Poemas de Dor
A DOR E A SAUDADE
A dor que mora na carne
Causa certa instabilidade
Chega até se confundir
Com a danada saudade
Que tanto arde quanto queima
Sempre da falta de amor
Pois acumula no peito
Que se transforma em dor
Que não quer partir
Pra sofrer não tem idade
Quando se gosta sem medir
Sempre haverá saudade
Que vezes passageiras
Vezes até de momento
Mas a dor e a saudade
Só se cura com tempo.
PRA QUEM FICA
A dor de quem parte é menor
Porque quem fica
Ficará com o problema
Cada canto desta casa faz lembrar
Que teu amor é que
Jamais valeu a pena
Erguemos muros sem por
O alicerce que sustenta
Plantamos flores sem cor
Lá no quintal o mato aumenta
Mas vou ficar, recontruir a minha história
Vou apagar de vez teu nome da memória
Sem desistir daquele disco arranhado
Que o lado b toca um punhado
De canções para quem chora
VIDA DE POETA
O poeta transforma a dor em poesia
O compositor empresta o coração
Pra retratar, verdades do dia a dia
Que mexem com nossa emoção
De um amor, que foi perdido
Ou de outro que enfim chegou
Mas não deixa de falar
Porque é assunto popular
O bem que faz o amor...
Pra dissecar o sofrimento
É preciso estar atento a voz do coração
Dialogar com a razão
E se preciso abrir mão
Da verdade absoluta
Avaliar nossa conduta
E aprender com o perdão
E ser poeta
É conviver com a descoberta
De acessar os corações
Fazer sorrir, fazer lembrar
Fazer chorar, fazer cantar o amor
Conheço a tristeza depois que o trem passa
A incerteza e a dor
O choro no embarque entre promessas
E a saudade começando a gritar.
Frio de alma
Eu sei que os momentos de dor e aflição parecem intermináveis.
Mas eles passam.
Nada é constante na vida.
Repare o inverno por exemplo, ele sempre se transforma em primavera, sempre!
Não há inverno que seja eterno.
Então, encare suas dores como invernos particulares que em breve tornarão sua alma florida.
Por ter passado por grandes aflições, escolha evoluir com elas, tormando-se mais sensível as emoções, as suas e as alheias.
Seja inverno, mas não o ano inteiro.
Hoje deixei a dor entrar
Deixei transbordar os olhos
Sem pudor, sem me preocupar
Deixei entrar, deixei sair
Deixei ficar de molho na salmoura
O coração
“Eu vejo poesia
Vejo um rio de agonia
Vejo um desespero e uma dor
Dor no olhar
Dor no cantar
Dor no andar
Me falta o ar
Eu vejo flores
Flores para te dar
Vejo um canto,
Mas um canto escuro
Em um lugar qualquer
Para chorar
Eu vejo poesia
Quando te vejo nos meus sonhos
Nos meus sonhos eu te tenho,
Você pegava em meu rosto e me chamava de amor”.
MINHA DOR
Ando em frente
Mas trago resquícios do passado
Superamos problemas, passados, presentes,
Passamos por cima de orgulho, quebramos protocolos
Lutamos e ganhamos, às vezes não
Deixamos orgulho, egos
Tudo é aprendizado
O sofrimento só nos fortalece
Quem não aprender pelo amor
É porque não soube valorizar
Precisei sofrer consequência
Ainda que eu esteja por cima
Não esqueço que passei pra aprender
O sofrimento não tem cor
Só eu conheço minha dor.
É tão lindo te ver voar
Larga as muletas e ser sua
Sem medo, mas com dor
Evolução sempre, lembre-se
Uma Amazona com à alma da Jhulieta.
Sou muito fechado, não consigo dividir minha dor com ninguém.
Prefiro guardo tudo, e esperar passar. Ou apenas diminuir a dor.
A gente sempre é bom com o outro, mas quando se trata de nós.
O medo fala mais alto.
♡ Hoje Que a doce paz do Amor
de Deus te visite e alcanse seu coração, retirando toda dor, toda ferida. É te dê um novo coração, Pleno de Luz, curado e repleto
de Amor.
O amor que te guardei
Pra você guardei todo o meu amor,
Guardei toda a minha dor,
Pois, de que serve uma paixão
Sem o ardor no coração
E a ausência do perdão.
Cair no esquecimento
Como a brisa de um vento
Ao lembrar nossos momentos
Na esperança de um voltar.
Pedaço do céu no vão da telha
a luz vermelha e o teu vestido furta cor
a minha dor e a tua dor mirando no telhado um copo de conhaque transbordado
derrama estrelas no pano xadrez
a mesa rir, a maquina toca um bolero enquanto eu sedento espero
por você a minha vez
O AMOR SEMPRE VENCE
O amor se esconde ou se revela,
Em atos ou nobres emoções.
Mas mesmo a dor o amor debela
Tornando mais forte os corações.
Todo tempo
Quanto dura essa dor que quero?
De ter-te ao meu lado incerto
Enquanto não me vem o teu amor tão certo.
O tempo que não apaga os sentimentos
Marca a vida tão ligeira e de repente,
Nestes corpos que se findam
Consumido em fogo ardente de paixão...
Se não tenho o teu calor
Me sobra o desejo de estar em ti,
Nestas águas tão bravias e vertentes
Que correm sempre a ti buscar...
Fosse o tempo um companheiro
Do meu coração ele te levaria,
Mas te trouxe em minha vida num momento
Pra permanecer em mim a todo tempo...
Edney Valentim Araújo
TRABALHA A DOR
A TV na vitrine
Casa emprestada
O operário é um cisne no lago
Asas quebradas
Vendendo força de trabalho
Poder na produção
Não pode cansar [de domingo a domingo]
Manufatura em excesso
Recebe migalhas
Declínio no preço...
Ideologia de igualdades
Sutilizados pelo empregador
O sofisma é aparente
O empregador abastece cidades
Com o suor do trabalha a dor...
Monta todas as TV's
Sem descanso no trabalho
Tem suas aparentes metas
Acorda no alvorecer
Assim como borboletas...
Tentando voar com amarras
Sonhando com a imensidão sem limites
Almejando casulo melhor
Mas é apenas robô mecânico
Mero historiador sem história....
Metamorfose agridoce
O capitalismo é uma sucessão da miséria
Mas permanece como se não fosse
Eis a sorte do trabalha a dor:
Explorado por bactérias...
E eis que o trabalha a dor
Continua sem a TV que tanto sonhara
Sem seu feudo para apaziguar o suor
Utopizando a vida genuína
Falácias de quem vence a dor...
COM DOR 🙏
Com pena minha escrevo
Todas as dores do corpo
Becos lamacentos por aí
Nos abismos entre desertos
Obstáculos correm nas veias
Sangrentos pés arrastados
Velhos farrapos vestidos
Ferido corpo na areia quente
Impulsos ferozes nos canteiros
Lá de casa definições marcadas
Vendaval perdido no mar
De tantos sentimentos de piedosas
Intentações já no inferno
Carrego os olhos cansados
Nas ironias esquecidas de ninguém
Rasgo o ventre de minha mãe
Sem ter intenção de o fazer
Morro de cansaço no moinho ao vento.
Despersonalize
Amontoados frustrados traumas maus processados
Do seu labirinto de dor que te despersonalizou
Ah.. Seu olhos opacos
Feito nuvens em dias nublados
Ah.. Seu andar meu cabisbaixo
Semblantes pelo chão
Amontoados frustrados traumas maus processados
Do seu labirinto de dor que te despersonalizou
Dissimulado frustrado mantendo a esperança atordoado
Caminho de meias voltas não há resultado
Ah.. Teu grito calado
Feito enfeites guardado cristalizado
Ah.. Esse ar melancólico
De quem procura por perdão
Amontoados frustrados traumas maus processados
Do seu labirinto de dor que te despersonalizou
Dissimulado frustrado mantendo a esperança atordoado
Caminho de meias voltas não há resultado
Pedras de solidão...
correntes amargas
no sangue apenas...
a dor e saudade...
lembras fragmentadas...
por sentimento passados,
por aonde esteve,
as portas estão abertas
quedas de águas...
inundações,
créditos de uma noite
apenas o desespero...
a luz definha em revolta.
até quando vou relaxar,
nessa morte súbita...
compromissos desdem falsos pretextos,
a depressão tem muitas desculpas...
mais um gole apaguem por um estante...
sonhos feitos de farpas...
uma foto diz quem é...
mais profunda tristeza.
por tempo deixei a dor me tomar
E nela estava a me afogar
mas graças ao seu sorriso e olhar
sinto que mais uma vez posso me erguer e novamente respirar