Poemas de Encontro
Bom dia. Sorria, um milagre aconteceu.
O milagre da vida.
Você despertou, acordou para mais um dia, onde Deus te espera para um encontro.
Vá até Ele. Ele está à porta do seu coração, somente aguardando que a porta seja aberta e mais milagres você possa experimentar com Ele.
Deus abençoe seu dia.
Tenha fé.
Lance sementes.
PERSISTÊNCIA
Onde andas encontro?
És mago ou és monstro?
Será preciso perder-se para saber?
Num momento: certo, seguro, coberto...
Vestindo furor em mil coincidências
Robusto explendor reflete e cegueia
Despido no tempo, brilho ofuscado
Raquítico e belo, coração mal tratado
O passo foi firme e já hoje rengueia
Segue tua senda, coxo, maltrapilho
Ergue a cortina, na busca da Luz
A casca que cai desnuda a aparência
Ampulheta cruel retarda tua sina
Reflete e ensina o valor da essência
Mago e monstro: eterna insistência!!!
Destino
Nas linhas da minha poesia
leio o teu olhar
com rimas cruzadas, luzidia
sinuosas a poetar.
Interferindo no meu destino.
E assim, eu pus a cantar
tal o badalar de um sino
o coração a anunciar.
E neste som divino
a vida nos seus caminhos
o meu e o seu num continuo
Desejar... íamos sozinhos
até nossas mãos entrelaçar.
E, neste poema marcado
de versos ao nosso dispor
desde então, o fado
juntos, passamos a compor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 23´21” - Cerrado goiano
Acontece de a vida lhe mostrar o desfecho de um encontro triste,
de uma conversa triste,
de um olhar triste.
De uma repetição de tentativa triste.
E você triste precisa sorrir; engolir o desfecho, fechar os olhos e dormir.
Apenas dormir...
Tentar dormir...
CORAÇÃO EM PASSAS (soneto)
Ah! quem há de poetar, saudade penosa e tirana
O que na emoção cala, e o versar não escreve?
- Range, doí, pregada na lembrança, e, em greve
Sente, em amargos no peito, o que era soberana
O coração em passas, e é um redemoinho fulana
Em explosão, fria e grossa, e ao enamorado deve
E ao olhar desalentado asfixia o pensamento leve
Que, paz e harmonia, saem em ignota caravana...
Quem o verso alcançara pra a rima desta solidão?
Ai! quem há de amenizar, assim torna-la tão breve...
Se infinito é o silencio; E o vazio então agiganta?
E os lábios secam. E o olhar chora. Tudo em vão?
E a sensação se refugia num sepulcro de neve?
E então as trovas de amor esvaem na garganta?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de março de 2019
Cerrado goiano
Um dia depois.
Olavobilaquiando
O coração ... a pulsar
O brilho... de um olhar
O encontro... e o despertar
O beijo... e o calar
O destino ... e a direção
A vida... e uma paixão
Pequenos Versos de Alice Raposo
Vamos pegar o amor que encontramos
E devolvê-lo a nós mesmos
Às vezes essas coisas não funcionam
Às vezes não haverá mais ninguém
Eles disseram que nunca chegaríamos tão longe
Mas aqui estamos nós
Ainda estamos contando estrelas
Como se tivéssemos dezesseis anos
Um dia a gente se esbarra por aí
Depois de uma noite de insônia
Em mais um daqueles dias loucos e corridos
Que a gente levanta da cama
Contando com a sorte
Caroline Sória
Copyright © 2019
Naquele dia, o aroma estava diferente dos demais.
O sol podia ser notado por detrás da janela,
os pássaros, o vento e tudo o que era captado pela visão não era mais visto, era apreciado!
Naquele dia as vozes eram claras e doces, a gravidade era nula e seus pés não tocavam o chão, estava elevada.
Naquele dia tudo era graça, manhã, tarde, noite... os momentos não mais passageiros, agora, imortais.
O bálsamo era pura resiliência e, antes de encontrar qualquer âmago... ela havia encontrado a sua essência, no lugar mais secreto do mundo, dentro de si.
As vezes encontramos o que se é perdido no mar,
na leitura, no caminhar das ruas, nas gravuras.
Encontramos o perdido na canção,
no toque do piano, no suor que escorre da alma,
à medida que bate o coração.
As vezes encontramos o que se é perdido em alguém,
no encontro de dois corpos, num beijo incompetente,
no luar do olhar de quem tasse bem.
Encontramos o perdido num drama,
num romance vermelho, na personagem vulgar,
na ousadia de quem se ousa a mudar.
Encontramos o nosso perdido em tanto lugar...
No entanto, não nos damos conta nessa busca hostil entre âmago e dracma,
Que o que sempre está perdido, quase sempre está em casa.
Quantos de mim se levantarão?
Quantos de mim terão os mesmos pensamentos que eu?
Quantos de mim lutarão pelo que desejo?
Quantos de mim andarão pelo que sonho?
Quantos de mim lerão o que escrevi?
Quantos de mim se inspirarão em mim?
Quantos de mim modificarão o amanhã?
Quantos de mim farão o que não fiz?
Eis a questão, quem sou dentre tantos de mim que existiram?
De qualquer forma, meu cansaço me faz fazer pouco!
Espero que os tantos de mim que virão, não sejam apenas uma atualização.
Que usem do ordinário de mim e produzam o extraordinário que não pude ser!
Pensar me cansa, as palavras me tomam.
As vezes fico assim... sei lá, desse jeito.
Tão profundo, me afogo!
Tão longe, me perco!
Tão alto, tonteio!
As vezes fico assim... assim, quando estou só em mim mesmo.
A rua é um lugar de encontros,
cujo tristeza e felicidade se esbarram,
ninguém nunca sabe o que cada um que caminha por ela leva dentro de si.
Os olhos não podem tocar, mas algumas almas sentem!
A rua é um lugar de mistura,
onde todos se encontram e levam de volta um pedaço de si.
A rua é um lugar de encontro.
Ai, que saudade, ai, que saudade
Mas que saudade de quando eu te encontrei
Coração queimando, os olhos brilhando
Sim, eu sei era tudo tão lindo
Jardim perfeito, Teu paraíso
SONETO PARADOXAL
Como quisesse poeta ser, deixando
O estro romântico, espaço em fora
O amor, ao reconhecer sem demora
A seleta face, abriu o ser venerando
Encontros e desencontros, cortando
Caminhos e trilhas, percorri: e agora
Que nasce a poesia, o poema chora
E chora, a rima passada, recordando
Ó, estranha sensação despropositada
Tão saudosa como se fosse “In Glória”
Invade o poetar sem ter um comando
Assim por larga zanga aqui pousada
Me vejo perdido, triste nesta oratória
Quando poderia êxito estar versando
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 de dezembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Mas se você encontrar a chave do meu coração, pode abrir, eu permito. A perdi faz tempo e não sei onde encontrá-la.
Quando achá-la, possa vir, entre, não precisa bater nem pedir licença mas se vier venha e fique para sempre.
- Mas onde posso achar essa chave?
- Eu não sei, talvez esteja tão perto.
Tomara que esteja tão longe quanto os meus pensamentos que andam tão distantes. Temo que ninguém mais a encontre, e se alguém encontrar, que saiba utilizá-la... Que essa chave tenha algum valor.
Não há encontros em nossas vidas,
Há REENCONTROS. Eu reconheço você,
porque já estava escrito assim, porque
você e eu sempre fomos um.
Flávia Abib
Um recado valioso para a sanidade mental
Quando encontrar o ambiente, a pessoa, ou até mesmo a coisa que te faça se sentir em plena paz, eu digo quando notamos que algo esta diferente, quando sentir que tem uma força maior invisível (talvez) e intocável (talvez).
Quando encontrar isso, quando passar por esse momento de sua vida, faça o enorme favor de ficar, curta, viva esse momento, e busque sempre por ele daí em diante, verás realmente oque é importante, descobrirá que não vale a pena lutar por coisa alguma, sentirá que será necessário se render, para vencer. Sentirá uma leveza em tudo, sentirá uma calmaria jamais sentida antes, na fala, no pensamento, em tudo ao seu redor, não digo que viverá em profundo silêncio (talvez). Mas digo que até mesmo o choro contínuo de uma criança será a tua paz, até mesmo o latido de um cachorro, será a sua paz, até mesmo as vozes de seu pensamento, será a tua paz. O triste é o fim, quando chega o momento de dizer "adeus" esse momento tratá de volta todos os seus problemas, todos !
Bom, não preciso dizer oque deverás fazer, já que já sabes onde/quando/como encontrar a tua paz.
Fim de tarde de Leonardo Cestari Silva
Hoje vim te encontrar,
Buscar me acolher na tua sobra.
Colorir o meu Eu com teu colorido.
E com tua permissão te abraçar e sentir o teu pulsar de vida nesse abraço que abraço.
Abraço amigo, fraterno.
Reverência ao ar que respiro, renovado diariamente através de você, razão por minha existência aqui, agora.
E na troca de energia
Gratidão ao Criador, por mais um dia na vida que segue para ser vivida.
O discípulo pergunta:
– Mestre, o que é um encontro de almas?
– É quando você, ao conhecer alguém, diz: muito prazer; enquanto sua alma sussurra: Que saudade!