Poemas de Escuridão
"E há sempre um
(o mais intratável) que não desiste
e escreve versos
Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)
Tanto a luz, quanto as trevas, são sinceras e verdadeiras. São nossos olhos que nos enganam.
A luz reflete somente a realidade sem sentimento algum. Ela não nos entende.
As trevas nos permite enxergar o que tem dentro de nós mesmo, porém ninguém à entende.
Faça o teste, feche os olhos, abra a mente e veja você mesmo quão profundo teu interior é.
Da minha cruz vou fazer um remo
E vou remar, remar e remar.
Se em altas madrugadas avistar
Um homem que caminha sobre o rio
Eu vou saltar ao encontro Dele e
Por cima das águas eu vou andar.
Sozinho eu sei que não vou conseguir,
Sozinho eu sei que posso ate cair,
Mas se o Mestre esta na frente
Eu não vou temer a escuridão.
Lembro-me perfeitamente daquele olhar sem piedade
que estrangulava-me o coração a cada piscar de olhos
e levava meu corpo inteiro a estremesser incessantemente de um desejo ardente.
Era como olhar pro céu ensolarado e inesperadamente
ver uma tempestade tomando conta de todo o espaço nas alturas
tornando o lindo dia mais que depressa, sombrio e misterioso.
Seu toque tão delicado, por instantes insinuava
como quem pudera ser a criatura mais amável
que já conhecera, esta terra.
E assim subitamente consumia-me.
Ao passo que em poucos segundos
já não era mais eu, era você
e pude sentir o que sentira 'um vacuo'.
A escuridão em sua mente tão intensa e inoportuna,
nada me deixou desvender de ti.
Eu os podia sentir,
mas não os podia ver,
e a insanidade me possuiu.
Era como beber em um copo vazio
e saciar completamente a sede;
Como estar sozinho em meio ao oceano pacífico
e não sentir-se perdido,
mergulhar naquela imensidão de águas
e poder tocar todas as suas extremidades.
E assim, embreagada por esse supremo e obscuro amor, entendi que na escuridão dos sentimentos sempre haverá uma chama de desejo que irradia luz, e onde houver amor, mesmo que insano, mesmo que irracional, mesmo aparentemente sombrio essa pequena chama de luz permanecerá acesa enquanto o desejo for correspondido.
Uma dedicatória ao obscuro de Cathy e Heath.
Talevi, J.
Veio a noite, o vento,
a lua que se esconde,
uma estrela cadente,
que brilha de repente
e tão longe...
veio a noite, a mesma de sempre,
na escuridão de ausências
Chovem gotas esparsas, a esmo,
água, ternura da natureza,
onde tudo tem sentido,
um conforto e um carinho
Não tenhamos medo portanto
do tempo, nem do amanhã incerto,
nele haverá um alento
a suprir necessidades
Em meu canto, prometo,
em horas de escuridão,
sonhar com um algo melhor,
sempre, para todos e a mim,
Enquanto isso, percebo os pirilampos,
que voam piscando felizes,
durmo e sonho com a paz,
esquecendo o mundo e seus deslizes
Nada me prende,
a não ser duas fortes
coxas femininas.
Nada me prende,
a não ser as cordas
do ringue.
Nada me prende,
a não ser o sofá
e a escuridão da minha sala.
Nada me prende,
a não ser uma
garrafa de Whisky.
Nada me prende,
a não ser um bom
livro de romance.
Nada me prende,
a não ser Bukowski e
Mozart.
Nada me prende,
a não ser o amor
de uma mulher.
Nada me prende,
a não ser a escrita
de um poema.
Nada me prende,
sou livre.
Sinto-me no vazio breu da noite
Minh'alma grita por socorro, mas ninguém pode me ouvir
As paredes se encolhem contra meu pequenino corpo que tenta escapar em vão.
Onde está a luz? No fim do túnel, talvez?!
Mas, onde está o fim deste infinito túnel?!
Minhas lágrimas frias viram estrelas neste obscuro caminho e me serve de guia para me mostrar por onde já andei.
O grito da garganta está preso, tem medo de sair, de se mostrar, de tornar tudo pior.
Sento ao chão, solitária, desprotegida e sem direção.
Fico aqui, aguardando a mão que virá arrancar toda escuridão, que na verdade, habita em mim.
As lágrimas do poeta escrevem o seu ser.
Elas fazem do menino o homem ancião.
Criam momentos que se imortalizarão.
E vestem de azul os negros olhos de minha escuridão.
Eu já passei por momentos terríveis... que você nem conseguiria imaginar... e francamente já procurei motivos para seguir em frente de todos os modos...
Francamente não tenho motivo para seguir em frente... só que vivo um dia após o outro segundo a segundo.... torcendo para encontrar algo q vale a pena viver e morrer...
Acho q o odio e a persistencia me mantem de pé...
Se não eu estaria totalmente vazio...
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Pesares e abstrações
nos sorrisos que se fecham
como flores que emurchecem
e que brota escuridão...
às horas
de carrascais, solidão
que medram qual mata anã
e espinham o ser tão sertão...
Hoje
se abriu uma nova sazão
e fustigou madrugadas
a dor fez-se em refração...
ao despertar nova aurora
trouxe alma e um novo albor
e à luz, ser que novo aflora
com faíscas de manhãs...
afora
o nevoeiro insepulto
veio cores pelo ar
flores e azuis quintais
e o vento sem mais tropeços
levou o singulto embora...
Onde você está?
Os teus olhos nesse breu eu estou a procurar.
Diga alguma coisa para que tua voz eu possa escutar.
Ouça o silêncio e as batidas do teu coração, porque nessa escuridão eu sei que vou te achar.
Vamos, prossiga não deixe que o medo a faça delirar.
Não consigo mais suportar saber que comigo você não está
Só imagino quando te encontrar, vou te abraçar e nunca mais soltar.
Ao teu lado vou ficar até que o mundo venha a acabar.
Nós iremos sonhar, e nossos objetivos conquistar.
Obstáculos não irão nos derrubar pois teremos um ao outro para que possamos levantar.
Nada e nem tudo irá mudar o sentido da minha vida que é Te Amar.
A noite, ahh a noite...
Tempo que decorre entre o por e nascer do sol...
para uns brilho,
para outros solidão,
para uns outros só escuridão,
e outros mais, apenas alucinação provocada.
Para uns descanso, sono, sonho,
para outros produtividade, criatividade, insônia.
Fim do dia que é noite.
E começo de mais um dia que terá fim...
Indefinido, até não estarmos mais aqui.
E de repente eu me vi assim
Em um lugar escuro
Só com minha luz pra iluminar
Não via muito a minha frente
Vi muitos caminhos
Mas não tinha nenhuma direção
Vi muitos problemas
Por todos os lados que eu apontava minha luz
Mas nesse momento
Em que me encontrava em desespero interno
Em silêncio me pus a pensar
Pensar em uma solução
Pra me achar em meio a desventura
Então apaguei minha luz
Respirei fundo e sorri
Ao levantar a cabeça
Achei minha direção
Pois só se pode ver estrelas
Em extrema escuridão
"Eu venho e lhe escrevo.
Nessas linhas te vejo.
Em minhas palavras me perco.
Fito seus lábios, fantasio um beijo.
Peço-lhe uma chance, minha felicidade eu vejo.
Tua negação me veio.
A tristeza me pegou de um jeito.
A solidão é me um berço.
Me deito.
E na escuridão, perdido, só teu brilho eu vejo.
Sua alegria é meu desejo.
Por ti, grita meu peito.
E para tentar amenizar minha dor.
Eu venho e lhe escrevo..."
Se a caminhada da vida se mostra
Uma competição, Porque não usar
Dessa mesma motivação para
Ajudar alguém a controlar a
Verdadeira direção da vida
DEUS.
“Sol”
Por fora alegria, por dentro agonia. Esse sentimento de todo dia que atormenta minha sanidade e desfaz minha vontade de querer te ver mais uma vez, sol.
Ô sol, nao te escondas de mim. Tenho aqui dentro essa súplica, vinda do fundo da minha alma, que as vezes me acalma e me faz sentir que ainda posso te ver e sorrir. Ô sol, por favor nao te afastas de mim; me ilumina para que esse medo de nao ter medo nao tome conta de mim. Hoje eu acordei no escuro, sol. Por que não estás aqui?! Você me prometeu! Eu te imploro, aparece pra mim. Socorro sol, essa escuridão quer me engolir. Vem me salvar, me leva pra junto de ti. Ô sol, de novo é tao bom te sentir. Por favor, nao desistas de mim.
Em meu rosto se escorrem lágrimas sem motivos
Meu coração sente uma dor jamais sentida antes
Meu corpo anestesiado por não saber o que fazer
E a esperança se despedaçadando depois de ser desmascarada
E demônios controlando minha mente por ter perdido a esperança jamais existida.
"Carta À Luz"
Cara Luz Que Me Ouve
Senhora Luz Que Me Ilumina
Torturante Luz De Minha Escuridão
Perdido Pelos Teus Caminhos...
Eu Sofro
Ainda, Não,
Estou Morto
Peço Que Venha
Me Iluminar...
Leon Nunes Goulart
Noites serenas,
poesia cantada à capela.
Desejo entoado em mantras
que ecoam no ventre das trevas.
Sorriso apagado.
Um momento de autoflagelo.
É o espelho da alma exaltando
as escaras de um mundo ébrio.
Alvorada. Desvairado disco.
Mais um equilibrista caminhando
na luz e na escuridão.