Poemas de Desamor
Amar
Amar é transformar o Eu em nós
É deixar de pensar só em sua felicidade,
E pensar na felicidade conjunta.
Amar é fazer planos que pareciam impossíveis,mas ao lado da pessoa amada,parecem já estarem se Realizando.
Amar é sorrir sem motivos
Amar é dar carinho sem esperar recebe-lo
Amar é esquecer do mundo ao lado da pessoa amada.
Amar é não ter definições óbvias para descrever esse sentimento
Amar é lutar contra esse mundo,onde reina o desamor.
Amar é viver,porque se você não é feliz,você não vive,é se você não ama você nunca encontrará a verdadeira felicidade.
Amar é viver em outro mundo,completamente perfeito,é esquecer desde duro mundo real.
Amar vai além das palavras,além das ações,além dos significados,além do mundo,além do tempo.
Amar.Como explicar isso?
Só a sensação de um verdadeiro Eu te amo,pode exemplificar um pouco desse sentimento.
Amar é amar,porque o amor não tem explicação,não tem motivos para ocorrer,não tem hora nem lugar pra acontecer,não agr com razão,age com amor.
Poema dedicado a Alanny Braz Magalhães
Haverá tempo de conquista
Haverá tempo de amar
Haverá tempo de perder
Amor em tempos revoltos
Que o vento trás do mar
Amar, amores, e um dia.
Deixar de amar.
Ao longo da minha vida posso ter sofrido, chorado e perdoado o amor.
Perdoei-me por acreditar nas falsas aparências que me davam, um abraço queimado transformado em cinzas, que negligenciaram as montanhas feitas ao meu tamanho e as fizeram ao seu tamanho, que se sentiram inteiramente perturbados pelo simples fato de eu ser eu.
Mas ainda cá estou, sendo eu próprio, trepando as minhas montanhas e ainda acreditando no amor.
Raposa Albina
Se somavam em doze os filhotes
Que tinha o casal de raposas
Nascidos iguais, nus, aventurados
Todos, sem exceção, muito amados
Se somavam em doze onde cabiam seis
Até ganharem experiência de vida
E deixarem de ser caça e alimento
Para predadores que a fome era tormento
Nos primeiros meses, dependentes eram
Viviam vida inocente e pouco farta
Mas, os pais, por natureza e amor
Jamais deixou faltar aconchego e amor
Eram doze as pequenas raposas
Que, num piscar de estrela, cresciam
Evoluirão rápidos, espertos, cautelosos
E logo veio a maturidade e o ninho deixaram
Aconteceu naturalmente, um após o outro
Partiram para viver a sobrevivência aprendida
E, quando os pais se viram sós naquele efúgio
Tiveram a certeza do fadário findado... cumprido
E caçavam em bando e em bando viviam
Atentos, vorazes, alcateia impiedosamente edaz
Sofria mais entre eles o que nascera albino
E expulso do bando foi, sem clemência ou aviso
Eram agora somente um bando, menos um
E a raposa albina sem irmãos, já não caçava
Vivia o revés dos excluídos sem compaixão
Enfraquecido, feneceu na voracidade de um leão
Insuficiência Emocional...
Falta-me o ar,
Tuas palavras como faca,
Arregaça o peito,
Desassossego,
Dói no leito,
Depois do gozo,
Seu papo nervoso,
Marca,
Cicatriz,
Crítica,
Insuficiência,
O amor não é aparência,
A insônia vira companhia,
Desfaz-se alegria,
Prazer de corpo,
Transtorno da mente,
Quando você mente,
Que me ama,
A si mesma se engana,
O tempo escorre entre os dedos,
Tique taque espalha-se ao vento,
Só lamento.
Você pode não me amar, mas
Sei que quer ficar o tempo todo me abraçando.
Você pode não me amar, mas
Quer o tempo topo está cheirando meu cangote.
Você pode não me amar, mas
Ao me ver doente quer me cuidar.
Você pode não me amar, mas
Mas tem pressa em me ter dentro de você.
Você pode não me amar, mas
Adora ficar fazendo carinho nos meus dedos.
Você pode não me amar, mas
Mas tem ciúme de qualquer pessoa nova que entre na minha vida.
Você pode não me amar, mas
Fica evitando me olhar na frente de outras pessoas.
Você pode não me amar, mas tem saudade das nossas longas conversas.
Você pode até não me amar, mas eu amo tudo isso.
Pronto, só corro!
Quando foi que cortaram minhas belas asas?
Para onde realmente devo ir para me sentir em casa?
Quando foi que o medo tornou-se mais forte que o desejo de ser feliz?
Quantos traumas persistem como sombras das escolhas que eu fiz?
Tornei-me essa fera que rosna constantemente para qualquer um.
Essa marra disfarçada de raiva, mas que na verdade é uma dor incomum.
No fundo sou só um bichinho medroso e sem esperança,
Tremendo de medo das demasiadas lembranças.
Evito emoções pois não tenho condições de suportar mais perdas, fui roubado!
Já foram tantas vezes e ninguém imagina a imensidão desse buraco cavado.
Talvez eu seja bom nesse lance de fingir e me escondo demais.
Sou um ótimo poeta, um fingidor habilmente sagaz.
Sempre cobri de flores os caminhos que aos poucos foram se destruindo.
Sinto falta de muita coisa, mas sempre choro (sorrindo)!
É assim que sangro, essa hemorragia de amar.
Já sangrei tanto que estou a ponto de me afogar.
Gradativamente cansado dessa insistência de nadar,
Mas traumatizado demais para confiar em quem tenta me resgatar.
Dizem que o tempo vai curar e dizem também que a vida é curta demais.
Ótima maneira de falar que ninguém se importa, que tudo bem e tanto faz.
Quantas vidas preciso para que haja tempo suficiente para me sarar de você?
Essa é uma pergunta constante, uma pauta ainda aberta no meu imenso dossiê.
Seria mais fácil se você fosse a dor, um anexo, uma página descartável,
Mas você é só mais uma vítima lidando com seu próprio trauma incomparável.
No fundo somos todos flagelados usando máscaras enobrecidas.
Por baixo desses grandes sorrisos encontram-se almas falidas.
Mesmo que haja brilho nessa casca constantemente polida,
Perdemos nosso endereço. Somos labirintos sem saída…
Natal Defronte
As ruas corridas, muito estresse
No dia lotado de apressado rumor
E o meu pensamento desvanece
No muito fragor e no pouco amor
Já é Natal, cheio de luz de fulgor
O brilho da fé, opacou-se, afinal
De aparência o hoje é o mentor
Nestes tempos, de só fútil ritual
Valeu-me o olhar dum pedinte
Que brilhava mais que tudo isto
Era príncipe e farto de requinte
A face que lembrou a de Cristo
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 12 de dezembro, 2019
ENGANO FEITO
No que restou da ilusão busco vontade
Das poéticas que um dia me apaixonei
Do desejo, do tudo mais, vem a saudade
Neste vazio do silêncio a quem me dei
Ah! ó fatalidade que no vão me esquece
Numa sensação de uma urgência sentida
De onde aquela emoção não mais aquece
E o descolorido no apenas tinge a vida...
De tropeço em tropeço vou neste mundo
Porque a dor no peito arregaça bem fundo
E nestes pedaços, me vejo sem mais jeito
E, assim, poetar triste na culpa eu assumo
De tantas culpas, tantas, o sombrio rumo
De uma escolha malfeita e o engano feito!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08, junho, 2021, 09’17” – Araguari, MG
De Oliveira
Caro De Oliveira, quantas coisas joguei no lixo? Quantas lembranças tornaram-se pesadelos para mim? TODAS as que me trazem você. Cada toque,olhar,sorriso, sussurro, beijo,ligação,traição... você tornou-se meu pior pesadelos só pelo simples fato de ser meu grande sonho.
Por toda a minha vida eu tenho carregado pesos desnecessários, levando na bagagem dores e ressentimentos que não eram meus, lágrimas derramadas por ingratidões que nunca foram minhas, mágoas engolidas pela falta do perdão que outros não deram, olhares de reprovação por coisas que não fiz, palavras ásperas por incompreensões que não foram minhas...
Me sobrecarreguei de pessoas que não mereciam tanta dedicação minha. Adoeci, esclerosei, surtei, chorei, gritei, deprimi, quase morri de tristeza...
Mas, como nada nesta vida é em vão, como tudo tem uma razão de ser, minha quase morte se mostrou ser a minha real ressurreição. É, isso mesmo, ressuscitei das minhas próprias angústias e percebi que não tenho de carregar mais nenhuma bagagem desnecessária, descobri que não sou responsável pela falta de amor próprio de ninguém, que não sou o paliativo para pessoas adoecidas por mazelas de alma e caráter. Não posso curar ninguém que não deseja a cura real, não posso dar tudo de mim para quem não merece nada, não posso carregar as frustrações alheias, nem ser responsável por atos ensandecidos daqueles a quem um dia dei o meu melhor, mas que apenas me deram desamor de volta.
Porque so escrevo sofrer?
Porque so escrevo sofrer?
Porque não escrevo paixão?
Porque eu não falo de amor?
Porque sofre meu coração!
A minha vida é um erro sem fim,
É um poço de solidão,
Por isso não falo de amor.
Porque pra ele não há razão!
Não há razão pra sorrir,
Nem pra cantar o amor,
So vivo tão infeliz,
So posso escrever sobre a dor.
A dor que nunca deixei,
Nunca deixei de sentir!
Mas por um momento eu pensei,
Que realmente fosse feliz.
Uma grande e (in)apagável mancha no Paraíso...
Que graves consequências o pecado trouxe para a humanidade?
Separação de Deus.
Miséria, injustiça, maldades, falsidades...
tristeza, choro, dor..
não importa aonde o homem for...
Desamor...
Condenação e morte.
Ah! Ro... isso tudo aí não existe... é fruto de sua frutífera imaginação...
Pois é... não existe... então, por por que na hora da dor 101% das pessoas clamam por um Consolador?
Apagável é a mancha pra quem ouve a voz do Senhor, sim senhor... mas é só, viu?
Não é pra quem, depois que a dor acabou, de buscar o Senhor desistiu.
Título: Tem ex!
Ex é para sempre!
Tem ex que marca
Tem ex que hora é amiga hora inimiga
Tem ex que fica
Tem ex que tira chinfra
Tem ex que é eterna
Tem ex que é presente
Tem ex que é atual
Tem ex que é freguês
Tem ex que fala outra língua, não português
Tem ex que você vigia
Tem ex que arrepia
Tem ex que vai tarde, mais volta logo
Tem ex que não se esquece
Tem ex que se arrepende
Tem ex que é re-ex
Tem ex que vale um talvez
Tem ex que você lembra na escassez
Tem ex que vale por três
Tem ex que merece outra vez.
Mas ex de verdade, tem notoriedade
Nunca se esquece, fica para eternidade.
Tem ex!
Autor: Nélio Joaquim
"Estou a Beira do precipício...
Mas não posso pular...
Precipício bonito, Belo....
Que se chama amar."
.
Desamor
"Me sinto impotente frente ao desejo de te amar...
Sou fraco! e não resisto!
Só me resta... desamar!"
.
Desamor
É normal querer chorar e não conseguir?
Fiz o que me mandaram, tentei ser eu mesma, tentei proteger quem amo, tentei não ser rude. Fiz o que me indicaram… Coloquei-me em frente da fera, tentei proteger a pobre presa, mas a fera atravessou-me como se meu corpo fosse ar.
Falhei miseravelmente e agora a presa sou eu.
É normal querer fugir e não conseguir?
Fiz o que o coração me martelou para fazer, tentei parar, tentei começar, tentei continuar.
Fiz o que minha mente achou certo e agora o sangue que escorre é meu também, novamente meu… Sempre o meu. Desta vez misturado, mas meu.
É normal querer gritar e não conseguir?
Fugiu-me tudo por entre os dedos, os que amei, os que me amaram, os que amo e os que me amam, novamente o meu corpo entre a presa e a fera, de novo e de novo meu suor, minhas palavras, meu sangue… Meu coração.
Hoje o dia não amanheceu.
Não lançou seus feixes de luz radiantes e nem me convidou a viver.
A aurora ainda dorme, envergonhada pela noite.
Hoje o dia não amanheceu, as trevas se prolongaram sem se incomodar com o mover do ponteiro do relógio.
A noite triunfou e se expandiu mais além das horas.
Como se arrasta o tempo, quase paralisado pela terrível dor do não poder passar!
Ai tempo, ai horas, por que te convertestes em meu verdugo?
Porque me castigas com o látigo de um momento aterrador?
Momento que se eternizou no meu olhar incrédulo e impotente.
Devia ser pecado doer assim. Deveria o tempo ter parado um minuto antes daquelas vis palavras, que arrancaram minha alma e me tiraram o fôlego de vida.
Só, no silêncio da noite.
Não quero ninguém em minha tristesa.
As lágrimas brotam amargas e escorrem por meu rosto já molhado de tanto chorar.
Choro como criança, que não entende a maldade da vida, que não entende o porquê do não, do não pôde ser.
Haverá alegria depois de tão duro golpe? Quanto mais pode resistir o fraco coração. Mas minhas mágoas ás levei a Deus.
Deus, que não entendo e apenas aceito. E ás vezes, fora de mim, protesto e grito, com se tivesse algum domínio sobre meu futuro. E o futuro é um grande e escuro mar, que se estende diante de meus assustados olhos, suas águas turvas.
E bem lá no fundo desse mar profundo, me encontro, eu.
Não te Culpes...
O que tenho a oferecer-te?
Diz um irmão doente ao sadio:
Amizade sincera
Amor fraterno e verdadeiro
Estar pronto a ajudar-te
E à sua família, se necessário
Guardar de ti teus segredos
Com a própria vida, se preciso
Atravessar noites a cuidar-te
Quando pegar-te abandonado
Por aqueles a quem se dedicou
Nos anos de sua melhor saúde
Vá e olha-te no espelho
Não repare rugas e nem a feição
E pergunta-te, no silêncio
De sua exposta pequinês
Sou eu o filho que do céu
Meu pai vê com olhos de mel
Ou sente em mim ser qual fel?
E consolando aquele pai
Deus o abraçou em amor
E disse: “Não te culpes,
pelo que teu filho é, faz e fez
pois senhor, sou Eu O Criador!