Poemas de Espera
Já faz um tempo desde que fiz um novo amigo
Esperando outro verão sombrio acabar
Já faz um tempo e nunca se sabe quando
Esperando outro verão sombrio acabar
Não sei do que vale esperar,
Sempre que espero acabo por desesperar.
Eu só espero que da próxima vez que tiver esperança,
A minha espera traga bonança.
"Alguém"
Que sorria de coisas simples, que não precise de muito
para ser feliz, que veja a poesia da vida
e consiga retratala num papel.
PASSAGEM RÁPIDA
Hoje sou gente
Amanhã madeira vernizada
Depois terra gramada
Pó e poeira...
Na força dos atos, que marca
Serei história...
Na sorte boa lembrança.
Eu te desafio a fazer algo
Estou te esperando de novo, pra eu não levar a culpa
Fugimos, só que estamos correndo em círculos
à sombra do meio dia se espera a noite,
uma noite escandalizando-se em estrelas, luas e segredos.
sem o enredo de um teatro vulgarizado.
à saudade da partida se espera a chegada,
a volta ou o nunca mais de um nunca a mais infinito,
e coisas se guardam na mente de anônimos apaixonados.
Olhos se fecham, corpos se entortam e um único gemido dilacera,
em cada um - uma espera.
Num mundo obscuro
O homem busca sentidos;
Ouvir, olhar, tocar,
E o maior de todos: AMAR,
Num mundo abissal
Vida quer decida suave
Queda sem entraves,
Caindo em água batismal.
Num mundo um tanto torto,
Quer o homem retidão,
Não ser morto,
Nem cair no chão.
Num mundo terráqueo
Na bola terra,
O homem não quer andar em círculos,
Mas estar na doce espera.
Se ame
mas não quero
eu não me amo
te amo
meu amor ta em ti e já foi em mim
será
espera, há de acabar
#QUIÇÁ
Ah quem me dera que terminasse a espera...
A liberdade nunca ser demais...
Percorrer as estrelas...
E o amor não ter fim jamais...
Ah quem me dera que a vida fosse completa...
Que eu pudesse atravessar as noites e os dias no vento...
Sem nenhum pudor, sem pecado...sem lamento...
Ah quem me dera que no mundo não houvesse pranto...
E simples assim fosse o canto...
Ah quem me dera ter nascido anjo...
E que meus caminhos fossem tudo um sonho...
De venturas, paz e encantos...
Ah quem me dera não haver solidão...
Que em cada troca de olhares...
Haveria um encontro de mãos...
Ah quem me dera não me importar onde você estivesse...
Lhe alcançaria com meu pensamento...
E na brisa suave lhe enviaria o meu beijo...
Para lhe alcançar nesse momento...
Ah quem me dera perder a tristeza desse meu olhar...
Quando eu fosse ao encontro seu...
Para lhe encontrar...
Que nossos corações batessem como um...
Que o tempo parasse...
Deus nos abençoasse...
Fôssemos felizes...
Ah...quem me dera...
Sandro Paschoal Nogueira
Tempo de espera
Barriga de mãe... redondinha
como um mundo em miniatura.
Carrega uma linda menininha,
que já desperta um mundão de ternura.
Menina confusa, eu espero por ti,
A você, eu não sou capaz de mentir.
Tem meu coração, não posso omitir,
Quem é você? É o que eu vou descobrir.
Irreal é o tempo com você ao lado,
Próximo a você, não me sinto abalado.
Se o amor é que me causa queimadura,
Incendeio por você, que é tão pura.
Não tenha medo, vou me aproximar,
Eu não tenho medo de me queimar.
Mas me afastarei, se assim desejar,
É você quem eu devo respeitar.
É tão complexa mas também tão bela,
Se eu insistir, você me daria trela?
Sou insistente, mas também desistente,
Até quando irá me deixar carente?
Enquanto você espera por algo
para estar feliz,
o tempo passa e as coisas acontecem,
dessa forma, você perde oportunidades de experimentar momentos que talvez
não serão oportunizados novamente.
Na
penumbra da
madrugada Penso
em ti dor de meu
coração Espero por ti
como quem espera
No desespero escuro da
solidão O renascer da primavera.
Não tenho que esperar
Não preciso de tanta cautela
O amor é muito mais que isso
É momento de entrega
De dedicação
É fogo, é desejo
É pele e coração
Valorizo a intensidade
Um convite surpresa
Um " me deu saudade"
Um " quero te ver"
Depois o café esfria
O cigarro vira cinzas
Os minutos viram dias
Semanas, anos
E o que restara daquele amor?
Lindas lembranças, saudade ou dor?
Até quando a razão
vai sobrepor a emoção?
Até quando o “if or else”
vai limitar a ação?
Até quando o medo
vai esfriar o coração?
Não percebe
que os teus julgamentos
são todos em vão?
Que o amor é mais forte
que o tempo, que o sim
e o não?
ESPERA
Ah! quem dera que as lembranças de outrora
Inda aromatizasse! Ah! e que assim pudera
O tempo de ontem fosse o tempo de agora
E não só este imaginar: - a outra primavera
Já não se tem mais uma extasiada aurora
No vetusto ser, tudo é igual, sem quimera
Onde a imaginação era de hora em hora
Agora, silêncio. Ah! como díspar quisera:
Debruçado nos sonhos, e o sonho recendia
O desconhecido, cheio de poesia intensa
No brotar do alvorecer duma nova hera
Ah! quem me dera que isto, fosse um dia
Uma razão, e não devaneios d’alma densa
De saudades, que poeta suspira e espera...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/08/2020, 15’18” – Triângulo Mineiro
É te vendo que te desvendo.
No teu silêncio escuto ecoar teu grito...
É amargurado, solitário, dolorido.
Não percebes a mão ali, pronta, ao teu lado, à espera.
Queres que alguém te puxe daí desse teu abismo.
Anseia por uma mão que possas chamar de amiga e reclamas:
_ Não há uma só!
Deveras, não há só uma mão a tua espera. São muitas!
E elas aí estão, frente ao véu de tua cegueira.
Por que não me puxam, então? _ perguntarás.
Porque teu abismo é um raso degrau;
Porque ao te puxarem não sairás do lugar;
Porque é de ti que deve partir o encontro das mãos.
Tantas vezes já tentaram e não te alcançaram!
Quando acreditavam te agarrar,
Atravessaram um espectro que não se deixa palpar.
Vejo-te clamar em silêncio sem aceitar resposta.
Sinto teu olhar suplicante fincado no chão.
Queres abrigo, mas enjeitas o amigo.
Alma em noite escura,
Espreito teu amanhecer.
Ao menor sinal de abertura,
Estarei aqui para te acolher.
Estranha pretensão
Quem me dera saber cultivar um verso,
Plantar a palavra e vê-la nascer...
Quem me dera ganhar dela seu significado
Entendendo-a num contexto totalmente particular...
Quem me dera ter o dom da espera!
Rabisco o que é próprio do efêmero
Traço o que a alma sente e eterniza em um segundo
É como se pudesse prender, por um instante, o momento que passa.
Assim presa, posso observar, com outros olhos, uma realidade antes já vista;
Eram outros os olhos, ainda que meus.
Não é estranha essa pretensão de prender o tempo, o espaço, o contexto?
Enquanto cá estou a mudar os meus pontos para ter melhor vista,
Já está ele lá ao longe, sem se preocupar com a minha crença em tê-lo aqui grafado.
Nem de mim se apercebeu!
Aqui já esteve, cumpriu o seu fim e se foi.
Cá fiquei, eu sim, preso em minhas reflexões!
Quem sabe se um dos seus objetivos não era mesmo em pensamentos me aprisionar!
Intrigante esse estar preso em meio a meditações
São elas que me libertam
É mesmo embalado em ensaios e devaneios
Que vou me tornando livre
Que vou me desvencilhando de prisões até então desconhecidas.
Ah... Quem me dera saber cultivar um verso!
Quem me dera ter o dom da espera!