Poemas de Desamor
Quando os sonhos se perdem...
Não mais reconheço que lugar é esse
Há, dependurada na entrada, uma placa
Onde se lê: “Doce Lar”, talhada em madeira
Fora de esquadro, sem cor, meio esquecida...
Há anos, atravesso os mesmos umbrais
Daquela construção, lugar que vivo
Passo por janelas, parede trincada
Não mais reparo nos muros de minha morada
Recordo que por anos a ergui, tijolo por tijolo
Cuidei das feridas de meus braços, pernas e mãos
As chuvas, o sol, a chegada das noites, calor e frio
Passaram por mim, sem interromperem minha obra
Servi de risos, passei por vil sonhador
Mas a fé e o desejo me incentivavam
Misturei amor, querer e sonho à massa de cimento
E depois de pronta, se fez orgulho de um sentimento
No tempo passante, a vida me trouxe filhos
E com eles, alegrias, sustos, surpresas
Uns mais amorosos que outros
Outros, a vida ensinou gratidões
Ingratos também, pois no tempo nada aprenderam
Recebi carinho quando era servil e nada negava
Ganhei descortesias e desrespeitos insanos
Daqueles que não ensinei a chamar-me de pai
Hoje, os anos passados a nada me permite mudar
A idade avançada me pesa e afasta quem amo e amei
Frágil e já sem forças, não sou dono do destino meu
Me tornei vítima do que disse e do que não ensinei
Existe uma Bomba Atómica que está sendo usada todos os dias,
em todos os lugares do planeta Terra,
sem que seja preciso o pretexto da guerra:
essa Bomba Atómica chama-se:
- Desamor
Chorei e choro
Você pode olhar nos meus olhos
Pode dizer o que quiser
Nada me convence
Da sua maldade
Da nossa realidade
Choro sim
Queria ter vc aqui
Queria ouvir que é mentira
Que você me quis
Me desejou
Me amou
Hoje mais triste do que nunca
Choro o choro calado
De um coração calejado
Em uma dor megulhada
Nessa ilusão sem sabor...
HAICAI AORTA
Deixar ir é um ato de Amor,
Nem sempre a flor bruta brota,
No horto ou na Aorta Coração!
Como o mundo é frio
como as pessoas fingem
ouço o barulho do rio
ouço sentimentos que me afligem
Pessoas te abandonam com facilidade
como se você não significasse nada
olham pra ti, povoam a cidade
fingem não te ver na sacada
Mesmo em uma multidão
você se sente sozinho
parece uma imensidão
mesmo você tendo vizinho
As pessoas fingem amar
Dizem coisas que não existem
E todos que não querem se machucar
Se corrompem e se restringem
Talvez um coração de pedra
Seja forte pra suportar
Tanto desamor não o quebra
E nem vai se machucar
O vento do mundo é frio é contínuo
Não existe saída.
Afinal de contas
Por que tudo isso existe
e qual é o sentido da vida?
Ela ainda tem medo de amar, pois, o coração dela ainda está calejado, sufocado… Em cacos.
Ela tem deixado de acreditar no amor, por medo de sofrer mais uma vez, por medo de mergulhar mais uma vez em pessoas rasas e vazias.
Ela sempre foi intensa, sempre foi uma poesia difícil de ser lida e muitas vezes mal interpretada.
Ela acredita que não exista mais quem a entenda.
Ela perdeu a esperança no amor, no amar
Preenche-me de ti
Não tenho do que seja meu,
Quando do teu vive a me rodear.
Confusos sentimentos me assaltam a alma:
E dos equilíbrios,
Tão puros e eternos...
Efêmeros desejos,
Não sabem mais em pé ficar.
Então, deita-te tu em mim.
Recolhe-me!
Preenche-me de ti.
Vigia-me!
Sufoca o desamor de dor.
Sorrateiramente, ganha-se cor,
Faz-me flor sem pudor.
Do que seja meu, em tu, morada se cria.
Pondera-se a razão de não se ter solução,
Nesta risca de amor, em teu ardor,
Desequilibra e esfria,
O que de por clemência,
E vingança anistia,
Meu corpo por ti ardia.
A conquista de algo sem razão é a mais pura das vitórias, mesmo que leve a paradoxo do outrem. Sendo que o indivíduo com que a razão se funde fique com a vitória falsa, que visto a acontecer uma quebra de consciência pode ou não ao longo do tempo despertar algo adormecido ou algo a fingir dormitar. Sendo que a confiança de linguagem verbal não serve de nada, existe um grande peso em pequenos detalhes de comportamento. Desta vez fui eu o tímido, fui passivo, deixei-me levar, e quem me guiou fez um bom projeto.
Esse projeto do qual foi alimentado pela noção de certas situações, como a minha mudança externa, afazeres, saídas. Quando a extrema e precisa sabedoria é necessária, não é por acaso, e isso leva a reminiscências de um sentimento passado, que por norma de decisão do vencedor falso "já passou".
Muita teoria choca, o problema de apenas não sentir nada mas ao mesmo tempo sofrer bastante.
Recuso a acreditar em frases soltas, sentimentos de criação repentina, divergências de comportamento , confianças a metade, a não partilha de tempo livre. Prioridades. Tu tens. O teu gostar agora seria por interesse? Não daria jeito por sua vez. Iria contra uma ideologia dita a alguém que se diz amigo? Seria uma desfeita de honra ou orgulho. Mas sei que honra não é o caso. Já é hora. Hora de passar da loucura e encontrar o outro lado da consciência, o 4° ciclo da compreensão de nós mesmos, é um passo enorme quando é dado, e fica um passo minúsculo quando se obtém.
Rosas mortas e sem cor
Assim foi o nosso amor,
Ou apenas o meu amor,
Pos vós...
Vós não amastes ninguém,
Mistério...
Tinha pra mim que era doença de querer
Desconfiei que poderia ser coisa de estrada
Adolescência perdida... mulher mal chegada
Era algo importante... ou talvez, quase nada
Porque amor, não sei se havia de ser
Tudo a comovia, brisa, orvalho, flor
Até loucura, abandono e dissabor
Precisava mesmo era ter uma fé melhor
Desejava dar a ela outras retinas
Que vissem o mundo com os olhos dos anciões
Desnudassem com sã alegria e jeito de criança
Os segredos das montanhas, rios de esperança
Tentei imaginar como seria seu dia
Vestindo as mesmas vestes que o bem vestia
Naquela rua que findava em sonho e magia
Só que despida dos temores a que tudo temia
Não entendi ao certo, certa batalha
A menina disparava falas desconexas ao acaso
Cega, insana, em pagã ousadia... nunca soube
Se ela lutava contra si ou contra a própria covardia
Algumas pessoas ficam procurando
falhas e fraquezas nas outras
e falam o que bem entendem.
Acredito que isso é uma maneira
de ficar na defensiva para que,
suas fragilidades não sejam percebidas...
Pessoas assim não vivem ,
sobrevivem ao desamor.
Temos que começar a olhar
nosso semelhante
como alguém que está sujeito
a erros,igual a todas as pessoas...
E benditos sejam os erros
que nos ensinam a ser fortes.
É preciso ver o lado positivo nas pessoas
e que procuremos, nos outros, as qualidades;
para não fazermos o feio papel
de garimpeiros de erros alheios.
Não temos esse direito.
4:34 da manhã, um gole.
4:49, dois goles.
5:01, três goles e olho mais uma vez a caixa de mensagens na esperança de você ter me enviado algo.
5:30, quatro goles. Já está quase na hora de ir trabalhar.
Segunda-feira e eu aqui.
Voltei a fumar, acendo um cigarro e me troco.
Vou pro trabalho. Um dia normal.
Volto e meus olhos te procuram na sala, no quarto, na cozinha me esperando com vinho. Mas você não está lá.
Acendo outro cigarro.
O cheiro da fumaça já apagou seu cheiro da casa. E o tempo apagou os detalhes da sua fisionomia da minha mente. Lembro de você como um todo, e dos nossos momentos. Mas os detalhes...me foram tirados. A força.
Estou no modo autodestruição desde que você saiu rumo a sua nova vida e acabou levando junto a minha. Minha vontade de continuar sendo eu, agora que você não está mais aqui. E aqui estou eu. Ela. Ninguém sem você. Não deveria, mas sou dependente. Dependente de uma droga que ao invés deu usar, me usa.
Apenas.
Não vou desistir de mim
e tampouco mudar minha essência
Eu sei o valor que me custou
chegar até aqui!
Passei por caminhos escuros,
até encontrar a luz.
Me mostraram tantas mentiras,
mas eu continuei verdadeira.
Sofri a covardia de quem se achava valente,
mas eu continuei valente.
Me abandonaram e eu, sozinha,
consegui me encontrar.
Fui fruto da maldade,
mas continuei na bondade.
E me apresentaram a dor
e eu aprendi a ser flor.
Me apresentaram o desamor
e eu aprendi a amar.
PERDOE-ME VIDA URBANA.
Perdoe-me vida urbana Já sofri... Chorei por amor...
Desacreditei na humanidade sempre com pressa
Já me desmanchei ao sentir saudades...
Tantas vezes... Já amei e fui amada, também fui mal-amada.
Agora quero um tempo... Tempo para mim...
Tempo para rever meus conceitos sem que intervenha...
Com as mudanças de tempo com seus desajustes ocasionais
Retirando sonhos roubando a liberdade de viver no silêncio ao
Menos por uns segundos.
Não quero saber se estou certa ou errada no pensar de outras
Pessoas quero mergulhar nas águas límpidas dos mares imaculados.
Ver o nascer do sol ou o despontar majestoso da lua em um silêncio
Consagrado...
Voar livre como uma borboleta por entre as flores silvestres singelas
Nas suas cores variadas.
Quero conhecer o cume da montanha mais alta e, de lá deslumbrar-me
Com a vida, não esta vida que tenho com altos e baixos, mas com a beleza
Que me é dada por DEUS, que você vida não me deixa apreciar...
Ouvir incansavelmente o zumbido das abelhas.
Sua pressa incessível tira o fôlego das pessoas.
Preciso mais uma vez tentar encontrar um amor intenso...
Amor que me faça flutuar sair do chão todas as vezes que ele me tocar.
Mulher que apesar de estar neste seu curso quer muito ser feliz...
Quem sabe possa dar vazão ao fantasioso tendo frenéticos
Sonhos loucos que ainda não consegui viver que estão encravados na
Minha alma pedindo para se libertar...
Então vida para um pouco teu curso para que possamos sentir
A sutil beleza da vida.
Luly Diniz.
28/03/12.
“De um jeito ou de outro você vai me pedir pra voltar e eu neste dia direi: - vou pensar no seu caso.”
—By Coelhinha
Caminho deserto perdido, incerto
barco à deriva esquecido no mar
sem direção, furtivo, oculto, pirata
vazio de prata, de ouro, de ilusões,
inglórias batalhas, feitas na escuridão da noite
solidão exausta do homem do mar,
lágrimas das sereias de amor, desamor
barco perdido nas rochas à deriva do mar.!!!
Na fantasia do outro
no olhar que legitime
no perfeito da imperfeição
nos encontramos...
E nos perdemos de tanto amor.
Para depois,
num soprar inexplicável,
com cruel banalidade.
escorregadio,
despidos de sentimentos,
tiramos a roupagem,
a fantasia,
e sofremos...
E nos perdemos de tanto desamor.
Se não fosse o cupido
Nunca teve que ser dolorido
Não há a quem culpar
Tarde demais pra fazer o preto e o branco ficar colorido
Tarde demais para amar
Não adianta gritar o que não da mais pra ser dito
Agente até poderia simplificar
Enterrar de vez esse amor bandido
E com o tempo deixar o vento levar
Tudo que até aqui foi construído
Não me leve a mal, mas tenho que falar
Nada disso teria acontecido se não fosse o cupido
Com essa mania de me fazer apaixonar
E ao mesmo tempo lembrar do que já deveria ter sido esquecido...
DESABAFO DE UM PASSARINHO
Oh, inculta Coruja, ave de rapina,
Nascida em luto - parto doloroso -
Para saudar-te ave da escuridão
Esgalhou-se o canto tenebroso
Dos vitrais estilhaçados ao chão.
Oh, triste sina tua vir ao mundo
Com alma cinza, sem esperança...
Teu trilar em noites sem estrelas
São apenas blasfêmias, murmúrios
Chorados pelo nascer da aurora.
Saibas a cegueira que te ofusca
Das luzes, risos e primaveras,
É a mesma que sorve da lama
O horror de tuas dores severas:
Espinhos mortos em chama!
No cárcere das plumas imundas
Da fina neblina que te vestes
Cobres em vão, farsas bramidas:
Mágoas e desilusões reprimidas
No deserto de teus fracassos!
Por que, oh triste rasga mortalha,
Teimas cuspir tua cicuta amarga
Nas águas dos rios que tu bebes?
Por que aprisionas na clausura fria
Turíbulos de flores, germes alegrias?
Abre-te ao mundo feito girassóis
Lanças-te aos crisântemos da vida
Deixa-te entrar a luz, florescer paz!
Pintas em arco-íris os lírios de risos
No mosaico dourado que te cerca!
Afasta-te do vil e ridente anjo caído,
Da podridão mentirosa e desmedida
Da ignorância traidora que te vela!
Deixa-te chover flores de estrelas,
E, ao partires, a saudade te saudará...
... in, Girassóis (di)versos, e outras flores - 2016