Poemas de Esperança e Alto Astral
Já bem perto do ocaso, eu te bendigo, ó Vida,
Porque nunca me deste esperança mentida,
Nem trabalhos injustos, nem pena imerecida.
Porque vejo, ao final de tão rude jornada,
Que a minha sorte foi por mim mesmo traçada;
Que, se extraí os doces méis ou o fel das cousas,
Foi porque as adocei ou as fiz amargosas;
Quando eu plantei roseiras, eu colhi sempre rosas.
Decerto, aos meus ardores, vai suceder o inverno:
Mas tu não me disseste que maio fosse eterno!
Longas achei, confesso, minhas noites de penas;
Mas não me prometeste noites boas, apenas
E em troca tive algumas santamente serenas…
Fui amado, afagou-me o Sol. Para que mais?
Vida, nada me deves. Vida, estamos em paz!
Nem temor nem esperança assistem
Ao animal agonizante;
O homem que seu fim aguarda
Tudo teme e espera;
Muitas vezes morreu,
Muitas vezes de novo se ergueu.
Um grande homem em sua altivez
Ao enfrentar assassinos
Com desdém julga
A falta de alento;
Ele conhece a morte até ao fundo —
O homem criou a morte.
A recordação é a esperança do avesso. Olha-se para o fundo do poço como se olhou para o alto da torre.
Que a gente tenha: Astral bonito. Prece nos lábios. Saudade mansinha. Fé no futuro. Delicadeza nos gestos. Conversa que cura. Cotidiano enfeitado. Firmeza nos passos. Sonhos que salvam.
A esperança é o único bem comum a todos os homens; aqueles que nada mais têm ainda a possuem.
Coração (...)
De onde quer que você esteja, meu coração já senti a sua existência e grita o seu nome, mesmo sem saber qual seja, pois meu coração mesmo sabendo que você nunca possa chegar ele acredita cegamente que não é uma ilusão, e que de uma forma ou de outra , pode ser cedo ou tarde nossos caminhos venha se cruzar, meu coração diz: "que existe esse mesmo sentimento batendo no coração de quem ele tanto espera", coração diz mais, "venha sem pressa, mais quando você vier, que seja pra ficar, pois sua chegada vai ser muito bem vinda, onde dentro dele haverá uma grande festa por quê a outra metade que estava faltando chegou!
Sabedoria
Desde que tudo me cansa,
Comecei eu a viver.
Comecei a viver sem esperança...
E venha a morte quando
Deus quiser.
Dantes, ou muito ou pouco,
Sempre esperara:
Às vezes, tanto, que o meu sonho louco
Voava das estrelas à mais rara;
Outras, tão pouco,
Que ninguém mais com tal se conformara.
Hoje, é que nada espero.
Para quê, esperar?
Sei que já nada é meu senão se o não tiver;
Se quero, é só enquanto apenas quero;
Só de longe, e secreto, é que inda posso amar...
E venha a morte quando Deus quiser.
Mas, com isto, que têm as estrelas?
Continuam brilhando, altas e belas
Deixe de lado esse baixo-astral, erga a cabeça enfrente o mal.
Que agindo assim será vital para o seu coração...
Não estou dando, nem vendendo. Como o ditado diz:
O meu conselho é pra te ver feliz.
A REALIDADE!
A realidade veio em minha direção
Subitamente tira a sua roupagem
Na sua nudez apenas a transparência
Nessa transparência deixa ver nitidamente
O que eu teimava em não querer enxergar
Foi como se tivesse levado um chacoalhar bem forte
Como a um robô fiquei ali cobrindo com os meus olhos
A nudez da realidade, enquanto minha mente seguia viagem
Para traz no tempo apresentando a mim imagens, momentos
Que se passaram frases e palavras ditas da qual passava por cima
Não querendo ver, nem entender massacrava a realidade por acreditar
Que a esperança viria e na ânsia me enganava que ela me traria a felicidade
Acreditamos, confiamos fervorosamente na esperança e em muitas ocasiões
Ela não mostra a sua cara já em outras ela morre no meio dôo caminho
E passamos, a saber, de sua morte quando a realidade vem como a uma
Mensageira dando-nos a noticia de sua morte.
Pego então todas as minas tralhas que juntei em meu pensamento
E em meu coração atiro para bem longe, me despeço então
Da minha realidade e caminho para frente deixando tudo para traz
E tentar construir novamente outra esperança, outra realidade.
Gritei, chamei pelo o amor
Implorei por causa da dor
Não obstante, me perguntou:
- Por que você me deixou ?
A vida, para mim, significa viver, sentir, amar e ser amado por uma pessoa muito especial, que nas horas mais difíceis que a vida me proporcionar possa me entender, compreender e que saiba me fazer feliz. Quem sabe não pode ser você!
Onde Pus a Esperança
Onde pus a esperança, as rosas
Murcharam logo.
Na casa, onde fui habitar,
O jardim, que eu amei por ser
Ali o melhor lugar,
E por quem essa casa amei -
Decerto o achei,
E, quando o tive, sem razão para o ter
Onde pus a feição, secou
A fonte logo.
Da floresta, que fui buscar
Por essa fonte ali tecer
Seu canto de rezar -
Quando na sombra penetrei,
Só o lugar achei
Da fonte seca, inútil de se ter.
Para quê, pois, afeição, esperança,
Se tê-las sabe a não as ter?
Que as uso, a causa para as usar,
Se tê-las sabe a não as ter?
Crer ou amar -
Até à raiz, do peito onde alberguei
Tais sonhos e os gozei,
O vento arranque e leve onde quiser
E eu os não possa achar!
“É mesmo?” ele disse. “Bem, então talvez haja esperança para esse planeta afinal de contas.”
“É um mundo estranho.” Eu murmurei, mais para mim do que para a outra alma nativa.
“O mais esquisito de todos.” Ele concordou.
Borbulhas de Amor
Tenho um coração
Dividido entre a esperança
E a razão
Tenho um coração
Bem melhor que não tivera...
Esse coração
Não consegue se conter
Ao ouvir tua voz
Pobre coração
Sempre escravo da ternura...
Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido
Aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor
Prá te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti...
Um peixe
Para enfeitar de corais
Tua cintura
Fazer silhuetas de amor
À luz da lua
Saciar esta loucura
Dentro de ti...
Canta coração
Que esta alma necessita
De ilusão
Sonha coração
Não te enchas de amargura...
Esse coração
Não consegue se conter
Ao ouvir tua voz
Pobre coração
Sempre escravo da ternura...
Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido
Aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor
Prá te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti...
Um peixe
Para enfeitar de corais
Tua cintura
Fazer silhuetas de amor
À luz da lua
Saciar esta loucura
Dentro de ti...
Uma noite
Para unir-nos até o fim
Cara-cara, beijo a beijo
E viver
Para sempre dentro de ti...
Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido
Aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor
Prá te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti...
"Domingo é o meu inferno astral. Duvido que haja algo mais entediante. É dia de descansar, de almoço em família, de ir ao parque: o domingo é benevolente demais. Não tem a malícia do sábado nem a determinação da segunda. É um dia em cima do muro, não é dia de festa nem de trabalho. Nem lá, nem cá. Nem mais, nem menos. Suporto tudo nessa vida, menos as fases transitórias, aquelas onde já abandonamos o lugar em que estávamos mas ainda não chegamos aonde queremos. Viajar de avião, por exemplo. Tem coisa que nos deixe mais sem chão, literalmente? Estrada tem ao menos a paisagem para distrair, e quem quiser sair do carro, sai. Mas você não pode sair de um avião. Nem de um domingo."
Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência.
A vida real do ser humano consiste em ser feliz, principalmente por estar sempre na esperança de sê-lo muito em breve.