitheya
A destoante pequenina escondida sob lago prateado
Rumava nas direções seguras e bem vindas
Vez ou outra a bisbilhotice lhe fugia
Irrompendo errônea em dor curiosa
Tocava sorumbática a sua cantoria melódica
Aproximação ao teu caule é digno de fantasia
Aprisionada em seu âmago puro
Depravação se quebra ao toque sensível do seda
Com pitadas sedosas, do impuro causa medo
Na sua guarnecida fortaleza, jaz soberano reino de brancura
Faça da sua doce alvura o sobrenatural
Num céu jamais sombrio de outrora
Sem fronteiras para segurar do seu gracioso mel
A clareza se estende além dos limites seguros
Impedindo para sempre a loucura desvairada
Atrai atenção indesejada de adoração maculada
Vencendo as iniquidades do além
Meu intento nobre não há de ser único
Há de ser verdadeira ternura
Sem o uso de espada ou escudo
Aceitando o ciclo infindável das centenas eras
Calitheya, apodere eterna sob nosso novo céu glacial
A gélida alvura de seu jeito meigo extermina moribundos enraivecidos
Da ponta carmim de seus lábios aos frientos brandos pés de marfim
As asas que a brandeiam são as mesmas que me tocam
Afrontando lindamente meu êxtase exacerbado
A seu sonho apenas a pertence
Sem mais nem um ou outro milagre
Sou convidado mais que precioso
Servindo mais que qualquer outro
Ofereço o meu sincero logro
Assentindo sem mais tom temeroso
Recebo surpreso apreço suntuoso
Concebido a mim, seu sonho é meu também
Em título imensamente pitoresco que é sua verdade
A serena Calitheya há de reinar puramente quimérico.