Poemas de Encontro
Sou biólogo e viajo muito pela savana do meu país. Nessas regiões encontro gente que não sabe ler livros. Mas que sabe ler o seu mundo. Nesse universo de outros saberes, sou eu o analfabeto. Não sei ler sinais da terra, das árvores e dos bichos. Não sei ler nuvens, nem o prenúncio das chuvas. Não sei falar com os mortos, perdi contacto com os antepassados que nos concedem o sentido da eternidade. Nessas visitas que faço à savana, vou aprendendo sensibilidades que me ajudam a sair de mim e a afastar-me das minhas certezas. Nesse território, eu não tenho apenas sonhos. Eu sou sonhável.
(E se Obama fosse africano?)
Encontro muito pouco em mim do que eu fui...
Essa metamorfose que venho observando orgulhosamente ao longo dos anos nesse momento me preocupa: e se eu não for mais eu? Se analisar profundamente minhas ações e reações e não encontrar nenhum denominador comum entre aquela eu de ontem e essa de hoje? Acho que essas mudanças tem a força dos grandes fenômenos da natureza, e sendo assim não há como detê-las. Espera aí! Tentar impedir que as mudanças ocorram é como ter a pretensão de não deixar a vida fluir. Pois que flua então, e que continue me deixando cada vez mais feliz com a pessoa que eu estou me tornando.
Eu me submerjo em mim mesmo e encontro um mundo. Aquele Eu que me conduz para mim mesmo, também é quem me mata...
"Todos sonhamos com um encontro decisivo depois do qual nada será como antes. No fundo, este encontro é consigo mesmo."
"Até a mais bela afrodite inveja a beleza dos seus olhos quando vao de encontro aos meus. Deixarei que as flechas de eros nos atinja em silencio, enquanto rogo a zeus pela escolha do nosso destino. Nos, reles mortais pedindo aos deuses pela junÇao esplendorosa do amor que nos cerca. Esse amor que cega os sedentos pela visao, e que ja nao podem ver mais nada além de si mesmos. Que a visao se transforme em toque, o toque em amor e a utopia em realidade. Vejo e sinto. Vejo e sei a verdade. Vejo e desperto dos delirios que me tomam quando te tenho na memoria."
Foi mágico nosso primeiro encontro: eu o olhava com o espanto de tê-lo reconhecido, e ele com a felicidade de ter-me reencontrado. Coisas de outras vidas.
"Não sou mulher de rosas. Já disse de saída, no primeiro encontro, nem recordo a razão. Mas disse, naquele meu velho estilo metralhador de moços com olhos de promessa. Sei que disse, com meus reflexos ariscos de cão sem dono sempre buscando receosa a moeda de troca para qualquer elogio, a vigésima quarta intenção por trás de um rosto abandonado. Eu não queria ser mais uma na sua cama, por isso disse não gostar de rosas, tampouco das vermelhas, pra me afastar da obviedade do amor. Não sabia como, mas queria que você me notasse diferente de todas as outras."
No primeiro encontro ao se conhecer, tem que ter uma longa conversa, trocas de olhares, elogios, os sentimentos tem que sincronizar, se o beijo acontecer, tem que ser quente.
Meus dias têm sido de celebração: celebro a ação de me pôr em movimento ao encontro daquilo que almejo, celebro a ação de resolver minhas questões internas que me afastam de quem me incomoda, mas que ainda me importa. Celebro a ação de me causar bem-estar estando com as pessoas que me amam e em lugares que amo. Celebro a ação de ser grata por ter todas as minhas faculdades perfeitas e um bocado de loucura para ousar nas mudanças que preciso e crescer por dentro. Celebro a ação de não competir com ninguém, pois tenho tudo o que preciso e saber que o que tenho foi conquistado por mim. Celebro, diariamente, a ação de ter criatividade_ de criar atividades que me tirem da estagnação espiritual, emocional, pessoal. Celebro a ação de renovar meus valores para que eles sejam justos. Celebro a ação de não ocupar meu coração com desesperança e preconceitos ou coisas que aprisionem minha alma na limitAÇÃO. Celebro a ação de me importar primeiro com as pessoas, depois com as coisas. Celebro a ação de ser profunda nos meus devaneios, celebro a ação de ser superficial em alguns desejos e poder me permitir ou rir deles. Celebro a ação de mudar de ideia, de certeza, de narrativa, de estado de espírito, de aparência, de preferências, de vida!
CelebrAÇÃO não é lamentAÇÃO, por isso, celebro!
Onde Encontro Otimismo. Nas Mentiras Dessentes Realismo,Tento Viver Sem Almenos
Mencionar Futuro Você. Para Que Sofrer.
"O amor para ser amor precisa de certezas. A certeza do encontro, a certeza da continuidade, a certeza da presença, a certeza da verdade.
Vou de encontro ao futuro,cantando as lembranças,que fizeram minha alma dançar, freneticamente de alegria.
Encontro casual, troca de olhares, sorriso largo no rosto,
pequenos detalhes, alegres lembranças, nasce uma esperança...♥
Boa noite, Senhor Deus! Te encontro amanha, revestido de sol, escondido no abraço de um amigo, entregue no sorriso de um irmão e totalmente revelado nas mãos estendidas aquele que está disposto a levantar!
O amor é chegada. É encontro. É dia e noite. É dormir de conchinha. É acordar e fazer um carinho de bom dia. É ajuda, mãos dadas, conforto, apoio. E saco cheio, também. Porque de vez em quando o amor enche o saco. Tem rotina, tem manhã, tarde, noite, tem defeito, tem chatice, tem tempestade. Mas o céu sempre limpa. Porque o amor é puro como o azul do céu.