Poemas de Dor
3º Movimento: A queda
A queda é inevitável
A dor é inevitável
Amar é invitável
Estamos caídos no mundo,
Esperando quem nos
Levante e nos
Tire pra dançar.
A Certeza Que Só o Amor Tem
Não é a dor que quero entender (essa dói e pronto),
mas esse mistério de duas almas
que não se tocam no físico
e têm quase uma unidade na imortalidade.
Mas é isso que quero!
Você me ama?
Você quer construir uma vida comigo?
Tem desejo e sabor?
Eu sinto que você me quer, precisa de mim,
mas será que eu estarei
ao nível de suas expectativas?
Eu queria uma certeza,
quantas vezes vislumbrei o que seria o derradeiro
e nem início era.
Quantas vezes esperei contar
e só senti se afastarem e eu ficar no chão...
Eu quero a certeza do absoluto.
A afirmação positiva.
Não quero os sonhos dos loucos,
nem a vontade dos sem-alma.
Eu quero a certeza da vida.
A afirmação do amor.
Não apenas um amor carnal e dirigido,
mas do sentimento verdadeiro
que se entranha na alma
e que não existam mágoas, que não dissolva.
Quero ter a certeza premonitória...
Deixa o tempo fermentar nas tuas feridas.
Não interessa a dor mas a cicatriz.
Interessa o coágulo que quer ser forma na pele,
rugoso, bem visível ao olhar e ao toque,
para que não te esqueças.
O tempo escolherá por ti que feridas sarar,
ou deixar para sempre abertas
Ninguém disse que iria ser fácil...
Sozinho
na escuridao
tenho por companhia
apenas minha dor
Vagando
pelo breu
que se tornou
a minha alma
uma chama
o meu amor
que ninguém pode
apagar de mim
nem mesmo você
Ainda me lembro bem daquela quinta-feira
Cinco malandro em volta da fogueira
Ouvi o grito de dor de um homem que falava a verdade
mas ninguém se importava
Botando pra fora tudo o que sentiu na pele
Mas ninguém lhe dava ouvidos não
Deixou a marca da fogueira que acendeu pra se livrar do frio que mata
Miséria impune, notável, sincera não acaba nunca
Parecia inofensiva, mas te dominou, te dominou, te dominou, dominou
Parecia inofensiva, mas te dominou, te dominou, te dominou, dominou
(...)
Pra que brincar de ter razão?
É besteira não querer errar
e é tolice demais curtir a dor.
Deixa pra lá tudo isso
e vem dançar a dança das estações.
Ah, tenta não ligar pra essa gente
chata e sem graça.
São tolos demais
esses mortos cegos e adultos.
Gosto de te ver rindo
e da riqueza das coisas simples
que guardo qual tesouros.
E a beleza está em não ter pressa.
Que corremos demais, meu amor,
e é hora de parar, deitar na grama,
falar só besteira e rir da vida.
Ah, deixa isso pra lá
que esse mundo é todo errado.
Fica perto então
que tanta solidão já feriu demais.
Vem dançar a dança das estações.
Deixei pendurado no varal: um pouco de lamento, dor e a falta de sossego.
Choveu... Mas não corri para ir pegar. Deixei molhando.
Torço para que embolorem.
Amor de Pai
Amor sem maldade
Amor sem rancor
Amor sem dor
Um Amor sincero
que nos proporciona
O aprendizado do que é o amor
para que possamos cultiva-lo
De uma forma sincera
que emociona e que cativa
Todos aqueles que estão a nossa volta
Por isso Ame como se não houvesse o amanhã
Para que o amanhã seja
pois o amanhã mesmo não sabemos
Por Isso ...
Ame...
Pontuações da vida
Para a dor um ponto final
Para a felicidade todos os pontos
Para a falsidade nenhum sinal
Para o amor reticências
Para o hoje uma exclamação
Para o amanhã uma interrogação.
O amor é para ser distribuído
E não amor fingido porque ele causa dor
O amor é o campo da formosura
Onde está minha imagem pura, Deus foi quem criou
Minha dor é constante e aguda.
E não quero um mundo melhor pra ninguém.
Na verdade, eu quero infligir a minha dor aos outros, e não quero que ninguém escape.
AMOR
O importante
é que o amor
é maior do que
a dor
não deixa a alma
desprotegida
e serve de alicerce
na construção
de uma nova vida.
Ninguémsabe quem sou
e nem de onde venho,
só eu carrego a minha dor,
luto muito pelo que tenho
Ninguém pode imaginar
tudo que na vida já passei,
andei depressa e devagar,
mas bom caminho tracei,
Sigo sempre pela reta,
para conseguir ser melhor,
viver bem é minha meta,
sou da paz e do amor...
A dor d'alma dilacera em silêncio.
Vem em gotas de frustrações diárias.
Surpreende num surto em pleno ócio.
Veneno lento que esgana várias esperanças. Sem piedade, assiste ao desmoronar interno, tijolo a tijolo. Sufoca com mãos pequenas. Triste ver o corpo murchar, perder o viço, desencantar junto às rugas profundas que marcam a vida. Uma flor esquecida, sem regas. A beleza dessa dor pungente não transparece fácil, é urdida pelas mãos do poeta dormente.
Ainda que a dor insista em ficar,
Ainda que a tristeza queira ser companheira;
Ainda que eu não entenda a vida.
Mesmo assim eu irei sorrir, pois sorrir é a cura da vida.
Força, Fernandinho
Vai passar, Fernandinho.
A dor e a tristeza,
A angústia e tudo
Que de alguma forma o faz sofrer.
Infelizmente o racismo,
A ignorância e o preconceito,
Permanecerão por muitos e muitos séculos.
Porém, nosso silêncio não existirá mais.
Mesmo que nossas vozes não ecoem
Nem mesmo entre nós!
Não nos calaremos! Ouviram?
Não diremos amém para esses insultos!
Nossa resistência
A cada luta se torna ainda maior.
Nossa empatia
Cresce a cada instante.
Nós passarinhemos
Bem devagarinho,
Já os racistas de plantão ou enrustidos,
Não passarão!
Repito:
Racistas não passarão!
Traição
A traição dói
E essa dor é mortal
Ela só vem de quem a gente nunca desejou o mal.
Dói a traição
Muda a nossa rota
Muda a nossa direção
E a gente que acreditava estar indo no caminho certo
Se percebe na contramão.