Poemas de Escuridão
Um coração fora do peito,
não pode viver ao léu...
E como viver num mausoléu,
uma tortura no espírito,
vivendo em escuridão
em noites de solidão...
Ao cair da noite
A penumbra embasa tudo
Tudo a minha frente.
Só meu pensamento em ti
Não escurece
Aperto os olhos
Como se a vontade de ver
Tão claro como pensamento
Apenas a escuridão de seus olhos
Só vontade grande
Porque nem os olhos,
Cabelos igualmente negros
A penumbra não esconde
Pois estais longe
Não acho a luz que faz minha sombra
Será que ela existe ou é uma simples ilusão?
Posso confiar ou devo me calar novamente?
Sempre vai a ver uma razão para continuar na escuridão
A sombra me persegue mesmo sem nenhuma reação
#MEUS #ESPINHOS
Ao longe, o vento vai falando de mim...
No império da vontade...
A alegria não está nas coisas...
Está dentro de nós...
Ninguém vive num jardim sem espinhos...
E nas auroras Deus enche minha taça com seu vinho...
Dos cegos do castelo me despeço...
Eu não mais quero dormir...
Ando por aí...
E se você puder me olhar...
E se você quiser me achar...
Você sabe onde me encontrar...
Diga-me quem você mais perdoou na vida...
E eu, então, saberei dizer quem você mais amou...
Se eu perdesse os sonhos dentro de mim...
E vivesse na escuridão...
Não lhe amaria tanto assim...
Eu possuía e não sabia...
Desconhecia...
Os jardins da vida...
Ainda que ferido e dilacerado...
No meio do caminho aprendi a caminhar...
Desistir nunca foi uma opção...
Sendo sempre fiel e verdadeiro...
Sou eu...
Ser diferente é atrair olhares e pensamentos...
Que me acolham...
Com minhas flores...
Com minhas dores...
E todos os meus defeitos...
Sandro Paschoal Nogueira
Eu tava tão acostumado a não te ter aqui.
A solidão do mar escuro é de certa forma triste, mas protetora.
o caos me persegue, e segue sendo minha estrela guia.
Às vezes a luz pode queimar, como o fogo
A calmaria não me agrada, como esperado do aventureiro.
Mas como você bem sabe...
mar calmo nunca fez bom marinheiro
O escuro chegou
Ele chegou, a depressão chegou;
Sobreveio sorrateiramente, e fez a muitos caírem e a luz se apagou.
Ele chegou, a escuridão da alma chegou;
Sobreveio dos planaltos, destruiu a nossa nação e nos enganou.
Ele chegou, a melancolia chegou;
Os anos se passaram, e ele de toda a malignidade planejou.
A escuridão não vai me levar, não vai me levar, a escuridão não vai me levar.
Ele cairá, a depressão cairá;
Mesmo que surpreendeu-me, lutarei e a luz não se apagará.
Ele cairá, a escuridão da alma cairá;
Ainda que tivesse nos destruído e enganando-nos, o seu poder se aniquilará.
Ele cairá, a melancolia cairá;
Os anos não me importa, seus planos malignos não triunfará.
Fique firme e levante-se, levante-se, fique firme e levante-se.
A escuridão não vai me levar, não vai me levar, a escuridão não vai me levar.
08/01/2017
O aprendiz e o anjo.
Era jovem,
Portanto imortal; assim pensava,
Nas sombras do mal, caminhava
Em noites dos prazeres, para saberes,
Nas esquinas da escuridão
De meu próprio coração.
E mesmo assim
Um anjo cuidava de mim,
E, deste jeito, me tornei
Aprendiz de poeta,
Que um dia erra e outro acerta.
As vezes eu tenho um sonho.
Sonho com um lugar, uma cidade, uma casa.
Odiava aquele lugar, aquela casa.
Tinha cheiro de medo e gosto de morte.
Não morei lá por muito tempo.
Só o suficientes para nunca mais querer voltar.
Sinceramente não fui feliz.
Pelo visto isso ainda me atordoa e raramente quando passo na sua rua.
Fito a fachada, o beco e sua escadaria no final oculta pela escuridão.
Não sinto nada além do vazio.
Do lugar, da casa e das pessoas.
A vida é muito curta quase chegou ao fim
Foi quase como um sonho
A tristeza saiu de mim
O vento apagou as velas da escuridão
O sol entrou pela janela
Vou compor até me recompor
As palavras saiam das minhas mãos com tanta pressa, com medo de serem esquecidas
Mas tudo que eu sentia, sabia que nunca esqueceria
Apenas transbordaria, e sem isso eu explodiria
Era preciso traduzir
E eram tantos silêncios sendo traduzidos, que a mão cansava mas não parava
Na madrugada a minha mente estava perturbada
Montes altos eu escalei
Frio insuportável eu senti, vindo de dentro de mim
Nas noites de solidão, a escuridão cuido de mim
Abraçando cada ponto de luz
Não era fácil o dia, a noite insuportável
Mas o insuportável se tornou amigável
Foi do caos que eu criei meu abrigo.
Existe dor maior cravada no peito
Que sozinho sentado no leito
Se ver vazio e cansado
Pelos seus, abandonado?
Se a janela transpassasse escuridão
Se você se visse sem nada nas mãos
Conseguiria segurar o choro
Sem pensar: quando morro?
Janelas
Som do amanhã, sondam as noites
Janelas,
Ávidas almas, buscam a brisa quente
O calor, sementes
Colhem as manhãs de verão
Guardam a foice do arrebol
Janelas fechadas,
Refúgio seguro na escuridão úmida.
Janelas abertas, ombros arqueados
Tramas de uma dança
Vestido de Seda, cordão ensolarado
Duas almas se acompanham,
Janelas, cortinas balançam.
O escuro chama a luz
A dor, a solidão,
Chama da transformação.
Desperta!
João de Barro convidou
Que entre a majestade pela janela
Sem toc toc
Flocos de ouro
Suave toque
A pupila dilatou
Amanheceu.
Em cena
No palco... em cena.
Encena.
Vaidade.
Saber de cor o texto.
Improviso, talvez.
Ou escuridão.
Marionete.
Fantoche.
Saltando, brincando...
Divertindo-se livremente na multidão.
No vaivém do elenco.
Rotina contínua.
Indiferente...
A vida de milhões de milhões de gentes.
Presa
Ela se sente presa a tanta hipocrisia.
Solitária pelas ruínas de cimento que a sociedade cria.
Presa
Ela se sente presa com tanta amargura pelas ruas e escuridão das almas perdidas.
Presa
Ela se sente presa pela janela que gela os cotovelos, ao olhar que não enxerga a lua.
Ao silêncio dos olhares e teatros do dia a dia.
Presa
Ela se sente presa por saber voar e não ter ido ainda.
Não estar voando naquele mundo que a cria, não brilhar para aqueles que a vê.
Presa
Ela se sente presa por saber amar, por saber falar, por saber olhar, por saber tocar e não ter você ainda.
Gata Borralheira
Não há sons.
Sumiram todos os tons.
As noites carregadas de azuis deleites não mais são.
As noites de luas cheias vazias estão.
Noites escuras de breu absoluto
Tudo submerso em densa névoa.
Tudo um imenso deserto.
Não há mais prosa, nem versos.
Tudo está ao inverso.
As batidas do coração aceleram,
a cabeça anda às voltas.
Um mundo fictício.
Nessa corda bamba – um suplício.
Cena de cenários desfeitos...
Nada faz efeito.
Neon.
Intempestiva vida.
Sonhou cinderela.
Acordou gata borralheira...
E como gata do borralho viverá a vida inteira.
À porta de entrada da casa um par de sapatos largados...
Eternamente na mente projetados.
Projeto que deu errado.
A interação que mais me deslumbra é a ciência e a espiritualidade. A ciência é matéria. A espiritualidade é fé. Cada uma possui um olhar diferente, e é por isso que algumas pessoas insistem em ser caolho, no meu caso, acredito que que essa visão binocular seja de fundamental importância para obter êxito em quaisquer circunstâncias.
Sempre existirão dúvidas, e a verdade em quase sua totalidade é relativa. Não é uma briga entre as duas vertentes, mas a união em busca dos mistérios da vida, sem deixar que uma sobreponha a outra. A priori, que a religião não tape nossos olhos para o que é fundamental, e que a ciência não nos cegue a ponto de não enxergar Deus nos detalhes. Se bem que a escuridão é primordial em tudo. “No princípio, tudo era escuridão” Gn 1. Contraditório? Confuso?
Terry Pratchett, um escritor britânico, fez uma citação no seu livro “O senhor da foice” que diz o seguinte:
"A luz pensa que viaja mais rápido do que qualquer coisa, mas está errada. Não importa o quão rápido a luz viaje, ela descobre que a escuridão sempre chegou primeiro, e está esperando por ela."
Sinto pela minha capacidade de sentir demais
Sinto por todas as vezes que perdi a paz
Sinto por correr desorientado na escuridão
Sinto quando precisei, mas soltei minha mão
Sinto pelas vezes que feri e fui ferido
Sinto quando não deixei que o amor fosse nutrido
E quando sinto dói bastante, não vou mentir
Mas a vida é sentir para viver e viver para sentir
Um pedid de libertação para vocês
A sua presença é infinita
Poderosíssima
Ande sempre na presença
Do infinito
Onipresente
Onipotente
Onisciente
Que tudo vê
Nada se esconde
Tudo sabe, entende e percebe
Para que o seu espírito
Abale, destrua, isole e afaste
Todo o mal que te persiga
E que ande ao seu redor:
Lhe chamando de amigo
E Irmão...
Te dão tapinhas nas costas
Mas eles têm escondidos na unha, um punhal.
_ Gemem de dor, diariamente, porque não suportam a sua felicidade e conquistas.
Não dê o troco, jamais.
Para que a sua alma não vá para a escuridão e passe, que nem eles, a rastejar na lama...
São laços do passarinheiro porque querem somente a sua maldição.
Mas, você, andando na Luz, no amor e com fé e gratidão. Vencerás todo o mal, de dia e de noite, que se apresente na sua vida e na sua casa.
Seja luz, viva no amor, caminhe com retidão e tenha muita paz no coração, para que seus dias sejam abençoados e repletos de realizações.
Confio na sua fé licidades.
Paz no seu lindo coração
Amém!...
Antônio Peregrino Corrêa Portugal
Não são os anjos que se afastam de você
É você que desliga o próprio interruptor
E depois reclama que anda como cego, pela vida...
Sem caminho,A alma vive
Na solidão,Sem destino
Sofre,De fomeE de sede
Porque não aprendeu
A sonhar,Amar,Se amar
Remar,Nas ondas da vida.
A sua jornada está sempre
Dentro de você
Abra seus olhos e veja
O mundo lindo
Existente em sua Essência