Poemas de Dor
O melhor era mesmo calar. Outra coisa: se tinha alguma dor e se enquanto doía ela olhava os ponteiros do relógio, via então que os minutos contados no relógio iam passando e a dor continuava doendo. Ou senão, mesmo quando não lhe doía nada, se ficava defronte do relógio espiando, o que ela não estava sentindo também era maior que os minutos contados no relógio. Agora, quando acontecia uma alegria ou uma raiva, corria para o relógio e observava os segundos em vão.
Se não buscasse um deus exterior terminaria por endeusar-se, por explorar sua própria dor, amando seu passado, buscando refúgio e calor em seus próprios pensamentos, então já nascidos com uma vontade de obra de arte e depois servindo de alimento velho nos períodos estéreis. Havia o perigo de se estabelecer no sofrimento e organizar-se dentro dele, o que seria um vício também e um calmante.
Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém...(...) Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma."
Mas passa... Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela.
Talvez já esteja mais do que acidentada para ainda ter que enfrentar essa dor na carne, de verdade, sem ser apenas uma metáfora.
“Se a dor tiver que vir, que venha rápido. Porque tenho uma vida pela frente, e preciso usá-la da melhor maneira possível. Se ele tem que fazer alguma escolha, que faça logo. Então eu o espero. Ou o esqueço. Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber que decisão tomar é o pior dos sofrimentos. Durante anos eu lutara contra meu coração, porque tinha medo da tristeza, do sofrimento, do abandono. Sempre soubera que o verdadeiro amor estava acima de tudo isto, e que era melhor morrer do que deixar de amar. Mas achava que apenas os outros tinham coragem. E agora, neste momento, descobria que eu também era capaz. Mesmo que significasse partida, solidão, tristeza, o amor valia cada centavo do seu preço.”
E amanhã eu vou ter de novo um hoje. Há algo de dor e pungência em viver o hoje.
A cruz deles é esquecer-se de sua própria dor. É nesse esquecer-se que acontece então o fato mais essencialmente humano, aquele que faz de um homem a humanidade: a dor pessoal adquire uma vastidão em que os outros todos cabem e onde se abrigam e são compreendidos; pelo que há de amor na renúncia da dor pessoal, os quase mortos se levantam.
Não quero mais procurar saber seus motivos. Só quero me curar dessa dor. Quando ela passar poderei olhar para trás sem mágoa.
E o que ele me deu depois do sorriso eu nunca vou saber, porque o bom de ter essa dor que nem dá pra mexer é pouco nos lixarmos pras pequenas felicidades.
A dor é espiritual: embora a saudade esteja no apego e de ficar só, que temos medo, a dor dói, a justificativa é sua!
"Todos os deuses, céus e infernos estão dentro de você."; não deixe seu sorriso ser afetado pelo mundo, e sim o mundo pelo seu sorriso, e todos nós temos problemas em comum, não podemos fingir que eles não existem, mas temos que ser maduros o suficiente para reconhece -los e enfrentar -los dia a dia, matando um leão por dia! Não pare, como vi em um comentário se for para chorar que seja por continuar, enfrentando aquela dor e não por parar! Você é a única pessoa que pode se limitar! O impossível e não tentar!
Seja seu grande amor,
Floresça sem dor.
Ame além,
Partilhe o que tem,
O que vier, convém.
Dance feliz,
Ame quem diz
Que você a faz mó bem.
eu vi nos teus olhos
O quanto você me amava
Mas eu não soube
Retribuir esse amor da mesma forma
–"Pessoas confusas machucam pessoais incríveis"
"Às vezes é tão complicado lidar com a dor de cabeça.
Às vezes ela vem, às vezes ela
vai.
Tem vezes que ela fica e bagunça onde passa, tem vezes que os olhos se cansam e pedem uma pausa.
Há momentos em que a cabeça resolve pesar mais que o corpo, há momentos que me sinto morto.
Toda vez que tento te esquecer, mais você resolve ficar.
Não sei se isso é amor ou ódio, mas odeio ter que experimentar."
Apesar da dor, apesar do sofrimento, existe a recompensa. A dor é necessária, o sofrimento muitas vezes é o caminho para a evolução pessoal, a descoberta da vontade. A dor pode nos levar a raiva em alguns momentos, como um reflexo defensivo. A raiva pode ser usada para dois caminhos, para a causa de mais sofrimento, muitas vezes alheios ou para uma transgressão, é como se a raiva transformasse em uma vontade de mudança e crescimento, uma atitude mais nobre e mais benéfica para o espírito. Transforme suas dores em evolução, vibre essa energia que tanto te afeta de modo positivo.
(Paulo Seixas)
A Dor
Na vida onde o monumento é infernal
Vivendo e sofrendo agonias
Cheio de dores que só fazem mal
E me fazem passar a todos dias.
A dor de sentir a todos os martírios
Passando por jardins do ninguém
Pisando flores e os lírios
Passando ao lado de alguém!
Passo o dia andando onde já morei
Lembrando as lagrimas que chorei
… e as que ainda em mim choro,
Passo o tempo em sombras sombrias
Passo o tempo a escutar o que dizias
… vivendo a perda do namoro.
DÓI MUITO A DOR DE CADA DOR
(Bartolomeu Assis Souza)
Cada um com sua dor
Está sem calor
Está sem amor...
Dói muito a dor de cada dor
A TUA DOR, IRMÃO
Doem-me todas as palavras
No teu corpo de solidão
Enquanto a madressilva me sorri.
A Liberdade de um grito
Cravado em mim
Que desconheço.
Doem-me inclusive as sílabas
Dos teus lábios de silêncio
Em redor da enseada.
Doem-me castiçais de prata
Transbordando corvos feridos,
E sementes que jamais germinarão.
Dói-me este pão de cada dia
Irmão,
A tua fome que encerro em mim,
O teu frio que me rasga por inteira.
Dói-me este sangue de traição,
Esta ânsia de jasmim,
Este beiral de pardais,
Pedaço de ti.
Dói-me a luz da cidade desperta.
Mata-me o desassossego do fado
Que me liberta e santifica
Num altar de cravos e madrugada…
…e finalmente já exausta de mais um hino à tua, nossa Dor
Meu irmão,
Todas as palavras me doem,
Seja qual for o Caminho!
© Célia Moura – Do livro “Enquanto Sangram As Rosas…