Poemas de Escuridão
Nas minhas mãos e pés
estão as estrelas-do-mar
que guiam na escuridão
na tua busca mesmo sem
saber qual é o seu nome
e quem você é na realidade.
Do esplendor magnífico
do Acropora subglabra,
O meu coração dispara
porque na vida só fica
tudo o quê dinamiza.
Declaro que o meu doido
amor que não é suficiente,
é Lua Crescente em busca
de tentar encontrar todos
os caminhos que reúnam
os meus caminhos com os seus.
Porque te amo sem saber
quem você e sem saber a hora
do amor que chegou entre nós .
Poema: Como um Anjo
Como um anjo, você surgiu, raiando o dia,
Na escuridão, tua luz, um doce guia,
Trazendo paz e esperança, sem medida,
Na minha vida, és a bênção mais querida.
Com asas de ternura, voou até meu ser,
Na tempestade, trouxe calma a renascer,
Como um anjo, és anseio, sonho e fé,
Em teu abraço, meu coração encontra o quê.
Com olhos que refletem estrelas a brilhar,
Seu sorriso, um raio de sol a me iluminar,
Como um anjo, trouxe amor para reinar,
Em cada gesto, a doçura de um laço a criar.
Como um anjo, você transformou minha jornada,
Com graça e compaixão, a minha estrada,
Na vida, sua presença é minha alvorada,
Para sempre, como um anjo, serás amada.
Luz
Penumbra
Escuridão
Sincronia turbulenta
Anacronismo perverso
Desejo artístico
Pensamentos tocam a alma
Ilusão rasga a carne
Raíz penetra nas vísceras
Vida
Morte
Liberdade
No meio de uma noite fria a chuva cai
Na escuridão da solidão eu me perco
A vida não é boa para quem é sozinho
O coração se dá ao dor e angústia
No tempo que eu te dei eu espero não haver sido em vão
A promessa que nós fizemos eu espero que não tenha sido em vão
Eu não me arrependo de nada do que fiz e do que deixei de fazer
Só espero que você esteja bem e seja feliz de alguma maneira
Olhando a chuva cair eu sei que nunca vou te esquecer
Mas se é isso que você quer então eu me afasto e me afundei na escuridão
Eu sei que um dia nós vamos nos encontrar de novo
Então por enquanto eu deixo o vento levar minhas palavras
Olhando a chuva cair eu sei que não fui o único que se machucou
Eu não me arrependo de nada do que fiz e do que deixei de fazer
Só espero que você esteja bem e seja feliz de alguma maneira
Olhando a chuva cair eu sei que nunca vou te esquecer
Mas se é isso que você quer então eu me afasto e me afundei na escuridão
Eu sei que um dia nós vamos nos encontrar de novo
Então por enquanto eu deixo o vento levar minhas palavras.
Contemporâneo
Na escuridão do dia a dia ficam somente os dias cinzentos para lembrar-se da moça de verão. Os dias são quentes e úmidos e com chuvas vespertinas, meu quarto é escuro, úmido e mofado e sua atmosfera está carregada de fracassos e desilusões...
E em meu mundo estou ilhado, preso ao fracasso velado do dia a dia. Atrás de minhas muralhas não estou protegido e tenho buscado a Deus inúmeras vezes do meu jeito, meu jeito mundano de ser.
Sou um monstro preso a uma caverna escura e úmida e vivo a solidão mais profunda que existe.
Aquele objetivo de sempre ficou inalcançável, minhas forças exauriram, meu recuo é inevitável, no final ficou só à vontade, a vontade de viver o que não posso viver... Amar o que não posso amar... Ter o que não posso ter. É como uivar para a lua sabendo que ela não ouve.
Os dias cinzentos vão me trazer só mais uma lembrança negativa, a diferença é que a vejo sempre todos os dias a poucos metros em momentos matutinos e vespertinos, a vejo em sua essência primaveril tão alva e delicada que nem parece desse mundo. Eu sinto e sei que ela tem bem mais que beleza, mas ela não é para mim, seu coração escolhe uma pessoa para passar o resto da vida com você, mas o coração dela não o escolhe ou já escolheu outro é sempre assim, comigo é assim sempre desde que me entendo por gente, porém Deus já me avisou mais de duas vezes que ela não é para mim e devo para agora com tais sonhos.
Existe um limite intransponível difícil de atravessar... Eu desperdicei meu tempo tentando viver coisas que não são para mim em vez de seguir adiante.
Devo voltar ao meu silencio acomodado em minha caverna úmida e sair de lá só em dias cinzentos e chuvosos...
E aguardar um sinal de Deus, para que eu possa seguir meu rumo. Deixar e existir não faz mais parte do meu repertorio Deus tirou isso de mim, mas o amor fracassado ainda faz parte.
Entrego meu destino nas mãos de Deus.
Cristiano Silva
Na escuridão dos meus pensamentos imagino uma vida sem medo
Eu me sinto como um pássaro cujas asas foram arrancadas
Mas quem continua se jogando contra as grades
- Young Voice of the Holocaust
LUZ PERDIDA
Tantos anos na escuridão,
Procurei um dia a luz
No túnel da ilusão,
O brilho que me seduz.
Fiquei cego na minha cruz
Da vida,
De tanto olhar sempre em vão,
A luz da minha partida.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 28-11-2023)
No frio da noite sinto ressoar o som das sombras e na neblina da escuridão venho me deitar
Uma voz trêmula ouço chamar: -vem! beija me, abrace - me estou com frio essas sombras me dão arrepio
Ao me aproximar senti as trevas que a envolvia
e seu olhar negro me consumia
senti um desejo de deleitar nesta trevas vazias
O cheiro de morte era tão forte
Que ludibriava minha mente
Ouvi uma voz estridente
Vem me abrace e se lamente
A dor que ecoa do peito num lamento de dor aceitou, mas com a condição de ganhar o seu beijo
Beijos vazios cheios de dor e frieza envolto nas trevas que me rodeia
Morte venha abraçar -me com um último suspiro seguido de um som de lamento
O mundo das trevas me espera
A dama me chama com seu vestido vermelho
Seu batom negro sujou a minha roupa
Comecei a suar sangue de agonia porém eu amava essa senhorita que as vezes eu amo e as vezes me irrita
Seu beijo doce e amargo ao mesmo tempo neles eu me deleito sem paz, sem jeito de fuga, neles aprisiono minha alma .
ESCURIDÃO
O mundo anda escuro demais, mas isso é uma questão cíclica como a das estações do ano; o pior não será a escuridão, mas sim andar sem ideia do caminho nem saber aonde ele leva. Temos o exemplo da escuridão da noite e verificamos que também ela tem sentido, mas para podermos andar nela temos de adaptar as pupilas ao escuro. O mais importante é saber como caminhar e para onde. Por vezes, andar às apalpadelas pode ajudar a afinar o sentido de orientação.
É noite, fria escuridão em meu peito
À frente livros em pilha nada dizem
Em suas páginas palavras não há, são como telas
Telas brancas aonde desenho o sorriso quente de seus olhos
Perdendo-me dolorosamente na contemplação
As horas voam madrugada adentro e continuo amortecido
Ouço no fundo, débil, a voz da consciência
Ela protesta, impõe; mas, diante da minha impassibilidade, capitula
O sol desponta e nem assim sinto aquecer-me
Diria a obrigação: - outra madrugada perdida
Diz meu coração: - feliz estou, pois, ainda que em pensamento, de novo a tive do meu lado
O telefone, mudo, insiste em não tocar
Por mais que o mire, por mais que deseje, nega-me o direito de poder lhe falar
Tua lembrança, como uma febre, me acompanha em tudo que faço
A cada minuto, junto à batida do coração, sinto sua presença
Uma dor sólida trespassa todo meu ser
Sinto-a correndo nas veias, como se de mim fosse parte
As vezes chego a invocá-la, como um mantra
Receoso de que, sem ela, o sangue congele e a vida pare
Saudades, suspiro, são tantas que não consigo quantificar
Saudades de você, inteira e completa
De onde vem essa necessidade premente? Este reflexo meu que em ti vejo?
Não sei, não posso e não quero explicar
Só preciso sentir, isto me basta.
Vejo, com os olhos d’alma, a escuridão da noite
Noite que me fascina e prende
Na negritude de seu seio encontro um baluarte seguro
Nunca houve dificuldade ou problema sem solução que resistisse ao seu acalanto
Quieto, em paz, escuto sua melodia quente
Tal qual o canto da Iara nos rios da infância
Inebriado no encanto nanquim, sinto revigorar o ânimo
E o peito exangue volta a pulsar com valentia
Não há palavras que sejam belas o bastante para exprimi-la
Nem gestos nobres o bastante para reverenciá-la
Por isso, frustado, deixo meu coração à sua margem
Na esperança de que ela o acolha e o reconheça
Como era no início, como sempre deveria ser.
Nem sempre a escuridão é ruim, às vezes é a melhor forma de enxergar a realidade e, não perder tempo tentando visualizar cores, onde na verdade nem ao menos se pode ver com clareza.
De: Eu
Para: O acaso e o provável.
Houve um tempo que eu sentia um vento no frio da escuridão.
Andando sozinho a solidão me seduziu atraves de um olhar.
E dentro desse olhar só consigo exergar que por mais que me rejeite.....
trecho do poema Um vento no da escuridão.
A coruja, com seus olhos penetrantes que rasgam a escuridão da noite, é um símbolo perfeito da fé. Assim como a coruja enxerga o que está além da escuridão, a fé nos permite enxergar além do que os olhos naturais podem ver.
(ver Hebreus 11:1 e 2 Coríntios 5:7)
Houve um tempo que eu sentia um vento no frio da escuridão.
Era o vento gelado que sai do coração.
E as lagrimas que molhavam o caminho que andávamos, mais nunca secava porque a tristeza nunca deixava.
A dor cicatrizar porque sempre que tocava não parava de sangrar.
Mais no final a tristeza me seduzia sempre com um olhar, ela me maltratava e nunca questionava.
Preferia sofrer sem ter que esquecer que espinhos nasciam sem ter que doer.
Agora deixava para trás sonhos e nostalgias porque o dia é noite e a noite é o dia.
Um enigma a desvendar, um vento no frio da escuridão a desejar.
trecho do poema um vento no frio da escuridão.
"Fé Católica: Luz na Escuridão do Secularismo"
Somos confrontados com antíteses e antinomias que refletem nossa natureza humana. Fundamentados na fé, encontramos uma esperança arraigada na vetusta tradição da Igreja Católica, a qual nos liga à redenção e ao propósito eterno. Apesar do mundo secular, tal fé nos sustenta e orienta, lançando luz sobre nosso caminho com a certeza de um destino divinamente ordenado. Destarte, ao abraçarmos integralmente os preceitos e a esperança eclesiástica, desvendamos um significado mais profundo para nossa existência e uma serenidade que transcende as flutuações terrenas.
Me aplacenta a escuridão
onde vivem os mais temorosos animais
minha relação com eles é única
muito eles me ensinam
Já matei muita barata no peteleco
fazendo elas girar antes de morrer
giro esse sagrado
e com a perfeição de um zumbi
Já dormi perto de ratoeiras
com os bichos me subindo pelas estribeiras
no meio da noite
Sou sempre hipnotizado pela dança
contingente que eles nos inebriam no ar
há uma matemática sagrada por aí
Não sei se foi o perfume
que me lembrou a infância
e seus fede-fedes mortos por acidente
mas em cima de mim havia uma teia
e a aranha conseguiu me envenenar
com sua gosma me retirou minha asa
Agora já não posso mais voar.
Mas sem problemas,
é só não abrir mais a boca
que não vejo mais uma mosca entrando por ela.
Nada que me impeça de me divertir,
quando elas estiverem atoa
cato-as e lhes faço ninar.
Mentira, não mato nem barata.
Só as espanto com as mãos.
Na escuridão da alma, um lamento ecoa,
Em sombras profundas, a dor se aloca.
No silêncio da noite, os demônios dançam,
Emaranhados em sombras que avançam.
Sangue se mistura com lágrimas frias,
Em um mundo de angústia, onde as almas se perdem.
A lua, testemunha silente do desespero,
Enquanto corações partidos clamam por alívio.
Em cada canto escuro, um segredo escondido,
Em cada suspiro, um grito contido.
A escuridão abraça, sem piedade ou perdão,
Num poema dark, ecoa a solidão.
Mas mesmo na penumbra, há beleza oculta,
Em meio ao caos, uma luz sepulta.
Pois onde há sombra, também há luz a brilhar,
Num eterno conflito, onde a esperança ousa se manifestar.
Tenho medo que o sol se vá e a noite cheguei trazendo uma escuridão perversa nesse mundo.
Quero que o sol volte nessa hora entre as montanhas com seu brilho sobre meu olhar.
O sol voltará ele vai voltar pra me iluminar...
Atravessarei desertos e mares;
Enfrentarei tempestades e labirintos;
Passarei pela escuridão, pelo vazio do meu eu;
Mas chegarei a você de novo, luz de minha vida, pedaço perdido de mim.
Flávia Abib