Poemas de Dança
Yin Yang da existência
Porque a felicidade é simplesmente poder encher de ar os pulmões, e ao expirar, sentir o pulso forte do coração. Contemplar esta dança da existência não tem preço: por alguns instantes a morte se aproxima, mas depois, a vida volta a sua ascensão!
Quantas vezes o poeta já "dançou"
por não saber dançar;
quisera ele ser apenas a sombra
dos passos...
Hoje danço para alegrar minha alma, para esquecer as dores de todos os amores, danço para voltar no tempo, resgatar minhas vidas. Danço pois amo cada som, sinto paixão em cada célula de meu corpo.
Danço a alegria, danço minha sina, por minha alma que anseia liberdade, e o preço é alto, então dançar é o que me resta,
E se o mundo acabar...
Eu quero estar dançando!
O corpo pode expressar o diálogo eloquente e paradoxal que o pensar e o sentir mantém a cada movimento da vida!
... a música já está sendo tocada...
Como sentes a música???
Apenas sinta e permita que o corpo expresse, sem palavras, este diálogo!
COMPREENSÃO
A rua onde nasci era larga e extensa de vozes.
Nela havia uma velha casa de espera e de descobertas.
Minha mãe me ensinava a brincar de ver.
Ficava ao meu lado e com suas mãos me entregava seus olhos.
Dizia-me: O que vens?
Eu menino, com zeloso brio elaborava narrativas não aparentes.
As vezes via um pássaro falando com o vento.
Ora, era um arco-íris despontando no anoitecer.
E até eu voava, buscando palavras com asas.
Lembro-me quando lhe disse:
- Estou vendo uma dança no céu.
E ela pediu-me para tomar cuidado com os instrumentos, marcar os passos, ouvir a sinfonia.
E asseverou: Veras na vida aparências e essências.
Mas não tenha receio de vislumbrar.
No fim o que fica é o que se olha para dentro.
Antes de saber ler e escrever compreendi a ver poesia.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
A menina que dançava
Falaram-me de uma menina,
Que enquanto descobria seu ritmo,
Pensava-se menos leve,
Que o ar que a circundava.
Seu corpo feitio de brisa,
Se deslizando compenetrado,
Já mostrava que havia canto,
Mesmo quando não escutavam.
Parece-me que seu cabelo,
Poderia ser azul esverdeado,
Como se fosse coreografia de raios,
Se estendendo em sua face.
Como a desconheço, dar-lhe-ei o nome Eduarda,
Aquela que guardou nos pés,
A dança como abrigo,
E se foi envolvendo de ritmos,
Pungidos de existência.
Assim lhe surgiram os duetos,
Com seus deleites sonoros,
E também o estrondar de tambores,
Sucedendo sinfonias.
A esperança lhe chegou,
Como um bale compassado,
Mantendo firmes os braços,
Olhando para o alto, a seguir na direção.
As vezes até parece,
Que nem sequer percebia,
Que viver também se aprende de dança,
Que o tempo faz emergir.
Dança-se no silêncio da alegria.
Na tristeza acalentada.
Descobrem-se em distintos momentos,
Cenários convertidos de linguagens.
Na há movimento sem emoção,
Pulsar alheio, sem sonoridade.
Se dança com pó no rosto,
Com o brilho de enfeites costurados.
Mal sabe essa menina, que um dia lhe contarão,
Que estava a dançar com dor e graça,
Feita melodia de passos,
A poesia dançante da vida.
Carlos Daniel Dojja
In Poema para Crianças Crescidas
Sua luz chegou a mim
Mudou o jeito de como me vi
E eu agora te amo mais que tudo
Teu abraço, mais doce que o mel
Você me dá o céu
E eu te amo mais que tudo
Você conquistou minha mente
Eu penso em você todo o tempo
Você me ama divinamente
Me deu tudo: amor, bondade e alento
Eu danço na lua com você
Minha cabeça está nas estrelas com teu ser
E você é tudo o que eu quero
Tudo o que eu preciso
Como você não foi meu tudo antes?
ao som da musica francesa,
ferem aos meus olhos,
não me deixa dormir.
traz na minha boca, o gosto de fruta no pé,
com cheiro das manhãs de outono,
na brisa que abraça o corpo.
vem,
dança comigo.
Joy Brasil.
NO BAILE
Convida-me
Pra valsa
Arrasta-me
Rodopia
Olha-me
Sorri
Eu voo
Deslizo
Miro-te
Admiro-te
Sorrio
Acolhe-me
Em teus braços
Calor
Amor
Não canso
Conduz-me
Sonho
Música
Sublime
Cheiro
Cadência
Devaneio
Momento...
SONETO INTRÍNSECO
Vestido de branco, és tu dançarino,
Um sorriso sutil,
A meia luz no salão,
Me leva em teus braços em rodopios,
Meus pensamentos voam,
Cabaré improvisado, pecaminoso,
Perfume afrodisíaco me embriaga,
Meu olhar de bolero te deixa enfeitiçado,
Sublime é a dança,
Saia rodada, livre movimento,
Cheia de segredos, não tente desvendar,
Teu olhar incrédulo, serpente veneno,
Explode de desejo,
Então, te enganas, só te quero na dança, dançar e rodar...
Quando Danço, Desabafo,
Passo Amor, Passo Verdade,
Passo Dor, Passo Entusiasmo,
Exponho minha Liberdade
Passo a Passo.
E se eu dançasse na chuva?
Em frente as pessoas que passavam
Chama(riam)-me de louco
E hoje eu ainda seria lembrado?
DEVIA TER DANÇADO!
Estava eu sentado em um bar,
apreciando uma doce bebida,
perdi o sentido quando a vi...
Ah, ela era incrível,
seu sorriso me encantava,
aquela doçura toda mexia com a minha cabeça,
parecia aqueles amores que te prende, sabe?
Ela se aproximou e sentou do meu lado,
deu uma risada,
eu não sabia o porquê dela me escolher,
eu tão comum,
então a música mudou e a chamei para dançar, ela aceitou.
Aquela valsa que me leva para cá e para lá,
igual a um barco em uma tempestade,
ela me conduzindo,
parecia que não havia mais ninguém naquele bar,
parecia que estávamos em outro mundo, a sós,
ela acabava com meu psicológico.
E quando a música chegou ao fim,
eu não queria mais solta-la,
pois ela não saia mais da minha cabeça...
Então resolvi perguntar seu nome,
afinal queria revê-la algum dia,
então com um sorriso respondeu, "meu nome é tristeza".
Eu nunca vi ninguém fazer as coisas que você faz
Eles dizem
Dance para mim, dance para mim, dance para mim
E quando você terminar, eu vou te fazer repetir tudo de novo
Eu digo: Oh, meu Deus, eu vejo você passando
Pegue minhas mãos, querida, e me olhe nos olhos
Como um macaco, eu tenho dançado a minha vida toda
E você implora para me ver dançar só mais uma vez
Todo mundo tem um sonho, mas estão congelados pelo medo
Nós não dançamos na chuva, nós correremos para nos proteger dela
Tudo isso é culpa de se deixar ser escolhido por outro
Então nós seguimos em frente e encontramos alguém que irá nos amar e apoiar
Dizer que nos adoram, talvez até lutar por nós
Então esquecemos que as ambições e as decisões mudaram
Dançar é uma arte. É expressivo, imprevisível, acolhedor, libertador e aproxima as pessoas.
Movimente-se de qualquer geito. Não se importe com ao redor. O mais importante e estar bem e feliz com você.
Aqueles que vivem para impressionar os outros jamais construira sua propria historia.
Movimente-se.
Ás vezes precisamos fazer alguns esforços para construirmos o futuro que buscamos.
Abandonar nossa casa e criar asas.
Deixar amigos, desgrudar de amores e encararmos sozinhos o que está por vir.
Como dizia Suassuna “A tarefa de viver é dura, mas fascinante”, e estando sempre entre a constante do que dói agora e focar no futuro brilhante, mora a dúvida no peito dos que choram, de saudade ou nostalgia, de melancolia ou alegria.
Deixar nunca foi fácil para mim, simplesmente abrir mão e seguir, mas necessário foi!
Certamente é uma tarefa para os corajosos, esses que já se mudaram tanto que colecionaram lembranças suficientes para lhe marcarem o espírito e tocarem a alma.
E todo conselho que nos damos é: -“Calma!”.
Uma hora você chega, uma hora você descansa, pois a vida é uma dança, mas nunca foi brincadeira para criança, quem tem perseverança alcança e quem cansa não avança.
Bailarina dos sonhos!
Minha amiga bailarina
suas mãos parecem asas abertas
querendo voar.
Que bailarina linda
sua dança me fez despertar
me fez ver que os sonhos
podem se tornar realidade.
Bailarina que nos seus passos
traz unção e enche de cura o meu coração!
Bailarina cheia de luz
nos seus giros aprendi
que as voltas da minha vida
me fazem mais forte!
Liga, desliga!
Aparentemente me consome a vida,
enquanto se aproxima o fim
em cerimoniosa sorte.
E ao que parece,
caminha de braços enlaçados com a loucura.
Quem é que diz ao cérebro chega
ou rouba dos sujeitos o sopro vital?
Quem é que dá a ordem de liga ou desliga
e sopra dos corpos já moribundos
os últimos resquícios existentes de vida?
Quem é que ensina ao cérebro
a hora de parar
antes que venha a vertigem, a ânsia e a tontura
ou libera a alma do corpo pra ocupar outros corpos
e ou viver outros carmas?
Ao que parece,
tripudia a vida da minha miserável sorte,
enquanto me consome e violenta,
afaga-me e acaricia descaradamente a face
que, fria e pálida, já nem disfarça tanto descontentamento.