Poemas de Escritores Famosos
Tal como os acusados têm direito a um julgamento justo, os cidadãos têm direito a um governo competente. Mas a democracia é, com frequência, o domínio do ignorante e do irracional, nunca atingindo os resultados esperados.
Numa democracia, todos devem submeter-se às decisões do governo. O fato de que o governo é eleito pela maioria, é irrelevante. Coerção é coerção, quer seja ela exercida pela maioria ou por um único governante.
Ao invés de procurarem respostas, as pessoas simplesmente assumiram que qualquer tipo de democracia está automaticamente credenciada como o melhor método de se conduzir "mudanças pacíficas" de governo.
Amor mil vezes já me tem mostrado
o ser-me vida o mesmo fogo ardente,
como quem queima um dedo e facilmente
no mesmo fogo o torna a ver curado.
Meu mal, tristeza, dor, pena e cuidado,
o bem, a vida alegre, ser contente
naquela vista pura e excelente
pôs, por essa maneira, o tempo e fado.
Que veja mil mudanças num momento,
que cresça nelas todas sempre a dor
não sei, que os meus castelos são de vento!
O tempo, que vos mostra ser senhor,
por mais que contra mi se mostre isento,
há de tornar por tempo tudo amor.
Que me quereis, perpétuas saudades?
Com que esperança inda me enganais?
Que o tempo que se vai não torna mais,
E se torna, não tornam as idades.
Razão é já, ó anos, que vos vades,
Porque estes tão ligeiros que passais,
Nem todos pera um gosto são iguais,
Nem sempre são conformes as vontades.
Aquilo a que já quis é tão mudado,
Que quase é outra cousa, porque os dias
Têm o primeiro gosto já danado.
Esperanças de novas alegrias
Não mas deixa a Fortuna e o Tempo errado,
Que do contentamento são espias.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
"É verdade que o caminho seria mais curto e mais cômodo se não fosse a montanha; mas a montanha existe e é preciso seguir viagem!"
É verdade, meu amigo, que cada dia compreendo melhor quão insensato é vivermos a julgar os outros. De minha parte, tenho tanto que fazer para modificar-me a mim mesmo, tanto esforço a despender para acalmar as tempestades do meu coração!... Ah! eu deixarei de bom grado que os outros façam o que bem entendam, contanto que eles me deixem fazer o mesmo.
Feliz criatura que pode atribuir a ausência da felicidade a um obstáculo terreno! Você não sente que é no seu coração arruinado, no seu cérebro desorganizado que jaz o seu mal, e que todos os reis da terra não poderão curá-los!
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram,
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Netuno e Marte obedeceram;
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Os sofrimentos das pessoas seriam menores se elas não se ocupassem, com tanto esforço da imaginação, em reacender as lembranças do mal passado, em vez de suportar como um presente indiferente.
Não é suficiente que saibamos, devemos aplicar;
não é suficiente que tenhamos boas intenções, devemos agir.
(...) todo nosso labor visa apenas a satisfazer nossas necessidades, as quais, por sua vez, não têm outro objetivo senão prolongar nossa mesquinha existência.
Os homens sofreriam menos se não se aplicassem tanto a invocar os males idos e vividos, em vez de esforçar-se por tornar suportável um presente medíocre.
Por que os homens não podem falar de uma coisa sem logo declarar: 'Isto é insensato, aquilo é razoável, aqueloutro é bom, isso aí é mau'? De que valem essas palavras?
Trato meu pobre coração como se fosse uma criança doente: dou-lhe tudo o que pede. Mas não diga nada a ninguém: há pessoas que não me compreenderiam.
...quando vejo que toda a atividade se esgota na satisfação de necessidades, cujo único propósito é prolongar a nossa pobre existência e, ainda, que toda a tranqüilidade em relação a certas questões não passa de uma resignação sonhadora, pois as paredes que nos aprisionam estão cobertas de formas coloridas e perspectivas luminosas… isso tudo, (…), me deixa mudo. Volto-me para dentro de mim mesmo e encontro um mundo! Mais pressentimentos e desejos do que de raciocínios e forças vitais. E, então, tudo flutua ante meus olhos, sorrio e, sonhando, penetro ainda mais neste mundo…
(Os Sofrimentos do Jovem Werther)
Volto-me para dentro de mim mesmo e encontro um mundo! Mais de pressentimentos e desejos que de raciocínios e forças vitais. E então, tudo flutua ante meus olhos, sorrio e sonhando penetro ainda mais neste mundo.
Não há alegria maior no mundo do que ver como uma grande alma se abre ao nosso encontro.
Essa concorrência, e o modo como ficam atentos, um procurando obter vantagem sobre o outro; vejo as paixões mais mesquinhas, mais miseráveis, sem qualquer tipo de pejo (...) Vês, não posso compreender a raça humana, tão inconsciente a ponto de prostituir-se de maneira tão baixa.