Poemas de Esquecimento
As coisas mudam. Muitas pessoas se anulam, caem no esquecimento. É um ato humano irreversível. Mas quem um dia se amou fica, e vai ficando. Mesmo com o tempo agindo sorrateiro, e os corações cada vez mais selados, fechados por pura proteção. O tempo é poderoso, mas o que se viveu nele, tem a capacidade de ser bem mais.
A lembrança do esquecimento,sempre trás a compainha da solidão,não dá pra te tirar do pensamento,se você está em meu coração... Ja estou sozinho a tanto tempo,que nem sei quem foi minha ultima paixão,e assim vou vivendo,tentando te encontrar na multidão...
A pílula do esquecimento nunca será utilizar-se de outrem para transferir aquilo que sentes por alguém, isso é covardia, e sim a dor, a dor que sentes por alguém será o melhor remédio que terás em mãos para levar-te ao esquecimento. Então não seja covarde em atrapalhar a vida de outrem quando você estiver atrapalhado em seus sentimentos.
Garçom por favor me sirva uma dose de esquecimento, pra eu esquecer o meu passado e começar a viver o presente e pensar mais no meu futuro.
O esquecimento nada mais é que o cobertor que esconde a lembrança que não se deixa ser jogada de lado.
O esquecimento é um lugar e ele existe. Mesmo que tire suas boas ou más recordações do seu grau de importância, em algum lugar elas irão ficar e em certos momentos a ânsia de querer se transportar para esse lugar será a sua referência pessoal, é o fardo que teremos que carregar até o fim. É muito simples dizer que isso não importa mais ou que superou tudo, notória ilusão essa crença. Desejei, lutei, arranquei, destrui e mesmo assim não consegui tirar um tal sentimento que acreditei ser amor. Hoje o que tenho a fazer é apenas dizer que um verdadeiro amor quando é sentido por uma das partes jamais é esquecido, não importa o que faça para esquecer.
O esquecimento total é a prova inequívoca do perdão e também um forte indicador de que podemos ser melhores,capazes de amar além de e apesar de...porque o amor é sempre incondicional e desconhece o que é mesquinho e o que é pequeno."
Não sou predestinado a ter uma vida no esquecimento muito menos a ser idolatrado. Devo lutar somente para meus feitos serem lembrados.
E eu passei a noite tentando reinventar o esquecimento em planos vulneráveis daqueles que a madrugada costuma fabricar e que de manhã já não valem mais nada.
" Não é preciso substituir alguém pra esquecer... só cai no esquecimento pessoas que não marcaram, pessoas que passaram em vão.. "
A cada dia que passa, tenho ainda mais a convicção de que a distância não causa o esquecimento, mas nos faz perceber que não conseguimos viver sem a pessoa amada.
Cada palavra linda que disse estará guardada no esquecimento, cada carinho será sentido na solidão, cada beijo molhado se fará presente no lábio ressecado, cada abraço estará no travesseiro da cama de casal para um, não gostaria de ter chorado menos, acredito que deveria ter me preocupado menos com o passado e me libertado antes para o futuro.
"Surpreender-se consiste na arte do esquecimento...pois nossas experiências, são os únicos venenos capazes de infectar nossas surpresas."
Mais que uma dor de despedida, que uma dor de abandono, que uma dor de esquecimento, a dor que por mim a todo instante aflora é a dor de um silêncio.
Nessa longa noite do esquecimento dickeana, esse sol que me alumia é fora de hora, e é lento e é morno, mas, de qualquer modo, bem que esquenta, se eu quero. Procuro o bistrot, mas nem ele é bar e nem é cuiabano, e depois a poeira do Egito me agride, exigindo que eu aperte muito os olhos para bem olhar. Cairo exibe suas formas sem graça, austeras, feias, a cidade plena de fantasmagorias que as luzes nas cumeeiras dos prédios sem vida não conseguem dissimular. O mar de novo me espera, nessa enorme noite das horas sem canto, das horas sem dobras, das horas em aro, no mediterrêneo de todos os pesadelos, de todos os pecados e de todos os sonhos, meu barco bem que é azul e branco da cor dese meu céu." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Nessa longa noite do esquecimento dickeana, esse sol que me alumia é fora de hora, e é lento e é morno, mas, de qualquer modo, bem que esquenta, se eu quero." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)